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História Imaculada - Capítulo II


Escrita por: Gaby_Uchiha_

Notas do Autor


Yoooooooo!!!!
Chegando com um dia de antecedência porque amanhã eu ficarei totalmente sem tempo para postar hahahahaha
Galera, estou me surpreendendo em ver as pessoas chegando na fic ^^ eu não esperava isso! Muito obrigada pela confiança pessoal! Obrigada aos seus lindos comentários que sempre me estimulam a mais *---*
Obrigada por tudo e por isso, vamos à mais um capítulo de Imaculada!

OBS: Não se esqueçam de ler as citações de "Por uma lady" ♡

Capítulo 3 - Capítulo II


"A terceira vez, marcou-me de tal forma que suspeito que não há lembrança mais aterradora do que essa. Era domingo de Páscoa. A Igreja que eu sempre ia com meu amado pai estava cheia dos exemplares que eu tão bem conhecia, escutando a palavra divina provinda do clérigo prostrado no altar, no entanto, a presença dele chamou-me a atenção. Seus olhos estavam fixos em mim, talvez a culpa fosse minha por ser indiscreta com meus olhos sempre voltados a si. Naquele dia, eu descobri por conversas alheias o nome dele. Era um nome forte e imponente, porém sem títulos. Entretanto, nada disso me tirava a face corada quando balbuciava o nome dele em segredo em frente ao meu espelho de bordas douradas. No entanto, aquele também foi o dia em que meu pai entregou a minha mão à um homem tão mais velho do que eu vindo de outro condado e que eu nem ao menos conhecia"

 Por uma lady

 

 

Naruto enxugou o suor da testa com a manga da camisa antes de soltar um longo suspiro cansado por entre os lábios rosados, grossos e masculinos dele.

Os olhos semicerraram ao observar o céu turquesa de eventuais nuvens brancas.

As costas estalaram denunciando quantas e longas horas ele havia permanecido naquele ofício desde antes do sol raiar.

No entanto, o homem, de calças marrons e uma blusa de algodão folgada com uma proeminente gola mostrando os suaves pelos de seu peito forte, não ligava para o cansaço. Apenas a visão de seus grandes campos de flores – cuidados pelas suas próprias mãos – era justificativa suficiente para continuar com aquela árdua tarefa.

A tesoura de jardinagem, que antes podava um girassol, foi posta em seu cinto de ferramentas, antes de se erguer de vez, sobressaltando-se em meio ao mar de pétalas.

O doce odor de tantos exemplares distintos o inebriava e o transportava para um mundo só seu, porém, naquela manhã de sol já alto, era diferente. Naruto não conseguia se concentrar com fervor em sua tarefa, pois sua mente sempre vacilava em direção àquela imagem que havia se incrustado nele, a imagem daquela mulher de cabelos rosados.

Aquilo ainda o intrigava, mas chegou à conclusão de que aquela curiosa mutação era resultado de um ruivo pálido, quase sem vida, o oposto dos cabelos cor de sangue da sua prima, mas não menos gracioso; poderia até ser considerado como mais intrigante do que os da sua eterna companhia, algo que não agradaria ser uma suposição para aquela mulher tão perigosa quanto ele.

Outro fato que o intrigava, era não conseguir encontrar a flor ideal que representasse aquela misteriosa mulher, já que, segundo seus métodos, cada flor representava uma vítima e era essa flor que ela carregaria entre seus frios dedos no leito da morte.

Flores cuidadas e apreciadas por ele (da mesma forma que as mulheres eram pelos seus olhos azuis), resplandeciam suas cores naquele mar multicolorido, mas, naquela manhã, entre girassóis, rosas, tulipas e crisântemos, nenhuma agraciou ou exprimiu por meio de suas pétalas macias, o que aquela mulher representava com seus exóticos cabelos aos ventos.

Era único.

Um privilégio.

Algo fora do comum.

Diferente daquela sociedade tão cinza.

E assim deveria ser aquela flor, mas nenhuma parecia chegar aos pés do seu ideal e nada menos que a perfeição poderia ser o símbolo do seu triunfo no final.

Nada de meio-termo. Nada de improvisos.

Deveria ser... simplesmente perfeito.

Foi por isso que ele ergueu o rosto para o céu e fechou os olhos, inalando profundamente aquele mar de odores.

Ele era capaz de reconhecer qualquer flor daqueles campos apenas pelo cheiro e todos os nomes e imagens perpassariam pela sua mente enquanto procurava a ideal, tentando descobrir como seria a ideal, até que um vento soprando do Norte trouxe um odor que fazia parte dos seus campos, mas não da sua plantação.

Foi então que os olhos azuis se abriram mais uma vez, mirando a solitária árvore sobre um pequeno elevado do campo.

Como se estivesse hipnotizado por aquela visão, as botas um pouco enlameadas, atravessaram aquela vastidão colorida.

