1. Spirit Fanfics >
  2. Dope- 방탄소년단 >
  3. Destiny

História Dope- 방탄소년단 - Destiny


Escrita por: bultprowof e Girlbulletproof

Notas do Autor


Esse não é um simples imagine!!!

Capítulo 3 - Destiny


Fanfic / Fanfiction Dope- 방탄소년단 - Destiny

- Resolveu tudo com a Yoon Seo? – assim que entro no apartamento sou surpreendida por essa pergunta. 

- Sim, nós conversamos e ela tomou a decisão de que não queria guarda mágoas e nos perdoou. - tiro o tênis e caminho em direção ao sofá onde ele se encontrava sentado.  

 - Como é bom escutar isso – ele suspira aliviado e me puxa para que que eu sente em seu colo. – quem diria que nós um dia estaríamos assim, talvez tenha sido coisa do destino.  

 

                                *** 

 

Estava a caminho da casa onde meu namorado Jack morava. Hoje nós faríamos dois anos de namoro. Estacionei o carro na garagem, descendo do mesmo com algumas coisas que havia comprado para passarmos a noite juntos. Olho para a vaga que de costume era onde ficava seu carro e lá estava.  

  

Jack não sai do trabalho a essa hora. Deve ter acontecido algo. 

 

Apresso meus passos para a portaria, dou boa noite para o porteiro que logo me recebeu e como sempre foi muito educado.  

 O elevador logo parou no oitavo andar, sai do mesmo e peguei a chave reserva que ficava comigo. Entrei no local e estava tudo escuro.

Que estranho, seu carro estava no estacionamento.

 

Tirei meus sapatos e deixei minha bolsa no sofá, juntamente com o que eu tinha comprado. Olhei para a cozinha porém não havia nem sobra do Jackson.

 Subi as escadas e escutei um barulho estranho vindo do quarto, eram gemidos. Arregalei os olhos, não estava querendo acreditar no que estava prestes a ver. Cheguei em frente à porta do quarto, lágrimas já ameaçavam a cair, mas respirei fundo tentando me acalmar.  

 

Tinha que me manter forte. 

 Forcei a maçaneta e a porta se abre revelando meu namorado com uma mulher em sua cama.  

 

A mulher logo percebeu minha presença seus olhos se arregalaram em minha direção atraindo a atenção de Jackson para a mesma.  Sua atenção veio para a porta onde eu me encontrava parada, lagrimas ameaçavam cair mas me mantinha forte.

 

- Que bela cena, não? – bati para na direção dos dois – querem que eu tire uma foto?

- Mina, não é nada disso que….

-Não é nada? O que está fazendo então Jackson? Não me diga que estava discutindo sobre negócios com ela?

- Estávamos, mas…mas…acabou que ela me seduziu. Eu nunca faria isso com você. – numa risada sem emoção escapa de meus lábios e o olho com pena.

- Você é digno de pena. – cuspi das palavras e me direcionei para a saída mas antes volteime para a mulher que até então tentava se esconder – E você querida faça bom proveito desse pedaço de lixo.

 

 Desci as escadas com presa, as lagrimas que lutei para não cair agora rolavam em meu rosto. Como ele pode fazer isso comigo? Dediquei dois anos da minha vida a esse namoro e ele faz isso comigo.

Eu o amo tanto.  

 Já estava chegando perto do meu carro quando escuto Jackson gritar meu nome, apresso meus passos mas foi em vão, logo senti meu corpo ser imprensando contra a lataria do carro e o seu corpo.  

 

 - O que você quer agora? Me deixa ir embora, eu não consigo mais olhar nessa sua cara. Você me dá nojo. – Eu continuava chorando mas minha voz era firme e nela estava claro todo o meu ódio e decepção. 

 

- Mina, por favor não fala isso, eu sei que eu errei mas você precisa me perdoar, foi apenas um deslize, eu prometo que não vai mais acontecer. – ele estava em prantos enquanto segurava meu braço. 

 

- Você sabe que não merece perdão, isso foi muito mais do que um simples deslize, você foi pra cama com ela seu canalha. Quantas vezes isso já deve ter acontecido e eu não sei, posso estar sendo traída a muito mais tempo e não faço ideia. 

 

-Essa foi a primeira e a última vez, eu juro princesa. - levou a mão até minha bochecha mas lhe dei um tapa a tirando. 

 

- Não me chama de princesa, na verdade, não me chame mais de nada, eu nunca mais quero te ver na minha frente. - o empurrei, logo em seguida entrando no automóvel e arrancando com tudo daquele lugar.  

 

As lágrimas escorriam pelo meu rosto dificultando a minha visão da estrada, começou a cair uma leve chuva que logo começou a se intensificar. Os carros ao meu redor diminuíam a velocidade por conta da pista molhada, no entanto, eu fazia totalmente o oposto, acelerava cada vez mais.  

