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História I'm in love with a... Luffy! - Hamburguer


Escrita por: JohnnyZeppeli

Notas do Autor


Boa noiteee <3 como estão?
pra compensar a demora, fiz um capítulo beeem especial HEHEHE
E gente, caso alguém sinta o Luffy meio ooc: a maioria das fics LawLu sempre trazem o Law como o apaixonado, e bem, decidi mudar um pouco isso HUEHEHUE e to adorando fazer um Luffy mais aberto romanticamente, sabem? espero que esteja agradando vocês também <3
Aliás, gente, vocês tem insta? eu ia adorar ter meus leitores e leitoras do meu feed, então, quem quiser, o meu é "asl_kyoudai". Bem One Piece, sim :V EAUAEUHAHU quem for do spirit, avisa pls <3 quero conhecer voceees
é isso, espero que gostem <3

Capítulo 6 - Hamburguer


Fanfic / Fanfiction I'm in love with a... Luffy! - Hamburguer

            POV Luffy

            Já era sexta novamente, porém, ao contrário das anteriores, hoje nós tínhamos atividade do clube que escolhemos, por isso, a aula acabaria somente no final da tarde. Tínhamos várias opções de escolha, mas optei pelo de  culinária. Como sempre morei sozinho com meu pai, eu me virava para aprender algo novo e, com isso, comecei a me apaixonar cada vez mais pela comida, então, quanto mais eu puder me aperfeiçoar, melhor. Para a minha surpresa, todos os meus amigos vieram pra esse clube também. Bonney disse que “era por motivos óbvios”, Nami, porque não se dava com nenhum outro grupo, enquanto Kid disse que ele o Torao cozinhavam tão bem quanto um milho, e seus pais obrigaram-nos a se inscrever porque “ninguém é obrigado a cozinhar pra eles pra sempre”.

            Aproveitei o intervalo do final da aula para ir ao banheiro – por sinal, eu já tinha me acostumado a usar o banheiro feminino, mesmo que fosse realmente estranho mijar sentado – e acabei encontrando Nami.

            - Olha ai, se não é minha gulosa preferida, juntamente da Bonney, é claro.

            - Ora, adorei o apelido, shishishi. – Sorri, sendo retribuído por ela.

            - Então, você vai hoje?

            - Vou aonde?

            - Bonney não te contou? Porra, Bonney... Bem, como você já sabe, a gente se reúne na casa dos amigos nas sextas enquanto as provas não chegam, e hoje vamos na do Kid. Mas, como os pais do Kid não moram com ele, aquele ruivo tem uma casa estupidamente enorme toda pra ele e, por isso, ele quer que a gente durma lá. Você pode?

            - Dormir? Eba! Eu Só preciso avisar meu pai, já que foi tudo bem repentino.

            - Certo, foi repentino mesmo. Achei que Bonney tinha te avisado ontem, mas enfim... Mande mensagem para o Kid depois. – Assenti, vendo Nami sair do banheiro.

            O problema era que: eu não tinha nenhum pijama feminino, e dormir usando o tapa-sexo era realmente bem ruim. Mas, em compensação, eu poderia dormir perto do Torao e... Argh, preciso falar com o Kid!

            Ainda no banheiro, peguei meu celular e digitei uma mensagem para ele, sendo prontamente respondido.

            “Kid, me ajuda! D: eu quero ir na sua casa mas eu não tenho nenhum pijama muito feminino!!!!!”

            “Ué, e dai? Você não precisa dormir de camisola de rendas pra ser mais feminino... Inclusive, tenho certeza de que Law ia adorar ver você dormindo com uma camiseta larga”

            “... sério?”

            “Com toda a certeza! Pijama é uma coisa meio aleatória, você não precisa se preocupar com isso, eu posso até te emprestar um com uma bermuda. E dai, bem... Fica até melhor pra você não se preocupar com, ahn... Volume. Mas, por favor, fique de cueca” – Eu tinha esquecido de que Kid sabia o que eu fazia pra esconder isso... É, é bem constrangedor, mas pelo menos funcionava.