Não existia mais orquídeas, amarílis, cravina, cravos, frésia, gardênia, lírio ou qualquer outra flor que naqueles campos crescia e florescia, só existia aquela árvore.

Solitária. Deslocada. Única. Desafiando a ordem daqueles campos. Trazendo o caos e beleza. Desafiando a submissão daquele grande detentor de terras.

A luva de trabalho logo revelou as mãos calejadas que deslizaram com sutileza sobre a casca grosseira e envelhecida.

Era uma cerejeira.

Uma árvore tão antiga que remontava um tempo antes do seu próprio nascimento.

Tão antiga que sua copa robusta caía em grandes cachoeiras floridas pelo rosa pálido das pétalas, criando um lugar único, isolado do mundo exterior.

Era ela. Ele sabia só com um olhar.

Aquela árvore, fora de suas habilidosas mãos, iria ofertar a flor ideal para sua mais nova obra-de-arte.

Algo que ele permitiu existir ali, mas só agora seus olhos finalmente paravam para admirar, como aquela moça que dominava seus pensamentos e desejos.

Era como um cavalo selvagem indomável.

Era aquela flor. Não havia dúvidas. E seria Sakura seu cavalo selvagem que cederia aos seus toques, mergulhando no fim em um sono eterno enquanto segurava um ramo da flor de cerejeira.

 

 

Foi com aquela memória que Naruto adentrou o salão e admirou a sua vítima no centro daqueles seres que pouco importavam para ele.

Ela estava perfeita e mesmo que ele desviasse o olhar para admirar as outras pessoas com a ideia de não mostrar um grande interesse por aquela moça, a imagem dela não saia de seus pensamentos.

Seu peito inflou tentando acalmar aquela adrenalina que corria por suas veias, tentando aplacar o desejo animal de acabar com a distância e tocar em suas madeixas de aparência tão macia.

Sasuke, por outro lado, desvencilhou-se de Sakura à contragosto.

Não poderia permanecer naquele centro para sempre, mas prontificou-se a acompanhar a moça até onde sua amiga afoita descia as escadas.

Eles pararam ao pé da escada, cada um admirando os recém-chegados à sua forma e o moreno não se satisfez ao ver o suave sorriso em conjunto ao olhar curioso naquele rosto que ele queria só para si.

Ino tentou se portar da maneira mais elegante ao lado dos pais que recebiam os convidados.

Seus olhos brilhavam com a admiração. Nunca antes ela havia visto tamanha beleza como daquele casal de primos.

Eles eram mais velhos do que ela, mas tinham risos e jeitos joviais, como se uma aura magnética os rondasse, fazendo com que qualquer ser ao redor se aproximasse de suas perigosas garras.

O sorriso gentil e galante de Naruto, a postura e confiança de Karin, tudo, absolutamente tudo a fez se sentir encantada e com o ego inflado por ser sua família a receber aqueles exímios exemplares da sociedade londrina.

O senhor Yamanaka, como um bom anfitrião os apresentou a todos os convidados, família por família, e todos tiveram a mesma sensação de magnetismo por eles.

Mulheres invejavam as vestes ousadas e os longos colares de pérolas que emolduravam o belo rosto de Karin, ao mesmo tempo que suspiravam com a aparência e elegância do senhor Uzumaki.

Homens, gordos e sedentários, lambiam os beiços acariciados pelos bigodes sedentos de desejo pelo colo belo e rosado da moça, enquanto se interessavam pelas posses do garoto.

As moças se alvoroçaram com Naruto, mas Ino foi esperta e sagaz de conseguir a companhia dos convidados para si, indo apresentá-los aos seus mais próximos amigos, o Comendador Uchiha de Northville e a Miss Sakura de Louborn.

O que Ino não sabia é que este era o desejo de Naruto desde o princípio.

Todos eram jovens e por ter três exemplares falantes, logo se envolveram em uma fervorosa conversa amigável e cheia de risos.

– Então, senhor Uzumaki, o que está achando de sua estada em Londres? – Inqueriu uma animada Ino que tinha seus olhos totalmente voltados para aquele grande detentor de terras.

– Agradável, por mais que prefira os campos italianos – respondeu com um largo sorriso.

– Meu amado primo e o campo – Karin riu extasiada sem descruzar seu braço com Naruto desde que chegara – é uma relação que nem eu mesmo consigo entender – brincou, sendo agraciada com as risadas de Ino e Sakura. – Com veemente sinceridade, é impossível viajar com Naruto. Eu sou uma grande apreciadora da vida urbana, da vida social, mas meu primo sempre quer visitar os campos. Ele ama a vida pacata do meu rural. Para mim, não há lugar melhor do que Londres, com toda sua inovação e bailes sociais – sorriu largamente, abanando-se com o leque negro de detalhes vermelhos.

