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História Encröachment - Fated, Faithful, Fatal


Escrita por: TheUnspoken

Notas do Autor


Olá, seres humanos :D
Demorei um pouquinho, mas relaxem, porque eu tava doidona quando escrevi esse capítulo hsuahusa
Sério, espero deixar vocês bem bravas <3

Indo aos avisos, tenho algo importante a dizer:
FANFIC NOVA
Se chama My Immortal, e eu espero que gostem. (É com o Andy msm sjauhsua)
Não é tão bem trabalhada como essa, em outras palavras, nao tem um enredo tão focado em aventura, mas a relação da protagonista com o Andrew é o foco principal.
O link está nas notas finais. Dêem uma olhada 💞

Capítulo 19 - Fated, Faithful, Fatal


- Vamos, Drizzle. – Andy disse pela milionésima vez, quando eu parava para respirar.

Estávamos andando haviam umas duas horas, e nada de cabana com uma velhinha. Andy insistia que continuássemos, mas eu estava perdendo as forças, e isso somado ao meu resfriado acabava comigo. Nosso café da manhã havia sido uma barrinha de cereal para cada um, eu estava com muito frio, e queria voltar para a caverna e abraçar ele de novo, ficando assim para sempre. Mas agora, estávamos passando pela floresta de pinheiros. A bússola apontava nessa direção, e segundo Andy, deveríamos nos manter em linha reta, por precaução.

A neve fazia um barulho abafado sob as solas de meus coturnos, quase secos. O lugar não tinha muita iluminação, graças às árvores gigantes que nos cobriam. E eu simplesmente estava com medo de encontrar um urso pelo caminho.

- Você não se cansa, garoto? – O olhei pelo canto do olho, com as mãos sobre os joelhos, normalizando minha respiração ofegante.

- Sim, eu me canso. Mas agora, temos que chegar lá o mais rápido possível. Aquela bruxa deve estar atrás de nós, e Chris e os outros devem estar muito preocupados. – Respirei fundo.

- Tem razão. – Começamos a andar novamente.

A floresta parecia não acabar. Passei a ver vultos por todos os lados, me sentia perseguida. Passei a olhar pelo Duat, vendo as asas de fumaça dele ali. Mas ainda assim, os vultos não se mostraram diferentes. As árvores pareciam me olhar, eu me sentia invadida, quase nua.

- Andy, tem algo aqui. – Afirmei, parando e olhando em volta.

- O quê? – Parou também.

- Eu não sei. Está no Duat, mas bem escondido. – Fiquei de costas para ele, olhando tudo.

- Hm... Não vejo nada. – Suas asas se tornaram sólidas.

Fiquei de frente para ele novamente. Estendi a mão, e com um pouco de esforço, ali estava uma chama branca. Ele arregalou os olhos, surpreso.

Me virei, tentando iluminar o Duat. Os vultos agora não sumiram quando eu os olhava. Eles permaneciam parados, sombras negras me encaramos por trás das árvores, mesmo sem face.

- Que merda é essa? – Perguntei. Me aproximando dele.

- E eu vou saber? – Andy parecia tão assustado quanto eu.

Fiquei sem saber o que fazer. As sombras apenas nos olhavam, sem fazer nada.

- Elas não estão fazendo nada, então vamos seguindo, com cuidado. Não tire os olhos dessas coisas, mas não podemos parar.

Sem dizer nada, obedeci. Não tinha ideia melhor, de qualquer jeito. Nossos passos eram silenciosos, e tudo o que ouvíamos era um silêncio avassalador. Os segundos após um grito interrompido. O mesmo silêncio monstruoso do meu sonho. Eu estou sonhando? Olhei em volta. Respirei fundo. Senti a umidade no ar, junto com uma leve vontade de espirrar. Levei a mão até meu ombro. Me belisquei. Eu não estava sonhando.

Meio sem querer, por causa do medo subindo por minha garganta, segurei a mão de Andy. Ele me olhou, meio surpreso nos primeiros segundos, sem parar de andar, mas logo voltou a olhar para frente, apertando minha mão levemente e me passando confiança.