            “Perfeito, então! Muito obrigado <3”

            “Que isso, não precisa agradecer. Inclusive... Tenho um plano que pode te ajudar muito”

~~

            O clube de culinária era bem animado, e o nosso professor era um rapaz realmente jovem, parecia até ter a minha idade. Era loiro e tinha uma sobrancelha engraçada, mas era filho de um chef muito renomado, o Zeff, então eu tinha certeza de que estávamos em boas mãos. Eu só não diria isso pro cara de cabelos verdes que estava na mesa do meu lado, ele parecia bem nervoso, e o professor – Sanji, seu nome  - não parava de marcá-lo. Numa dessa, eles já se conheciam.

            Sanji pediu para que a gente se separasse em trios. Eu fiquei com Torao e Nami, enquanto Kid e Bonney ficaram com o cara de cabelo verde.

            - Bem-vindos ao clube de culinária, fico muito feliz que tenham escolhido este clube, mesmo que seja por obrigação – ele olhou de canto para o cabelo de alga – e meu objetivo é fazer a culinária de vocês evoluir cada vez mais. Porém, como nem todos aqui tem um conhecimento básico de culinária, eu vou começar com algo básico. Quero que façam onigiris, usando suas próprias receitas. Vocês tem trinta minutos.

            Sorri, pois onigiri sempre foi um dos meus pratos preferidos. Nami também parecia segura com a receita, enquanto Torao nos encarou um tanto desesperado.

            - Law sempre foi o tipo “mimado demais” e acabou não aprendendo nada disso. – Nami ria – Se duvidar, ele não sabe fazer nem suco de pacote.

            - Ow, escuta aqui... – Ele a encarou, desviando o olhar logo em seguida – E qual o problema? – Fez bico.

            - Olha só, eu não disse?

            - Shishi, não tem problema, Torao, eu te ensino. – Peguei alguns ingredientes e coloquei-os próximo do Torao. Expliquei detalhadamente cada passo, e ele me olhava atentamente, imitando meus movimentos. Como sua mão era – muito – maior que a minha, seus onigiris ficaram realmente bem maiores, porém, ele estava fazendo tudo corretamente. Quando terminamos, deixei que ele provasse um dos meus.

            - Wow, você é ótima! Isso está incrível!

            - Obrigada. – sorri – Como meu pai trabalhava o dia inteiro, eu sempre tive que me virar com comida, ai acabei aprendendo muita coisa.

            - Vamos adorar provar algo feito por você, Luffy. Cozinhe para nós um dia! – Nami segurou meu ombro – Certo, Law?

            - Oh, claro. – Ele retribuiu o sorriso.

            Logo, Sanji se aproximou de nossas mesas para avaliar os onigiris. Ele encarava o Torao de um jeito um tanto estranho, e Torao às vezes retribuía. Admito que me senti um pouco estranho com aquela cena, mas preferi ignorar. Fiquei muito feliz quando Sanji disse que o meu fora o melhor da turma. Nami e Torao também foram elogiados, assim como Kid e Bonney. O único que recebeu uma crítica foi o cara de cabelos verdes. Bonney me contou que seu nome era Zoro, que ele conhecia Sanji há muito tempo e que eles tinham uma espécie de “rivalidade”. Além disso, Zoro se inscreveu no clube de culinária por obrigação do pai e não sabia que seu professor seria Sanji... É, é bem confuso.

            Apesar de ser apenas a primeira aula, eu já tinha adorado o clube e estava muito feliz por ver todos os meus amigos comigo. Saímos todos juntos – Bonney levava consigo todos os onigiris que fizemos e dividia-os comigo – e fomos até a casa do Kid caminhando. Como eu já esperava, a casa era tão grande e bonita quanto a do Torao, a única diferença era a decoração, quase totalmente náutica, variando entre as cores azul e branco. A decoração interior mantinha o padrão de cores, além de diversas fotos de pessoas vestidas de marinheiro, dentro de um navio, entre outros. Realmente era uma casa linda!

            - Gostaram da decoração? – Kid perguntou para mim e para Bonney. Assentimos, em silêncio – Heh, obrigado. Meu pai é almirante da marinha e minha mãe é médica militar. Por isso, eu sou emancipado, já que meus pais quase nunca ficam em casa. Mas olha, a casa é de vocês, se quiserem abrir a geladeira – ele olhou para mim e para Bonney, sorrindo - , deitar e rolar, façam o que quiser, só não fiquem pelados, por favor.

            Sorri, ainda encantado com a casa de Kid. Vários empregados vieram nos cumprimentar, e era legal ver como Kid os tratava com todo o respeito do mundo. Eu tinha uma visão meio errada das pessoas super ricas, já que na maioria dos filmes elas eram arrogantes. Por isso, fico muito feliz em estar convivendo com a alta classe e mudando minha visão.

