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História I'm Not An Error - Once Slow...


Escrita por: ArigatoHoney

Notas do Autor


Hey hey hey, voltei mais cedo u.u

Enfim, não tenho muito o que falar, só, obrigada pelo carinho dos comentários do prólogo. Eu não consigo responder mas eu leio todos sempre que posso, e fico cada vez mais animada com os comentários de vocês.

Enfim, deixa eu parar de enrolação, vamos pro capítulo...

Kissus^^

Capítulo 2 - Once Slow...


— Maldita lei que me obriga a vir pra esse inferno.


•Chaeyoung•


As pessoas estavam me olhando, eu sentia o peso do olhar de todas elas, mesmo tendo caminhado até a enfermaria com o olhar preso nos meus pés.

Já era vergonha o suficiente ter apanhado em público, eu não precisava bancar o durão, sair com a cabeça erguida e fingir que não me importo. Eu não estaria sendo sincero nem comigo mesmo se o fizesse.


Quando cheguei, o local estava vazio, nem uma alma viva sequer.

Eis aqui uma enfermaria que não tem nem enfermeira, bom, na verdade tem, o problema é que aquela mulher nunca está aqui. Está sempre com problemas pessoais que parecem ser mais importantes que o emprego.

Mas eu não tinha do que reclamar, afinal, os problemas dela a tiraram da enfermaria justo quando eu precisava ficar sozinho.


Sentei em uma das macas e passei a mão na testa me arrependendo logo em seguida ao sentir abertamente um dos cortes, este sendo em cima da minha sobrancelha.

Corri o olhar por toda a área, procurando alguma coisa que pudesse me ajudar, e dentre todas as prateleiras e gavetas, peguei um remédio qualquer, álcool, algodão, e um band-aid.


Um machucado no canto da minha boca, um corte no dorso do meu nariz e um acima da minha sobrancelha. Eu consegui sentir-los corroendo minha pele, deixando minha carne irritada e dormente. Procurei um espelho ao redor que pudesse me auxiliar mas não consegui encontrar.


— Vamos lá. - suspirei e peguei um algodão do material ao meu lado, junto com álcool hospitalar.


Encharquei o algodão com o álcool e tentei limpar as feridas no meu rosto, mesmo sem enxergá-las. Ouvi a porta da enfermaria abrir e pedi a Deus para ser a enfermeira.


— Olá, tem algué... Chaeyoung! O que está fazendo aqui? - Mina surgiu na porta, entrando devagar e fechando a mesma em suas costas.


— Não sei se está vendo, mas eu estou tentando limpar a porcaria do meu rosto. - falei irritado, um nó se formando em minha garganta, eu não conseguia olhar para ela em meu estado.


— Sozinho? - ela olhou ao redor, procurando alguém, senti a preocupação em sua voz, e de repente, foi como se nos conhecêssemos a anos. Pigarreei, saíndo do clima estranho que estava nos metendo.


— Tsc, óbvio que não! Tem duas enfermeiras incrivelmente sexys ao meu lado, não está vendo? - falei rude, vendo o pequeno sorriso em seu rosto esvair-se. — Droga! Perdão, Mina. Perdão pela minha ignorância. - pedi, me sentindo um completo idiota, frustrado e humilhado.


— Posso te ajudar? - perguntou, e eu estendi o algodão para ela, que pegou e se aproximou, limpando lentamente meu rosto. — O que aconteceu com você?


— Seu futuro namoradinho é um bully ignorante e covarde. - falei bufando e ela me encarou com dúvidas.


— Meu futuro namorado? Eu não costumo namorar agressores. - falou, com um mínimo sorriso ladino, que se esvaiu com sua frase seguinte. — Na verdade, eu nunca namorei ninguém. - seu olhar se perdeu e ela acabou passando o algodão encharcado sem delicadeza em um dos cortes, chiei. — Desculpe.


