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História Encröachment - Demonic Power


Escrita por: TheUnspoken

Notas do Autor


Hellooo
Olá para todos os meus queridos leitores e leitoras, já que não sei se tem macho aqui, mas indo direto ao assunto, EU VOLTEI
SURPRISE MOTHERFUCKER
Acharam que eu tinha morrido, né? Ainda vão ter que me aturar muito hehe
De qualquer forma, taí o cap, boa leitura =3

Capítulo 20 - Demonic Power


KEENA P.O.V.

Abri os olhos lentamente, e mesmo estando num lugar escuro, foi difícil focar a visão. Tudo tremia, e eu estava tonta, a parte de trás de minha cabeça latejava, e eu não consegui processar nada. Aonde eu estava, e porquê estava ali, eram coisas que eu definitivamente não sabia. Após conseguir normalizar a visão, olhei ao redor. Não podia ver quase nada. Notei uma janela no canto esquerdo, coberta por tábuas de madeira, que permitiam apenas algumas frestas de luz pálida no cômodo.

Tentei me mexer, mas meus pulsos latejaram. Não consegui processar nem mesmo a posição em que estava. Havia algo muito errado ali. Alguma coisa estava bagunçando meus sentidos e minha memória. Bruxaria.

As memórias me atingiram com tudo. Havia ido atrás de Drizzle e Andy, mas acabei sendo pega pela ruiva. Fechei os olhos com força, tentando me concentrar. Me movi um pouco, e notei que estava deitada. Era uma cama, mas muito desconfortável, com um colchão fino e duro, e a madeira rangendo. Respirei fundo. O ar estava úmido, e estava extremamente frio. Olhei para mim mesma. Meus pulsos estavam amarrados por cordas grossas que cortavam minha pele, tamanha a força dos nós. Meus tornozelos estavam amarrados da mesma forma.

Ao menos minhas roupas se mantinham as mesmas de quando saí da casa de Mary, mas eu estava com muita fome. Tentei usar pirotequinia, na esperança de queimar a corda e me soltar, mas minha cabeça latejou. Eu não podia usar meus poderes. Havia bruxaria forte ali, me confundindo, e atrapalhando meus poderes.

Ouvi o som de algo batendo na madeira, de forma ritmada. Passos. Saltos rumavam em minha direção. Fingi estar dormindo, mas eu sabia que era a ruiva. Isso era inegável. Ela entrou no quarto, e pude notar uma luminosidade, mesmo de olhos fechados. Ela avançou pelo cômodo, ficando ao meu lado, próxima a parede, suspeito. Ouvi o som de algo, como um prato sendo colocado em uma mesa. Arrisquei abrir os olhos, e pude vê-la, colocando uma vela, com bastante cera escorrendo em um pequeno prato, sobre uma mesa que eu não havia notado. Ela estava de costas para mim, os fios ruivos caindo em ondas charmosas pelas costas, o corpo esguio coberto por um vestido negro. Ela era charmosa, eu não podia negar.

A ouvi desenhar algo na mesa, o som como giz no quadro. Ela murmurou algumas frases em latim, mas não pude entender completamente. Jaime havia me avisado que deveria ter me esforçado mais em minhas aulas de latim, mas não lhe dei ouvidos. Me arrependo mortalmente agora. Pude captar algumas frases, mas a que me fez estremecer foi: “venha a mim, o senhor das trevas e do inferno”.

Arregalei os olhos. A vi levantar a mão esquerda sobre a mesa. Ela usava luvas nas duas, e logo após retirá-las, pude notar cicatrizes profundas, uma sobre as outras, todas na mão esquerda. Sua mão direita foi para o decote, e pude ouvir o som de uma lâmina afiada sendo lentamente desembainhada. Após observar a faca com um fio extremamente fino por alguns segundos, ela a passou, em um movimento doloroso, por cima das cicatrizes. O sangue caiu em excesso, mas ela não parecia se importar.

A bruxa pegou o que quer que estava em cima da mesa, banhado em seu próprio sangue, e jogou no chão. Eram pedras. Aparentemente, rochas vulcânicas, mas bem quebradas, como se fossem brita negra, ensanguentada. Eu observava a cena, atenta. Ela recuou alguns passos, enquanto sua mão sangrava, pingando no chão.

Passei a encarar as pedras, da mesma forma que ela. Lentamente, uma fumaça negra passou a sair dali. Repentinamente, o ambiente se tornou ainda mais frio. Pude ver minha respiração se condensar com clareza, e senti meu corpo formigar. A fumaça se mostrava cada vez mais presente, e se erguia cada vez mais, se tornando cada vez mais sólida, enquanto as pedras se desfaziam lentamente, e a figura de um homem era formada. Um homem alto, com vestes negras, cabelos da mesma cor, e olhos azuis, frios como dois cubos de gelo, com um sorriso sacana nos lábios. Não conseguir desviar o olhar dele. Meus ossos estavam congelados, e pela primeira vez na vida, eu me senti incapaz de agir, tamanho o medo. Eu sabia que ele notara que eu o encarava, mas ele parecia não se importar.