            - Ei, – Kid segurou meu ombro, sussurrando – vamos fazer um lanche, mas se quiser, recomendo que você já vá colocar seu pijama, até mesmo pra que você consiga arrumar suas, ahn... Coisas. Meus pijamas ficam na porta do canto esquerdo, acredito que os que estiverem mais no canto servirão melhor em você, já que são os que ficaram pequenos em mim, e meu quarto é o último do corredor. Pode deixar que eu vou distraí-los. – Ele piscou, e eu retribui. Contar meu segredo ao Kid realmente foi a melhor coisa que fiz.

            Discretamente, subi as escadas e então corri até a última porta, fechando-a depressa. Não demorou para que eu ficasse abismado com o que eu via: o quarto de Kid era simplesmente enorme, minha casa caberia ali umas cinco vezes. Ele tinha um tv enorme, sofás, sendo um enorme e de canto onde cabiam tranquilamente três pessoas deitadas, uma cama também enorme e várias coisas que vinham dos diversos países que ele provavelmente já visitou. Observei tudo atentamente enquanto seguia em direção ao guarda-roupa e, ao parar diante dele, abri a porta pegando o primeiro pijama que eu vi, sem prestar atenção na estampa, visto que só a quantidade de pijamas de Kid ultrapassava a minha quantidade de roupas.      

            Comecei a me despir, ajeitando minha roupa íntima. Eu tinha optado por ficar de sutiã. Apesar de ser desconfortável, seria meio estranho eu de repente perder os peitos, né? Arrumei minha cueca e comecei a desdobrar o pijama, só ai notando sua estampa: ele era mesclado de azul com lilás e tinha estampa de doces. Comecei a gargalhar, pois nunca na vida eu podia imaginar o Kid usando algo daquele tipo. Vesti o short, que tinha apenas a cor lilás e sem estampas, e ainda parei para observar a camiseta novamente. O bom era que combinaria comigo, e não percebi quando voltei a rir... Só me toquei quando ouvi a porta ser aberta, revelando um Torao que segurava sua mala.

            Levantei-me rapidamente, entrando no armário e fechando a porta com pressa, de modo na discreto. Ou seja, ele com certeza tinha escutado.

            - Hm? Tem alguém aqui?

            - Sim! – Forcei uma voz grossa, tentando imitar a de Kid – Eu estou aqui. – Não demorou para que eu ouvisse um riso.

            - Luffy, Kid estava lá em baixo quando eu subi... Por que está escondida dentro do armário dele? – Comecei a ouvir seus passos se aproximando, porém, devido à grande quantidade de roupas, era quase impossível que eu conseguisse vestir minha camiseta.

            - É... Eu entrei pra pegar um pijama e fiquei presa. – Claramente eu não era um bom mentiroso.

            - Sério? – Ele parou em frente à porta, puxando-a sem dificuldades – Mas...

            - Não olha! – Joguei um monte de roupas em sua direção, saltando para fora do guarda-roupa e vestindo minha camiseta rapidamente. – E-Eu estava me trocando.

            - Ali dentro? – Ele juntava as roupas, ainda sem me olhar – Ok, é melhor eu parar com pergunt... – Torao me encarou, e um enorme sorriso formou-se em seu rosto – Isso é do Kid, né?

            - É, sim.

            - Esse pijama tem uma história excelente. Eu quero que você saiba isso vindo dele, por favor – Ele se aproximou, ainda encarando o pijama. De repente, seu sorriso diminuiu e seu rosto tomou uma expressão mais... Carinhosa, eu diria – Mas é óbvio que ficou melhor em você. – Senti meu rosto esquentar.

             E se eu contasse meu segredo agora? Provavelmente ele ficaria chocado, mas eu também podia ter chance de me declarar, quem sabe seria até melhor... Ergui meu rosto, observando atentamente aqueles olhos de coloração que eu nunca tinha visto.

            - Torao, eu posso te contar uma coisa?

            - Hm? Claro que pode.

            - É que... Eu, tipo, ahn...