– É sempre bom um teor de tranquilidade depois de tanto tempo em meio ao caos de Londres, ainda mais quando se tem a possibilidade de admirar o Mediterrâneo de tão perto – opinou Sakura com educação e o olhar de Naruto virou-se para ela subitamente, agraciando-a com um sorriso gentil enquanto falava baixo:

– Admiradora dos campos, Miss Sakura?

Sasuke notou o leve rubor nas bochechas da menina ao seu lado.

– Louborn é uma propriedade um pouco distante do centro de Londres, mas é de grande vastidão e um bom lugar para se crescer.

– Cresceste no campo? – Os ombros largos endireitaram-se, enquanto ele parecia mais alto e mais atraente para a menina.

– Sim, mas há alguns anos meu pai resolveu se mudar para a cidade devido aos negócios.

– Então você precisa conhecer Headfield, vai se encantar com os campos de flores do meu primo – interveio animada Karin, esbanjando um enorme sorriso. – Não há campos tão bem cuidados em toda Europa como em nossa residência.

– Oh, então é verdade o que dizem? Headfield tem plantações de flores em seus campos? – Ino empolgou-se.

– Sim, senhorita Yamanaka – o loiro sorriu para a menina de olhos brilhantes. – Gosta de flores?

– Apesar de ser uma defensora das metrópoles como a Baronetesa – referiu-se à Karin. – Sou uma apreciadora das flores, senhor Uzumaki – fez uma leve mesura com um largo sorriso.

Karin riu agraciada com a visão.

– Veja amado primo, a senhorita Yamanaka é o nosso precioso meio-termo da nossa eterna discussão sobre campo e cidade – Seu olhar castanho-avermelhado bem marcado dançou para o moreno ao seu lado que se mantinha em claro silêncio e ela sabia que ele era o tipo de homem desconfiado, mas em seu pensamento, para ela, não havia nenhum homem que não se rendesse à sorrisos e pernas femininas. – E você, caro Comendador, qual a sua opinião? Campo ou metrópole?

– Mar – foi sucinto, levando seu espumante aos lábios enquanto deslizava seu olhar pelos dois novatos.

– Bem que desconfiei que o senhor não pertencia à uma metrópole como Londres – comentou com cordialidade, o loiro.

– Colônia britânica, Hong Kong – explicou.

– Hong Kong? – Os olhos de Karin se arregalaram momentaneamente para a notícia antes de esbanjar seu grande sorriso de dentes tão brancos, sorriso este que não foi correspondido pelo amante dos mares, mas que não abalou a confiança da mulher. – Comendador, o senhor poderia por favor me dizer as horas?

Sasuke assentiu retirando o relógio de bolso, admirando os ponteiros brilhantes e bem cuidados.

Karin não escutou as horas, apenas permaneceu com a imagem daquele relógio do outro lado do mundo gravado em sua memória. As inscrições de outra língua na prata brilhante, o arrastar silencioso dos ponteiros, a corrente fina e prateada, tudo, era a perfeição e o exemplar que a mulher ainda não tinha em sua coleção.

Assim que ela ergueu o olhar para Sasuke, toda a determinação e perigo resplandeceram em seus olhos e sorrisos.

De fora, todos achá-la-iam encantadora, mas para Naruto, que saboreava do seu espumante, soube que Karin acabara de achar mais uma vítima para os seus métodos carniceiros, provavelmente a imagem de Sasuke mutilado pelas suas próprias mãos já se formava na mente doentia da sua prima.

Isso só melhorou a situação pela visão de Naruto.

Com um só olhar, ele soube que Sasuke nutria uma paixão por Sakura, essa por sua vez não dava a certeza dos seus sentimentos por ele – talvez fosse uma jovem confusa com tal situação. Seria fácil se aproximar de uma jovem como ela, mas tendo um admirador tão próximo de si e com um título que talvez interessasse à família da moça, tudo se complicava. Caso Karin o tirasse da jogada, o xeque-mate já poderia ser anunciado por parte de Naruto.

Com esse pensamento ele mostrou mais um de seus sorrisos falsos para as jovens londrinas.

– Que exímio grupo, não achas cara prima?

– Sim – Karin sorriu, apertando levemente o braço do seu primo enquanto sorria para todos. – Creio que temos muita sorte de fazermos tão bons amigos em nosso primeiro baile depois da nossa longa estada fora.

Com aquelas palavras, Karin selava o destino daqueles três jovens...

 

✵✵✵

 

A conversa transcorreu com banalidades antes de Sakura e Sasuke se separarem deles e irem até o Barão que os convocava para conversarem com um Visconde.

