Igor suspirou enquanto olhava para o painel em sua frente.
Os sintomas..eles estavam ali, bem na sua frente..
Mas ele não queria acreditar.
Talvez devesse fazer um exame, para tirar essa idéia maluca da cabeça.
- O que tanto pensa? - Júlio disse enquanto andava pelo corredor.
- Nada, como a Rebeca está? - Ele pergunta, enquanto dão passagem para os enfermeiros passarem.
- Eles disseram que ela teve chance de sobreviver, ela quebrou o osso da perna, e tiveram que colocar pinos..mas o pior.. - Júlio colocou uma mão na parede, e olhou fixamente para ela. - Eles disseram que a uma grande chance da Rebeca ficar paraplégica, ou em estado vegetativo..
Igor o olhou.
Ele sentia que tudo aquilo era sua culpa.
Se ele não tivesse bebido com Júlio aquela noite, Cocielo não iria querer terminar com ela, e ela não teria vindo conversar consigo.
- Eu sei o que está pensando. - Júlio o olhou. - Você não deve se culpar por tudo nessa vida.
- Eu não quero falar sobre isso. - Igor respondeu sério.
- Igor, o que está marcado pra gente, vai acontecer um dia..se Deus quis assim, não podemos fazer nada. - Cocielo ergueu a cabeça pra cima, enquanto mordia os lábios com força.
Igor pode ver as lágrimas descendo pelo belo rosto de seu melhor amigo.
Ele não podia fazer mais nada.
Apenas o puxou para um abraço, e deixou que Júlio afogasse as mágoas em si.
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- Vai querer comer algo? Eu posso pedir pelo IFood. - Igão se jogou no sofá do apartamento de Júlio.
- Duas pizzas. Bacon e Quatro queijos. E pede duas cocas de litros. - Júlio disse enquanto pegava o controle da tv e procurava um canal bom.
- Pronto agora é só esperar.
- Como você se sentiu? - Júlio perguntou olhando pra tv.
- Como assim? - Igor o olhou.
- Quando a gente..- Júlio gesticulou com a mão. - ..Transou.
Igor estava paralisado.
Ele não sabia que Júlio havia descoberto.
- Você devia estar sonhando. - Ele riu nervoso.
Igão sentiu seu corpo suar frio ao ouvir a risada sarcástica de Júlio.
- Sonhando, eu? Foi você mesmo que me contou..ontem..
- Contei? - Igão perguntou, e sem perceber, elevou sua voz um tom mais alto que o normal.
- Igor. - Júlio se sentou mais próximo do menor. - Você me quer?
- Júlio..
- Você me quer? - Ele perguntou novamente, suas mãos estavam na cintura de Igor, e ele aproximava os corpos.
- Quero. - Igão colocou uma das mãos na nuca de Júlio. - Quero e muito. - E o beijou.
Eles se beijavam com vontade.
As línguas? Batalham entre si.
Júlio deitou Igor no sofá, e começou a distribuir beijos em seu pescoço.
Igor começou a gemer, e a se contorcer.
- Júlio..Júlio..seu telefone tá tocando. - Igor disse ao ouvir o aparelho telefônico.
- Deixa tocar. - Cocielo, enfiou a mão dentro da calça de Igor, pegando em seu membro, fazendo com Igão gemesse alto.
- Pode ser do hospital. - Igor retirou a mão de Júlio de seu membro e o olhou sério, Cocielo retribuiu o olhar na mesma intensidade, suspirou raivoso.
Ele ia mandar a merda, qualquer um que fosse.
Igor deixou Júlio na sala, enquanto ia pegar as pizzas que haviam chegado.
- Obrigado. - Ele agradeceu sorrindo e fechou a porta. Ele se virou e viu Júlio olhando para o nada. - E ai, o que disseram?
- A rebeca teve uma parada cardíaca. - Júlio começou a dizer. - Tentaram reanima-la, mas ela não reagiu.
- Isso quer dizer.. - Igor engoliu em seco.
- Ela morreu. - Julio olhou para si. - A rebeca está morta.
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