            - A gente vai passar só um dia aqui, pra que tanta tralha? Como se vocês fossem- Eita! – Kid adentrou o quarto segurando várias malas, enquanto Nami e Bonney os seguiam com apenas seus celulares. Ficou um tanto espantado ao olhar para mim e para o Torao, como se soubesse que tinha atrapalhado algo. Bonney também percebeu, enquanto Nami conversava com alguém em seu celular, alheia à situação.

            -  É... Viemos deixar nossas coisas e, uh, Kid queria saber o que vocês querem jantar.

            - Por mim, tanto faz, desde que seja comida. – Sorri, sendo retribuído pela Bonney.

            - E você, Law?

            - Tanto faz, – Ele deu ombros – desde que não seja pão. – Voltou a encarar Kid e Bonney.

            - Está nos expulsando daqui com o seu olhar, Law? Esses olhos amarelos são um encanto, sabia? – Bonney dizia em tom de deboche, fazendo com o que Torao corasse. Eu já tinha perdido a coragem de contar à ele, então, acharia melhor não ficarmos sozinhos.

            - Eu te conto outro dia, Torao. – Sussurrei – Vem, vamos comer.

            - Ah, porra! O pijama! – Kid apontou para mim.

            - Sim, o pijama! Torao disse que você vai me contar a história.

            - Eu? A-Ah, sim, eu conto. – Kid pareceu um tanto nervoso.

            Voltamos para a sala, onde Bonney, Nami e Torao sentaram-se no sofá enquanto serviam algo para eles tomarem. Kid segurou minha mão, me arrastando para um canto longe deles.

            - Então... Antes de tudo, como o Law falou pra você?

            - Falo o quê?

            - Do pijama.

            - Ah, sim. Ele sorriu, disse que o pijama tinha uma história muito boa. Mas daí o sorriso dele meio que diminuiu e ele disse que queria que você me contasse sobre.

            - Ele sorriu? É, ele não demonstra... Bem, é o seguinte: Eu fazia aniversário no mesmo dia que a irmã dele, a Lami. Como somos amigos de infância, eu e ela sempre acabávamos comemorando juntos, o que acabava rendendo até mais presentes. O tio do Law, Doflamingo, era daqueles que aparecia só pra comer e pra fazer piadas ruins, mas ele sempre dava presentes legais. Um dia, na verdade... No último aniversário da Lami, ela disse que “ano que vem, ia querer um pijama”, daqueles estilo “kigurumi”... – Kid suspirou, e não foi difícil notar uma expressão bem triste em seu rosto.

            - Kid, se não quiser contar, você não precisa...

            - Não, relaxa. É bem melhor eu falar isso pra você do que o Law, ele sim jamais conseguiria. Fora que você é o futuro namorado dele, – Ele sorriu, apertando minha bochecha – merece saber essas histórias. Enfim... Lami queria um pijama kigurumi com estampa de comida, mas Doflamingo não encontrava isso de jeito nenhum. Então, ele encomendou um tecido e mandou fazer um kigurumi e um pijama para verão, já que fazemos aniversário nessa época e, apesar de ser meio cedo pra fazer o presente, ele já queria deixar tudo pronto pro ano que vem. Mas, do jeito que o Doflamingo era meio burro, ele esqueceu de passar as medidas e os pijamas ficaram enormes, e dai ele disse pra ela guardar e usar quando crescesse. Só que... É, Lami morreu três meses depois, e... Argh, é bem ruim falar isso, mas ela foi enterrada com o kigurumi. Depois disso, Law não quis ficar com o pijama de verão, mas também não quis se desfazer dele. Acabou que ele ficou aqui... E, bem, sei o que está pensando: “Onde está o lado cômico disso?”. No ano seguinte, Doflamingo mandou fazer um pijama igual para o Law, e bem, nem preciso dizer que ele sentiu a maior vergonha da vida, né? Mas em hipótese alguma ele quis se desfazer do pijama dele, então acredito que esteja guardado também. Inclusive, uma vez Doflamingo foi visitar seu irmão e Law vestiu o pijama para parecer que estava usando sempre. Sabe, você ia adorar vê-lo daquele jeito. E acho que ele gostou de te ver vestido assim porque imaginou a Lami em seu lugar.

            - Caralho... – Eu já não sabia o que dizer. A história toda era realmente pesada, apesar de que, não vou negar, fiquei realmente curioso pra ver o Torao usando um pijama igual ao meu.

