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História I'm Telling You - Um Lar?


Escrita por: topetedot3ddy

Notas do Autor


Esse capítulo tá bem grande 😃😃 mas tá bonitinho ❤
Tem bastante gente comentando a fic, tô ficando bem feliz. Obrigada gente ❤

Capítulo 6 - Um Lar?


O ônibus tinha chegado a sua última parada.
Quando saímos precisamos andar um pouco pra chegar ao endereço:
- 253, 255, 257!! - paramos em frente a uma casa branca e marrom, toda estilo japonesa. Não dava pra saber se era grande ou não por dentro, mas o terreno era muito bonito. Era cheio de arbustos, flores e tinha um caminho de pedra pra entrada:
- Bonita né?
- Muito. Não me lembro muito daqui, mas eu me sinto confortável.
- Deve ser a áurea ou sei lá.
- Talvez. Uma coisa que percebi é que as plantas e flores estão frescas. Será que alguém cuida?
- Teremos de entrar pra saber. - eu por instinto fui até a caixa de correspondência e peguei a chave. Como sabia que estava lá? Não tinha idéia. O inconsciente pode surpreender as vezes.
Subimos até a entrada e eu abri a porta.
Dava direto pra sala. A casa era em estilo Vintage tipo anos 80, porém se ajustando aos dias de hoje. Na sala havia uma lareira e em cima uma televisão. Havia um sofá, uma mesinha no canto com uma luminária e uma estante de livros ao lado, uma poltrona. Era impressionante como tudo combinava em cores vinho, marrom e branco.
- QUEM É? EU TENHO UM TACO!!! - alguém gritou das escadas que ficavam no centro.
- Hmm... Olá?
- Quem é?
- Aqui é Melannie O'Niell, essa casa foi deixada... - ele me cortou.
- MELANNIE? - ele desceu correndo e veio me abraçar. - Eu não acredito que você está bem. Meu Deus, que saudade.
- Me desculpe, mas eu não sei quem você é... - estava muito constrangida.
- Eu sou Matthew, cuidava de você quando era criança. Seus pais me contrataram aos meus 20 anos pra cuidar de você enquanto eles trabalhavam.
- Espera.. Eu lembro de você! Você lia pra mim.
- Você lembra o que eu lia pra você, Mel?
- Você que me apresentou Peter Pan, Harry Potter e Percy Jackson. - ele sorriu. Ele viu que eu lembrava. Ele viu que ele foi importante em minha vida, e eu o lembrei disso.
- Quem é esse rapaz?
- Matt, esse é o Rafael. Meu melhor amigo da clínica. - eles apertaram as mãos.
- Muito prazer, Rafael.
- O prazer é meu. - ele sorria. Via como Matt foi importante pra mim. Eu não tinha como descrever como eu estava feliz naquele momento. Eu estava em casa e com as pessoas que eu amava, minha família.
- Sinto muito pelos seus pais, Mel.
- Eu também. - Rafael segurou minha mão.
- Falando em seus pais, eles te deixaram uma carta pra quando você viesse.
- Meus pais escreveram pra mim? - eu já queria chorar.
- Eu vou lá pegar no seu quarto. Espere aí. - meu quarto. Eu tive que me acostumar com isso. Tive muita curiosidade em saber como ele era, mas esperei por Matt:
- Estou com medo.
- Eu estou impressionado!! Dá uma olhada nessa casa.
- Ela é incrível mesmo, mas o que meus pais me escreveram? Como eles saberiam que eu iria ler?
- Mel, para de se preocupar tanto. Eu sei que é difícil mas tente viver o agora. O passado já se foi e o amanhã é incerto. É inevitável mas não vale a pena se preocupar.
- Não vem de poeta pra mim não. Eu tô preocupada e quero reclamar sobre, então me deixa.
- Mesmo não concordando eu sei o quanto reclamar é bom então manda ver. - e assim eu fiz. Comecei a falar, falar e falar. Não sei até hoje como Rafael me aguentava. Eu fiquei reclamando até Matt chegar com a carta.
Eu analisei a carta antes de ler. Tinha uma escrita bonita, era de meu pai. Parece que foi escrito com uma pena.
- Pode ler comigo? Eu não vou conseguir sozinha, Peter. - ele concordou e começamos a ler:

"Minha cara Mel,

Talvez quando ler esta carta já tenhamos nos tornados estrelinhas. Não foi fácil sair daquele lugar, eu sei.
Sei que deve ter sofrido, mas espero que isso só sejam memórias ruins agora. Você é uma pessoa boa, e coisas boas acontecem com elas querendo ou não.
Imagino você já crescida, uma mulher. Tenho tanto orgulho de você, minha filha. Você é uma menina tão forte.
Como sabe, deixamos a casa de herança à você. Matt está cuidando dela. Agradeça ele, por tudo.
Sentimos muito por não estarmos aí, minha filha. Você não sabe o quanto queríamos ver você crescendo, se tornando alguém. Infelizmente não foi possível. Coisas ruins acontecem com pessoas boas também.
E lembre-se filha, seja diferente. Mude o mundo. Seja melhor.
Nós te amamos de todo o coração.

