História Imagination - Close, for close

P.O.V Alice West

Ele me beijou.

Sentir os lábios dele chocando-se contra o meu, foi como se meu corpo não me obedecesse mais, uma misturas de sensações se manifestou em meu anterior, não poderia resistir aquele encontro de desejos.

Busquei tanto tempo por isso, quis tanto sentir seu gosto, o sabor do seu beijo e foi melhor, muito melhor do que imaginei. Suas mãos massagearam levemente minha cintura, colando um pouco mais nossos corpos e intensificando mas nosso selamento, com um pouco de esforço, levei minha mão até sua nunca e arranhei de leve a mesma, Shawn sorriu e mordeu meu lábio inferior com força.

Não podia conter a alegria de beijar o homem que me fez conhecer o sentido de amar.

Nos separamos por falta de ar, tentei esconder minha vergonha e olhar para baixo, mas Shawn segurou meu queixo e me fez encará-lo profundamente, o olhar dele podia deixar qualquer uma louca por ele e com a minha sorte, conheci esse mesmo olhar quando mais ninguém sabia que existia.

— O que foi isso? — limito-me a perguntar, tendo sorte de conseguir pronunciar as palavras.

— Uma coisa que ambos queriam. — ele respondeu sorrindo de canto.

— Acho que faz sentido. — ri. — Tenho que ir Shawn, meus pais e Alana devem estar surtando.

Ele apenas sorriu e assentiu. Virei-me para a janela novamente pulei para a sacada, hesitando olhar para trás e tentando conter o sorriso, algo impossível. Eu não sabia muito bem como reagir, sempre inventei milhares de cenas na minha cabeça, nenhuma delas chegou ao que acabará de acontecer.

— Alice? — Shawn chamou-me novamente, por um minuto imaginei que ele me beijaria novamente então virei-me lentamente com as sobrancelhas arqueadas, nesse ponto eu já estava na minha sacada. — Esquece o que aconteceu aqui.

O quê?

— Co-como assim? — perguntei sentindo minha garganta se fechar. — Esquecer o quê?

— Não, é ... não foi isso que eu quis dizer. — ele tentou-se aproximar. Levantei a mão para pará-lo, meus olhos já estavam lacrimejando. — Alice...

— Não Shawn, tudo bem. Isso não deveria ter acontecido, nós não deveríamos ter voltado a se falar, foi tudo um erro! — ditei elevando minha voz. — Volta pra sua vida perfeita, com os amigos perfeitos e a namorada popular! Mas por favor, se for pra me impedir novamente de ficar com alguém, que apareça e compareça, mereço minha felicidade também, se você estiver ou não! — cuspi as palavras. Shawn mantinha sua boca boquiaberta. — Você é definitivamente o pior amigo do mundo!

Não esperei ele responder, apenas dei as costas e adentrei no meu quarto, desabando nas lágrimas.

(...)

1 SEMANA DEPOIS...

Eu me encontrava sentada em uma das mesas da sala, enquanto os outros alunos tagarelavam sobre diferentes coisa, minha mente estava totalmente focada no lápis batucando sobre a mesa.

Essa última semana havia sido cansativa, tanto fisicamente como psicologicamente, depois do beijo Shawn me ignorou totalmente, se eu não estivesse tão acostumada com a ausência dele estaria chorando até hoje, mas eu não consigo e não quero, minha cabeça diz que é desnecessário chorar por alguém que só me usou para passar o tempo, já meu coração aparenta estar dividido.

Alana me perguntou várias vezes o que houve comigo, odiava esconder as coisas dela, mas sabia que se contasse ela não perdoaria e xingaria Shawn em frente ao colégio todo, além de fazê-lo passar vergonha e ainda deixaria exposto nosso beijo. No mesmo dia, me arrependi por ter praticamente me declarado, tenho sorte que minha cabeça colocou uma frase no final que deixou tudo no ar, mas tenho certeza que aquilo o machucou.

Passar ao lado dele no colégio foi horrível, Alana insistia em ficar perto de Nash, já que o mesmo sempre que a via, abria um sorriso malicioso e constatava que o quanto ele a desejada. Não vou negar que estou feliz por ela, mas também não vou dizer que apoio, o loiro ainda tem uma namorada e essa ainda é inimiga de infância de Alana. Estou me sentindo a personagem secundária que sempre se ferra nessa novela mexicana.