            - Sim, é bem foda. Mas Law é uma pessoa incrível... Quando Lami morreu, ele obviamente ficou em choque, não queria sair de casa nem se Corazón ameaçasse explodir a casa. Eu tentava ir lá, mas né, eu tinha tipo uns seis ou sete anos, nem sabia direito o que dizer. Mas você sabe que criança fala umas coisas do nada, né? Ai um dia eu cheguei no Corazón e falei “Não acho que a Lami ia gostar de ver ele chorando”. Em uma questão de segundos, Corazón estava arrastando aquela criança chorona pela casa e o colocou no sofá, na minha frente. Aquela cena me marcou pra caralho: Corazón segurando o rosto do Law e mandando ele sorrir, viver pela Lami, porque ela adorava vê-lo sorrindo e não ia querer que ele se limitasse às coisas por causa dela. Depois daquilo que Law ficou meio fechado mas, ao mesmo tempo, extremamente maduro e, às vezes, carinhoso e cuidadoso até demais.

            - Eu gosto disso nele. – Interrompi – Torao me passa uma segurança incrível, acho que foi uma das coisas que me fez gostar dele.

            - E se você pensa que ele é assim só com meninas, você tá errado. Teve vezes que ele fazia questão de me acompanhar até a porta de casa por medo de algo acontecer, e por mais que eu dissesse que sou mais alto e mais forte que ele, isso não adiantava. Foi até engraçado quando conhecemos a Nami. Como você pode ver, ela e Lami possuem nomes quase idênticos, e isso só fez com que Law grudasse ainda mais nela. Ele só parou quando descobriu que Nami sofreu uma tentativa de assalto de três caras, porém deu uma surra em todos eles e alguns dizem que ela até colou a cara de um deles no asfalto. E, sinceramente, vindo dela eu não duvido. – Rimos juntos. Nami realmente era muito forte e independente, não consigo imaginar ela precisando de alguém pra defendê-la.

            - Entendi... Wow, realmente tem muita história. Aliás, posso te fazer mais uma pergunta?

            - Claro, à vontade.

            - Como foi quando o Torao se assumiu?

            - Ora, que direto. Mas, sabe de uma coisa? Foi absolutamente normal. Na verdade, desde cedo Corazón já desconfiava, e depois que eu criei maturidade pra entender essas coisas, eu também desconfiei. Por causa disso, Corazón nunca foi desses pais do tipo “quando você vai me apresentar sua namorada?”, então Law sempre se sentiu muito confortável. Até um dia em que ele chegou em mim dizendo “Ei, sabe aquele loiro da turma C? Eu beijei ele”. Ai eu só perguntei se foi bom, ele disse que sim, e fim. Na verdade, esse foi o primeiro e único cara que o Law beijou, e foi justamente pra ele se sentir bem em dizer que gostava de homens. Inclusive... Esse cara é o professor do clube de culinária. – Ele riu, e encarei-o, surpreso. Não vou negar, senti uma mistura de surpresa com ciúme, e Kid percebeu isso – Ei, não fique mal, ok? Sanji também estava curioso, e bem, Law foi quem apareceu. Na verdade, eu já conhecia Sanji e Zoro apenas de vista e, na época, me contaram que os dois se gostavam, mas Zoro era orgulhoso demais pra admitir. Dai Sanji foi lá, beijou o Law, Zoro descobriu, eles brigaram... Foi uma putaria, e isso foi tipo, sei lá, na sétima série? E eu tenho quase certeza de que até hoje não rolou nada entre aquelas dois, é um mais orgulhoso que o outro. – Kid olhou para mim novamente, percebendo que eu ainda estava emburrado – Ah, Luffy, você é do tipo ciumento? – Ele ria.

            - Não, eu não sou. É que... É estranho.

            - Haha, eu sei, eu te entendo. Mas sério, relaxa, ok? Ainda rola uma tensão entre eles, porque foi aquela coisa de “você foi o meu primeiro beijo e depois disso a gente nunca mais se falou”, mas sei lá, acho que finalmente rolar algo entre Sanji e Zoro, Law pode voltar a conversar com ele normalmente. Vamos aguardar, certo? Mas não se preocupe com nada, as chances de rolar algo entre eles é de tipo... Menos de zero? -      Dessa vez, quem riu fui eu.

            - Ok, eu vou ficar tranquilo. Eu perguntei isso porque tipo... Todo mundo acha que eu sou uma menina, mas tenho medo quando descobrirem que sou um menino e sou gay. Eu sei que meu pai vai me aceitar tranquilamente. Na verdade, ele já aceita. Mas, não sei... Com o pessoal daqui, fico meio inseguro.

