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História Im Wide Awake - Segunda Temporada - Visitas


Escrita por: AngelsDark8

Notas do Autor


Olá meus lindos...
Bom, como eu havia avisado, talvez não conseguiria postar um novo capítulo no domingo, como eu estava fazendo... E foi o que rolou, como vocês puderam perceber.
Mas aqui estou eu... Para a alegria de vocês, ou não... KKKK
Pois bem, começando um novo ano com uma história velha.. KKKK
Boa Leitura, e espero que gostem.

Capítulo 8 - Visitas


P.O.V. Gabriel

-- O que é isso? - Faço-me de desentendido ao olhar para a sacola.

-- Esperava que você me dissesse. - Minha mãe está com um olhar maligno.

-- E o que te faz pensar que eu sei o que são essas coisas?

-- Coisas? - Como um detetive, ela ressalta o vacilo em minha própria fala - Como sabe que são coisas, no plural?

-- Ora essa mãe... É uma sacola. Deduzi ter mais de uma coisa ai dentro. - Meu cérebro quase não está conseguindo achar maneiras para contornar a situação - Foi apenas uma dedução.

-- Claro que foi. - Ela entra e fecha a porta. Aciona o alarme e vai para a cozinha.

 

Eu fico ali mesmo, até porque não consigo me mover. Sei que ela ainda está me olhando.

 

-- Quem te deu estas coisas? - Ela pergunta.

-- Isso não é meu...

-- NÃO MINTA PARA MIM!

 

Estremeço. Provavelmente muitas pessoas do bairro puderam ouvir o seu grito.

 

-- Mãe, eu...

-- Eu vi o garoto estacionando o carro aí na frente e colocando esta maldita sacola debaixo da escada, Gabriel. Dá para ser homem e falar a verdade?

-- Eu não sei o que são essas coisas. - Continuo insistindo.

-- Ah, não sabe? Então o que estava fazendo lá fora, fuçando em baixo da escada?

-- Eu já disse que fui tomar um ar e deixei meu celular cair.

-- Coincidência não é mesmo?

-- Eu que diga.

 

Ela começa a revirar o conteúdo da sacola e meu rosto sofre uma ligeira mudança de estado, passando de indiferente para preocupado e logo em seguida, para indiferente novamente.

De lá, ela retira o porta retratos em forma de câmera retrô que me fez parar na vitrine da loja. O objeto era feito de vidro.

 

-- Que coisa mais idiota é essa? - Minha mãe provoca - Fica mais bonito assim.

 

Dizendo estas palavras, ela solta-o no ar, deixando que caísse em queda livre.

Meu corpo fala mais rápido, e por impulso, dou um passo à frente com as mãos esticadas a fim de pegá-lo ainda no ar. Minha boca solta um ligeiro grunhido que deveria ser um "não" exclamativo, mas que é interrompido pelo som do vidro se partindo de encontro ao chão.

 

-- O que foi isso? - Ela me pergunta. - Não disse que essas coisas não eram suas?

-- Sim... Eu disse. – Digo tentando esconder a dor estampada no rosto - Foi apenas força do hábito.

 

Ela me ignora e volta a mexer na sacola, desta vez tirando de lá uma caixa de lápis de cor artístico semiprofissionais.

 

-- Ora, veja só... - Desta vez ela nem fala nada, apenas dirige-se até a lareira e lança-os um por um no fogo crepitante.

 

Está ficando difícil esconder a verdade. Aquilo está macabro demais. O que diabos essa mulher está fazendo? Por que agir desta forma?

O último lápis é lançado às chamas e então a caixa, para ficar claro que nada sobreviveria.

 

-- Está sentindo isso filho? - Ela fecha os olhos e inspira uma boa quantidade de ar - Essas porcarias serviram para alguma coisa afinal... Deram mais vida ao fogo.

 

Repugnante. Tudo o que eu consigo sentir é calafrios por estar vendo quem é a minha mãe de verdade. Ela mencionou que os lápis deram mais vida ao fogo, deixando-o mais quente. Provavelmente é o ódio que a está aquecendo.