— Ele com certeza virará um santo quando se jogar nos braços dele. E se isso acontecer você estará me fazendo um favor. - falei mordendo o lábio, segurando um xingamento que viria com a dor do álcool em minhas feridas abertas.


— Você faz mais o meu estilo do essa pessoa, seja lá quem ele for. - disse sorrindo, e eu não pude deixar de ficar surpreso.


— Ótimo, você se apaixona por mim e minha vida vira um inferno, obrigado Mina. Você é minha heroína. - revirei os olhos.


— Eu nunca disse que me apaixonaria por você. - disse rindo.


Segui seus movimentos com os olhos, vendo-a jogar o pequeno algodão no lixo e voltar até mim, pegando os band-aids para terminar os curativos.


— Da próxima vez, seja mais clara, eu agradeço. - falei rápido, tentando esconder minha vergonha em tê-la interpretado mal.


— Vou pensar no seu caso, agora cala a boca e me deixa terminar. - pediu e eu o fiz, observando a delicadeza na qual ela terminava os curativos.


(...)


— Pronto, garoto chato. - Mina falou, jogando os materiais usados no lixo.


Desci da maca passando a mão pelos curativos e olhei a garota a minha frente com dúvidas.


— Afinal, o que você veio fazer aqui? Não parece estar doente. - ela fez uma expressão engraçada, como se tivesse acabado de ser pega aprontando.


— E não estou. - fez uma pausa, colocando as mãos nas costas. — Só descobri que a próxima aula é de matemática. Eu costumava fingir estar doente para cochilar na enfermaria durante as aulas de matemática.


— Olha só pra ela, a garota nerd, que foge das aulas de matemática, em que mundo vivemos. - comecei a andar até a porta da enfermaria sendo acompanhado pela mesma.


— Olha só pra ele, um garoto chato que fica brigando com os outro por causa de m... - ouvi murmúrios conhecidos do lado de fora, e tampei a boca de Mina, me abaixando rente a porta e a trazendo comigo.


— Fique quieta, por favor. - fechei os olhos, ouvindo as vozes cada vez mais perto, apertei Mina contra mim, sentindo-a se contorcer em meu braços.


— Mina, para! - Pressionei suas pernas no chão e fiz silêncio, respirando pesadamente enquanto ouvia os garotos falando na porta da enfermaria.


Apertei os olhos e abaixei a cabeça, encostando a testa no ombro de Mina. Isso até ter certeza de que eles haviam ido embora. Levantei devagar olhando pelo vidro da porta, tirei a mão da boca dela, que começou a me bater.


— Seu idiota, porque fez isso, qual o seu problema? - esperneou enquanto batia no meu ombro.


— Ei, já chega! Eu já fui humilhado o suficiente por hoje, não quero saber o que aconteceria comigo se o seu futuro namoradinho me encontrasse aqui com você. - falei prensando as sobrancelhas. Mina massageava as pernas com uma visível expressão de desconforto. — Desculpa se eu te machuquei.


— Só, controle a sua força da próxima, você é muito forte para o seu tamanho. - disse arrumando a postura.


— Então quer dizer que só porque eu sou baixinho eu sou fraco? - perguntei indignado — Não responde, só, deixa quieto. - falei e saí rapidamente da enfermaria, marchando até a sala.


(...)


•3° Pessoa•


Mina bufou e seguiu os passos do garoto, voltando a sala e se preparando para encarar uma aula de matemática que não queria.


Na sala, sentou-se ao lado do seu parceiro vendo o mesmo conversar com um dos amigos a frente, a voz, não era totalmente desconhecida, mas na hora não conseguiu assimilar a nada.


Quando parou para prestar atenção no rapaz ao seu lado, flashes vieram na mente; "Seu futuro namoradinho é um bully ignorante e covarde." ou "Ele com certeza virará um santo quando se jogar nos braços dele"

Logo associou a voz a pessoa, a mesma que fora ouvida enquanto estava se esperneando na enfermaria, esteve sentada o dia inteiro ao lado de um agressor e nem se deu conta.