            - Olha... Nami sempre tratou Law com todo respeito do mundo, e Bonney não faz o tipo de quem teria nojo de você por isso. Quanto ao Law, como eu já te disse, ele vai sim ficar chocado ao saber que você é um menino, e pode demorar um tempo pra que ele engula isso. Mas Luffy, eu tenho certeza, repito, certeza, de que vocês vão ficar juntos. Só fique calmo, ok? Tudo tem seu tempo.

            - Certo! – Levantei, abraçando o Kid e sendo retribuído prontamente. Eu ficava muito feliz ao ver o quanto nossa amizade tinha evoluído em tão pouco tempo. – Você tá me ajudando tanto com o Torao... Eu quero te ajudar com a Bonney!  E vou fazer isso agora!

            - Pera, o quê?

            - É, você vai ver.

            - Luffy, perai. Eu aprecio sua boa vontade, mas tipo... Eu queria falar com ela em outro lugar, sabe? Quero levá-la pra um parque, algo do tipo. Pode até ser um parque de diversões, porque fiquei sabendo que ela adora adrenalina. Inclusive, podemos marcar de ir todos juntos. Lá você até pode falar pra ela que eu to afim dela, pode ser?

            - Eba, então pode sim! – Sorrimos juntos.

            Voltamos à sala, e notamos que os outros já se preparavam pra jantar. Torao me encarou e logo olhou para Kid com um olhar não muito alegre. Porém, Kid apenas riu diante da situação. Sentou-se do lado de Bonney, e eu me sentei entre Torao e Nami. O cardápio era hambúrguer, menos o de Torao, que era apenas a carne com salada e molho por cima.

            - Eu odeio pão. – Ele me contou, como se estivesse lido meu pensamento.

            - Sério? – Olhei para meu hambúrguer, pegando um pedaço do pão com um garfo e mergulhando-o no molho – Por que não prova ele com alguma coisa? Vai, é bom... – Fiz um bico, e não demorou para que Kid aproveitasse a oportunidade de ver Law corado.

            - Com você pedindo assim ele pira, Luffy.

            - C-Cala a boca, ruivo de merda. – Ele voltou seu olhar para mim. Colocou sua mão sobre a minha, levando o garfo até sua boca. Mastigou lentamente, mas sua expressão não era de desgosto. – Hm, é... Com um molho não é tão ruim.

            - Law é fresco, é só isso. Ele comeu um tipo de pão quando fomos à França e dai diz que não gosta de nenhum. Aposto que ele nunca nem comeu um hamburgão como esse.

            - É sério, Torao?

            - Você adora me foder, Kid?

            - Não no sentido que você queria, meu amor. – Kid piscou para ele e mandou um beijo. O rosto do Torao ferveu, porém as meninas e eu apenas caímos na gargalhada.

            - Eu não me submeteria à isso nem que me pagassem. – Torao respondeu. – E sim, eu nunca provei hambúrguer.

            - Wow, mas é uma comida divina! – Peguei meu hambúrguer, empurrando-o para Torao – Vai, prova. – Ele suspirou, sorrindo para mim e pegando o lanche de minhas mãos. Nesse momento, ouvi Nami sussurrar algo do tipo “Ele não consegue dizer um não pra você, Luffy”. Admito que aquilo me fez corar.

            - Perai, Law! – Kid gritou – Antes de provar... Se você gostar de hamburguer, vai ter que dar um selinho na Luffy.

            - O quê? – Dissemos juntos.

            - É um desafio, ué.

            - Law, é só um selinho, desses de amigos. Até eu faço isso no Kid.

        - Ah é? E-Então faça! – Torao a desafiou. Bonney deu ombros, virando-se para Kid e segurando seu rosto, selando seus lábios brevemente. Kid ficou claramente surpreso.

            - Oloco, assim eu me apaixono. – Ele afirmou.

            - Essa é minha intenção, meu querido. – Piscou para ele.

            Encarei Torao novamente. Ele estava claramente constrangido. Eu, por outro lado, obviamente queria que isso acontecesse, mas ao mesmo tempo eu estava totalmente envergonhado. Torao suspirou, olhando para o hambúrguer e, em seguida, para mim.

