1. Spirit Fanfics >
  2. I'm Telling You >
  3. A Sessão

História I'm Telling You - A Sessão


Escrita por: topetedot3ddy

Capítulo 2 - A Sessão


Naquele dia tínhamos consulta com o novo psicólogo e me lembro de estar bem ansiosa. Tanto por conhecer o psiquiatra quanto que depois disso nós iríamos conversar com os Waters após a consulta.
- Tá pronta? Já deu o horário para irmos.
- Tô sim, vamos!
- Você tá muito animada pro meu gosto.
- Rafael, nós vamos conhecer o psicólogo novo. - Eu disse maliciosa.
- Você só quer pegar ele.
- Talvez...
- Que nojo.
- NÓS JÁ ESTÁVAMOS ESQUECENDO!! - eu gritei me lembrando que aquele dia seria talvez nosso último dia na clínica.
- O que?
- Precisamos recordar tudo hoje. Pega a câmera. - Nós tínhamos uma câmera bem antiga, estilo Polaroid, eu amava ela. Usávamos ela para tirar fotos ridículas nossas e até mesmo no estilo tumblr. Guardávamos as fotos como lembrança para quando saíssemos de lá.
Tiramos uma foto fazendo careta, estávamos felizes e ansiosos pra isso.
- Pronto. - Eu disse balançando a foto assim que a mesma saiu.
- Podemos ir agora?
- Podemos. - No caminho, encontramos os Waters e eles nos olharam igual, provavelmente deveriam ter pensado igual também. Esqueci de comentar mas eles conseguiam se falar por telepatia.
Quando chegamos na sala, ele ainda não havia chegado então começamos a falar sobre coisas aleatórias:
- Rafael eu já expliquei...
- Mas eu nunca entendo, tipo, não faz sentido.
- Mano, é bem simples. Existem os pornôs gays, lésbicos e héteros. Todo mundo é liberado pra ver todos mas você escolhe o da sua preferência ué.
- Hmmm Mel?
- Porno é algo tão simples, você é menino, como pode não entender? - eu sabia daquelas coisas por conversas de outras pessoas, tanto que, lá não haviam computadores para ver qualquer tipo de coisa. Claro que as vezes nós dávamos um jeito, mas eram bem as vezes.
- Mel...
- Bom dia! - disse o psicólogo.
- Ah ta, entendi agora. - Eu disse rindo.
- Bom dia. - Dissemos juntos. Nos entre olhamos e pensamos a mesma coisa: CONEXÃO!
- Bem, vou começar me apresentando e vocês fazem o mesmo depois ok?
- Ok.
- Meu nome é Lucas, tenho 20 anos e ainda estou em aulas de Psicologia e o caralho. Ah, vocês podem ser abertos pra isso, como falar palavrões e etc.. Eu acho que isso ajuda. Não tem nada melhor do que falar palavrão quando precisamos.
- Isso eu concordo.
- É, ela fala muito palavrão.
- Aff me deixa.
- Tô deixando..
- Faço psicologia pelo fato de já ter passado por muitas coisas nessa vida como a morte da minha mãe e da minha melhor amiga. Meu pai morreu antes do meu nascimento, e eu só tinha elas, e elas acabaram indo em bora. - percebi que seu olho enchia de lágrimas cada vez mais que ele tocava no assunto. - Enfim, acho que só isso. Começa.. você! - disse apontando para Rafael.
- Bem... Meu nome é Rafael, tenho 18 anos e cheguei na clínica à 6 anos. Me colocaram aqui porque eu tenho visões. Eu sonho e logo depois aquilo acontece. Começou com uma simples borboleta azul aparecendo na minha janela, e depois foi piorando, como prever a morte de alguém. - ele disse quase em lágrimas. Deveria estar lembrando de tudo que sonhou.
- Sinto muito. - Lucas disse.
- Eu costumava jogar muito vídeo game antes de vir pra cá. Agora só jogo no meu Nintendo. Sinto falta de jogar num console ou num pc. Sempre quis gravar vídeos sabe? Postar, fazer amizades, ocupar tempo.