Sei que só resta uma última coisa na sacola, e sei que ela deixou aquilo por último propositalmente e então ela tira de lá uma réplica perfeita em miniatura do Big Ben, feita em porcelana.

 

-- Mas essa pessoa gosta de desperdícios não é mesmo? - Ela analisa um pouco a peça - Pra que comprar uma coisa assim, se tem um de verdade e em tamanho real na cidade para se olhar?

 

Por esse eu não consigo me conter.

 

-- Mãe, por favor, não... - E já está feito. Tenho que me abaixar porque ela lança-o em minha direção, e parece não se preocupar com o fato de que poderia me acertar e me ferir gravemente.

 

A escultura então se choca contra a parede atrás de mim. O barulho de porcelana se partindo é bem diferente do que o vidro faz. Aquilo dói muito.

 

-- Como você pôde mentir para mim na maior cara de pau, garoto? - Minha mãe avança para cima de mim, não me dando tapas, mas desferindo socos contra mim - Me diga!

-- O que você quer que eu diga mãe? Você e o papai vivem me controlando e eu não posso fazer nada como eu quero.

-- Você não tem que falar com esse garoto. Não tem nada que ele venha a te dizer que você precisa saber.

-- Se eu quiser, eu mesmo pergunto. Não são vocês que decidem isso por mim.

-- Ahhh... E então você foi logo aceitando presentinhos? O que você é agora, a namoradinha bicha dele?

-- PARA DE FALAR ASSIM. - Altero a voz - Eu só aceitei os presentes porque, diferente de você, do papai e de Ethan e Lilly, ele realmente foi legal comigo.

-- Ah, então não somos bons para você? Acorda garoto... Ele só está sendo legal com você porque naquela mente pecaminosa grita mais alto a vontade que ele está de enfiar aquele pênis nojento na sua bunda, e então te levar ao pecado também.

-- Meu Deus, que horror mamãe. – Lágrimas se formam rapidamente em meus olhos e despencam deles logo em seguida rolando pelo meu rosto. Uma depois da outra.

-- Não diga o nome de Deus em vão! - Ela manda, dando um tapa no meu rosto.

-- Você é louca... - Dizendo essas palavras, não espero para ganhar outro tapa, e começo a subir as escadas, mas me arrependo disso, porque meu pai está parado de pé, no meio dela.

 

Ele vem de encontro a mim e me pega com força pelo pescoço, sufocando-me e começa a me arrastar de volta para baixo.

Não sei se foi delírio, pela falta de ar, ou uma recordação que se esforçara para retornar à minha mente, mas nesse instante, a imagem de meu pai me segurando da mesma forma, e me jogando porta afora pela varanda da frente, me vem à cabeça.

Pareceu bem real para ser um delírio.

Ele finalmente me solta, jogando-me no chão.

 

-- ISSO É JEITO DE FALAR COM A SUA MÃE, GAROTO? - A voz dele é alta e penetrante. Esforço-me para recobrar a consciência - Trate de pedir desculpas para ela agora mesmo, ou eu vou te dar uma lição.

 

Olho para eles com muito ódio. Não havia motivos para tudo aquilo.

 

-- ANDA... - Meu pai ameaça avançar sobre mim.

-- M-Me... Me desculpe. - Digo o mais alto que consigo, o que não é muito é claro.

-- Eu não consegui ouvir. - Ela diz.

-- Me desculpe. - Sou obrigado a dizer novamente.

-- Vou pensar no seu caso. – O quê?

-- Agora suba para o seu quarto! - Meu pai ordena - E pode esquecer aquele acordo que fizemos.

 

Não posso acreditar.

Sem dizer uma única palavra, eu me levanto e corro para o meu quarto, onde me tranco e choro a noite inteira até finalmente cair no sono.

 

P.O.V Luck

Acordo com uma baita dor de cabeça.

Não me lembro do momento em que dormi, mas pelo menos assisti ao terceiro filme até a metade.