                                                                                                                                                               Desculpe-nos
                                                                                                                                                                             Seus pais."

Lembro que chorava desde que eles citaram que "viraram estrelinhas". Eu e Rafael lemos a carta no sofá e ele me abraçava.
Eu sentia tanta falta dos meus pais. Naquele momento a saudade deles aumentou muito mais. Passei a lembrar coisas da minha infância, como nós três num balanço que havia no quintal.
- Matt?
- Diga, Mel.
- Aquele balanço ainda esta no quintal? - eu dizia limpando algumas lágrimas que caiam.
- Sim, ele está lá.
- Outra coisa, meus pais queriam te agradecer por tudo. Está escrito na carta. Então obrigada. Isso vem deles e de mim. - eu o abracei. Reencontrar Matt foi algo inexplicável. Eu nem sequer me lembrava dele e naquele momento ele era uma das pessoas mais importantes da minha vida. Ele é até hoje.
- Vamos pro balanço? - perguntei à Rafael.
- Vamos!
- Eu ia nesse balanço quando criança.
- Lembra como ele era?
- Ele era uma balança de 3 ou 4 lugares, de madeira. Mesmo assim podíamos balançar como um balanço normal, só que com a ajuda de todos. - eu sorria lembrando daquele momento. Lembrava de como me sentia voando no balanço.
Quando fomos para a área de fora, mais lembranças. Lembrei dos meus pais fazendo churrasco pra mim, eu amava churrasco. Ainda amo.
Na área de fora havia um deque onde tinha a churrasqueira e algumas cadeiras. Lá havia também uma área enorme de grama, onde se encontravam o balanço, e uma piscina.
Não lembro de ter um cachorro quando era menor, mas aquele espaço seria perfeito pra um.
- Esse lugar me impressiona cada vez mais.
- Pra mim, tudo fica cada vez mais familiar.
- Daqui da pra ver o nascer do sol?
- A casa cobre, mas da varanda do quarto, com certeza. Mas vamos ficar no balanço, por favor.
- Tudo bem, mas o por do sol não escapa hein?
- Pode deixar. - e nos sentamos no balanço. Ficamos mais de uma hora se balançando ou apenas conversando. Eu aproveitava cada momento, para guardar nas minhas lembranças boas. Bem, parece que funcionou:
- Vamos fazer memórias disso? - perguntei.
- Desse dia?
- Sim.
- Vamos. Que dia é hoje? - ele disse olhando no seu relógio. - 18 de fevereiro. Vamos lembrar desse dia, promete? - ele estendeu o midinho.
- Prometo. - eu selei a promessa. Eu lembrei, espero que ele tenha lembrado também.
- Casal? - Matt apareceu na porta. - Vamos tomar café? E vocês tem que se instalar nos quartos.
- Eu e Rafael podemos dormir no mesmo quarto? Não sei se conseguiria dormir sem ele.
- Claro! Só temos de arrastar a cama do outro quarto, pro seu.
- Então vamos!!
- Mas antes... café da manhã.
- Mas antes... uma foto! - Matt tirou a foto. Fechei os olhos por conta do sol que refletia nas janelas e todos nós sorrindo.
- Vamos agora? - disse Rafael.
- Vamos!! Eu tô com fome. - fomos até a sala de jantar que ficava do outro lado da escada.
A mesa estava posta e meu Deus. Tinha frutas, pão, frios e suco de laranja. Nada comparado ao café, ou melhor, a gororoba que serviam na clínica.
Enquanto estávamos comendo percebi que atrás da escada havia a cozinha, e com certeza eu fui lá antes.
- MEU LIVRO DE RECEITAS DA VOVÓ. EU ESQUECI!!!
- Mel...
- NÃO, EU TENHO QUE VOLTAR EU ESQUECI EU NÃO TÔ CRENDO COMO EU SOU BURRA!!
- Mel...
- NÃO RAFAEL, NÃO! NÃO ME VENHA COM SUAS PALAVRAS BONITAS PORQUE EU VOU VOLTAR LÁ PRA PEGAR!!
- MELANNIE EU PEGUEI!
- Ãn?
- Eu peguei o livro de receitas da vovó. Quando eu estava lá em cima eu o vi, e peguei. Tá aqui. - ele me mostrava o livro.