Seguimos em silêncio. As sombras não se moviam, mas continuavam nos observando. Elas estavam por toda a floresta, e continuaram assim, até que as árvores foram diminuindo casa cada vez mais. Saímos da floresta, depois de duas horas de caminhada.

- Finalmente. – Suspirei, querendo me jogar no chão. – Que porra foi aquela?

- Não faço ideia. – Respondeu, observando a floresta atrás de nós. – Mas não fizeram nada, e não estão mais nos perseguindo, então vamos nos concentrar no problema maior.

Olhei para frente. Um grande campo aberto, com grama amarelada e seca se estendia por cerca de dois quilômetros, e terminava em uma cadeia de montanhas. Montanhas enormes e rochosas, bem altas. Não podia ver o fim delas, devido ao céu fechado, mas era obviamente frio e alto lá em cima.

- Você está brincando, né? – Não desviei os olhos das montanhas.

- A bússola aponta para lá. – Andy consultou a mesma, mordendo o lábio inferior. – Não podemos dar a volta, a cabana pode estar no topo de alguma delas.

- Merda. – Não consegui dizer mais nada.

- Talvez eu consiga voar. – Pisquei, olhando pelo Duat, e ele fez o mesmo. As asas, ainda machucadas, apareceram. Ele as abriu, mas o movimento brusco causou uma careta de dor. – Ou talvez não. Chris avisou que esse era meu ponto fraco, mas não consegui tomar cuidado... – Lamentou, franzindo o cenho.

- Tudo bem, podemos dar um jeito de chegar lá à pé. – O consolei.

- Temos de dar um jeito. – mordeu o lábio inferior novamente. Por que esse simples gesto me arrepiava por inteira?

Após essa pequena conversa, voltamos a olhar pelo plano normal e seguimos. Atravessar o campo aberto foi simples, a parte difícil foi quando chegamos aos pés da montanha. A subida era íngreme, mas não impossível. Entre reclamações e escorregões das duas partes, nós começamos.

- Estamos chegando, não desista agora. – Pediu, quando parei para respirar. Devíamos estar à cerca de 10 metros acima do chão, e o topo à 30 ou 40. Andy estava logo atrás de mim, e sim, eu estava bem desconfortável. Minhas mãos já ardiam, devido as pedras frias e ásperas. Quanto mais subíamos, menos ar eu tinha, e a neblina dificultava cada vez mais a visão.

- O ar, está muito escasso, Andy. – Falei, respirando pesadamente.

- Estou vendo uma parte plana um pouco acima, quando chegarmos lá você recupera o fôlego, não podemos parar aqui. – Explicou. Respirei fundo e subi mais.

Andy estava certo. Poucos minutos depois, chegamos à uma parte plana. Com minhas últimas forças, eu praticamente me joguei ali. Biersack chegou logo depois e se sentou ao meu lado, respirando fundo.

Olhando em volta, pude entender melhor a geografia. Estávamos à 15 ou 20 metros do chão. Andy estava, novamente, certo quando disse que deveríamos continuar seguindo em frente, e não contornar a floresta. Ela rodeava todas as montanhas, como um obstáculo. As montanhas, não formavam exatamente uma grande cadeia. Eram, no total, apenas cinco, pelos contornos que pude enxergar. Quatro montanhas rodeando uma maior. E a bússola dizia que deveríamos ir para essa.

Repentinamente, Andy ficou de pé e caminhou até a ponta do mediano espaço plano. Meu estômago embrulhou e meu mundo girou só de imaginá-lo caindo dali.

- Drizzle, vem aqui. – Berrou, sem desviar o olhar do que quer que ele via.

- Hum. – Resmunguei, obedecendo. Quando me aproximei, pude notar o que ele via. Uma ponte de madeira caindo aos pedaços, com as cordas claramente envelhecidas, ligava essa montanha à montanha maior. – Nem pense nisso, vamos descer e chegar lá pelo chão.