Virou o rosto procurando Chaeyoung que batia boca com seu parceiro de sala, ele tinha um lápis apontado para a cara do sujeito e parecia falar ameaçadoramente com o mesmo.


— Hey novata! O que acha de dar uma volta? Eu e uns colegas vamos sair, porque não vem junto? Eu pago pra você. - seu colega perguntou tirando a garota de seus devaneios.


— Hm? Eu não sei. - se sentiu relutante.


— Vamos, você não vai se arrepender. - o sorriso dele a cativou, e ela correspondeu ao gesto concordando com a cabeça.


— Tudo bem, eu vou. - sorriu de volta, recebendo um piscar de olhos da parte do garoto.


— Aliás, meu nome é Jackson, muito prazer.- estendeu a mão para a mesma.


— Mina, o prazer é meu. - correspondeu.


(...)


Término do primeiro dia da semana, os adolescentes já saíam do enorme prédio da instituição. Chaeyoung esperava Jeongyeon sentado na entrada do colégio, quando o carro prata estacionou rente a entrada.


— O que diabos aconteceu com o seu rosto? Brigou de novo? - Jeongyeon perguntou baixando o vidro do carro.


— Eu não vou falar sobre isso aqui, se quiser conversar vai ser em casa. - Chaeyoung entrou no carro enquanto a irmã abria para sair — Onde você vai?


— Vou pegar seus materiais e seu uniforme. - Jeongyeon saiu do carro. — Se não quiser mostrar mais esse seu rosto remendado é só ficar aqui esperando, se estiver com pressa, pode ir de ônibus.


— Eu espero, mas vai logo, eu quero ir embora. — Chaeyoung falou, vendo a irmã fechar o carro e adentrar o prédio do colégio.


Dez minutos depois, Chaeyoung começara a bufar dentro do carro enquanto observava o resto dos alunos saírem. Todos os pelos de seu corpo se arrepiaram por inteiro ao ver Jackson sair agarrado com Mina e seus comparsas ao lado, pareciam conversar animadamente. Ficou tanto tempo os observando que nem notou Jeongyeon voltando para o carro.


— Aquela idiota, não sabe onde está se metendo. - Suspirou frustrado — Bom, espero que ela fique com ele, assim eu vivo em paz.


— Tá falando sozinho Chaeyoung? - Jeongyeon ria, o julgando com o olhar.


— Ai que susto! - Chaeyoung colocou a mão no peito, respirando pesadamente. — E não, eu só estou refletindo alto. Pensando no quão lerdos as pessoas podem ser. - falou vendo a cara de confusão da irmã, ele revirou os olhos e apontou para fora do veículo.


 — Olha alí, está vendo aqueles dois? Ela é um dos motivos pelo qual a minha cara está assim, e ele você já conhece não é?


— Vocês brigaram por causa da garota? Nunca imaginei que você fosse fazer isso. - Jeongyeon o olhou estranho, desconfiada.


— Não! - respondeu tentando manter a calma — Jeong presta atenção, ele me bateu porque quer que eu fique longe dela.


— Só por isso? — Jeongyeon pegou seus óculos de sol no porta luvas e pôs no rosto, antes de dar partida no carro.


— Óbvio que não, como eu já disse ela é um dos motivos. Ele me bate porque eu discuto com ele. - falou desdenhoso.


— E porque vocês discutem?


— Porque eu fico puto quando ele me chama de menininha. Ou melhor, com o novo termo dele "Projeto de machinho". Você já sabe dessa história. - Chaeyoung  falava sem perceber.


— Aish, Chae você sabe como é esse tipo de pessoa, não vale a pena discutir. - Jeongyeon se sentira mal pelo irmão — Não ligue para eles, eu vou dar um jeito de te transferir d...