            - Ok, eu aceito. – Deu uma mordida média no sanduíche e, novamente, sua expressão estava longe de ser algo desagradável. Ele sorriu, e logo começou a rir. Sua risada acabou contagiando toda a mesa e, em seguida, todos nós ríamos.

            - O que isso quer dizer, Law? – Kid perguntou.

            - Quer dizer que você sabe me foder. E não, não é “naquele sentido”. – Torao pegou um guardanapo, limpando sua boca. Suspirou, virando seu corpo para mim. – Então... Eu posso?

            - É... B-Bom, se não for ruim pra você. Porque, né, ahn, você gosta de caras, e...

            - Calma, é só um selinho. Estou de boa com isso.

            - Hm... Ok, então. – Sorri. Ele segurou meu rosto com suas duas mãos, e aproximou-se sorrindo, selando meus lábios rapidamente. Porém, Kid não perdeu tempo, e eu pude ouvir um “click” vindo de seu lado. Torao se afastou, assustado.

            - Olha, bela foto. – Ele mostrou seu celular. Torao o encarava constrangido.

            - Se um dia seu celular for parar numa privada com bosta, não me culpe.

            - Uau, que vingativo. Mas vai dizer que foi ruim? – Torao deu um sorriso tímido.

            - Luffy é como uma irmã pra mim, então foi realmente estranho. Mas como Bonney falou, é só um selinho, então não é algo que vai deixar o ambiente ruim.

            - Concordo com Torao. – Afirmei, porém ainda me sentia realmente envergonhado.

            - Então você ama ela, mas como uma irmã? – Bonney questionou.

            - Exato.

            - Que fofo. – Ela sorriu, sendo retribuída por ele. Por um lado, eu fiquei um pouco magoado, afinal eu era uma irmã... Por outro, fiquei mais ansioso. Ele me amava, mas como uma irmã. Porém, ele não sabia que eu era um e homem, então...

            Argh, minha vontade de falar pra ele tá cada vez maior!

            Foco, Luffy, não estrague tudo.

            Suspirei, vendo que Torao me devolvera meu hambúrguer. Sorrimos um para o outro, e novamente Kid não deixou passar em branco. Sorria para mim, enquanto eu sentia meu celular vibrar pelo fato de estar recebendo as várias fotos que ele tirava. É, eu ia acabar guardando aquilo.

            Quando o jantar terminou, subimos para o quarto de Kid e começamos a arrumar as camas. Colocamos vários colchões perto do sofá, de modo que deitássemos de frente para a tv. Kid e Torao entraram no banheiro para se trocar, enquanto Bonney e Nami se trocaram ao meu lado. Era até estranho saber o quanto as pessoas estavam acreditando que eu era uma menina, afinal, elas se trocavam ali tranquilamente. Bem, não é como se essa cena fosse algo tão incrível para mim, certo? Na verdade, eu queria ver o Torao se trocar...

            - Quer ver o Law se trocar, Luffy? – Nami me encarou.

            - Eu?

            - Haha, sua cara não me engana, boba. Vai, eu te ajudo. – Ela terminou de se vestir. Mexeu em sua bolsa, pegando uma pequena embalagem e, em seguida, começou a bater na porta do banheiro desesperadamente. – Abre isso, por favor! Ta vazando! Abreeee!

            - Que porra? Você se mijou? – Torao abriu a porta, e logo Nami o puxou pela mão, colocando-o para fora do banheiro juntamente de Kid, entrando no local e trancando a porta, deixando os dois com uma cara de desentendimento total. Porém, eu não podia deixar de admirar Torao. Ele estava sem camiseta, e segurava a peça em sua mão. Suas tatuagens agora estavam totalmente à mostra, e elas o deixavam ainda mais bonito. Além de seu corpo ser perfeito: Torao não era muito magro, mas também não era muito bombado. Era, como eu disse, perfeito. Nem percebi quando Bonney se aproximou de mim, sentando do meu lado.

            - Você não sabe disfarçar. – Ela virou meu rosto para si, me tirando dos meus pensamentos. – Cuidado para eles não perceberem.

            - C-Certo, desculpe.

            - Mas você está certa, ele é lindo. – Sussurrou – Ah, aliás, se vistam logo. Nami menstruou e precisou colocar absorvente, não tem nada de mijo. Venham deitar logo.