- Não é uma boa ideia. – Suspirou, olhando para baixo. Olhei para lá também. Não vi nada. Apenas um espaço plano e escudo, um pouco fundo, separando as montanhas. Um pouco incomum, mas aparentemente seguro. – Em primeiro lugar, pode haver neve acumulada no topo dessas montanhas, e não vai ser nada legal se acontecer um deslizamento. E também, olhe pelo Duat. - Desvio o olhar para baixo, vendo pelo segundo plano, sem me incomodar com as asas dele.

Demônios.

Demônios de verdade, assustadores. Não eram anjos caídos nem nada bonito, eram criaturas de três metros, com formas humanas enormes e fortes, bocas como um corte de orelha à orelha, revelando dentes pontiagudos, e orbes completamente negros. Mesmo com a distância pude ver veias roxas e pulsantes por todo seu corpo, e senti um frio percorrer minha espinha. Eles soltavam berros guturais e arranhavam tudo ao seu redor, tentando sair, focados em mim e em Andy com olhares famintos. Haviam cerca de 50 desses, e eu realmente não queria saber se podia derrotá-los.

- Nossa. – Foi a única coisa que conseguiu sair por meus lábios depois da visão horripilante. Andy estava prestes a dizer algo, mas foi interrompido. Uma voz conhecida quase me fez sair correndo.

- Peguem eles! – A bruxa ruiva apareceu. E acompanhada de três cadáveres, duas garotas e um garoto, todos com cabeças costuradas ao corpo, e bocas da mesma forma. Estavam pálidos, e se moviam como marionetes no momento em que avançaram contra nós.

Antes que eu pudesse processar qualquer coisa, Andy me puxou com força e eu senti um forte ardor logo abaixo dos seios. Senti algo molhado escorrer por minha barriga.

- Drizzle! – Biersack berrou. Olhei para baixo. Uma das garotas havia deferido um golpe contra mim, e teria me partido ao meio se Andy não tivesse me puxado. Mas ainda assim, era um corte fundo. Fraquejei, mas Andy me segurou.

- Corre! – Pedi, e fixei meus olhos nos cadáveres. Pensei na neve sob seus pés subindo por suas pernas e se tornando gelo, os prendendo. Assim foi feito. Essa não era minha habilidade especial, muito menos meu forte, mas os seguraria por um tempo.

Sem hesitar, Andy passou um dos meus braços por seu ombro, me oferecendo apoio, e começamos à correr. Eu sentia o sangue escorrendo, o ar faltando, meus pulmões doendo e o corte abrindo mais, mas não podia parar. Minha espinha congelou quando pisamos na ponte, que balançou e rangeu de forma nada confiável.

- Não deixem eles irem! – A ruiva berrou. Ela não estava com pernas de aranha, mas foi rápida ao avançar em direção à ponte.

Um passo em falso, e uma tábua ser madeira se quebrou sob meus pés. Quase caí, mas novamente, Andy me segurou firme pela cintura. Suas mãos estavam se inundando com meu sangue, mas ele não se importava. Apenas corria o mais rápido possível.

Olhei para trás, e meu coração falhou. A ruiva tirou uma faca de dentro de uma bainha em seu decote e começou a cortar as cordas de cima. Uma a menos.

- Andy! – Gritei, a vendo cortar a segunda, deixando quase impossível o equilíbrio na ponte.

- Merda! – Berrou, aumentando o passo, fazendo meu corte sangrar mais, me obrigando a conter um grito de dor.

Senti o chão sobre meus pés literalmente cair, e a força da gravidade me puxar para baixo. Andy me abraçou, e pude ver a ruiva sorrindo contente, nos acompanhando com o olhar. O mundo pareceu ficar em câmera lenta. Os demônios estavam cada vez mais perto, e os gritos guturais mais altos e próximos. Andy me abraçava forte, e meu sangue encharcava sua regata. Me encolhi em seu peito, sabendo que morreria.

Ao menos, morreria em seus braços, sentindo o seu cheiro.

PROSPECT CREEK [P.O.V. KEENA]

- Porra, Chris, a gente tem que fazer alguma coisa! – Berrei pela, milionésima vez, andando de um lado para outro na sala da casa de John e Mary. Eu bagunçava meus fios roxos e roía as unhas, temendo o que acontecia nesse exato momento com Drizzle e Andy. Principalmente com Drizzle, mas aquele magrelo não era tão horrível.