Levanto-me com dificuldade, pois estou um pouco tonto. Vou até o banheiro e tomo um banho gelado, porque, apesar da noite fria que fez ontem, o dia já amanheceu quente.

Troco de roupa e desço. Só então percebo que já passa do meio dia.

Minha mãe está na cozinha, o cheiro delicioso do almoço a entrega.

 

-- Bom dia mãe.

-- Bom dia, filho. Dormiu bem?

-- Acho que não. Estou com uma terrível dor de cabeça.

-- Deve ser o estresse. - Ela vai até o armário e pega a caixa de remédios - Aqui, tome. Vai ajudar a melhorar.

-- Obrigado mãe.

 

Ela volta para o fogão.

Não só por isso, mas também por outros muitos motivos, eu adorava quando minha mãe estava de férias. Eu a tinha toda só para mim. Isso, é claro, até meu pai chegar do serviço. Aí eu tenho que dividi-la com ele.

 

-- Você vai almoçar já?

-- Acho que sim. Vou aproveitar que já acordei um pouco tarde e não tomo café.

-- E o que você pretende fazer hoje?

-- Acho que vou visitar a Nathaly.

-- Nathaly...? - Ela tenta se lembrar do nome e da pessoa - Nathaly Alysson? A garota que ficou grávida do seu amigo Zac

-- Ela mesma. Já vão se fazer oito meses mãe. Dá para acreditar?

-- Então né filho. - Ela faz uma pausa - Você está levando ela a todas as consultas não é mesmo?

-- Estou sim. Sei lá, sinto que devo isso... Sabe... Ao Zac.

-- Entendo. Mas acho lindo o que você faz, e pode apostar que o Zac, de onde ele estiver, também está muito orgulhoso de você e agradecido.

-- Obrigado mãe... Obrigado.

-- E você sabe o sexo do bebê?

-- Não... Eu disse a ela que não queria saber. Quero ter a surpresa na hora que nascer.

-- Entendi.

-- Você quer ir junto?

-- Na casa dela?

-- Sim. Você pode conversar com a mãe dela, com ela. Uma outra mulher para conversar com elas vai fazer muito bem, ainda mais sendo uma mulher maravilhosa como a senhora.

-- Ai filho, para com isso. Você me deixa encabulada desse jeito. - Ela ri e sua bochecha fica corada.

-- Okay, okay. E então, você vai?

-- É, acho que vai ser bom.

-- Isso ai.

 

(...)

 

Após almoçarmos, minha mãe veste uma roupa e então saímos de casa.

Nathaly fica muito feliz com a visita dela e minha mãe fica impressionada com o tamanho que está a barriga dela.

 

-- E como a senhora está, Sra. Alysson? - Minha mãe conversa com a mãe de Nathaly.

-- Eu estou bem. Ansiosa, para que Nathaly dê a luz logo.

-- E já tem data para nascer

-- Tem sim...

 

Todos ficam em silêncio e minha mãe então fala alguma coisa.

 

-- Bom, e vocês podem revelar? - Ela pergunta curiosa.

-- Poder, a gente pode. - Nathaly começa - Mas o problema é ele aqui...

 

Ela aponta para mim.

 

-- Não vai me dizer que você também não quer saber a data do nascimento, Lucas. - Minha mãe me interroga incrédula.

-- Quero que a surpresa seja completa mãe.

-- Aaai... Eu não acredito. - Ela balança a cabeça - Nathaly, querida... Será que você não se importaria de ir com Lucas para outro cômodo para que eu sua mãe possamos conversar?

-- Claro que não Sra. Baker. - Nathaly responde com um sorriso - Fique a vontade.

-- Obrigado. - Minha mãe agradece.

-- Venha Lucas, vamos lá para o quintal.

 

Então eu a sigo, deixando minha mãe conversando com a Sra. Alysson, arrancando dela todas as informações que eu não queria saber. 

Nathaly leva-me até o quintal dos fundos, onde além de uma piscina não muito grande, e a pequena horta de sua mãe, também tinha um enorme salgueiro e abaixo dele, um balanço com dois assentos.

