1. Spirit Fanfics >
  2. I'm only human >
  3. A seleção

História I'm only human - A seleção


Escrita por: Cs-137

Capítulo 26 - A seleção


Estava deitada a mais de doze horas na mesma posição:  Quadril bem apoiado no chão, tórax levemente inclinado e um dos meus joelhos me permitia criar com minha coxa e panturrilha uma ângulo de noventa graus. Esse formato apesar de muito esquisito, garantia para mim maior facilidade de camuflagem, boa acessibilidade a arma e ainda em caso de emergência seria fácil gerar impulso para rolar, rastejar e sair correndo. Mesmo sentido todos os efeitos do cansaço e da angustiante agonia de sentir a roupa grudar na pele sob o clima abafado, meu olhar não saiu da mira telescópica do Barrett M82.

O alvo estava a aproximadamente 6 Km de distância, o ponto de máximo de alcance. Tudo que faltava para ver o melhor fuzil norte-americano disparar um projétil a 3.070 Km/h, era voz tediosa de Sasuke ordenar pelo radiotransmissor preso em minha orelha. 

― SHOT!!

Disparei e o alvo foi estraçalhado em exatamente 7 segundos, fazendo-me sorrir devido a adrenalina. Levantei lentamente e respirei fundo satisfeita por estar praticando algo que realmente me anima. No entanto franzi o cenho quando um ruído trazido por uma corrente de vento surgiu em meus ouvidos.  Observei pelo rabo do olho uma sombra se aproximar e se tocar buscando algo nas vestes. Disfarcei não perceber sua presença fingindo muito interesse no local onde havia, a pouco, disparado.

 Quando o senti mais próximo, virei subitamente e encontrei Sasuke segurando em forma de ataque uma faca de caçador. Rapidamente segurei o pulso da mão armada e me girei para encaixar minhas costas em seu peitoral, completando o movimento com uma cotovelada na boca do estômago, fazendo-o se curvar sobre mim. Através dessa abertura, puxei o braço que segurava a faca em direção ao chão, forçando o corpo de Sasuke virar sobre o meu e cair no grosseiro tapete de pedras sob meus pés. Ainda segurando sua munheca, direcionei-a  para o pescoço branquelo.

― Nada mal Hyuuga.

Soltei o moreno com um sorriso de canto e finalmente depois de 12 horas pude relaxar os músculos e estalar os ossos. No entanto, senti as mãos de Sasuke agarrar repentinamente meus braços e sua perna se meter entre as minhas, puxando a direita em um gancho, jogando-me em direção ao chão, mas antes que atingisse o solo pedregoso segurei sua camisa e o puxei para debaixo de mim. Ao atingir as duras pedras, não deixei que a vista embaraçada pela queda me retardasse e ginguei meu peso para cima do tórax do moreno, aproveitando a situação para pegar suas mãos e as erguendo sobre a cabeça.

― Até que para quem come só pão e água, você é bem carnuda.

Estava pronta para revidar suas provocações quando gritos histéricos e pedidos de socorro irromperam o ar, fazendo com que nos dois nos levantássemos de imediato e olhássemos em direção as exclamações. Era a Sakura.

― HINATA!! SASUKE!!! PROBLEMAS!!! ― disse ela enquanto se aproximava de nós.

Sua respiração estava descompassada e suas mãos tremiam mais que o 4° estagio de Parkinson.

― Pegaram o Sasori. ― falou ela depois de engolir o seco. ― Pegaram ele e só Deus sabe se está vivo ou morto.

Não sei exatamente quando parei de respirar, apenas me lembro de encontrar o olhos de Sasuke, que igualmente aos meus estavam arregalados e correr com toda velocidade em direção a minha casa. Eu iria me fazer de forte, eu sabia que eu devia fazer isso, mas eu não sentia meu estômago e engolir o choro já estava dolorido demais. Até quando as pessoas que gosto iriam partir? 

