História I'm here. - Se declarando o culpado.

A inquietação tomava conta de Igor, devido à dois motivos. Que tomou conta de dele logo naquele dia.

O primeiro motivo de sua agonia,  era Júlio que com os olhos inchados e vermelhos recebia condolências,  de familiares e amigos mais próximos. 

O segundo motivo,  esse porém deixando-o mais preocupado do que angustiado.  

Era o mesmo motivo relacionado ao exame que iria fazer. 

Naquela mesma manhã,  enquanto fazia companhia a Júlio,  que vestia o terno preto. Que constratava muito com seus olhos castanhos,  diga-se de passagem; a dor de cabeça que passara a ser costumeira aparecera novamente. 

Porém com uma intesidade maior, além de que acompanhada com momentos de tontoras.

Suspirando, balança levemente a cabeça tentando afastar aquela maldita preocupação,  que era desnecessária naquele dia.

Afinal não estava ali por si, mas sim por Júlio.  Que mesmo sendo cumprumentado por pessoas que Igor não conhecia, fazia questão que o menor ficasse ali, com suas mãos disfarçadamente dadas.

Sem conseguir se conter, olha de esguelha para o mais alto, observando seu rosto. 

Júlio estava bem mais pálido do que estivera um dia antes, quando recebeu a notícia.  Uma mancha roxa, contornando seus olhos, indicando que havia dormido muito pouco.

Desviando os olhos,  Igor sente uma leve tontura novamente.  Queria muito que tudo ali acabasse logo, para que pudesse tomar algum remédio,  para dor de cabeça. 

Como se ouvisse seus pensamentos, o Maitê que tomava conta daquela pequena "reunião",  aparece na sala, e com um leve pigarro, chama a atenção de todos.

- Peço para que todos se desloquem para a sala de estar, para que se despeça da senhorita Rebeca. - Diz passando os olhos por cada um do salão.  - Logo após,  ela será levada para o crematório. 

Todos assentiram em concordância,  e começam a se encaminhar para o local, conversando baixo.

Júlio segura a mão de Igor com um pouco de força,  antes de começar a andar. Como se fosse um aviso, para que não soltasse.

Igor apenas o acompanha, prestando atenção nos detalhes da casa.

Rebeca vinha de uma família que era boa de vida. Seus pais eram médicos conceituados do hospital ali  da cidade.

Um dos motivos pelo qual os pais da garota, nunca entederam do porque a garota estar namorando alguém como Júlio.  Que na opinião deles, não queria nada com a vida.

Então para Igor, era de se esperar que o "enterro" de sua filha, fosse mais um evento elegante em sua casa.

Que também,  era a melhor da cidade. E isso foi deixado bem claro, quando Igor adentrou a sala gigantesca. 

Que caberia com toda a certeza mais cinquenta pessoas ali. 

Logo foi-se formado uma fila única,  ao lado do caixão,  onde cada um esperava pacientemente para se despedir.

Como não havia muitas pessoas ali, logo chegará a vez de Júlio.  Que com a mão trêmula acaricia o rosto gélido e pálido de Rebeca. 

Igor observa em silêncio os lábios de Júlio estremecer levemente,  enquanto uma lágrimas solitária desliza por seu rosto.

Sentido-se um pouco culpado, Igor desvia os olhos, sentindo o ciúme lhe corroer um pouco.

Porém já era sua vez, antes de o deixar, Júlio aperta sua mão levemente, e ddepois a solta, indo se juntar aos pais de Rebeca.

Igor se sente vazio assim que Júlio larga sua mão. Mas afasta esse pensamento assim que para em frente ao caixão. 

Observando a garota que parecia dormir,  seu rosto fino e delicado, parecia  até mesmo angelical.

E então a culpa o atinge, como se tivessem lhe dado um soco. A lembraça do rosto da garota, banhado por lágrimas,  dizendo que amava Júlio. 

E isso faz seu coração apertar, pois agora tinha Júlio,  e ela... Ela não tinha mais nada.

Sentindo-se tonto,  Igor se afasta sem nem ao menos dizer uma palavra bonita, em respeito a garota.

Sabendo que Júlio o observava com muita atenção.  Igor lhe da os ombros se encanhando para o banheiro,  que ficava ali na parte debaixo da casa.

Chegando lá se tranca, logo virando-se só para se vê no espelho.

Ele havia tirado Júlio da garota,  antes dela morrer...

Com esse pensamento,  seu estômago gira de uma vez. E ele se agaixa abrindo a tampa do vaso a tempo,  antes de por tudo para fora.

Assim que termina, limpa a boca com a manda do palíto. Mas antes que pudesse levantar, Igor percebe que o que tinha vomitado era sangue. 

Se levanta assustado, os olhos arregalados,  a respiração alterada, e o coração descompassado.

- Igor você está ai? - Pergunta Júlio de repente, batendo na porta, fazendo-o se sobressaltar.

Porém não responde,  nem ao menos sai do lugar. Apenas fica ali paralizado, e abraça o próprio corpo, como se tivesse se protegendo do frio.

- Igor eu sei que você esta ai! - Diz Júlio,  batendo mais uma vez, e logo após mexendo na maçaneta.

Igor balança a cabeça de um lado ao outro, saindo do topor.

Para evitar que Júlio fizesse algo mais escandaloso, que apenas lhe chamar. Igor fecha o vaso, dandp descarga,  e logo abre a porta.

Júlio estava prestes a bater na porta novamente,  quando Igor a abriu. 

Encarou o rosto do amigo preocupado,  Igor estava muito abatido e pálido. 

- Você está bem? - Pergunta preocupado,  agarrando o braço do menor, quando ele faz menção de passar por si.

- Sim .. - Diz Igor, tentando sorrir, mas falhando devido a fraqueza. - Estou bem...

Hoje não é um dia, para que ele se preocupasse consigo...