Depois que eu e Chris chegamos aqui, à noite, Mary nos colocou à par de tudo o que estava acontecendo. John estava de cama, se recuperando de um ferimento fundo na barriga, resultado de um encontro com os mortos-vivos. Drizzle havia saído correndo como uma desesperada no momento em que John revelara o que aconteceu com Andy, e isso não havia me deixado surpresa, mas me deixava puta da vida que Chris não quisesse ir atrás deles. Segundo ele, havia deixado uma missão nas mãos de Andy, e sabia que ele conseguiria cumpri-la. E também tinha certeza de que Drizzle o encontraria, graças ao presente da mãe dela.

- Eles têm de ganhar resistência, e sei que essa missão é o que precisam. – Dizia ele. – Eles vão sobreviver.

Bufei mais uma vez, me jogando em uma das cadeiras, longe de Chris. Eu queria a Drizzle aqui e agora, queria abraçar ela e beijar ela. Eu amo aquela louca, o que posso fazer?

- Chris, ele finalmente estabilizou. – Mary entrou na sala. Usava uma camisa branca de mangas compridas dobradas até a metade do braço, calça moletom cinza e pantufas. Estava cuidando de John desde quando chegamos aqui, e ele ainda não conseguia se manter acordado por muito tempo. Ela limpava as mãos, sujas de sangue, em um pano tão branco quanto sua pele. – Ele acordou, conversou tranquilamente comigo, disse que ainda sentia dores fortes, mas está melhor. Não houve infecção alguma, e eu o deixei descansando.

- Ótimo. Agora que estão bem, eu e Keena precisamos voltar a procurar pistas, ou qualquer coisa útil. – Chris se levantou, e eu o acompanhei. – Vamos.

É preciso dizer que o dia se seguiu arrastado e tedioso? Eu não conseguia tirar a Drizz da minha mente, e a possibilidade de perdê-la me matava por dentro. Chris também estava nervoso, ele tentava esconder, mas eu percebia.

O único fazendo alguma coisa ali era Chris, pois minha mente estava longe. Estávamos na casa da garota, a última assassinada. Esperamos os moradores saírem, e estamos aqui. Não tentem isso em casa, crianças.

- Keena. – Chris me chamou. Eu estava sentada no chão, de braços cruzados, encarando uma mancha na parede à minha frente, contrariada. – Sei que está preocupada, mas ficar assim não vai mudar nada.

- Quer saber? Você tem razão. – Me levantei. – Não adianta nada ficar aqui. Vou atrás dela. – Me levantei. Eu não tinha capacidade de rastrear ninguém, mas quem se importa? – A cabana fica ao oeste, eles devem estar lá. Estou indo.

- Keena, não. – Chris segurou meu braço. Me virei e olhei fundo em seus olhos, tentando induzi-lo a me soltar. – Você sabe que não vai conseguir me hipnotizar, nem tente. – Bufei, me soltando a força. – Escute, não é uma boa ideia ir atrás deles, é muito arriscado, ainda mais sozinjá.

- Keena, não. – Chris segurou meu braço. Me virei e olhei fundo em seus olhos, tentando induzi-lo a me soltar. – Você sabe que não vai conseguir me hipnotizar, nem tente. – Bufei, me soltando a força. – Escute, não é uma boa ideia ir atrás deles, é muito arriscado, ainda mais sozinha. Espere mais um pouco, eles devem estar bem. – Suspirei.

- Está bem. – Dei de ombros. Eu procuraria depois. Sem ele.

[...]

09:21 p.m. Depois de um dia cansativo, estavam todos exaustos. Quando digo todos, estou incluindo a mim mesma. Mas pela Drizzle, tudo valia a pena.

A mesa do quarto em que eu estava já estava lotada de latas de energético, que eu tomava enquanto arrumava minhas coisas. Joguei um monte de roupas na mochila, algumas barras de cereal e uma garrafa térmica com água. Coloquei tudo em sacolas, para não molhar.

