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História I'm Not An Error - Daehyun


Escrita por: ArigatoHoney

Notas do Autor


Hello Serumaninhos, Turu bão?

Espero que eu não tenha demorado a voltar rsrs

Enfim, aproveitem o capítulo e me perdoem qualquer erro.

;)

Capítulo 3 - Daehyun


Chaeyoung acordou assustado, os gritos de Jeongyeon eram presentes e constantes no andar de baixo, levando o jovem sonolento a beira da loucura. Ele levantou e fez sua rotina matinal (com um pequeno bônus de refazer os curativos em seu rosto), ainda ouvindo os berros que pareciam mudar de lugar a cada instante.


— Chaeyoung cadê você? Tem certeza que vai cortar esse cabelo hoje? - Jeongyeon gritou mais uma vez, a voz passando rápido pelo corredor.


— Espera Jeongyeon, eu estou tomando banho caramba, já vou sair. 


— Ah, você está aí seu merda. - ela parou na frente da porta do quarto e entrou apressada. — Já chamou alguém pra ir com você?


— A Tzuyu vai. - gritou do banheiro e desligou o chuveiro, começando a se vestir.


— Vou esperar na sala. - Chaeyoung esperou no banheiro até ter certeza de que sua irmã já havia saído.


Odiava a sensação de ser observado, principalmente quando não estava devidamente vestido. 

Sentia vergonha, não das pessoas ao redor o encarando, mas de sí próprio. Não tinha como negar, independente do lugar ou situação, ele sempre era mal visto, e mal falado. Ele bem lembra de uma das poucas vezes em que saiu sozinho, um senhor no meio da rua começou a segui-lo até em casa o chamando de aberração, vergonha, erro, dentre outros xingamentos que custava lembrar.


Chaeyoung pegou um tipo de "trauma" de andar sozinho na rua, para ele, é melhor andar com uma pessoa, e fora dessas condições, é melhor andar armado. 


Correu para o quarto, trancou a porta, e passou direto pelo espelho, parando rente ao guarda-roupas bagunçado.

Pegou a roupa mais básica que conseguiu montar no momento, podia sair atrasado, mas nunca desarrumado, menos ainda se fosse sair com Tzuyu. A taiwanesa tinha um vasto guarda-roupas e não conseguia ir a esquina com uma blusa que não combinasse com seus sapatos.

Não que ela reclamasse do garoto, mas ele se sentia melhor estando bem ao lado da amiga.


— Chaeyoung adianta! — Jeongyeon gritara desligando a televisão da sala.


Chaeyoung vestiu as pressas o jeans escuro e a camisa branca que havia separado, bufando enquanto bagunçava o cabelo e corria atrás do celular que estava jogado na cama.

Pegou um casaco qualquer no guarda-roupas e saiu do quarto enquanto vestia a peça.


— Até que enfim. Achei que tivesse descido pelo ralo. - Jeongyeon se pronunciou ao ver o irmão mais novo descendo as escadas.


— Você viu meu sapato? - Chaeyoung perguntou procurando o calçado pela casa.


— Aquele alí serve? - Jeongyeon apontou para os muitos pares de sapatos amontoados no canto da sala.


Chaeyoung chacoalhou a cabeça e foi até o canto da sala, calçando o sapato preto, um vans totalmente desgastado. Ele olhou para trás e viu um rastro de Jeongyeon passando pela porta.

O mais novo correu e assobiou na entrada, pedindo as chaves que Jeongyeon jogou logo em seguida, ele fechou a casa e se juntou a irmã mais velha no carro.


— Não podia ter pedido para a Tzuyu vir aqui em casa? Pouparia tempo. - Jeongyeon falou observando o irmão mandar mensagem para alguém no celular, enquanto dava partida no carro.


— Não seja chata, ela mora na esquina, que diferença faria? - Chaeyoung falou e Jeongyeon ficou resmungando baixo.


•Chaeyoung•


Em poucos minutos eu havia mandado pelo menos dez mensagens para uma das pestes que chamo de amiga, e não havia recebido nem um ponto final como resposta. Também tentei ligar, mas não é como se tivesse adiantado de muita coisa.

Pedi para Jeongyeon parar na frente da casa de Tzuyu, e depois de muito bate boca ela finalmente fez. Desci do carro e fui até a entrada da casa, batendo na porta. Ouvi alguns murmúrios antes da porta ser aberta, era a Sra. Chou, mãe de Tzuyu, que abriu um largo sorriso ao me ver.