O corset da moça voltou a incomodar. Durante todas aquelas horas permaneceu firme com a postura, mas enquanto a noite transcorria e o álcool impregnava os homens com as alegrias, o ambiente tornava-se mais turbulento e claustrofóbico, por isso, com uma suave desculpa, conseguiu se desvencilhar das companhias e discretamente se dirigiu para a varanda que dava para o tão cuidado jardim dos Yamanaka.

O frescor e o silêncio a envolveram como uma manta suave de alívio.

As mãos pequenas e enluvadas se apoiaram com sutileza sobre o parapeito alvo. Os olhos se fecharam e ela apreciou a leve brisa que acariciava sua pele macia e seus fios de um ruivo pálido.

O que Sakura não sabia, é que Naruto já estava naquela sacada e permanecia em silêncio atrás dela.

Ele apreciou cada detalhe daquele ser tão sutil e delicado, e não pôde evitar fechar os olhos e inalar como um dependente químico o odor que saia dela e que o envolvia com força.

Era floral.

Era perfeito.

– Bela noite, não acha? – Sua língua acariciou com sutileza seus lábios enquanto sorria gentilmente para a mulher que se sobressaltou pelo susto. – Perdão, não queria assustá-la.

Pôs as mãos para o alto, em um pedido mudo.

– Não, não! Eu não o havia notado. Foi um erro meu – ela pediu antes de fazer um leve aceno de desculpas, voltando-se totalmente para ele.

– Sinto-me até sem graça por receber tal atenção advinda de uma moça tão bonita – viu ela corar levemente e os olhos se arregalarem. – Claro que eu presumo que escute elogios como esse sempre.

Caminhou até ela e apoiou os braços sobre o parapeito, admirando o jardim de flores belas, não tão diversas quanto as suas, mas com a sua graça particular.

Sakura notou a proximidade exagerada dos seus braços, quase se encostando, sabia que aquilo era inapropriado, mas resolveu não se afastar.

O afastamento poderia ser visto com maus olhos por parte do rapaz.

– É bem verdade que eu escuto alguns elogios, mas é ainda mais surpreendente escutar tal coisa advinda de um homem que tem a companhia tão impactante da Baronetesa ao seu lado vinte e quatro horas por dia.

Naruto sorriu com a resposta e voltou seu rosto para ela, não se intimidando com a distância da mesma forma que ela parecia incomodada.

– Miss Sakura, desculpe a ousadia, mas você é tão bela quanto minha tão estimada prima.

– Metade dos olhos desse baile estão voltados para ela esta noite. Acho que isso é um dado suficiente para estabelecer quem é a mais bela.

– E a outra metade está voltada para você – sussurrou, mirando-a nos olhos. – E nessa categoria eu me insiro.

Os verdes voltaram a se tornar mais evidentes e ele sabia que ela não era acostumada a receber um elogio tão direto e isso satisfez o homem que voltou os olhos para frente, mostrando um sorriso gentil para a noite, enquanto a jovem desviava o olhar para as mãos, claramente receosa de como deveria agir.

O aperto do corset e a aparente falta de ar, pioraram a sua situação.

– És muito gentil em suas palavras, senhor Uzumaki – sua voz saiu baixa e tentou mostrar um sorriso doce, por mais que o corset abalasse sua face incomodada. – Um homem admirável, devo dizer.

Uma sobrancelha loira se ergueu percebendo o colo que subia visivelmente, mostrando o colo belo, porém, deixando claro que o corset a estava incomodando.

– Miss Sakura. Sente-se bem? – Perguntou com palpável preocupação, aproveitando a oportunidade para segurar a mão pequena e enluvada apoiada sobre o parapeito da sacada.

Os verdes se arregalaram com assombro, ainda mais quando Naruto aproveitou a oportunidade para se aproximar mais, erguendo a outra com a intenção de segurar com delicadeza o rosto dela, porém, tal ato foi interrompido quando uma voz imponente e fria rompeu detrás da mulher:

– Não é adequado tocar em mulheres comprometidas.

A surpresa fez Naruto erguer o olhar, encontrando os olhos negros repletos de ódio do Comendador, direcionado a si.

Sakura, por outro lado, mesmo com a pequena falta de ar, franziu o cenho para as palavras tão firmes do moreno, ao mesmo tempo que se afastava do toque do ilustre convidado.

– Não tinha ciência do compromisso de Miss Sakura. Apenas tinha a intenção de ajudá-la – tentou se justificar, interpretando um ser inocente e preocupado com a mulher.

Sasuke, porém, apenas desviou o olhar para a menina pálida e sem graça pela situação.

– Agradeço sua boa intenção, porém, eu assumo daqui – declarou se aproximando da mulher que desviava o olhar para as mãos. – Informei ao seu pai que a senhorita parecia incomodada e cansada. O Barão de Louborn me deu a permissão para conduzi-la para sua residência.

– Obrigada, Comendador. Tudo o que eu preciso é do descanso do meu lar – tentou sorrir educadamente, mas o moreno notou o leve tremer dos lábios dela. Apreciou a força que ela tentava manter, mesmo com a leve tontura.