Lentamente, a ruiva se curvou diante dele.

- Lúcifer, lhe agradeço por atender ao meu chamado, meu senhor. - Ela permaneceu ajoelhada, sem olhá-lo nos olhos.

- Não me agradeça. Vai me retribuir por isso depois. - Sua voz, grave e poderosa como um trovão, preencheu o cômodo enquanto seu sorriso se tornou ainda mais sacana. - Se levante e diga o que quer, Vesania.

Vesania? Então esse era o nome dela? Era latim, sem dúvidas. A ruiva é mais velha do que aparenta.

- Meu senhor, eu estou fraca. Meus poderes não se mostram suficientes. Tenho tentado ao máximo cumprir suas ordens, mas o Cerulli treinou bem as crianças. E além disso, tem aquele demônio. Um anjo caído ousa ficar contra o senhor, Lúcifer. - Sua voz estava mansa, levemente manhosa. Ela falava de nós. Eu, Drizzle e Andy. O olhar de Lúcifer se tornou ainda mais frio, e a maldade ainda maior.

- Não pense que facilitarei as coisas para você, sua inútil. - Cuspiu as palavras, a fazendo se encolher. - Lhe dei ordens, e se quer manter sua imortalidade e seu corpo de jovem intactos, é melhor fazer o que mando, e rápido. Esses pivetes querem colocar um fim nos meus planos, e com a ajuda do Cerulli, eles vão incomodar. Então trate de agir, para ontem. Se não... - Lúcifer se aproximou dela, que recuou, amedrontada. Ele estendeu a mão à sua frente, e, em meio a uma fumaça negra, um espelho com detalhes em cristal apareceu. Ele refletiu a ruiva, linda e jovem. Mas, lentamente, ela foi envelhecendo. Rugas e olheiras profundas foram surgindo, enquanto sua pele perdia o brilho. Ela levou as mãos ao rosto, como se tentasse parar o que acontecia.

- Não! Eu vou conseguir o que quer, o mais rápido possível. Eu juro! - Ela implorou. Lúcifer sorriu, contente. Como se nada tivesse acontecido, o reflexo no espelho voltou ao normal.

- E eu nem precisei encostar em você. - Ele concluiu, dando um passo à frente, o espelho desaparecendo em fumaça. Ele a segurou pela cintura, colando seus corpos, levantando o rosto dela delicadamente, pelo queixo. - Continue assim, e chegaremos longe, Vesania. Não me desobedeça, nunca mais. Vou te dar uma ajudinha, pois estou de bom humor. - Lúcifer levantou uma mão, e, partindo de fumaça negra, um colar de prata se formou. Ele prendia uma pequena pedra branca, que parecia ter fumaça dançando dentro dela. Ele o entregou à ruiva. - Sabe o que fazer.

Dito isso, ele se desfez em fumaça negra. Num único segundo, a temperatura voltou ao normal. Meus pulmões se encheram de ar, e só aí percebi que segurava o fôlego. Vesania se mantinha imóvel, na mesma posição de antes, aparentemente assustada. Meus olhos continuavam arregalados. Eu estive na presença de Lúcifer. O próprio senhor das trevas esteve aqui em carne e osso, ou do que quer que ele seja feito. Sua presença simplesmente gerara uma pressão forte no local. Como quando você está nadando num lugar fundo, e a pressão é cada vez maior.

Senti algo em minha boca. Não consegui ver o que era, mas logo entendi: meu nariz sangrava. Me apavorei na hora, e tentei levar a mão a ele, para estancar o sangue, mas o movimento brusco apenas machucou mais meus pulsos, me fazendo soltar um gemido baixo de dor. Me arrependi mortalmente por isso. Vesania pareceu acordar de seu transe, e veio em minha direção.

- A quanto tempo estava escutando, sua intrometida? - Recebi um tapa forte no rosto, acompanhado de seu tom raivoso.

- Não ouvi nada. - Menti, tentando me fingir de forte, ignorando o lado do meu rosto que ardia, e eu suspeitava que sangrava também, graças as unhas dela.

- Não tente mentir para mim, idiota. - Esbravejou. - Nunca mais ouse ser tão intrometida, ou não serei tão boazinha da próxima.

- Estou morrendo de medo, Vesania. - Debochei. Ela semicerrou os olhos, parecendo se conter para não me matar, e aproximou o rosto do meu, me segurando pelo maxilar e me forçando a olhá-la nos olhos.

- Você só está viva porque acho que pode ter utilidade no futuro. Se tirar minha paciência, você vai se encontrar com Lúcifer pessoalmente. - Engoli em seco. - Tenho mais o que fazer. Não tente nenhuma gracinha, ou acabo com você na hora. - Ela largou meu maxilar com brutalidade, rumando decidida para a saída do cômodo.