— Chaeyoung, meu filho, quanto tempo! - ela abriu os braços e me recebeu com um abraço caloroso.


— O que aconteceu com seu rosto? - perguntou preocupada ao me soltar.


— Nada demais Sra Chou, apenas uma confusão na escola. Não precisa se preocupar. - expliquei.


A Sra. Chou, em seus 45 anos, consegue ser uma das mulheres mais adoráveis que eu conheço. 

Ela sempre me fala que eu seria um namorado perfeito para a filha dela e que daria de tudo para me ter como genro. Mas eu tenho quase certeza de que ela diz isso por não saber da minha real identidade, para Sra. Chou eu sou um garoto bem cuidado e que puxou o rosto da mãe, não sei se suportaria ser julgado por uma das pessoas que mais considero.

Eu poderia levar em consideração que a Tzuyu é muito legal e bonita, mas não existe na galáxia, um planeta em que nós possamos ficar juntos sem nos matar. Ou seja, um namoro com ela está fora de cogitação.


— E, me desculpe a incomodá-la a está hora da manhã. É que eu marquei de sair com a Tzuyu e ela não me atende. - falei balançando o celular na mão.


— Ela ainda está dormindo, mas espere um pouco, eu vou chamá-la. - abri a boca um tanto surpreso e assenti com a cabeça.


"Que ótimo, eu converso com ela e no outro dia ela dorme" 


— Wow, o que houve com seu rosto? - Tzuyu apareceu dez minutos depois, com a maquiagem simples, cabelo arrumado de qualquer jeito e o batom faltando, mesmo assim, estava linda, não é como se pudesse ser diferente.


— Você se atrasa dez minutos e é isso que tem pra me falar? - perguntei erguendo uma sobrancelha.


— Me desculpe, eu perdi a hora. - lançou-me um sorriso culposo.


— Eu te perdôo, agora adiante, ou a Jeongyeon vai embora e deixar a agente aqui. - falei empurrando levemente suas costas.


(...)


— Vocês dois, muito cuidado por favor. Chae, te vejo mais tarde. - Jeongyeon falou quando saímos do carro.


Me despedi da minha irmã com um beijo rosto pelo vidro do carro e adentrei o salão junto com Tzuyu, confirmamos nosso horário na recepção e fomos para as cadeiras esperando pacientemente os cabeleireiros. Meu cabelo ainda estava úmido do banho então foi um processo a menos, já Tzuyu teve que lavar então demorou um pouco mais.


— Estou pensando em mudar meu nome. - falei em mandarim ao ver Tzuyu se juntando a meu lado novamente.


Eu tive a brilhante ideia de aprender mandarim para poder conversar com Tzuyu sem que as pessoas entendessem.

Sendo mais específico, para falar sobre assuntos relacionados a mim, até porque, quanto menor for a quantidade de pessoas que sabem sobre mim, melhor.

E depois de muito tempo preso em um quarto com ela (sofrendo, diga-se de passagem), eu finalmente consigo me comunicar. E dentre milhares de idiomas eu escolhi o mandarim para não fritar o cérebro da minha amiga com algo que ela não sabia. Coitada, mal sabia falar coreano na época.

Talvez eu seja um bom amigo afinal.


— Por quê? - perguntou curiosa.


— O meu está me incomodando. - falei devagar, tomando cuidado para não me mexer muito e acabar fazendo a cabeleireira me ferir com a tesoura.


— Não acha que está um pouco velho para mudar o nome? - Tzuyu falou e em seguida riu ao ver a cara da cabeleireira através do espelho.


 Talvez esteja, mas se você me ajudar pode ser mais fácil.


— Tudo bem, me convenceu. Mesmo gostando muito de Chaeyoung, eu vou fazer este sacrifício. - ela sorriu minimamente pra mim. — Já pensou em um nome? - assenti e pensei um pouco, antes de responder.


— DaeHyun. - um sorriso largo se formou em meu rosto ao pronunciar o nome.


— Devo começar a te chamar de DaeHyun agora? - Tzuyu perguntou sorrindo, provavelmente zombando da minha ansiedade.


— Eu agradeceria. - respondi com um suspiro ansioso.


— Daehyun, oppa! Não é ruim, eu gostei. - Tzuyu repetiu o nome algumas vezes, tentando se acostumar.