E é ali que nos sentamos.

 

-- O que me conta de novo, Luck?

-- Bem que eu queria ter algo novo e bom para te contar, mas as coisas não têm melhorado muito.

-- Acho que entendo muito bem isso. Desde que o Zac morreu, as coisas ficaram bem estranhas. Não tivemos tempo de assumir um relacionamento sério, e isso às vezes me faz pensar que tudo foi errado.

-- Se foi errado ou não, aconteceu Nathaly, e sei que você está aprendendo a lidar com isso.

-- Só queria que Zac não tivesse se precipitado. Talvez ele tivesse a mesma oportunidade que eu estou tendo.

-- Realmente. - Ficamos em silêncio por um tempo - Ele faz falta.

-- Sim.

-- E os seus pais, como estão lidando com a situação?

 

Nathaly lança-me um olhar muito triste.

 

-- Como pode ver, minha mãe está me ajudando em tudo que preciso. – Ela olha pra a janela, onde conseguimos ver a imagem de nossas mães – Não sei o que faria sem ela.

-- E o seu pai?

-- Queria que eu abortasse.

-- Nathaly... Que horror.

-- É... Ele nem tem passado muito tempo em casa, e quando está aqui, nem olha para mim. Nem mesmo fala comigo.

-- Sinto muito.

 

Silêncio novamente.

 

-- Mas e então... – Ela espanta aquele clima tenso que havia se formado e enxuga algumas lágrimas dos olhos - Me conta. Como estão indo as coisas com Gabe?

-- Péssimas.

-- Lamento.

-- Ele me visitou ontem de manhã, dizendo que queria me dar uma segunda chance.

-- E o que aconteceu?

-- Estava indo tudo bem, até eu tocar naquele assunto delicado.

-- Ele ainda não aceita que essa seja a verdade né?

 

Balanço negativamente a cabeça em resposta.

 

-- Eu ainda acredito que ele ainda vai se lembrar e que vocês dois ainda serão muito felizes juntos.

-- Eu nunca me imaginei assim.

-- Você só não tinha se descoberto ainda. Cada um tem seu momento.

-- O meu demorou muito.

-- Mas aconteceu.

-- É... Antes tarde do que nunca.

-- E como você está lidando com esse seu novo eu?

-- Pra ser bem sincero, estou gostando mais do que o antigo. E aposto que vou gostar ainda mais quando Gabe estiver ao meu lado, do jeito que sempre devia ter estado.

-- Ai... Que lindo... - Ela fala com uma vozinha mais fina e faz uma cara meiga.

-- Ah, para com isso. - Eu rio um pouco e ela também - Não vejo a hora dessa criança nascer.

-- Bom, falta pouco. Logo você vai matar todas as suas curiosidades.

-- Sim...

(...)

O dia passa num piscar de olhos e então eu e minha mãe decidimos que está na hora de irmos embora.

Despedimo-nos de Nathaly e sua mãe e então vamos para casa.

 

(...)

 

Já estou em meu quarto e de banho tomado quando meu pai chega.

Minha mãe conversa com ele sobre o dia que tivemos hoje, enquanto eu termino de assistir a sexta temporada de The Walking Dead.

De repente a campainha toca, e minha mãe pergunta se posso fazer o favor de atender à porta para ela.

Então eu desço e, ao chegar aos pés da escada não acredito no que vejo.

Tenho vontade de voltar no tempo e não ter saído do meu quarto. Fico paralisado, sem reação olhando para a porta de entrada, até que minha mãe aparece.

 

-- E então filho, quem... - Ela também fica sem fala diante da imagem que está do lado de fora - Mas o que...?

 

Sem explicações, ou aviso prévio, do lado de fora se encontram os Senhor e a Sra. Harrison, os pais de Gabe.

 


Notas Finais


Bom meus queridos, espero que tenham gostado.
Quero saber o que estão achando e quais são as reações de vocês, então... Por favor, não deixem de comentar.
Um grande abraço, e até a próxima...

XoXo, Angel.


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