– Deixe-me conduzi-la, Miss Sakura – ofertou o seu braço como apoio, algo que ela aceitou de prontidão.

Sasuke se satisfez com a visão do loiro ficando para trás depois de uma breve despedida de ambos.

Não havia gostado da aproximação do rapaz em relação àquela mulher e por isso, sentia-se aliviado em conduzi-la pelo salão, aumentando a distância entre ambos.

Despediram-se rapidamente dos mais importantes antes de chegarem à entrada esperando seus casacos.

Antes que a empregada fizesse o ofício, Sasuke pegou o casaco de Sakura e pôs com delicadeza sobre ela com intuito de protegê-la do frio.

Ela sorriu ternamente para a atitude atenciosa dele, antes de observá-lo vestindo o próprio casaco e cartola alta.

A viagem foi rápida e silenciosa pelas ruas escuras e vazias daquele bairro de Londres. Sakura não se atentou ao que ocorria ao seu redor, nem ao menos no olhar sempre fixo em si por parte do homem ao seu lado. Tudo o que ela desejava era retirar aquele corset com pressa, desejava suas adoráveis roupas de dormir e sua cama de penas, por isso, assim que viu a imagem da sua casa, desceu com certa pressa e graça, informando que voltaria em um minuto para o homem sério que a seguia para dentro de casa.

Ele acatou o pedido, dirigindo-se para a sala de leitura após deixar sua companhia aos cuidados da governanta de olhos arregalados por sua menina ter chegado em tal estado e completamente sozinha com um homem.

Ele nunca se aproveitaria dela e isso o fez suspirar massageando as têmporas.

Sentou-se em um dos sofás de estampa floral, tendo a certeza de que aquela dura governanta estava repreendendo a menina.

Levou algum tempo, mas sua espera foi recompensada com a volta da moça, agora com roupas muito mais leves e cabelos soltos, mostrando todo o seu tamanho que beirava a altura dos quadris.

Sakura usava uma roupa apropriada para dormir, porém, por cima do tecido de algodão, vestia um grande e grosso robe dourado de flores brancas.

Agora, sem o corset, a cor saudável havia voltado a resplandecer nas maçãs bonitas e simétricas, causando alívio no mais velho e certa admiração em poder admirá-la de maneira tão íntima.

Tinha certeza que poucos tinham o privilégio de admirá-la daquela forma, e assim ele queria que as coisas permanecessem.

Ergueu-se como um perfeito cavalheiro para reverenciar a dama, enquanto ela acatava de maneira gentil aos seus modos, sentando-se no sofá à sua frente, deixando a dama de companhia prostrada em um canto da sala.

– Peço perdão ao senhor pelos meus modos de mais cedo, Comendador – começou com elegância e toque de humildade.

Sasuke não pode deixar de apreciar a forma como ela se expressava, de forma tão gentil, solicita, porém, com o toque reservado, apropriado.

– Não é necessário perdão, Miss Sakura. Agrada-me poder ver que meus breves serviços lhe foram úteis e agora a saúde resplandece em sua bela face.

A jovem sorriu com cordialidade.

– Foste um homem muito atencioso para comigo, Comendador. No entanto... – a leve apreensão voltou aos olhos verdes que se desviaram para a dama de companhia momentaneamente e Sasuke percebeu que ela apreciaria maior privacidade, por mais que os bons modos dissessem o contrário. Entretanto, de maneira contraditória, o homem pôde ver que a míngua dama de companhia, de traços comuns e bonitos, se retirar, dando-os privacidade e coragem para que a jovem dama voltasse seu olhar ao mais velho. – No entanto, devo reforçar meus pedidos de perdão pelos modos e pela forma como o senhor me encontrou. Foi um desafortunado acontecimento.

– Compreendo – ele se limitou a dizer, semicerrando o olhar, lembrando-se da cena.

– Se não for muita ousadia da minha parte – ela recomeçou, conseguindo a total atenção do Comendador para si – gostaria de lhe questionar sobre algo que tem atormentado meus pensamentos na última hora.

– Se posso lhe ser útil, serei feliz em tirar tais tormentos da senhorita – ele se ofereceu, curioso pelo andar da conversa.

– Naquela varanda o senhor supôs que... – a voz dela morreu, assim como o movimento dos seus lábios.

Sasuke compreendeu de prontidão ao que ela se referia, tendo a certeza que mais cedo ou mais tarde entrariam naquele assunto.

– A senhorita se refere ao fato de eu ter dito que a senhorita era uma moça comprometida – proferiu em voz baixa, porém apropriada ao tom da conversa, recebendo um leve assenti da mulher à sua frente.

– Sim, é a isso que tenho me referido – reafirmou, mostrando meiga determinação para que tudo estivesse esclarecido entre eles.

