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História I'm Telling You - Do lado de fora


Escrita por: topetedot3ddy

Notas do Autor


Olá gente, tudo bom? Eu tava pensando em fazer umas curiosidades da fanfic pra vocês me conhecerem melhor, e até mesmo conhecerem melhor a própria fanfic dhuahsa
Leiam as notas finais <3

Capítulo 5 - Do lado de fora


Quando cheguei ao chão, foi como pisar nas nuvens. A grama era maravilhosa. Grama de verdade, não a grama artificial que havia na Clínica.
- Ei, eu também quero descer.
- Desculpe. - eu joguei a corda e ele desceu as escadas.
- Realmente, aqui é incrível. - disse rodeando o lugar.
- Vamos logo, vai que alguém pega a gente. - começamos a andar em direção a casa que foi herdada a mim.
Rua Poseidon, número 257, esse era o endereço. Isso é uma das poucas coisas que me lembro da minha infância fora da clínica, aquele endereço.
A única coisa que levava comigo era a Polaroid com as fotos. Rafael levava seu Nintendo e fone.
- Vamos pegar um ônibus? Jaraguá é um pouco longe sabe?
- Vamos. Você conhece um que leva direto pra lá?
- Direto, não. Mas dá pra pegar uns 3 e chegar lá.
- Então vamos. - fomos a caminho da rodoviária. Era basicamente umas 02:00 da manhã, quando pegamos o primeiro ônibus. Vazio. Só tinha praticamente duas outras pessoas no ônibus. Não sabia como poderia haver ônibus a essa hora da madrugada, mas hoje eu entendo.
- Quer ouvir? - ele me ofereceu o fone.
- Depende, que música é?
- Iron Maiden...
- De madrugada? Melhor coisa, me dê. - e ficamos ouvindo a Playlist inteira de Iron Maiden e advinhem só? Mais uma foto tirada. Basicamente éramos nós sentados no assento do ônibus enquanto minha cabeça descansava no ombro de Rafael. E ficamos assim até chegarmos no ponto final.
- Aonde vamos agora?
- Vamos ter que ir pra um ponto a uma quadra daqui.
- Como você conhece isso tudo tão bem?
- Eu já rodei quase São Paulo inteira várias vezes antes de ir pra clínica. Ainda bem que me lembro.
- Onde estamos?
- Parque São Domingos, nós precisamos de só mais um ônibus. Me enganei.
- Que bom, pelo menos. - eram quase 04:00 chegaríamos lá perto das 05:00 ou 06:00.
Fomos ao ponto e esperamos o ônibus chegar.
- Aquilo é uma escola?
- Sim, eu estudei lá.
- Você? Numa escola de bairro?
- Uma das melhores escolas da vida. As salas eram pequenas, todos se conheciam. Era incrível.
- Eu só estudei numa escola quando eu era menor, de resto foi só na clínica mesmo. Aliás, nós iremos fazer faculdade?
- Quando tivermos um dinheiro, sim. Por que não? - o ônibus chegou. Decidimos ouvir algo um pouco mais animado já que estava de manhã. Nós tínhamos essa coisa de certos momentos, certas músicas. Nós não ouviríamos eletrônica de madrugada sem ser numa balada, por exemplo. Então decidimos ouvir MKTO e Artic Monkeys.
O ônibus estava mais cheio por ser praticamente horário de trabalho, porém eu e Rafael cantávamos sem medo, mesmo com todos olhando.
No caminho, uma senhora sentou na nossa frente:
- Olá!
- Olá senhora. - eu disse ainda encostada no ombro de Rafael.
- Vocês formam um casal bonito.
- Não somos um casal. - riu - Eu e Melannie somos só amigos. - ele me deu a mão.
- Não parece. - riu.
- Somos praticamente irmãos, crescemos juntos.
- Se conhecem a quanto tempo?
- Quase 6 anos.
- Vocês parecem inseparáveis.
- Nós somos. - sorrimos pra ela. Era uma senhora agradável. Aquelas que da vontade de levar pra casa e chamar de avó.
- Temos de aproveitar as pessoas que amamos enquanto as temos sabe? Eu irei morrer sem dizer pras pessoas que eu mais amei, que eu as amava.
- Por que diz isso? Está só?
- Já fui muita acompanhada nessa vida, pelas melhores pessoas. Porém eu as deixei ir. - ela começava a chorar. - Desde então eu tento avisar as pessoas pra não deixarem as pessoas que amam irem em bora.
- Mas e se deixarem?
- Pelo menos que digam o quanto se amam. Quando meu amigo morreu, uma médica me perguntou: "Você disse? 'Eu te amo.' 'Não quero viver sem você.' 'Você mudou a minha vida.' Você disse?" - uma lágrima caiu de seus olhos. - E eu não tinha dito nada disso. Ele se foi, talvez sem saber o quanto eu o amava.
- Eu sinto muito. - estava realmente muito chateada com a história dela, mas entendi o porque de estar nos contando.
- Pode ter certeza que não deixaremos isso acontecer.
- Obrigada.
- Nós que temos de agradecer. - e a conversa encerrou. Eu fiquei pensando nisso o caminho todo. Nem o fato de estar fora da clínica mudava o meu pensamento.
- Mel?
- Hm?
- Eu te amo.
- Eu também.
- Também o caralho.
- Oshe, por que eu não posso dizer eu também?
- Porque o "eu também" não tem significado nenhum. "Eu te amo" tem um significado, e importante.
- Que bonito.
- Eu sou bonito.
- Tá bom Rafael.
- Não sou?
- Me poupe, garoto. - ele parecia muito o Peter Pan, era incrível sua semelhança. Então sim ele era bonito, não que isso me interessasse na época.
Eu, no caso, não pareço a Wendy. Sou só a Mel.


Notas Finais


Curiosidade: A fanfic é baseada num sonho que eu tive.
Espero que tenham gostado!! <3


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