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História I'm not a lost boy - A Verdade Sempre Chega


Escrita por: lukehills

Capítulo 7 - A Verdade Sempre Chega


Era a decisão mais difícil da minha vida, porém escolhemos. Saímos da sala com um pouco de dor e culpa, de qualquer forma nós havíamos tirado uma vida, mesmo que fosse indiretamente. O médico nos guiou até a o quarto onde estava a garota que acabamos de matar, ele andava em passos largos, alcancei o olhar no pequeno crachá que estava ao lado do bolso direito do jaleco dele, “Dr. Bruno” iria chamá-lo mas ele virou com um sorriso de canto e disse calmamente

 

-Essa é a garota, ela foi encontrada na beira da estrada, perto de uma pequena floresta que fica no interior de Amazonas

 

Olhei através do vidro que nos separava da nossa nova vítima. Encarei a menina por certo tempo até que a reconheci, era ela, Camila, minha amiga de infância. Neste momento senti meu mundo parar e lágrimas rolarem pelo meu rosto involuntariamente, lembrei das nossas brincadeiras no quintal de casa e nossos finais de tarde perto da mangueira, Black Jack, o cachorro que não tinha dono e Camila levou uma bela bronca ao levá-lo para sua casa, tudo estava acabado, por minha culpa. Olhei para Vinícius com os olhos vermelhos e corri para fora do extenso corredor, a mulher ainda estava lá mas já estava indo embora, fui até ela e encostei em seu ombro

 

-Moça, por favor. Eu preciso de ajuda, não como tem três dias -Disse fraco

 

-Ai meu Deus! Eu vou te ajudar querido, qual o seu nome?

 

-Pietro e o seu? -Perguntei rápido

 

-Íris, me chamo Íris -Ela sorriu para mim

 

  Observava as bonitas casas e pensava em tudo que havia feito nos últimos dias, estava dentro do carro da mulher que deixei viúva, tinha deixado Vinícius no hospital, não queria nem saber o que aconteceria com ele, a única pessoa que importa sou eu, sou assim e vou sempre ser. Logo nos achariam, o corpo foi deixado na pista por mim, o carro foi apreendido pela polícia e nós estávamos dentro, mas o Correia havia nos deixado no hospital, a polícia ligaria uma coisa com a outra e então seríamos mandados para um abrigo, não podia acontecer, não comigo. Íris parou o carro na calçada, tirou o cinto de segurança e abriu a porta, fiz o mesmo e saí do carro -Chegamos em casa, Pietro. -Íris disse sorrindo e tirou o molho de chaves de dentro da bolsa, deslizando a ponta dos dedos sobre as chaves, Íris pegou uma e colocou na porta, duas voltas e a porta estava aberta, ela entrou e entrei logo após, Íris jogou sua bolsa no sofá que ficava perto da porta, paredes brancas e colunas marrom escuro, uma televisão em frente ao sofá e atrás uma longa mesa com quatro cadeiras, perto da mesa existia um corredor que levaria provavelmente aos quartos, caminho entre a televisão e o sofá observando todo o local, Íris se aproxima de mim com um toque em meu ombro esquerdo

 

-Pode assistir televisão, eu vou tomar um banho e já volto para comermos algo -Ela tinha a voz doce e serena

 

-Obrigado!

 

Corri até o sofá e me joguei no mesmo, ao lado do sofá encontrava-se um criado mudo e um abajur estava acima dele, ao lado do abajur cor de rosa estava ali o que eu mais queria encontrar, controle da televisão. Alcancei o mesmo e apertei o enorme botão vermelho que se destacava em meio a todos os outros que eram cinza. A televisão de quarenta polegadas ligou e estava no canal de televisão mais popular no Brasil, posso dizer. Uma reportagem de imediato fez com que o entediante filme parasse, logo a voz do jornalista tomava conta de toda a sala “Garoto é preso após ser descoberto, Vinícius foi acusado de assassinato e roubo. O garoto brasiliense afirma que há outro e nos revelou o seu nome, Pietro. Cuidado, você pode estar com um assassino dentro de casa”.

  Eu surtei imediatamente e desliguei a televisão no mesmo instante que ouvira o homem falar meu nome. Abri a bolsa de Íris que estava ao meu lado e peguei a carteira dela, algumas notas de cinqüenta reais enfeitavam a carteira da mulher e eu as peguei, coloquei elas no bolso e abri a porta da casa. Sentia a mesma sensação de quando havia matado a minha mãe e corri muito, em grande desespero. Enquanto sentia meu coração pulsar forte em meu peito só desejava fugir de lá, dobrei a esquina de uma rua deserta, alguns carros estavam estacionados na rua mas não havia sequer uma pessoa na rua, foi quando tudo começou a desmoronar para mim; um som reconfortante de flauta tocou meus ouvidos e olhei para os lados tentando encontrar o responsável por aquilo, não encontrei ninguém, mas no fim da rua vi um carro vindo em alta velocidade na minha direção, quanto mais ele se aproximava, mais eu sentia medo e meu coração pulsava mais forte, não olhei para trás, só continuei correndo, foi aí que ouvi um barulho estranho e gritos desesperados de socorro, uma mulher estava jogada no chão e um cara saía do carro, tentando aparentemente ajudá-la. Eu não parei por nada mesmo que tudo aquilo fosse estranho demais, continuei correndo e senti meu corpo voltar para trás em um impacto terrível, olhei para frente e era ele, Peter Pan.


-Pensou que estaria livre de mim garoto? -Ele riu para mim e abaixou-se em minha altura. 



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