Não tinha nada o que eu pudesse fazer. Fui eu mesma quem me encrencou ao sair da casa de Mary, sozinha e à noite, para procurar Andy e Drizz. Mas pela conversa que a bruxa teve com Lúcifer, eles estão muito bem, com Chris. Fechei os olhos, ignorando o sangue que escorria, em pouca quantidade do meu nariz, mas ainda assim, pude sentir o ardor em minha bochecha, e um filete de sangue ali também. Me senti inútil. Apenas a presença de Lúcifer me desestabilizara de maneira absurda, e um tapa dela já me fazia sangrar. Não podia ajudar Chris de maneira nenhuma. Estava impotente, como quando aquele demônio matou minha irmã, no Egito. Senti meus olhos marejarem, e os fechei rapidamente, afastando os pensamentos. Estava cansada. Talvez, tenha sido por Lúcifer, ou pelo fato da bruxaria forte no local estar me confundindo, mas eu simplesmente caí num sono profundo.

 

CHRIS P.O.V.

Terça-feira. Estávamos em plena terça-feira, e Drizzle ainda não havia acordado, assim como Keena não havia aparecido. Eu me encontrava na casa da velha, na pequena varanda da frente, bem agasalhado. Via o vento forte e a neve caírem sem parar. Estava cada dia mais frio. Eu diria que uma tempestade de neve estava se aproximando. Encarava os demônios, no fundo das montanhas, arranhando as pedras, tentando sair, para matar ou destruir qualquer coisa.

Andy estava lá dentro, não havia saído do lado de Drizzle por nem mesmo um segundo. Era um milagre eles terem sobrevivido. Quando estavam caindo em direção aos demônios, Andy conseguiu, com muito esforço, viajar pelas sombras. Era incrível. Eles não estavam em um lugar escuro, e estavam em queda livre, além de que Andrew estava cansado, com asas feridas, e praticamente sem energia.

Apesar do feito digno de homenagem, eles não saíram intactos. Acabaram com um corte fundo no braço esquerdo. Uma viagem nas sombras que não foi bem-feita acaba assim. Não culpo Andy, dado as circunstâncias. Mas, mesmo que tivessem sobrevivido, Drizzle não estava nada bem. Já estava ferida antes, um corte fundo bem embaixo dos seios. A velha avia conseguido salvá-la, mas sua especialidade não era a cura. Drizzle terá uma cicatriz bem grande, para sempre. Jane não pode vir aqui, e mesmo que viesse, não conseguiria reparar totalmente os danos.

Suspirei, encarando minas mãos. Estavam ainda mais pálidas, graças ao frio. Frio intenso, que as congelava. Aquilo doía. Mas eu praticamente não sentia. A culpa me consumia por dentro, e não havia nada que eu pudesse fazer. Keena não saía de minha mente. Seu eu tivesse ido atrás dela. Se eu tivesse dado atenção a ela, nada disso teria acontecido. Teríamos vindo atrás dos dois juntos, ela não teria sido capturada, e nem Andy nem Drizz estariam feridos. Poderíamos ter ido atrás da bruxa todos juntos, e poderíamos estar mais próximos do fim dessa missão.

- Christopher. - A velha, como todos a chamam, abriu a porta. Uma senhora de expressão brava, com pele bronzeada e vestes grossas, baixinha. Ela era descendente de indígenas, e eu podia afirmar sem medo eu ela sabia muito. Era uma pessoa incrível, digna de admiração.

- A senhora ainda insiste em me chamar assim? - Suspirei, sem conter um sorrisinho triste, enquanto me virava para ela. - Pode me chamar de Chris. Não deve doer.

- A garota. - Ela ignorou meu pedido. - Ela acordou.

 

DRIZZLE P.O.V.

Lentamente, eu abri os olhos. O lugar em que estava, seja lá qual fosse, tinha uma iluminação amarelada, e não demorou muito para que eu me acostumasse com ela. Tentei me mover, mas senti uma dor aguda em cima da barriga, logo abaixo dos seios, e em meu braço esquerdo. Meu corpo inteiro doía, mas esses dois lugares, em principal, latejavam. Olhei em volta. A iluminação vinha de uma lareira no canto do quarto. As paredes pareciam de arenito, material um pouco incomum, e o chão de madeira. Eu estava em uma cama confortável, macia e quente. Mas uma cena interessante estava ao meu lado. Andy, esparramado em uma poltrona, dormia tranquilamente, como um anjo. Ele o rosto pendendo para o lado e os cabelos bagunçados. Notei também olheiras profundas. Ele não parecia nada confortável, e com certeza ficaria todo dolorido quando acordasse.

- Andy. - Tentei chama-lo, mas minha voz saiu rouca, e minha garganta ardeu, pedindo por água. - Andy. - Tentei novamente, um pouco mais alto. Não adiantou. Lentamente, movi o braço direito, tentando alcança-lo. Consegui segurar seu joelho, tentando chama-lo. - Andy, você vai ficar dolorido se continuar assim.