Sasuke se ergueu com elegância, caminhando a passos firmes pela ampla biblioteca, buscando palavras adequadas para se expressar e justificar suas palavras impensadas de mais cedo.

Ela desejava a sinceridade e ele apreciava aquela atitude, mostrando-se sábia ao buscar a verdade, ao invés de se refugiar em vãos questionamentos em seu quarto ou com suas amigas próximas, sempre supondo prováveis interpretações para a atitude do rapaz, como tantas jovens, de idade semelhante à Sakura, fariam. Aquela era uma das características que chamavam a atenção do Comendador e em seus pensamentos fazia-o classificar Sakura como uma mulher à parte, com maturidade e inteligência superior às suas iguais.

Por isso, assim que ele voltou seu corpo para ela, mantendo os braços cruzados atrás do seu corpo, optou pela mais absoluta sinceridade:

– Perdoe-me, Miss Sakura, fui negligente em minhas atitudes de mais cedo, que agora, de maneira tão sábia, dai-me a oportunidade para saber o quanto atormentei seus pensamentos. Por isso, de maneira igual, também presarei pela sinceridade – anunciou, recebendo um assentir suave e curioso da dama, como um incentivo para continuar. – Devo acrescentar primeiramente como o prenúncio das minhas justificativas, que a senhorita tomou a minha total atenção desde a primeira vez em que a vi – o homem pôde ver os olhos verdes se arregalarem com aquele depoimento sincero, dito com tanta seriedade e postura pelo Comendador. – Sou um homem que cedo saiu da sua terra natal com o intuito de acompanhar meu irmão em suas tantas viagens. Vi muitas culturas, terras e universos tão diversos. Tive a oportunidade de contemplar outonos e primaveras em lados opostos do nosso mundo. Pude contemplar exemplares de terras diversas e conhecer pessoas com todos os temperamentos que a senhorita puder imaginar; no entanto, contrariando tudo o que pensava ousar saber, descobri que eu era um tolo durante o baile na residência do Marquês de Landfield, pois, assim que a conheci, descobri que havia muito mais a se conhecer e admirar, além de perceber que não há lugar mais amado do que o nosso próprio lar. Pode parecer confuso para você senhorita, mas ouso dizer que foi a duplicidade que me acobertou naquela noite, preenchendo-me de curiosidade, pois, ao mesmo tempo que sentia-me tentando a conhecer mais um novo mundo; ao olhar para você, me lembrava das primaveras que vivi em meus anos de mocidade em Hong Kong, onde cerejeiras despontavam pelos campos, colorindo com seus tons rosados e perfumes primaveris, por meio das sakuras. Por isso, ao vê-la, lembrei daqueles tempos calmos em que deitava sob as cerejeiras e admirava a queda das pétalas, inebriado pelo seu doce perfume.

"Tão distante daquelas terras, descobri um lar. Senti necessidade de conhecê-la, e quanto mais trocava palavras com a senhorita, descobri-me encantado pela dama que tanto me recordava do meu lar há tantas léguas de distância. Perdão pela forma como a informo, porém, não posso mais esconder da senhorita os meus sentimentos – olhou intensamente para a jovem estática de postura tão ereta, antes de anunciar: – Tenho muito apreço pela senhorita. – Os lábios rosados de Sakura se abriram, enquanto puxava o ar, mostrando toda a sua surpresa ao mais velho, o qual deu um passo firme adiante, mostrando toda sua imponência e segurança. – Admiro-a de tal forma que por muitos anos achei ser uma fantasia de autores românticos existir tal forma de admiração. Algo idealizado e inexistente. Por muitos anos fui um descrente em palavras que exaltasse uma mulher ideal e inalcançável. Desacreditei nessa verdade até o dia em que finalmente pude trocar algumas palavras com a senhorita e em cada novo encontro ter a oportunidade de conhecê-la um pouco mais, descobrindo suas peculiaridades, sua graça e gentileza, sendo ao mesmo tempo instigado com a curiosidade de sempre querer saber mais sobre a senhorita, sempre restando aquele sentimento de que ainda não sabia o suficiente sobre a senhoria. Vi-me tão admirado pela senhorita que até em minhas cartas à minha amada mãe a citei. Por isso, após meses em sua companhia e do seu tão estimado pai, os quais sempre me receberam tão bem em sua casa, decidi expor meus desejos para com o seu pai – o segundo de silêncio perpetuou entre os jovens estáticos antes que o anúncio fosse finalmente dito pelo Comendador: – Eu pedi sua mão em casamento, Miss Sakura".

Sakura não pôde evitar, se ergueu subitamente, mostrando em sua face toda a incredulidade que poderia ousar expor, deixando claro sua surpresa.

– Meu amado pai...