O lado bom dessa história é Hayes, durante todo esse tempo ele me pedia desculpas por tentar me beijar no cinema. Eu deveria ter beijado. Deveria tentar algo com ele, Hayes é diferente, consegue ser fofo e ao mesmo tempo é capaz de deixar-me excitada, quando comentei do meu coração divido, tenho certeza que uma parte é dele.

Ainda não sei onde essa história vai parar, só quero que acabe com tudo e principalmente com meu sofrimento.

 — Alice? — Alana, disse. Remexi a cabeça para afastar os pensamentos e a encarei. — O que está acontecendo? Você vive no mundo da lua, mas agora foi para outra galáxia.

Ri.

— Desculpa. — murmurei.

— Então, eu estava falando que hoje tem o treino do time de futebol e Hayes vai tentar uma vaga, nós poderíamos ir torcer por ele.

— Torcer por ele ou ver o Nash sem camisa? — semicerrei os olhos prendendo o riso. Alana revirou os olhos.

— Você torce por ele e eu vejo o Nash. — deu de ombros. — Quem sabe você não o ajuda com uma coisa.

— Alana, para. — ditei levantando-me. — Vamos!

Seguimos até a próxima aula, sabia que Alana e Hayes haviam tramado alguma coisa, mas decidi nem debater para descobrir apenas concordei.

(...)

A aula de trigonometria era de fato a minha favorita, enquanto as pessoas odiavam eu apenas ficava fascinada com as relações dos números. Alana me encontraria na entrada do campo depois da aula, já que não teríamos as próximas aulas juntas e provavelmente, não nos veríamos.

O sinal da última aula soou alto, recolhi meus livros lentamente e segui quase fechando os olhos de tão cansada. Adentrei na sala já avistando um lugar no fundo liberado e corri para me sentar, apoiei minha cabeça na mesa, já fechando os olhos até sentir alguém mexendo em meu ombro.

Levantei minha cabeça preparada para xingar, mas fraquejei ao vê-lo.

— Oi Hayes. — falei para o loiro que abriu um sorriso.

— Olá dorminhoca.

— Não sabia que tinha essa aula junto com você. — estalei meu pescoço na tentativa de afastar a preguiça.

— E não tem. — o encarei confusa. — Vim te salvar, vamos.

— Tá me chamando pra matar aula? — perguntei já sabendo a resposta. O loiro assentiu e entendeu a mão.

Não Alice

Nem pense

Se alguém descobrir já era.

Mesmo com os pensamentos negando ao último, agarrei sua mão e saímos da sala enquanto os alunos iam entrando.

Estar com Hayes era algo mágico, ele permitia-me sentir nova, uma garota amável e desejável. O sorriso dele impactava o meu dia, iluminava o final do túnel escuro que minha vida criou, não se se é paixão, amor, na verdade as pessoas podem chamar isso como quiser, quero apenas aproveitar o momento.

Corremos entre os corredores, desviando de alguns para tentar não sermos descobertos, estava divertido, primeira vez que entrei numa adrenalina, não definitivamente, mas entrei. Nem percebi que mantínhamos as mãos entrelaçadas a todo instante, mas quando me dei conta, apenas abri um sorriso e não me importei.

Atravessamos o corredor dos armários e adentramos na quadra, que por incrível que pareça estava totalmente vazio.

Vazio.

Engoli seco vendo que estávamos totalmente solitários, apenas nós dois, perto, muito perto. Soltei-me de Hayes, abaixei a cabeça tentando esconder o nervosismo, ouvi a risadinha baixa do loiro, minhas bochechas começaram a esquentar.

— Por que me trouxe aqui? — não hesitei em perguntar. Hayes me olhou e se aproximou. — Hayes...

— Desculpa Alice, mas eu não aguento esperar mais. — senti o hálito de menta entrando nas minhas narinas.

— Então não espere.

Foi quase inevitável, sentir os lábios de Hayes contra os meus foi ótimo. Eu podia sentir nossos corpos exalando sentimentos, enquanto iniciávamos um beijo lento e intenso. Uma mão se moveu para a minha nuca, agarrando as raízes do meu cabelo com seu punho enquanto a outra massageava minha cintura.

Por que estava tão bom?