- Graças a Deus. Eu não queria voltar lá. Aliás, você tem que pedir pro seu amigo fazer as coisas logo. Daqui a pouco é 08:30.
- Verdade.
- Como é o nome dele mesmo?
- Felipe. Prefere ser chamado de Felps.
- Ah verdade, sabia que era um apelido estranho.
- Então vocês fugiram mesmo?
- Sim. - dissemos juntos. Acho que nem preciso dizer quando a conexão acontece não é?
- Sozinhos?
- Tivemos ajuda de uns amigos.
- Só se Jackson for amigo seu né? Só me dei bem com Scott.
- Você só está falando isso por Jackson e eu termos ficado juntos.
- Exatamente.
- Vocês ficaram?!?! Melannie!!! - disse Matt sendo super protetor.
- Isso foi preciso para sairmos de lá, Matt. Era um acordo. Eu ficava 30 minutos com Jackson e ele é seu irmão nos davam a corda e a escada.
- Você ficou uma hora com ele.
- UMA HORA MELANNIE?
- Dedura mesmo, Rafael. Eu perdi noção do tempo ok?
- Se bem que depois eu entendi que ele é até legal.
- Depois que ele sussurrou alguma coisa no seu ouvido e eu não posso saber o que? Ah eu lembro.
- Parem de discutir entre si e me falem o que aconteceu.
- Desculpe. Enfim, sim fugimos com a ajuda deles e vamos pedir ajuda de Felps agora.
- Melhor fazerem isso já. Depois cuidamos do quarto de vocês.
- Tem de ser pelo computador, tem algum aqui?
- Com certeza. Subam as escadas, virem a esquerda, primeira porta a direita.
- Obrigado. Vamos, Mel? - subimos e tudo na casa seguia seu padrão "Vintage". Entramos no quarto e Rafael paralisou. Eu não entendia praticamente nada de eletrônicos, tanto que tinha uma Polaroid:
- O que foi?
- Você tá vendo aquele computador? Aquele teclado? Aquele headset?
- Aquele o que?
- Aquele fone de ouvido enorme com um microfone. Você tá vendo?
- Sim, não sou cega.
- Mano, olha esse escritório. - ele estava se importando com a parte eletrônica, enquanto eu só dava atenção ao piano e ao violão que havia lá.
- Vai falar com o Felps, enquanto eu toco um pouco.
- Você sabe? - ele disse já sentado na cadeira e ligando o computador.
- Eu sabia quando menor, agora, não faço idéia.
- Toca alguma música. - assenti e escolhi Beethoven. Meus dedos passavam pelas teclas, como se eles fosse conectados. Novamente meu inconsciente tinha atacado.
Me veio uma lembrança de meus pais me ensinando a tocar o piano. Eu era bem melhor quando criança. Quando toquei aquele piano denovo eu errava algumas notas, mas nada perceptível para Rafael.
- Você toca muito bem.
- Eu preciso praticar mais.
- Sabe alguma música de hoje?
- Acho que posso tentar All Of The Stars do Edinho. - Edinho era o Ed Sheeran. Eu via um youtuber chamado Luba, que o chamava assim. Na verdade, conheci o Edinho por conta do Luba.
- Okay, tente tocar. - eu tocava e cantava. Essa música significa muito pra mim hoje. Me lembra daquele dia tocando pra Rafael. Ele cantava comigo o refrão.
- Qual minha música preferida, Peter? - perguntei enquanto passava os dedos nas teclas do piano.
- No momento? Mercy do Shawn Mendes. E a minha?
- Tear In My Heart do TØP. - ele sorriu. Parecia estar esperando alguma coisa.
- O que está fazendo?
- Tá baixando o Skype.
- E isso é..?
- Um programa que faz com que você fale com outras pessoas, mesmo elas estando longe.
- Vídeo-chamadas?
- Vídeo-chamadas. - eu aproveitei pra tirar mais uma foto. Eu amava tirar fotos, era até chato. A foto era basicamente eu apoiada no piano fazendo careta e Rafael concentrado olhando pro computador. Acho que ele nem viu eu tirando essa foto.


Notas Finais


Matt vocês podem ver como o Jensen Ackles gente 🌚❤
Curiosidade: Todas as músicas encontradas na fic são recomendações minhas ❤❤
Espero que tenham gostado!!


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