– Não, Miss Sakura. Seu pai não concedeu sua mão a mim – prontificou-se a esclarecer, vendo que a menina pareceu aliviada com sua resposta. – Ele compartilhou comigo sobre seus desejos de poder escolher o próprio marido, senhorita. Disse-me também que confia no seu discernimento de escolha e caso eu quisesse realmente desposar sua filha, teria que conquistar o seu coração, Miss Sakura, não o interesse de um pai em fazer um bom acordo por meio de um casamento vantajoso.

Sakura assentiu com suavidade, voltando a relaxar ao ouvir aquelas palavras vinda do Comendador. Porém, permaneceu em pé, olhando diretamente nos olhos negros do homem muito mais alto que a jovem delicada, há apenas dois passos de distância.

– Você tem um bom pai, Miss Sakura. Um pai que põe os sentimentos da sua única filha em frente a qualquer bom negócio.

– Agradeço todos os dias aos Céus pelo meu bom fortúnio. Ouso dizer que são poucas as jovens que têm a oportunidade de ter um pai tão amoroso com os sentimentos de sua filha, dando-a a liberdade de escolha no matrimônio, ainda mais pelo fato de não ter um filho como herdeiro.

Sasuke assentiu, compreendendo a situação do Barão de Louborn, que se satisfazia apenas em ter Sakura como filha, não procurando segundo casamento como a sociedade tanto esperava em situações como aquela.

– Tinha esperanças de poder fazer isso em um momento mais oportuno, quando a senhorita pudesse ter me conhecido mais profundamente, porém, as circunstâncias e os meus descuidos fazem com que eu não possa mais delongar o que eu tanto venho pensando em lhe dizer – anunciou com seriedade antes de se inclinar, apoiando-se sobre um joelho para o espanto dos olhos verdes que se viu superior aquele homem de joelhos agora tão perto de si.

– Comendador Uchiha – a moça balbuciou quase sem voz, enquanto o homem pegava com delicadeza sua mão em um pedido apropriado.

– Rogo-lhe seu perdão diante das minhas maneiras inadequadas, porém, também lhe rogo para que acabe com esse meu tormento. Peço-lhe a honra para ser seu marido. Saiba cara senhorita, que não há algo nesse exato momento que possa superar meu desejo do que de fazê-la feliz. O momento é inoportuno e o fato de não ser conhecedor dos seus próprios sentimentos me aterroriza, mas a certeza dos meus sentimentos para com a senhorita dá-me força para lhe dizer: Miss Sakura de Louborn, a senhorita aceita ser a minha esposa para amá-la e respeitá-la pelo tempo que Deus nos ofertar? Prometo-lhe ser fiel e atencioso, e sempre me esforçarei para ser merecedor do seu amor, companhia e gentileza.

– Comendador Uchiha, eu... – Sakura começou a gaguejar antes de morder o lábio inferior, fazendo os longos cílios esconderem os verdes receosos que se fixaram na mão enluvada masculina que segurava a sua desnuda com firmeza.

Sasuke conseguia sentir a textura macia e quente da pele de Sakura, mas a admiração daquele fato foi transposta pelo receio das palavras por parte da moça.

Ele entendeu de prontidão o que aquele olhar cabisbaixo significava.

Significava que ela não o amava ou que não o admirava com tal intensidade que a faria aceitar seu pedido de casamento.

Qualquer senhorita da alta sociedade se lisonjearia com a possibilidade de ser desposada pelo Comendador Uchiha, o homem sabia desse fato, por mais que não se vangloriasse por algo tão banal. Porém, saber da atitude imediata que outras senhoritas teriam no lugar de Sakura, o instigava ainda mais.

Se permitisse que mais alguns minutos em silêncio se passassem, aquilo a forçaria a responder com uma negativa, por isso, com esperteza e elegância, Sasuke se ergueu ainda segurando a mão feminina.

Sakura, por outro lado, arregalou os olhos para o sorriso de canto que ele lhe oferecia.

Sasuke sabia que ela estava confusa, por isso, lhe deu conforto com as seguintes palavras:

– Eu a compreendo, Miss Sakura. Foi repentino, nem eu mesmo esperava que fosse fazer tal pedido no momento em que cheguei em sua residência esta noite para acompanhá-la juntamente com o seu pai ao baile na residência do senhor Yamanaka. Compreendo seu receio. Por isso, peço que não responda por hora. Peço que leve o tempo que precisar. Pense com sabedoria, eu aguardarei sua resposta com paciência e receberei seu veredito com respeito, independente da resposta que a senhorita me ofertar.

O homem que já se aproximava dos seus trinta anos pôde admirar o sorriso gentil e acolhedor que ela oferecia diante das suas palavras tão bem escolhidas e cuidadosas.

– És muito gentil, meu bom amigo Comendador – ela anunciou. – Devo acrescentar em meus agradecimentos a alegria de ter uma companhia tão generosa como a do senhor, tão atencioso como o meu bom pai.