Já era domingo, e nós, obviamente, perderíamos as aulas de segunda. Mas quem se importa?

Tudo pronto, e eu virei o último gole de energético. Joguei a mochila nos ombros e abri a janela. Desculpe por isso, Chris.

Estava no primeiro andar, então minha maior preocupação era não fazer barulho. Chris havia capotado, e já devia estar no terceiro sono, mas nunca se sabe.

Consultei a bússola, e logo comecei a correr. Corri muito, até estar ofegante, mas extremamente distante da casa de Mary. Parei, no meio do nada, olhando em volta. A noite havia caído com tudo, e eu realmente não queria conhecer os predadores noturnos daqui. Comecei a andar rápido, com a visão bloqueada pela neve. Até que um ponto marrom surgiu na vista. Seria essa a cabana? Corri até lá.

Uma cabana enorme, caindo aos pedaços. Totalmente de madeira, simplesmente aterrorizante. Eles poderiam estar ali.

Corri até ela e entrei. O interior era silencioso, parecia isolado do resto do mundo.

- Drizzle? – Chamei. Sem resposta. – Andy? – Aumentei o tom de voz. Ouvi gemidos. – Drizzle, você tá aí?

Andei pelo corredor, seguindo os sons. Eram gemidos femininos. Era a Drizzle. Corri pelo corredor. Travei no momento em que ouvi um gemido masculino, grave e rouco. Andrew. Eles estavam...?

A raiva me invadiu. Corri mais rápido. O lugar era maior por dentro do que por fora. Era um verdadeiro labirinto de corredores de madeira escura. O silêncio ali era errado, quase uma blasfêmia.

Corri, o mais rápido que pude, mas não adiantava. Até que o corredor acabou em uma porta de madeira escura. Os gemidos estavam mais próximos, e eu tinha certeza de que Andrew e Drizzle estavam ali.

Sem me preocupar com a privacidade de ninguém, arrombei a porta, apodrecida, com um chute. O cômodo era escuro demais, não consegui ouvir nada, os gemidos cessaram.

- Drizzle? – Perguntei. Sem resposta, novamente. – Andrew? – Praticamente berrei.

O lugar se iluminou. Uma janela havia sido aberta, na parede ao meu lado. Havia uma mulher em minha frente. Sentada em uma cadeira, um trono, de madeira escura, infestado de insetos e cobras que subiam e desciam por seu corpo. Ela era linda, sem dúvidas, um corpo escultural, e ondas ruivas pelos ombros, mas os insetos por todos os lados me agonizavam.

Paralisei, observando a cena. Ela estava com as pernas cruzadas, e um braço apoiava o queixo, enquanto o outro brincava com uma corrente. Uma corrente com uma bússola. A bússola da Drizzle.

- O que você fez com ela? – Esbravejei.

- Impressionante que sua fraqueza seja uma garota tão sem graça. – Ela sorriu.

- Isso não é problema seu. Onde eles estão? – Me enfureci.

- Não se preocupe, você vai se encontrar com eles, agora mesmo.

Senti um golpe forte na cabeça, e tudo ficou escuro.

PROSPECT CREEK [P.O.V. CHRIS]

- Chris. – Senti alguém me balançar levemente. – Chris, acorde.

- O que foi? – Me sentei na cama, esfregando o rosto, tentando acordar, vendo Mary, preocupada, me encarando.

- Keena. – A encarei de volta. – Ela sumiu.

[...]

- Merda, Keena! – Praguejei, me sentando na cama dela e esfregando o rosto. Ela havia ido atrás deles, haviam latas de energético por todos os lados, e as roupas dela haviam sumido.

- O que vamos fazer? – Mary perguntou.

- Eu vou atrás dela. Você fica aqui, e cuida do John. – Mary pareceu prestes a contestar, mas eu a olhei feio. Meu humor não estava nada bom. – Você está grávida. Não pode se esforçar muito. E John precisa de você aqui.

- Está bem. – Suspirou, derrotada. – Mas se cuide. – Deu o último aviso, saindo do quarto.