Quando adentrei a casa de bambu todos os ministros estavam reunidos em plena discussão. Felizmente ninguém tinha se exaltado ainda e Itachi já me lançava sinais de eu tinha notícias muito ruins para falar.

― Um pássaro da noite trouxe a mensagem de alerta, Sasori foi pego em uma emboscada. 

― Temos que revidar e mandar uma equipe imediatamente. ― disse um dos ministros provocando uma maré de opiniões vindas dos outros ministros.

― Não. ― Falei atraindo a atenção e o silêncio de todos na sala.

― QUE!? ― exclamou Tsunade. ― Por acaso Sasuke está lhe dando muita porrada na cabeça!?? O SA-SO-RI FOI PEGO!

―  Eu sei. ― disse tentando mantar meus sentimentos longe do meu papel como líder. ― Mas uma equipe de resgate é tudo o que eles esperam de nós.    

― Onde você quer chegar Hinata? ― perguntou Shikamaru.

― Vamos, na verdade, montar um esquadrão para se infiltrar e traze-lo de volta. Eles se acham tão impenetráveis que nunca esperariam por isso .― respondi.

― Pode funcionar... 

― Besteira! Quando for para o campo de batalha de verdade vai ver que a prática não tem nem 15% dessa brincadeira que vocês fazem aqui. ― falou um dos membros mais velhos do conselho.

― O senhor não poderia estar mais que certo! ― retruquei com um sorriso de trunfo no rosto.

― Hinata nã...

― Por isso, não vejo circunstância melhor para aprender, de fato, minhas habilidades.

Escutei Tsunade suspirar e Itachi massagear suas têmporas.        

Quando a primeira reunião se dissolveu, fui descansar no meu quarto enquanto Shikamaru, Itachi e Tsunade faziam a seleção dos possíveis candidatos para a missão que se iniciaria nas primeiras quatro horas após a virada de dia. Deitei na cama e pensei nele mais intensamente do que em qualquer outra noite desde sua ausência.

Sentindo a solidão, o medo e a dor da perda afogar meu coração, deslizei minha mão sobre a cama para o lado em que ele ocupava, agarrando a fronha que embromava o colchão, até senti os nós dos meus dedos chegarem a seu limite.

Junto as minhas lagrimas, o lampejo de raios e o barulho de trovões configuravam o cenário de boas-vindas ao inverno.

Passaram-se poucas horas do momento em que eu consegui dormir e do horário e fui acordada.

― Hinata-sama, acorde, você foi convocada para a missão. Esteja pronta na entrada da vila daqui a 30 minutos.  ― escutei a voz polida e grossa de Kakashi falar de algum lugar do cômodo.

Automaticamente fiz meu corpo se erguer, ir em direção ao pequeno guarda-roupa de bambu e pegar minha mochila, armas (alguns presentinhos do Sasuke) e munições; tudo guardo em seus devidos compartimentos da bolsa negra da NƎ. Troquei de uniforme, calcei meu coturno e refiz a trança em meu cabelo.

Antes de sair do quarto, dei uma última olhada na cama e tirei de um dos meus milhões de bolsos a fotografia do ruivo desaparecido.

― Não importa quantos eu tenha matar Sasori, ninguém vai te impedir de ver o dia amanhecer. Aguente mais um pouco, eu vou achar o caminho que nos leve até você. 


Notas Finais


OLÀAAAAAA, Tudo BOOOM?
Bem, acho que devo alguma explicações hehe
Eu estava de recesso gente ( foram apenas sete dias de ferias), além disso rolou toda aquela parada de terminar aula, começar aula de novo. Foi um saco, eu fiquei travado e NADA do que eu escrevia saía bom. Daí, depois de reescrever esse capitulo pela quarta vez, ele ficou um pouco decente. Desculpe meus amores, prometo que vou escutar muitas musicas românticas para me recuperar. Beijoos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...