1. Spirit Fanfics >
  2. I'm Not An Error >
  3. A good day, for some

História I'm Not An Error - A good day, for some


Escrita por: ArigatoHoney

Notas do Autor


Inhaiiiin, turubão?

Tô lançando os capítulos rápido agora que faltam menos de 7 capítulos para que eu possa terminar de corrigir.

Enfim, não vou falar muito não, só digo uma coisa;

O negócio tá ficando bão.

Capítulo 4 - A good day, for some


— Como assim?


— Prove que vocês estão namorando


(...)


Naquele momento eu congelei, não sabia o que fazer. Meu olhar alternava de Tzuyu para Dahyun, e de Dahyun para meus pés. Minha agora namorada batia os pés descontroladamente sob a mesa e o barulho estava me deixando louco.

Estávamos sendo muito óbvios.


— Estou esperando. - Dahyun falava impaciente, bom um pequeno sorriso formado nos lábios. Ela estava zombando de nós.


— Tzuyu, me acompanha um segundo? - puxei-a pelo pulso antes mesmo de ouvir uma resposta, nós precisávamos conversar.


Ela me acompanhou até o corredor dos banheiros da sorveteria, de onde conseguíamos ver todos os movimentos de nossa amiga impaciente, que batia repetidamente os dedos na mesa.


— Boa, seu plano mal começou e já está dando errado! - exclamei, expressando todo o meu nervosismo, eu estava ficando louco.


— Faz alguma coisa! - Tzuyu falou desesperada.


— O que? O plano é seu, da um jeito. 


— Por favor DaeHyun-ssi, você é criativo, sei que pode pensar em algo. - me virei de costas, choramingando.


Sabia que a responsabilidade iria cair pra cima de mim cedo ou tarde. Olhei bem para Tzuyu e respirei fundo, precisávamos dar um jeito, e eu sabia exatamente como fazer isso. Segurei a mão de Tzuyu e voltamos juntos a mesa, atraindo o olhar irritado de Dahyun.


— O que foram discutir? Uma maneira de me contar que estão mentindo descaradamente como se eu fosse alguma idiota? - ela tinha um sorriso cínico nos lábios.


Tzuyu estava com o olhar perdido ao meu lado, beijei sua mão e ela virou o rosto para mim. Aproveitei o momento para segurar seu queixo e puxa-la para um beijo. Coisa rápida, apenas queria dar a Dahyun a prova que ela tanto queria. Quando me separei de Tzuyu, voltei a mesa e tomei o resto do café que eu havia deixado, sentindo o pesar do olhar de ambas sobre mim.


— Ok, eu não estava esperando por isso. - Dahyun nos olhou um tanto surpresa.


— Nem eu. - Tzuyu falou e eu a encarei. Ela não podia estar falando sério. — Digo, está satisfeita Dahyun?


— É, foi convincente. Mas eu ainda não acredito 100% em vocês dois. - disse tirando um chiclete da bolsa que carregava e pondo na boca — Se for realmente verdade. Cuida dele em Chou.


— O que você está querendo dizer com isso? - me pronunciei. Eu realmente não entendi onde ela queria chegar com aquilo.


— Você dá uma de todo poderoso, mas adora entrar em brigas por causa de garotas. Tzuyu que se cuide, ou vai perder o namorado para a novata. - Dahyun falou sorrindo de lado, cínica, como sempre.


— Você acha que eu sou do tipo que briga por causa de mulher? Vai sonhando. - falei com convecção, são poucas as mulheres pelas quais eu brigaria. — Enfim, o que está fazendo aqui? Você não disse ontem que iria lá pra casa?


— Tzuyu me disse que vocês iam sair, então eu demorei um pouco. Eu estava indo pra sua casa agora, digo, antes dessa doida me arrastar. - ela falou arregalando os olhos para Tzuyu.


— O que você estava fazendo? - falou a taiwanesa ao meu lado.


— Alá, a desinformada. Aproveitaram o feriado para entregar o novo uniforme para os pais. Esqueceu? - Dahyun perguntou desacreditada.


— Espera tem uniforme novo? Você pegou? Deixa eu ver. - Tzuyu tentou pegar as sacolas da mais velha, mas a mesma puxou a sacola a impedindo.


— Depois eu mostro. - finalizou.


— Aviso logo que é horrível! - falei - Decidiram mudar as cores, o vermelho não foi a melhor escolha.