Na última semana essa questão do nome tem me incomodado, não que eu não goste do meu nome de nascença, é só que, não da mais. 

Agora é só tentar explicar para as pessoas que eu mudei de nome sem parecer estranho. Missão impossível. Mas eu vou começar aos poucos, primeiro a família e amigos, depois o resto.


No final do cabeleireiro tanto eu como Tzuyu saímos satisfeitos, eu havia cortado, já Tzuyu havia pintado as madeixas de castanho claro.


Saímos do salão e ela me chamou para ir a um lugar, estranhamente era uma academia. 

Nunca em toda a minha vida pensei em ver Tzuyu em uma academia, não a princesinha que tem nojo até do próprio suor. 

Logo ela, que finge que torceu o tornozelo ou que quebrou todos os ossos do corpo só para não fazer a educação física do colégio, me trouxe em uma academia. É no mínimo, bizarro.


— Perguntinha básica, o que caralhos estamos fazendo aqui? - perguntei, vendo Tzuyu olhar para os lados, deslumbrada com o local.


— Eu preciso da sua ajuda, e esse lugar está relacionado com o meu problema. - olhou esperançosa para mim.


— Esquece, seja lá o que for, eu tô fora. - deixei claro, exagerando na voz e nos gestos.


— Hyungiie~ - ela me olhou suplicante, segurando meu braço e mudando a voz. Assustador.


— Você nem sabe o que eu vou pedir. - me soltou, fazendo uma expressão brava.


— Independente, você já sabe minha resposta. Agora vamos embora, eu estou morrendo de fome. - falei dando de ombros.


— Por favor, me ajuda, só dessa vez. - disse com uma voz chorosa.


Odeio pessoas emocionais.


— Tá, o que você quer? - perguntei, já me jogando de cabeça no poço do arrependimento.


— Namora comigo? - perguntou com um sorriso nervoso.


Eu juro, senti até minha pressão cair depois dessa pergunta.


— O que? - arregalei os olhos com a pergunta.


— Não é de verdade, é só que eu estou com um problema, e minha mãe confia em você então...


— No que você se meteu garota? - perguntei, um tanto espantado e, preocupado talvez.


— Vem aqui. - ela me puxou pelo braço sem nenhuma delicadeza, me arrastando até o salão principal da academia, onde tinham apenas duas pessoas malhando, um homem e uma mulher.


— Está vendo alí? - apontou para ambas as pessoas correndo nas esteiras. — Eu estou de olho naquela pessoa e...


— Espera aí! Você quer fingir namorar comigo pra sair se pegando com qualquer homem? Tá louca? - acabei me alterando um pouco e ela pareceu perceber.


— Ele não, seu idiota. Ela, eu tô de olho nela. - explicou revirando os olhos.


— Chou Tzuyu de olho em uma garota?  É uma novidade, mesmo desconfiando que você cortava para os dois lados. - falei com um sorriso de lado.


— Me ajuda? — perguntou esperançosa.


— Não. - falei dando as costas.


— Yahhh, por favor DaeHyun-ssi. - pediu me seguindo.


— Eu não vou servir de disfarce pra sua mãe não descobrir que você gosta de mulher, porra! - tentei sair da academia, mas ela foi mais rápida e se pôs a minha frente, me impedindo.


— Eu faço o que você quiser! É só por um tempo, depois eu vou contar pra ela, eu prometo! - falou mordendo o lábio.


— Qualquer coisa? - perguntei desconfiado.


— Qualquer coisa. - falou respirando fundo.


— Ok, tudo bem. - falei e passei direto por ela.


— Espera, é sério?! - perguntou espantada.


— Sim, mas óbviamente eu tenho minhas condições. - ela se juntou a mim.


— Enquanto estiver "namorando" comigo, você vai me tirar de toda e qualquer roubada. E vai assumir estar namorando comigo em casa e principalmente no colégio. Se sua mãe descobrir que eu não sou o principezinho que ela acha que eu sou, você se vira. - parei na entrada, a encarando.


— Só isso?


O desespero é real, a esta altura do campeonato eu achei que ela surtaria com minhas exigências.


— Por enquanto sim. Mas diz aí, você me trouxe aqui só para apresentar sua crush, ou você tem outros planos? 


— Vamos nos escrever na academia. - falou sorrindo.


Essa garota ainda vai me deixar louco.