- O-o quê? - Andy balbuciou, olhando para os lados, meio confuso. Essa era, provavelmente, a visão mais inocente que já tive dele. Os cabelos bagunçados, a cara de anjo, esfregando os olhos. Logo, quando ele processou o que acontecia, Andy me olhou, um pouco afobado, assustado e alegre ao mesmo tempo.

- Drizz! - Ele rapidamente se aproximou de mim, e selou nossos lábios em um beijo calmo, sem língua. Senti algo forte naquele beijo. Saudade.

- Hm, eu tô com bafo, não faz isso. - Protestei, disfarçando que estava com vergonha. Mas eu estava mesmo com bafo, mas de fome.

- Eu não ligo. - Ele sorriu, me encarando, meio bobo. - Achei que você não ia mais acordar, Drizz. - Ele me encarou, e só então eu voltei à realidade. Eu deveria estar morta. Deveria ter caído na montanha, e destroçada pelos demônios.

- Andy... o que aconteceu? - Franzi o cenho, sem conseguir me lembrar de nada.

- Quando estávamos caindo da montanha, consegui nos transportar pelas sombras. Mas como a viagem foi malfeita, acabamos feridos. - Andy colocou a mão sobre o próprio braço esquerdo, próximo ao ombro, e notei uma faixa enrolada ali. Eu tinha uma faixa no mesmo lugar, aonde doía em mim. - Você já estava ferida, graças aos mortos vivos, então acabou perdendo muito sangue e desmaiou. Mas a velha nos ajudou.

- A velha?

- Sim. Não sei o nome dela, mas Chris a chama assim. Ela cuidou de você e de mim, e agora estamos assim, esperando você acordar, pensando no que fazer.

- Chris está aqui? - Ele fez que sim com a cabeça. - E Keena? - Andy olhou para baixo, sem responder. - Andy aonde ela está? - Me apavorei.

- Keena... ela... ela foi capturada. - Andy respirou fundo, e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas. - Ela fugiu da casa de Mary, sozinha e à noite, para vir atrás de nós dois. Ela simplesmente sumiu do mapa, então só pode ter sido pega pela ruiva.

- Mas que merda. - Senti as lágrimas descerem. - Se tivéssemos voltado antes...

- Não adianta lamentar o passado. - Andy me interrompeu, secando minhas lágrimas. - O que está feito já foi feito, não podemos voltar atrás.

- Está bem. - Respirei fundo, me recompondo. Chorar não traria Keena de volta.

- Vou trazer algo para você comer. - Avisou, se levantando. - Não tente se mexer. Não vai ser nada legal se seu corte se abrir. - Enquanto ele saia, respirei fundo mais uma vez, sem saber exatamente como agir. O que eu podia fazer?

Fiquei alguns segundos ali, perdida em minha própria mente. Como eu podia ajudar Keena? Não havia nada que eu pudesse fazer, no fim. Me senti extremamente vazia e sozinha. Keena era uma parceira, um ombro amigo. Ela era um apoio para mim, e não conseguia me ver seguindo em frente, de maneira alguma, sem ela. Era quase como perder uma perna. Literalmente, acabava comigo a possibilidade de perde-la. E para aquela ruiva, aranha, bruxa, ou o que quer que ela seja.

- Espero que goste de sopa enlatada. Não tenho outra coisa. Mas esquentei para você. - Uma velha entrou no quarto, sendo seguida por Andy, logo atrás dela, silencioso. Ele se sentou na mesma poltrona de antes, e a velha lhe entregou a sopa. - Ela não vai conseguir comer sozinha, então sirva-a. - Resmungou, sem me olhar nos olhos. - Vou avisar Chris.

Dito isso, ela saiu. A acompanhei com o olhar até a porta ser fechada. Aí me virei para Andy. Ele me olhava, um pouco encabulado, um pouco divertido, com a sopa na mão.

- Qual a graça? - Semicerrei os olhos, esperando a resposta.

- A graça, Young? - Sorriu de lado. - Simples. - Ele serviu uma colher de sopa e levou até minha boca. - Você depende de mim, querida. - Bufei frustração. Não aceitaria isso. - Diga ‘a’. - Pediu, com um sorriso malandro. Não respondi, apenas lhe lancei um olhar mortal. - Vai mesmo querer morrer de fome? - Minha barriga roncou. A sopa poderia não ser das melhores, mas a fome era enorme. Me vi sem saída, e acabei abrindo a boca. - Boa menina. - Zombou, aumentando seu sorriso e me servindo a sopa. Nem tentei comer sozinha, pois com certeza derrubaria toda a sopa sobre mim mesma. E assim, eu finalmente matei minha fome. Andy parou com as piadinhas, e foi uma situação até engraçada.

- Drizzle. - Chris entrou no quarto. Tinha um sorriso contente, mas fraco e cansado, assim como ele parecia estar. Tinha olheiras profundas, da mesma forma que Andy, e parecia sentir uma culpa tão grande quanto a minha. - Finalmente, Drizz. Achei que ia dormir o mês inteiro. - Drizz. Ele nunca havia me chamado assim antes. Sorri, ignorando a brincadeira. Ele se sentou ao meu lado na cama, me olhando de forma meio protetora, da forma que me lembrava meu irmão. - Como está se sentindo?