— Não é feio, você deve achar isso porque o uniforme masculino não fica bom no seu cor... -suspirei ao ver onde aquela frase estava indo, e Dahyun parou no mesmo instante. — Me desculpe, eu não quis dizer isso.


— Relaxa Dahyun, eu vou em um médico. Logo, tudo isso vai passar. - falei desanimado.


— Como anda o processo da cirurgia? - Tzuyu perguntou em mandarim.


— Lento - respondi igualmente.


— Ei! Falem devagar, lembrem que eu ainda estou aprendendo. - Dahyun pediu.


— Depois eu te explico. - Tzuyu respondeu a mesma.


— Por enquanto eu só posso fazer a transição hormonal, mas eu ainda preciso de um médico confiável. - voltei ao mandarim. Dahyun já nos olhava forçando os olhos, estava ficando brava.


— Você vai fazer? - perguntou ansiosa.


— Eu não sei, estou confuso. - respondi sinceramente.


— Pensa bem, meu amor. - Tzuyu falou rindo e eu a encarei estranho, você já sabe o porquê.


— Ok, eu entendi o "meu amor". Que bonitinho. - Dahyun comentou também rindo.


(...)


•Mina•

Seul, 12:30 PM


Nunca foi costume meu acordar na hora do almoço, mas juntar o cansaço de uma viagem com um passeio repentino não é a melhor combinação para alguém que está acostumada com certos horários.

Primeiro, como prometido por Jackson fomos a uma sorveteria, depois disso ele me chamou para ir junto com ele e os amigo para o Everland (um parque de diversões bastante conhecido aqui na Coreia), e depois de pedir permissão para minha mãe, eu fui. 

Ele pareceu ser uma pessoa legal, pelo menos até um dos amigos dele se meter em briga e precisar dele para ajudar. Junior, que parece ser o mais fraco do grupo, me tirou do ambiente, provavelmente sabendo o que viria. Lembro bem da conversa que tivemos enquanto andamos pelo parque:


— Não liga pra eles, Youngjae, é um bastardo. Tem aquela cara de bravo e a pose de machão mas não se vira sozinho. - falou sem graça.


— Porque anda com eles então? - perguntei.


— Jackson me salvou de uma cilada ano passado, eu devo minha vida social a ele. - falou sorrindo, enquanto olhava para o nada.


— O que aconteceu? Perdoe-me se estiver sendo intrometida. - falei e ele negou com as mãos.


— Havia um garoto, ele era um dos descolados da escola, pegava todas as meninas sempre que queria, o nome dele era Mark, era americano como você. - Junior suspirou, parecendo infeliz com a lembrança.


— Todo ano tem uma festa feita por Tzuyu, ela é como uma Regina George da vida real, tenho certeza que vai conhecê-la em breve. Enfim, nessa festa todos já estavam caindo de bêbados, eu era o único sóbrio, ou pelo menos era o que parecia. Mark chegou perto de mim jogando papo furado, ela era um canalha, todos sabiam, mas tinha um sorriso tão bonito, eu acabei caindo em seu charme, e nós ficamos. - ele sentou em um banco mais afastado do barulho do parque, parei perplexa na frente dele mas acabei sentando no banco também.


 No dia seguinte rumores foram espalhados, junto com fotos nas paredes da escola. Jackson era como meu irmão mais velho, ele não suportou me ver estampado daquele jeito nas paredes e foi se ver com Mark. Foi uma briga feia e Mark acabou expulso do colégio, ele quis me prejudicar dizendo que eu era gay.


— Mas você é? - perguntei curiosa e incomodada ao mesmo tempo.


— Você não parece ser muito a favor. - desviei meu olhar de seu rosto e passei a olhar minhas mãos. - seu desconforto diz tudo.


— Não é isso, desculpa. - fiz questão de mudar minha expressão — Continua.


— Se isso responde sua pregunta, sim eu sou. Mas nem Jackson sabe disso, para ele, tudo o que aconteceu ano passado foi só uma armação para me prejudicarem. Quem sabe da verdadeira história é você, e só você. - Junior concluiu.


— Eu não sou totalmente a favor do LGBT, perdão se pareço preconceituosa, não é nada disso, não leve para o lado pessoal. É muito bom te conhecer e agradeço que tenha me contado sua história. - tentei parecer compreensiva.


— Se você não é a favor porque anda com Chaeyoung? - sua pergunta me pegou de surpresa, não pude deixar de ficar curiosa.