Respirei fundo uma última vez, antes de ir para meu quarto e pegar minha mochila. A joguei sobre os ombros. Minhas roupas pareciam suficientes, uma calça preta, blusa preta de mangas longas e um casaco enorme e pesado, preto.

Fui até a saída, entrei no carro de John, e dei partida. Ela deveria estar indo para a cabana para onde mandei Andy, então rumei para lá.

[...]

Um rio. Ótimo. Era tudo o que eu precisava. Desci do carro e fui até a margem. Não daria para passar com ele.

Estendi as mãos sobre a margem. Uma pequena trilha surgiu sobre o rio. Eu apenas precisei congelar parte da água, e então, passei normalmente. Mas seria muito arriscado levar o carro.

Assim que passei, o gelo derreteu automaticamente. Andy e Drizzle deveriam ter congelado ao passar isso, pois segundo John, as asas de Andy não estavam num estado muito bom.

Vi uma caverna. Corri até ela. Uma fogueira, já desfeita e apagada, estava ali. Eles haviam passado a noite ali.

Continuei seguindo pelo oeste. Passei pela floresta, e vi as sombras. Elas não fariam nada contra mim, apenas estavam observando. Isso era obra da velha, ela podia ver pelas sombras. Umbracinese. Sim, queria que Andy encontrasse ela por vários motivos, e esse era um deles.

Saí da floresta, e dei de cara com as montanhas. Suspirei. Por que ela tinha de ser tão complicada? Quatro montanhas cercando uma maior, e, sem dúvidas, haviam demônios entre elas.

Corri até a montanha mais próxima. Estendi as mãos. A fina camada de neve ali foi desaparecendo aos poucos, revelando uma escada de parede, feita de corda e madeira. Suspirei. Aquilo não era nada seguro.

Subi até o fim da escada. Olhei meu relógio. 11:45 p.m. Tanto tempo para chegar aqui.

Caminhei até a beira da montanha. Haviam demônios lá embaixo. Respirei fundo, com certa raiva, ao notar que a ponte de cordas e madeira havia sido cortada.

Usando a Telecinese, ergui a ponte até mim. Quando ela chegou, segurei suas cordas. As levei até as ponta presas na montanha, que haviam sido cortadas. As segurei juntas, e, num truque simples, as uni novamente. Juntei todas as cordas da ponte, e atravessei. Finalmente, a cabana. Velha, mas bem cuidada. Pequena, para apenas uma pessoa. Mesmo com toda a neve caindo ao redor, podia ver fogo aceso lá dentro, provavelmente no fogão à lenha e na lareira.

Caminhei até a varanda e bati na porta.

- Você está atrasado. – Ouvi uma série de rangidos, e a porta foi aberta. A velha se revelou na minha frente, bem agasalhada, e com uma cara nada boa. – Eles não estão nada bem.



“Isso não acabou, querida, não acredite em uma palavra que eles disseram.

Mas então, ela leva um momento para refletir, para saber que poderia ter sido dada outra chance para encontrar a luz na escuridão e uma maneira de sair disso.

Se ao menos ela pudesse ver o que eu vi.

Ela leva um momento para tropeçar em seus pés, se eu apenas estivesse lá para segurar sua mão.

Se ela apenas visse o que eu vi.

Ela sairia dessa.

Ela sairia daqui.

O que machuca mais é que você mentiu na minha cara e eu ainda seguro sua mão para te libertar.

O que queima mais é que você mentiu na minha cara e eu ainda seguro sua mão para te libertar.

Com os olhos fechados, seu coração quebra.

E depois de tudo isso, ela provocou isso em si mesma.

Para si mesma.

Para mim, para você.

O caído.

Salve-a!

Para nós, pelo bem.

Salve-a.”

Asking Alexandria


Notas Finais


O capítulo tá pequeno, e meio merda, mas fazer o que :P
O próximo vai estar melhor
Eu acho

Anyway, o link da fanfic nova está aqui:
https://spiritfanfics.com/historia/my-immortal-8460521

Deem sua opinião, please ;)

Bye


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