- Dolorida. - Suspirei, e ele sorriu, fraco. - Chris, precisamos procurar Keena. - Fui direto ao assunto. Chris olhou para baixo, pensativo. Ele mordeu o lábio inferior antes de se pronunciar.

- Não há nem chance de você sair dessa cama tão cedo. - Começou.

- Mas eu quero... - Fui interrompida.

- Mas isso é uma boa forma de você treinar seus poderes. - Eu e Andy o olhamos, confusos. - Tente entrar na mente de Keena enquanto está aqui. Se você ver o que acontece no subconsciente dela, talvez consiga descobrir aonde ela está.

Pensei por alguns segundos. Talvez desse certo. O subconsciente é o lugar de onde os sonhos vem, mas, na maioria das vezes, esses sonhos são estimulados por algo real. Os pensamentos mais obscuros ficam no subconsciente, e te influenciam de uma forma anônima. Você é manipulado por sua própria mente, mas não percebe.

- Vou tentar. - Afirmei, convicta. Eu tinha que conseguir. Por Keena.

- Ótimo. - Chris respirou fundo. - Quanto a você, Andy, você vai ficar aqui. - Andy pareceu prestes a protestar, mas o olhar de Chris foi o suficiente. Biersack apertou a lata de sopa, sem saída. Ter de obedecer a Chris era um saco, mas no fim ele sempre estava com a razão. Keena, por exemplo, foi capturada por desobedecer às ordens dele. - A velha vai te ajudar com a Umbracinese. É o dom dela.

- Qual o nome dessa velha? - Andy perguntou, parecendo levemente raivoso. - Sério, você tá chamando ela de velha desde que chegou aqui. Qual é a dela?

- Ninguém sabe o nome dela. - Chris riu um pouco, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Pode chama-la de velha, é assim que todo mundo a chama.

- Mas isso soa mal-educado. - O olhei, meio confusa. Eu tenho um pingo de educação, ao menos.

- Você é quem sabe. - Deu de ombros. - Ela nunca reclamou. - Chis se levantou, se espreguiçando.

- Chris, que dia é hoje? - Questionei, me tocando que tínhamos aula, e outras coisas.

- Terça-feira. - Já ia ter um treco, mas Chris me interrompeu. - Vão ter que colocar a escola e outras coisas em segundo plano. Sério, o assunto aqui é bem mais importante. E vocês vão virar rockstars, de qualquer forma. - Não pude conter um sorriso bobo, da mesma forma que Andy, ao imaginar um futuro nos palcos. - Mas, agora que você já comeu, vamos embora. - Ele encarou Andy, por alguns segundos. - Você vai começar seu treinamento agora. E não desobedeça a velha, faça tudo o que ela mandar. Eu vou ver como estão Mar e John. Drizzle, contamos com você, em relação à Keena. - Assenti. Chris saiu do quarto, seguido de Andy.

Suspirei pesadamente e encarei o teto, antes de fechar os olhos. Tudo o que eu tinha de fazer era me concentrar, e ter meu foco total em Keena, coisa que, no momento, não era nada difícil. Esvaziei minha mente e tentei, com todas as minhas forças, encontrar Keena, ou apenas a mente dela.

 

NARRAÇÃO EM 3ª PESSOA

Enquanto Drizzle se concentrava no quarto, Chris e Andy seguiam pelo pequeno corredor iluminado por velas. Andy estava apreensivo, sentia algo estranho, uma sensação incomoda. Estava suando frio, e algo o incomodava muito, se sentia perseguido, sentia que todos queriam fazer mal a ele. Mas ignorava esses pensamentos, tentando agir normalmente, enquanto ele e Chris se sentavam em pufes vermelhos na sala. Era uma “sala-de-estar” bem incomum. Tinha uma lareira no canto - a casa tinha muitas lareiras, na opinião de Andy -, e um tapete persa enorme no centro. Sobre o tapete, Quatro pufes vermelhos rodeavam uma mesa baixa, entalhada em madeira escura. Chris e Andy ficaram um de frente para o outro, sem se olharem. Logo, a velha chegou. Ela se sentou também, a expressão séria, sem olhar nenhum dos dois nos olhos. O fogo da lareira projetando sobras bizarras atrás dela.

A velha levantou o braço, e de sua manga, tirou um baralho. Mas não um baralho comum, eram cartas de Tarô. Ela as embaralhou, sem dizer nada.

- Andy, você sabe como funcionam as cartas de Tarô, certo? - Chris perguntou, mas Andy não ouviu. Estava com a sensação estranha apertando seu peito. Um medo, um sentimento horrível de que estava sendo ameaçado, de que estava nas mãos de outra pessoa. Ele continuava suando, mas não entendia o que acontecia. - Andy?