— O que quer dizer? - perguntei.


— Você não sabe? Se ele não te falou nada, não sou eu quem vou falar...


— De quem estão falando? - Jackson apareceu sorrindo, com um YoungJae sangrando atrás de si.


Estavamos falando de Chaeyoung. - pronunciei-me vendo Junior calado.


— Não gaste essa voz linda que você tem falando...daquilo. - disse com total aversão, como se estivesse se referindo a um bicho.


Vou confessar, achei grotesco o modo no qual Jackson se referiu a Chaeyoung. Ele parecia falar sobre um bicho, se referia a tal como se fosse uma pessoa nojenta, que não merecesse respeito.

Nem mesmo os bixinhos merecem tamanha falta de respeito. Mas eu vou confessar, fiquei muito curiosa sobre a frase de Junior; "Se você não sabe, não sou eu quem vai te contar". O que eu não sei? O que eu preciso saber?


Não vou pensar muito sobre isso, em minha opinião, a primeira impressão é a que fica, e ele pareceu ser uma pessoa muito legal. Talvez um pouco estranho, mas muito legal.

Ele tem um estilo peculiar, não sei dizer o que é, talvez sua aparência um tanto feminina, que é quebrada pela personalidade forte e o jeito arrogante.

Eu não sei como são os homens coreanos, até porque até onde eu saiba, Jackson é chinês e Junior é gay, então seria errado me basear neles para julgar os outros.

Jackson não é uma pessoa ruim, ele ajudou o Junior, mesmo sabendo que aquilo poderia ser verdade, não entendo porque ele implica com Chaeyoung.


— Mina minha filha, você tem visita. - ouvi minha mãe falar do corredor.


Fechei meus cadernos e livros e guardei tudo antes de sair do quarto.

Atendi a porta e me surpreendi ao ver Jackson parado na entrada. Vendo que eu não me movia, ele tomou liberdade e me abraçou, me erguendo um pouco do chão.


— Hey, Mina, Tudo bem? - disse simpático, segurando minha mão.


— Sim, está tudo ótimo, o que está fazendo aqui?


— Pode sair um minuto? - concordei com a cabeça e saí, fechando a porta atrás de mim e me encostando na mesma.


— Eu vim te convidar.


— Para que? - perguntei surpresa, ninguém nunca havia me convidado diretamente para nada. Não negarei que fiquei curiosa para saber do que se tratava.


•3° pessoa•


— Festa! Está todo mundo convidado! - Tzuyu falou, seguindo seus dedos, que digitavam o mesmo no celular. Logo, todos os alunos da escola já tinham conhecimento do assunto.


— Ótimo, aproveitem a festa. - Daehyun falou se jogando na cama ao lado de Tzuyu.


Quando Daehyun percebeu que havia deixado as chaves de casa no carro de Jeongyeon já era tarde. Foi obrigado a ficar na casa de sua então namorada, até que sua irmã desse algum sinal de vida. E Daehyun acompanhou os dois para estudar.


— Ué, mas você vai, não vai? - a mais velha deixou o caderno de lado para perguntar.


— Eu? Óbvio que não. - deixou claro.


— Você vai deixar sua namorada, com um bando de marmanjos que fariam de tudo para entrar nas calças dela. Coragem. - a mais velha voltou sua atenção para os livros.


— O Jackson vai estar lá, e eu não vou em uma festa para servir de saco de espancada, Dahyun.


— Dae, o Jackson é um babaca mas ele é meu amigo, e ele nunca iria mexer com meu namorado. - Tzuyu se aninhou ao garoto na cama.


— Você quis dizer, com a sua namorada certo? Vocês duas me ajudam muito, mas para o Jackson eu não passo de uma garota lésbica, que se veste de homem para pegar outras garotas. Do jeito que ele é, capaz de começar a implicar com você também. - falou o garoto, atraindo a atenção de ambas as amigas.


— Ei! Basta! Já chega dessa crise de identidade, você já passou por isso. Você sempre foi e sempre vai ser o nosso garoto. E pau no cu do Jackson se ele não aceita. - Tzuyu falou rude.


— Arrogante porém certa. A Tzuyu falou tudo, e se eu bem entendi, agora que você já escolheu um novo nome, pode ir num médico, começar a tornar sua identidade definitiva.