– Seu bem-estar é o que eu desejo – ousou beijando a mão feminina desnuda, dando-lhe a oportunidade de inalar o cheiro doce e floral que despontava da pele feminina antes de se erguer e ter que soltar a mão da moça.

– Obrigada. Prometo-lhe ser sábia em meu julgamento e poder lhe ofertar uma resposta em breve, para não prolongar tais tormentos. Desculpe-me por eles, nunca foram a minha intenção – anunciou levando as mãos pequenas ao colo.

– Não peças. Presumo que a culpa seja mais minha do que sua, Miss Sakura – anunciou antes de fazer uma breve reverência. – Agora eu preciso ir, Miss Sakura. Meus deveres para com a Indústria do seu pai me aguardam ao amanhecer.

– Compreendo – ela sussurrou fazendo uma breve mesura em despedida, antes de seguir o homem que se retirava.

Sasuke sabia que havia ganhado tempo para conquistar Sakura, porém, permanecer por mais tempo naquela residência em pleno calor dos acontecimentos, não seria apropriado. Ela precisava ficar sozinha e refletir sobre.

Sabia que durante aquela noite os pensamentos daquela jovem estariam voltados para si e isso o agradava, mesmo lembrando-se que aquele perigo, o senhor Uzumaki, poderia interferir em seus planos. Porém, ele tinha certeza que tentaria o possível para ser o vencedor naquela história.

Por isso, com um leve erguer da cartola, adentrando em sua carruagem, ele se despediu da jovem que o havia seguido até o portão, a qual era vigiada pela confusa governanta e dama de companhia na porta de entrada da residência.

Sakura assentiu para o Comendador, vendo a carruagem se afastar pela larga avenida.

– Miss Sakura, entre por favor. A senhorita vai pegar uma friagem se permanecer aí fora – repreendeu a governanta que estava curiosa pelo que havia ocorrido naquela biblioteca. Não aprovava aquela atitude, mas se aquilo significava um avanço no relacionamento dos dois, pôs-se disposta a esperar até que os jovens saíssem da reclusão. – Miss Sakura – chamou mais uma vez, recebendo um sorriso gentil da jovem dama que assentiu para o comando antes de retornar ao refúgio do seu aquecido lar, diferente da leve ventania fria vinda do Norte.

O que aquelas senhoras não sabiam, era que o jovem Uzumaki permanecia absorto em sua carruagem, camuflado sobre uma árvore frondosa.

– Já está satisfeito, amado primo? – Inqueriu a ruiva que bocejava. – Estou exausta. Quero a minha cama agora mesmo.

Naruto não esboçou nenhuma reação, nem ao menos voltou o olhar para a sua prima manhosa, apenas permaneceu com o olhar fixo naquela residência, esperando pelo acender de uma luz no segundo andar.

Aquele é o quarto da Miss Sakura de Louborn. Pensou com certeza sobre suas convicções.

Havia muito o que se fazer, e mesmo que a ansiedade batesse na sua porta convidando-o a ser imprudente e fazer o que tanto queria, instigando-o a invadir aquele local e comprimir o pescoço delicado da jovem com suas grandes mãos calejadas enquanto os olhos verdes eram inundados pelo horror; ele era um homem paciente e calculista. Sabia que aquele projeto poderia levar tempo, mas pelo final tão aguardado, ele seria o mais paciente dos homens, aproximando-se aos poucos, encurralando seu alvo como uma astuta raposa. Tendo a certeza que o futuro já estava traçado ao seu favor.

Sabendo que ele seria o verdadeiro vencedor daquela trama de mentiras, ele anunciou com a voz fria e distante:

– Já podemos partir, Karin.


Notas Finais


Nossaaaa... Sakura, mon amour, se você não quer ele, deixa o Comendador para mim, simples assim hahahahah
Ai gente, e aí? O que acharam?
Para os ansiosos esperando para saber como Naruto vai agir, podem ficar tranquilos! Ainda estamos no início e como ele mesmo disse, ele é uma raposa traiçoeira ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Beijos, meus lindos! Até a próxima, volto em 15 dias com um novo capítulo de Imaculada!

OBS: [INFORMATIVO][HASU]
Eu tinha dito na Página do Face que Hasu seria atualizado amanhã, mas devido à minha semana cheia de provas, avaliações horas e escrita de projetos, eu não pude terminar de escrever o capítulo, mas ele já está bem desenvolvido. Não sei se será final de semana que vem, mas a atualização de Hasu será em breve e se Deus quiser, quem sabe será já no próximo final de semana ^-^ desculpem o transtorno da espera, eu realmente não queria que ocorresse esse pequeno adiamento, mas foi necessário para que eu pudesse estudar para as minhas provas ;-;
Obrigada por tudo pessoal!


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