- Hm? Ah, sim, eu sei. - Respondeu, se virando rapidamente para Chris, que o olhou, meio confuso.

- Andrew, você está bem? - Chris ergueu uma sobrancelha. Até a velha ergueu os olhos para Andy.

- Estou, estou sim. - Mentiu, esfregando as mãos, tentando se acalmar.

- Bem, continuando. - Chris não pareceu convencido, mas seguiu em frente. - Vamos fazer um jogo simples. Você vai escolher três cartas. Uma significa o passado, outra o presente, e a última, o futuro. - Andy assentiu, apertando o próprio braço e balançando o joelho. - É um jogo simples, mas pode dar alguma pista sobre o que vem a seguir.

- Está bem. - Na mesma hora, a velha colocou as cartas sobre a mesa. Ela passou a mão sobre a mesa, e as posicionou como um arco.

- Escolha três. Uma de cada vez. Não me mostre, apenas as separe do baralho. Escolha com atenção. - Avisou, encarando Andy.

Biersack engoliu em seco, um tanto apavorado. Tudo o que queria era sair dali o mais rápido possível. Queria quebrar qualquer coisa, simplesmente para abafar esse sentimento estranho. Mas apenas respirou fundo, erguendo a mão direita, passeando pelas cartas, sem tocá-las. Em certo momento, quando estava passando por uma carta específica, Andy arrepiou, sentiu um calafrio forte passar por seu corpo, e soube que era aquela. Lentamente, ele a puxou, afastando-a das outras, sem olhá-la, e sem mostra-la. Voltou a examinar as outras. Dessa vez, ele sentiu o mesmo arrepio com outra carta, e afastou das outras. Na última carta, Andy sentiu sua mão ser puxada por ela, como um imã. Sem dúvidas, era aquela.

Assim que as três cartas foram separadas, Andy encarou a velha, como se pedisse para ela andar depressa. Se sentia prestes a partir aquela mesa ao meio, sem motivo específico. Chris o olhava, os olhos semicerrados, aguardando seus movimentos.

A velha juntou o resto das cartas e as colocou empilhadas no canto da mesa. Trouxe as outras três para perto de si. Levou a mão a primeira carta que havia tirado e a virou. Havia ali um homem, ou algo mais semelhante à um cadáver, carregando uma foice.

- A carta do seu passado é A Morte. - A velha ergueu os olhos para Andy. - A morte representa mudanças involuntárias. Falsos leitores dizem que nada de ruim acontece após a morte, mas, assim como na realidade, isso é uma mentira. A Morte representa apenas uma parte de tudo, ou o fim dela. Algo em você mudou lá atrás, e graças a isso, você nunca mais será o mesmo. - A mente de Andy imediatamente viajou para Taylor. Scout era, sem dúvidas, o que o mudou completamente. Nunca mais seria capaz de se entregar com a mesma intensidade com a qual se entregara a ela.

A velha apenas continuou. Andy se sentia prestes a explodir. Poderia matar Chris agora mesmo, sem motivo específico. Apenas precisava acabar com essa agonia, essa sensação que simplesmente consumia seu peito. A velha puxou a segunda carta, mostrando um homem rodeado por duas garotas, e com um anjo sobre sua cabeça. Andy a encarou, esperando uma explicação rápida, esfregando as mãos por baixo da mesa.

- Os Enamorados. Essa carta representa indecisão. Está confuso sobre algo, já que ela representa seu presente. Deve tomar sua decisão com o coração, seja lá qual for. - As palavras o atingiram em cheio. Tinha, sim, uma decisão difícil a ser tomada. Abandonar seu passado não era algo tão fácil. Esquecer Taylor não seria algo fácil. Confiar em alguém novamente, não seria algo tão fácil.

A velha puxou a terceira. Seu futuro. Andy se aprumou na cadeira, curioso para saber a resposta, mas ainda assim, ansioso para sair. Lentamente, ela a virou. A carta mostrava uma mulher dominando um leão.

- A Força. No seu futuro, você terá de aprender a dominar sua força interior e exterior. Não é uma carta nem, boa, mas nem ruim, depende de você mesmo. - A velha juntou todas as cartas enquanto falava. - Se não dominar seus poderes, acabará machucando a sim mesmo e a quem ama.

Andy pensou por alguns segundos. Isso significava, ao menos, que ele teria algum poder no futuro. Mas dominar a própria força não deve ser algo difícil, certo? “Isso não será problema”, pensou ele. Antes que Chris pudesse dizer qualquer coisa, Andy se levantou correndo e saiu da casa. Parou na beirada da montanha, respirando fundo. A sensação destrutiva estava lhe dominando, e ele não entendia o que acontecia. Mesmo com toda a neve caindo sobre si e as vestes nem um pouco quentes, ele sentia calor. Queria pular lá embaixo e destroçar os demônios, um por um.

Andy recuou dois paços, as mãos na cabeça. Sem que percebesse, já estava olhando pelo Duat, e suas asas já estavam ali, melhores do que nunca.