— Dahyun, vai estudar vai. - Daehyun falou, e deitou a cabeça nas pernas da namorada. — Eu não quero fazer desse jeito. O lance dos documentos até vai, mas a transição... Vai ser estranho, parecer homem mas não ter... Vocês sabem.


— Vai ser estranho se você tiver e parecer mulher de todo jeito. - Dahyun falou e recebeu uma almofada no rosto, atirado por Tzuyu.


— Cala a boca Dahyun, que tem que decidir é ele. E não precisa ser agora. Ainda tem tempo, não é meu amor? - Tzuyu falou, acariciando os cabelos do garoto. Se ele não estivesse viajando naquele momento, teria chiado pelo apelido.


— Eu desisto. Vou voltar a estudar. Lucra mais do que segurar vela. - Dahyun voltou sua atenção aos livros de mandarim.


(...)


Daehyun checava as mensagens, e viu três mensagens deixada por sua irmã "Três mensagens de: Jungão"


[Hoje, 17:30] Jungão: Hey Chaeyoung! Vi que deixou a chave no carro. (-_-)ゞ゛


[Hoje, 17:30] Jungão: Se for ajudar, eu deixei a minha em cima da mesinha da janela. Que por um acaso eu esqueci aberta.


[Hoje, 17:32] Jungão: Quero que vá lá fechar as coisas, e que se possível durma na casa da Tzuyu. Eu falei com a mãe dela, não tem problema. Vou dormir fora hoje, estudos, você sabe. ;)


[Hoje, 17:33] Jungão: Eu te pego no colégio amanhã. Até mais maninho.


— Estudos? Quem você pensa que engana Yoo Jeongyeon? - DaeHyun pensou alto, levantando da cama.


— Onde vai? - Tzuyu perguntou.


— Em casa, tenho que pegar minhas coisas. - disse desamassando suas roupas e calçando os sapatos.


— Pra que? 


— Jeongyeon acabou de dizer que deixou uma chave na janela. E que não volta hoje. Tenho que ir em casa pegar minha coisas, ela quer que eu durma aqui. - explicou.


— Tudo bem então. - Tzuyu sorriu, vendo o garoto sair do quarto.


DaeHyun cumprimentou a mãe de Tzuyu e confirmou com ela se o que Jeongyeon havia falado era verdade, ouvindo um sim como resposta.

Após a confirmação, DaeHyun saiu da casa, e começou a subir a rua. Mesmo ainda estando claro a rua estava vazia. Ele conseguia ouvir o barulho que o sapato fazia na rua ou até mesmo sua respiração pesada por subir a rua inclinada. Malditas ladeiras coreanas!


Começou a ouvir passos vindo em sua direção, junto com o barulho irritante de um assobio. Se arrependeu amargamente de ter se virado o rosto quando deu de cara com Jackson, o mesmo sorria como um idiota quando não estava assobiando. 

Ambos estavam cada vez mais perto, até que se cruzaram, Jackson passou direto e Daehyun suspirou aliviado, até que ouviu a voz do garoto chamando-lhe.


— Tudo bem Chaeyoung? - Ele falou sorrindo, nem parecia a mesma pessoa que socara o rosto do garoto no dia anterior.


— Estou tranquilo, e meu nome é Daehyun agora. - Jackson se aproximava do mais baixo o deixando nervoso.


— Seu nome é bonito, gostei. - Jackson abraçou o mais baixo sem tirar o sorriso do rosto o deixando espantado. — Perdoe-me por ontem, eu fiquei nervoso.


— O que aconteceu com você? - DaeHyun perguntou pasmo ao separar-se do abraço.


— Só estou tendo um dia bom. - suspirou. — Você ficou sabendo da festa da Tzuyu? Vai ser incrível, espero você lá, Daehyun. - Jackson piscou um dos olhos e sorriu antes de se virar e continuar andando.


— Beleza, isso foi bizarro. Melhor eu correr antes que ele decida que não está arrependido de me bater


•DaeHyun•


Ok, o que está acontecendo com o mundo? Em um belo dia, um valentão quebra minha cara, e no outro, ele me convida para uma festa. Não pode existir, no mundo, pessoa mais amedrontada e confusa que eu agora.

Corri em casa e arrumei minha mochila com o uniforme e alguns livros. Não queria demorar muito, já estava ficando escuro e eu não queria ser pego desprevenido sozinho.


Notas Finais


E aí? Cês curtem uma festa? Porque essa festa da Tzuyu vai gerar *moon face*

Até a próxima

Bye bye ;)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...