— Achei que estivesse de castigo, como vai pagar uma academia sem mesada? - olhei duvidoso.


— Olha alí, aulas de dança ou luta os primeiros candidados ganham um ano grátis, e os aparelhos são liberados para uso. - disse interpretando um poster pregrado na recepção.


— Mas assim, só uma dúvida. Por que, eu, tenho que participar?


— Aparências meu querido, aparências. - sorriu de lado.


— Me chama de tudo, menos querido. - neguei com a cabeça.


— Meu amor? - perguntou.


— Isso também não. - cruzei os braços, uma leve expressão bizarra no rosto.


— Aish garoto chato, então não é tudo! - deu um tapa na minha cabeça e se afastou de mim.


Suspirei e segui com os olhos seus passos até a recepção do estabelecimento, ela voltou com dois folhetos para preencher. 

Fiz tudo e ela logo voltou, com a notícia de que fomos dois dos primeiros candidatos. Ótimo, agora vou fazer duas coisas que eu nunca pensei que faria na minha vida, namorar a Tzuyu e fazer aulas de luta. E isso pra que? "Manter as aparências". 

Tenho que andar mais com a Dahyun, eu vou estar sujeito a coisas menos "absurdas". Andar com Tzuyu é pedir para cair em um poço de ciladas.


(...)


— Hey, você quer dar uma volta? Meu irmão está um porre, eu não quero voltar pra casa agora. - Tzuyu tomou um gole de seu café, me olhando sobre a xícara.


— Eu estava pensando em ir pra casa, já fiz o que tinha que fazer hoje. - falei mexendo no celular. — Mas se você qui...


— Oh! É a Dahyun alí! - ela me interrompeu, levantou da nossa mesa e correu, foi na rua e puxou Dahyun para a cafeteria. Até eu me assustei com o ato repentino.


— Caralho! Que susto porra! Achei que ia ser sequestrada agora! - Dahyun disse assustada, pegando a xícara de café de Tzuyu e tomando um gole. — Sorte sua que eu tô de bom humor. Mas diz aí, novidades? 


— Ele mudou de nome, agora se chama DaeHyun, e nós estamos namorando. - abaixei a cabeça na mesa enquanto ouvia Dahyun se engasgar com o café.


— Você e ele? Namorando? - ela começou a gargalhar alto. — Quando foi isso? Soube que você estava dando em cima da novata ontem.


— O quê? Nem começamos a namorar e você já está dando encima de outra? - Tzuyu falou com uma falsa expressão surpresa — Safado!


Vamos aos fatos. Dahyun é nossa amiga de muito longa data, já passamos por poucas e boas. Mesmo assim, Tzuyu escondeu a verdade dela. O que isso significa? Se der merda, minha lista de amigos que já é pequena, nem vai mais existir.


Outra coisa, já sei que essa conversa não vai ter um rumo bom. Nunca dá certo conversar sobre essas coisas com Dahyun. 

Ela e Nayeon são as pessoas mais escandalosas que eu conheço, se você disser alguma coisa que vá as deixar empolgada saiba de uma coisa, você vai passar vergonha. E com tudo isso na cabeça eu já consigo até me preparar para o que já está vindo.


— Eu não estou dando encima de ninguém, eu nem conheço ela direito caramba. E outra, não faz meu tipo. - desdenhei.


— E nem vai conhecer, lembre-se que eu estudo com você e que eu vou estar de olho. - Tzuyu me olhou ameaçadora.


— Cara, isso é tão estranho. - Dahyun falou com um sorriso de lado. — Claramente essa relação de vocês é falsa. Tzuyu, você mesma admitiu que nunca namoraria o Dae. E nós duas sabemos que você também não é o tipo dele.


— As coisas mudam Dahyun. Daehyun se declarou depois de uma longa conversa que tivemos, e minha mãe gosta dele. Por que, não?


Eu me declarei?


— Ele se declarou? - Dahyun perguntou suprindo um riso e eu senti um chute na minha perna, logo concordei com a pergunta. — Provem!


Eu sabia, sabia que esse momento uma hora chegaria, só não imaginei que seria agora, assim tão rápido.


— Como assim? - perguntei, levantando uma das sobrancelhas.


— Me dêem algo, provem que vocês estão namorando. - Dahyun falou.


Ih, fudeu.









Notas Finais


Até a próxima ;)

Bye bye ^^


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