- Andy! - Chris o chamou, saindo da casa, o olhando um pouco assustado, acompanhado da velha. - O que você tem?

- E-eu não sei. - Respirou fundo, tentando se acalmar. - Chris, sai de perto de mim.

 

CHRIS P.O.V.

- Chris, sai de perto de mim. - Pediu, em um sussurro agressivo. O que ele tinha?

Andy olhou para baixo, encarando os demônios no pé da montanha. Se virou rapidamente, e eu vi que ele estava prestes a pular. Corri na direção dele o mais rápido que pude.

- Não! - Berrei, o agarrando pela camisa, tentando puxá-lo. Ele se virou rapidamente e me acertou um soco.

- Chris, desculpa, e-eu... - Antes que ele terminasse de falar, e antes de eu conseguir processar o que havia acontecido, ele colocou as mãos pelo cabelo, o puxando, respirando fundo.

Me afastei um pouco, temendo o que acontecia. Andy soltou um grito, algo estranho, não humano. Quando ele levantou seu olhar, seus olhos estavam pretos.

- Essa não. - Murmurei. Já sabia o que estava acontecendo.

Andy avançou contra mim, tomando impulso com as próprias asas. Ele me empurrou, me derrubando no chão, com a mão direita sobre meu peito, me prensando com força. Ele ia me acertar um soco com a mão esquerda, quando eu consegui empurrá-lo. Em questão de segundos, tirei uma cruz de dentro da minha jaqueta. Ele hesitou.

- Andy, não deixe isso te dominar! - Berrei, tentando fazê-lo acordar. Ele novamente puxou os próprios fios, abaixando a cabeça. - Lute contra isso, Andy.

Ele veio em minha direção novamente. Jogou a cruz que estava em minha mão longe, com um soco. Pude ver sua pele queimar ao tocá-la, mas logo a ferida se fechou. Ele me segurou pela camisa, e ergueu uma mão contra mim. Não adiantaria nada tentar lutar contra ele nesse estado. Ele não é apenas um anjo caído, é um arcanjo caído. E quando isso acontece com eles, não é nada bom.

Repentinamente, Andy travou. Simplesmente parecia lutar com sigo mesmo, entre me acertar ou não. Nesse momento, um vulto apareceu ao seu lado e o socou na cara. Tão rápido quanto apareceu ele sumiu. Olhei para a velha, num agradecimento silencioso. Isso era Umbracinese.

Andy cambaleou um pouco, mas aquilo não seria o suficiente para derrubá-lo. Quando olhei para a velha novamente, vi o perigo que ela corria. Andy a encarou com ódio nos olhos negros. Ela estava na varanda. A varanda levemente escura.

Antes que ele pudesse usar algo contra ela, o soquei com tudo.

- Acorde, Andrew! - Berrei. Ele escondeu o rosto nas mãos, e recuou, parecendo lutar contra si mesmo, novamente. Quando ele levantou a cabeça, seus olhos estavam normais novamente.

- Chris? - Me olhou confuso. Seu nariz sangrava. - Não foi por querer... eu... - Antes de terminar, ele simplesmente caiu na neve, desmaiando.

Suspirei, grato por isso o ter esgotado. Fui até Andy e o levantei, com um pouco de dificuldade, o jogando pelo ombro. Osso também pesa. Caminhei até a varanda, e a velha me encarava, séria.

- Você sabe o que foi isso. - Me disse, levemente brava.

- Sim. - Suspirei, entrando. - Vamos dar um jeito.

Fui até o quarto em que Drizzle estava. Além do quarto da velha, só havia aquele quarto, e por sorte, era uma cama de casal. Entrei sem bater mesmo, assuntando a coitada. Ela olhou para Andy, os olhos arregalados. Joguei Andrew no espaço vago ao seu lado, sem muita delicadeza.

- O que aconteceu? - Me olhou assustada, tentando se mover para tocar Andrew. Ela pareceu profundamente incomodada pela dor do corte embaixo dos seios, mas ainda assim, se esforçou para se sentar na cama e arrumar os cabelos de Andy, com certa ternura. Suspirei, com um pouco de pena dela. Ótima pessoa para se apaixonar.

- Drizz, vamos conversar. - Me sentei na poltrona ao lado dela, chamando sua atenção. Ela se virou para mim, fazendo leves caretas, graças à dor. - Como você sabe, Andy é um demônio. Demônios tem uma coisa chamada poder demoníaco. Na maioria dos casos, é um poder que os consome, tomando conta dos sentidos deles, fazendo com que tudo o que tenham é sede de sangue, vontade de matar. - Ela arregalou os olhos, um pouco assustada. - Até um tempo atrás, Andy nunca teve problemas com isso.

- Foi ele quem fez isso com seu olho? - Ela passou a mão por meu ferimento. Meu olho devia estar roxo. Ótimo.

- Sim, sim, mas escute. O poder demoníaco não é algo que simplesmente surge em um demônio. Ele faz rituais para isso, oferece algo em troca disso. Mas, a parte de dominá-lo é por conta deles.