— Ei, não precisa, tá tudo bem. Só foca em terminar a sua faculdade, eu quero uma irmã com um emprego bom e cheia das granas. - Chaeyoung ria e empurrava o ombro da mesma que ainda parecia meio mal. - Esse é o seu último ano, não se preocupe comigo, eu aguento. Eu dou um jeito, eu sempre dou.


— Só esse ano né? Eu não posso deixar você apanhar de graça por aí, que tipo de irmã eu sou?


— Aquela garota, se ela começar a namorar com ele a minha vida vai virar as mil maravilhas. E não é como se eu não tivesse amigos para me fazer companhia. Eu tenho aquelas duas "coisas" que esqueceram que eu já saí da suspensão e faltaram hoje. - falou arrancando risadas da irmã, quebrando o clima tenso do carro. — E esse uniforme novo, deixa eu ver?


— Tá no banco de trás, tenta pegar. - Jeongyeon falou sem tirar a atenção da estrada, enquanto o menor esticava o corpo para pegar a sacola no banco de trás.


— Vermelho? Sério? - disse torcendo o rosto ao esticar o uniforme rente aos olhos.


— Vai por mim, esse é melhor que o último. Ah, e o uniforme de educação física vai ficar muito melhor em você, peguei um tamanho grande, do jeito que gosta. - Jeongyeon sorriu olhando o trânsito pelo retrovisor.


— Valeu maninha. Ah, eu vou precisar de carona amanhã, vou cortar o cabelo, já está grande de mais. - falou puxando uma mecha de cabelo até a frente dos olhos.


— Só posso ir pela manhã, e não vai dar para te esperar. Vou precisar ajudar a Nayeon. - falou a mais velha olhando para os lados ao entrar em uma das ruas.


— Sem problemas, eu chamo uma das embustes para ir comigo. 


— Ok, então!


Jeongyeon fora todo o caminho conversando com o irmão, coisa que raramente fazia, já que o mesmo quase nunca se abria. 

Era uma conversa animada, sobre assuntos aleatórios, que iam desde as amigas de Chaeyoung, até a namorada da mais velha. Ao chegarem na frente de casa, Chaeyoung tirou as sacolas do carro enquanto Jeongyeon foi estacionar o mesmo. 

O menor entrou primeiro, colocou as sacolas na cozinha e pegou as duas com seus uniformes, se jogou no sofá da sala e começou a abrir. Suspirou a cada peça que olhava, decepção, era a única expressão que ele tinha no rosto. Mas não podia deixar de concordar com a irmã, o novo era bem melhor que o antigo.


Jogou tudo de volta nas sacolas e pegou o celular na mochila "Cinco mensagens de: Dub", abriu a caixa de mensagens para ver qual era o desespero da vez.


[Hoje, 12:00] Dub: Chaengie?

[Hoje, 12:00] Dub: Você está aí?

[Hoje, 12:01] Dub: Você sempre mexe no celular no meio da aula, brota logo caramba.

[Hoje, 12:03] Dub: Desculpa não ter ido hoje, tive que cuidar da minha prima.

[Hoje, 12:05] Dub: É muito triste mandar mensagens para o nada, então, quando você ver, me liga por favor.


[Hoje, 17:00] Chae: O que tu quer Dahyun?


[Hoje, 17:02] Dub: Até que enfim, pensei que tinha sido abduzido.


[Hoje, 17:02] Chae: Ainda não fui, desembucha logo.


[Hoje, 17:03] Dub: Não quero mais falar (︶︹︺)

[Hoje, 17:03] Dub: Amanhã não tem aula, então eu  vou na sua casa. E nem tente me dar bolo, porque não vai funcionar dessa vez. Mas eu vou pegar meu uniforme então vou chegar um pouco tarde. Tchau Chaengie!


[Hoje, 17:05] Chae: ...?


— Uma desgraça mais bizarra que a outra. - Chaeyoung falou, pegando suas coisas e indo para seu quarto.


Notas Finais


Beem basiquinho

Até a próxima ^^

Bye bye


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