- Isso também é uma ótima fonte de dinheiro né? - Lucas comentou.
- Só se eu for reconhecido mas o dinheiro é a última coisa que estou pensando.
Pode ir agora, Mel.
- Meu nome é Melannie e eu tenho 18 anos. Vim pra cá quando eu tinha apenas 5 anos, após a morte dos meus pais. Eu estou aqui por pressentir mortes. Só mortes. Não sou como Rafael que posso prever quando algo acontece. Eu pressinto mortes, especificamente. Isso começou com a morte dos meus pais e hoje pressinto mortes de estranhos. Me sinto culpada, por não poder fazer nada. - Eu nem chorava mais. Eu simplesmente havia cansado de chorar por tal coisa. - Eu adoro culinária tipo muito mesmo. Eu tenho um livro de culinária da minha vó, e meu objetivo de vida é aprender todas as receitas.
- Que foda! - Rafael indagou.
- Realmente...
- Bem, acho que é só, sobre mim. Eu quero apoiar no sonho de Rafael, e vou. Vou conseguir fazer ele ser o melhor.
- Eu te amo.
- Eu também te amo, Peter.
- Peter? Tipo o Pan? - Lucas perguntou com uma expressão engraçada.
- Peter Pan é minha história favorita. Uma vez eu li um livro sobre os meninos perdidos. Vou resumir: Os meninos perdidos são órfãos ou meninos de rua. Peter Pan, conversa com eles e promete que eles nunca mais serão sozinhos, e os leva à Terra do Nunca, onde eles fogem da realidade. Eu chamo Rafael de Peter, porque ele foi o Peter da minha vida. Eu era só uma menina perdida e sozinha até ele chegar aqui. Meu único amigo era o homem na lua, mas até ele ia embora as vezes então... Rafael foi minha salvação. - Eu disse chorando e Rafael me abraçou.
- Vocês são muito apegados um ao outro. Vocês têm história pra contar, e eu quero ouvir todas. - Lucas era bem compreensivo e ouvia bem. Apesar de estar no começo dos estudos, era o melhor psicólogo que já tive.
- Pode deixar, contaremos tudo pra você. - disse Rafael.
- Mas por hoje... é só.
- Só?!?! - eu e Rafael dissemos juntos. Conexão.
- Sim, e Mel, depois eu quero saber sobre esse tal homem na lua.
- Eu posso falar agora, é algo bem simples.
- Ok então.
- No livro, contava a história de um menino perdido, Slightly, meu favorito. Ele disse que antes de Peter achá-lo seu único amigo era o homem na lua. A partir do dia que li aquilo, eu comecei a ver o homem na lua. Ele sumiu com a chegada do Rafael, mas ele estava lá, eu sei que estava. Ele sumia na semana da Lua Nova, dizia que em uma certa semana ele tinha de viajar, mas ele sempre voltava. Até que no último dia de lua minguante de um ciclo lunar, ele me disse adeus. No dia seguinte Rafael apareceu.
- Entendi.. Você acredita nele?
- Com toda a certeza. Ele me ouvia, ouvia minhas lágrimas.
- Bem, nos vemos na próxima sessão. - ele nos deu um cartão com email e número de celular.
- Antes, podemos tirar uma foto todos juntos? Quero recordar esse dia. - eu propus.
- Uma Polaroid!
- Maravilhosa né? - tirei a foto. Era uma selfie comum, mas especial e significante pra mim.
- Obrigada.
- É obrigado mesmo.
- Eu que agradeço, vocês foram os melhores até agora. - Fomos pro nosso quarto e decidimos esperar o almoço para irmos conversar com os Waters. Me perguntava como em todos esses anos nunca havíamos pensado que uma simples corda e escada eram suficientes ara uma fuga.


Notas Finais


E foi isso!!! Espero que tenham gostado <3 Queria muito agradecer a Its_AriGrande por ter comentado no capítulo anterior. Você foi a primeira, obrigada!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...