- Está insinuando que o Andy fez algum ritual para ganhar poderes?

- Pode ouvir, por favor? - Ela fez bico, mas se calou. - Ótimo. Não, eu não estou insinuando isso. Há um outro modo de se ganhar poderes demoníacos. Alguém manda isso para o demônio por meio de uma joia rara. Algo que apenas Lúcifer, o senhor do inferno possui.

- Então... A bruxa. - Concluiu, nu sussurro.

- Sim. Acredito que ela tenha a joia. Mais um motivo para encontrá-la o mais rápido possível.

- Mas Chris, estou tentando, muito mesmo encontrar a mente de Keena, mas ela simplesmente parece ter sumido do mapa.

- Hm... Ela deve estar protegida por bruxaria. - Conclui.

- Então como vamos encontrar ela e a bruxa? - Perguntou.

- Entre na mente de Andrew. - Dei de ombros. Ela arregalou os olhos.

- Na mente... dele? - Apontou para Andy, dormindo ao seu lado, como se fosse a ideia mais assustadora e tentadora do mundo. Fiz que sim com a cabeça. - Mas em que isso ajudaria?

- Se a bruxa está mandando poder demoníaco para ele, há uma conexão entre os dois. Você pode tentar rastreá-la através do subconsciente dele, que é onde ela age.

- Isso... bem, isso pode dar certo. - Concordou.

- Por favor, tente. - Pedi, e ela concordou. - Mas quero lhe dar um aviso. A partir de agora, não trate Andy apenas como um aliado. Não fique sozinha com ele. Ele perde a noção de tudo quando esse poder o assume. Até que ele aprenda a controlar, ele é capaz de matar qualquer um de nós. Apenas dois médiuns experientes não são o suficiente para parar um anjo caído do tipo dele, dominado pelo seu lado demoníaco. Uma vez que esse poder entra, ele não sai mais. E é muito difícil um demônio assumir o controle.

- Isso quer dizer... que podemos perder o Andy? - A vi engolir o choro. Assenti. Ela apertou os cobertores.

- Quanto mais cedo encontrarmos a bruxa, menos poder demoníaco ele terá. Sugiro que comecemos isso rápido. - Sugeri, tentando acalmá-la.

- Certo. - Respirou fundo.

- Ótimo. - Me levantei. - Andy não vai acordar tão cedo, mas quando ele o fizer, me chame. - Saí do quarto para deixa-la se concentrar, e fui falar com a velha.

Ela estava na varanda, sentada em uma das cadeiras, assistindo a neve cair. Me sentei ao lado dela, sem olhá-la nos olhos, observando minha cruz ao longe, sumindo na neve.

- Acha que o futuro dele... a parte a qual a carta se refere... conta a partir de agora? - Perguntei.

- Não, creio que não. - Suspirou. - As cartas falam de um futuro distante, e ele é muito jovem. Creio que ainda tenha problemas mais sérios para enfrentar no futuro.

- Acho que está certa.

- Chris... essas crianças, elas têm poder demais. - Começou. - E esse garoto, com tanto poder, e a chance de se tornar um demônio dominado...

- Ele vai vencer isso. - Afirmei. Acreditava que iria. - Ele precisa. A ajuda dele será extremamente bem-vinda. Ainda temos muitos problemas para resolver. A bruxa dessa cidade, por exemplo, é um problema maior do que aparenta. É uma serva direta de Lúcifer. - A velha me olhou, um pouco surpresa.

- Você trouxe três crianças para te ajudarem no combate contra uma serva direta de Lúcifer?

-Três crianças com poderes anormais. - Completei. - Todas têm uma capacidade incrível. E além disso, eles não são mais crianças.

- Até você é uma criança, Chris. - Voltar a olhar para a neve.

- Uma criança crescida, vó. - Respondi. Suspirei, pensando por alguns segundos. - Vamos dar um jeito nisso tudo, de qualquer forma. Já matei muitas bruxas antes, e não vai ser essa quem vai me derrubar.

 

 

“Estamos analisando o cenário na cidade hoje à noite. Estamos procurando por você pra iniciar uma luta. Há um sentimento maligno em nossos cérebros, mas não é nada de novo, você sabe que isso nos deixa insanos.

Correndo em nossa direção. Escondendo-se você vai pagar. Morrendo, mil mortes. Correndo em nossa direção. Escondendo-se você vai pagar. Morrendo, mil mortes.

Buscando, procurar e destruir.

Buscando, procurar e destruir.

Buscando, procurar e destruir.

Buscando, procurar e destruir.”

Metallica


Notas Finais


Eaí? O que acharam da merda de hoje?
*Sério, não sei pq vcs me acompanham, a história ta ficando uma bosta =p amo vcs por isso ashsuahsu*
Beijos nas tetas de todos vcs :*
My Immortal:
https://spiritfanfics.com/historia/my-immortal-8460521


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