            Eles deram ombros, e cada um deitou-se em um lado do sofá, deixando os colchões para nós – com o Torao deitado no sofá que estava do meu lado -. Não demorou para que Nami voltasse, me lançando um olhar malicioso enquanto olhava para Torao.

            Nami era muito esperta. Eu sentia que deveria contar à ela e a Bonney sobre isso logo... É, acho que farei isso quando formos ao parque.

            Logo, todos estávamos deitados. Kid ligou um jogo de luta em seu video game. Era um jogo onde podíamos formar times, e era um dos que eu mais gostava de jogar com o Ace quando éramos crianças, se chamava Super Smash Bros. Como estávamos em número ímpar, aceitamos jogar um trio versus uma dupla. Eu e Torao ficamos juntos, e vencemos os três sem dificuldades.

            - Caralho, Luffy, você é boa demais! – Nami me elogiava.

            - Shishi, eu joguei isso com meu primo a minha infância inteira. Nunca perdia as lutas.

            - Você sempre fala do seu primo, Luffy. Como ele é? – Kid perguntou.

            - Ah, ele é alto, tem cabelos pretos e sardas na bochecha. Ele é bem bonito, sempre tem meninas se declarando pra ele, mas ele é gay.

            - Ah, aquela escola tem muita gente iludida. Homem dá em cima de mulher que gosta de mulher, mulher dá em cima de homem que gosta de homem... Nami já sofreu muito com isso, né?

            - Nem me fale, eu não suporto aquele bando de homem grudento querendo algo comigo. Quero todos longe.

            - Oh? Você gosta de mulheres, Nami? – Perguntei, curioso.

            - Ah, eu nunca falei, né? Sim, eu gosto. – Respondeu com naturalidade.

            - Logo vocês vão conhecer a menina dos sonhos da Nami. Como ela é esperta, fica de olho nas veteranas. Ela é do segundo ano, mas como seu pai mora em Dubai, ela ainda está visitando-o.

            - Dubai? Oloco.

            - Heh, sim. – Nami sorriu, um pouco tímida – Mas eu quero que vocês a conheçam, sim. Logo ela está de volta. Mas bem, chega de falar de mim. Amanhã eu quero acordar cedo e caminhar, por isso, vamos dormir.

            - Você tá louca achando que eu vou tirar minha bunda desse sofá cedo, né?

            - Não, porque eu sei que você vai. Vamos todos juntos, na verdade. Meninas, vocês topam?

            - Por mim, sim.

            - Por mim também. 

            - Tanto faz.

            - Viu, Kid? Só você é um nojento sedentário. Vamos, amanhã quero todos de pé cedo.

             Assentimos, nos ajeitando para dormir. Virei-me de costas para Bonney e Nami, de modo que eu desse de cara com o sofá e, consequentemente, com Torao. Ele mexia em seu celular, e pude ver que ele falava com seu pai. Para melhorar, conseguir ler a última mensagem de Corazón, que dizia “cuide bem de Luffy”. Sorri.

            - Torao, boa noite.

            - Oh, boa noite, Luffy. – Ele acariciou meus cabelos. Fechei os olhos lentamente, aguardando o sono chegar e, por um momento, podia jurar ter recebido um beijo em minha bochecha.

           

            


Notas Finais


e o nosso casal tá começando a avançar, hue <3
Primeiramente: o aniversário do Kid é dia 10 de janeiro (inverno no Japão) maaas eu quis deixar no verão por motivos de: eu posso :v
well, agora a gente entrou no arco do "Law que ama a Luffy porém como irmã", e ele vai ser um pouquinho longo (longo seria tipo... 4 ou 5 capitulos), mas prometo fazer muitas cenas de um Law irmãozão superprotetor <3
para as pessoas curiosas sobre "o jeito do Luffy esconder o Luffy Junior": eu pedi ajuda pra um amigo meu e ele disse que dá pra esconder se colocar ele "pra baixo e pra trás". Então, é.... é isso OUHEUAEUAHUIEHUI
ah! e gente, antes que pensem algo: não vai ter nada de Law e Sanji, viu? UHEUHEHU nada de treta entre eles, Zoro ou algo do tipo. Quis colocar esse "casal" na fic só pra poder ter um desenvolvimento melhor de ZoSan hehe
Alias, uma pergunta: pro próximo capítulo, vocês querem o parque de diversões ou um ZoSan?
Vocês escolher <3 beijos!
e qualquer erro, por favor, avisem!


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