 Tudo o que eu queria era ficar o mais longe possível daquele lugar, daquela pessoa que me proporcionou tantos momentos bons, mas que agora é o culpado pelo pior momento da minha vida.  

  Eu só queria que essa dor passasse.

 Tudo aconteceu rápido, meu carro foi atingindo, sinto minha cabeça bater forte e tudo o que lembro é alguém gritando para chamar uma ambulância, e logo depois disso a escuridão me dominou e eu apaguei. 

 

      *** 

 

Jin

 

Mais um dia de Plantão. Eu já estava exausto, porém amava o que havia conseguido com meu esforço e dedicação.  

 

Um estágio no melhor hospital da cidade. 

 

Estava na sala onde os médicos descansavam. Tomava um pouco de café e pensava em alguma coisa aleatória, quando a porta é aberta bruscamente. 

 - Jin, desculpe interromper seu horário de descanso. O médico responsável está pedindo sua ajuda. - larguei a xícara de café que estava em minhas mãos e segui a enfermeira para a ala em que estava ocorrendo a emergência.  

 

Ao chegar perto vejo uma jovem deitada na maca, seus ferimentos não estavam muito graves aparentemente. Seu rosto era familiar, procuro na memória mas não consigo lembrar quais quer lembrança relacionada àquela mulher. 

 

- Jin, como você está estagiando a um tempo e seu rendimento está ótimo. Quero que me ajude. – O médico fala assim que entra na ala, faço reverência com cabeça - Hoje você irá cuidar dessa paciente. Todos os procedimentos já foram feitos. Seu estado não é muito grave, mas o que me preocupa é a batida que ela recebeu na parte de trás da cabeça, porém teremos que espera-la acorda. Então, quero que fique posto para qualquer emergência. 

 

- Irei fazer isso. Pode ficar tranquilo - ele dá tapinhas em minhas costas e sai.  

 

- O que aconteceu com a paciente? - pergunto para enfermeira que havia ficado comigo.

 

- Acidente de carro. 

 

- Quais os primeiros procedimentos tomados? 

 

- Não há muitos ferimentos, pois a batida não foi muito grave. Porém, ela bateu com a cabeça o que pode ocasionar em um traumatismo craniano - ao escutar isso, um arrepio percorreu todo meu corpo.  

 - Bom, irei ver outro paciente. - assinto e acompanho ela com os olhos até a saída.  

 

***  

Mina

 Escutava vozes vindo de algum lugar. Eram vozes conhecidas, porém não conseguia identifica-las. Talvez fosse os meus pais, mas havia outra que não pude identificar, era uma voz suave e firme.  

 

Onde eu estava? 

 

Abri meus olhos lentamente, pisco algumas vezes para me acostumar com a claridade.  

 

O que havia acontecido comigo? 

 

Estava com algumas ataduras no braço e meu pé estava enfaixado.  As pessoas que ali se encontraram olharam em minha direção. 

 

- Como você está, filha? - a mulher vem ao meu soslaio, ela tenta me tocar, mas de forma delicada me afasto, assustada. - O que houve? 

 

- Quem é você? - pergunto confusa 

 

- Você não lembra de mim, Mina? -vasculho na mente tentando encontrar alguma lembrança, e tudo o que sinto é minha cabeça começa a doer levo minha mão a mesma. Tentando de alguma forma fazer aquela dor parar.

 

O médico vem ao meu encontro e me deita novamente na cama, me examina e chama uma enfermeira que coloca algo em uma seringa e injeta em um fio que estava em contato com minha pele.  

 Começo a ficar sonolenta e a dor de cabeça começa parar lentamente, assim como meus olhos que vão fechando, tudo que consigo ver é a mulher abraçar o homem que estava do seu lado, chorando. E logo demais tudo fica escuro novamente.  

 

*** 

 

Acordo novamente. Mas agora quem estava comigo era o médico. A mulher e o homem não estavam mais ali.

 

- Quem é você? - pergunto assim que fico meu olhar em seu rosto.  

 

- Oi. Meu nome é Seokjin. Mas todos me conhecem por jin. Fui encarregado para cuidar de você. Estou estagiando. 

- O que aconteceu comigo? - pergunto sendo direta e ele me olha um pouco preocupado, hesita uma ou duas vezes mas começa a falar.

- Ocorreu um acidente de carro e você bateu com a cabeça muito forte. E estávamos esperando você acorda para realizamos alguns exames.  - demoro para processa o que tinha acabado de escutar.  

 - Eu não lembro de nada.  

- É exatamente por isso que precisamos fazer exames, felizmente você não teve muitos ferimentos graves, o único que pode ser considerado grave é essa lesão no pé e a cabeça mas em contra partida o grande ferimento na cabeça pode ter ocasionado uma perda de memória ou até algo mais grave. 

- Não doutor, isso só pode ser algum tipo de brincadeira de muito mal gosto. Eu não posso ter pedido a memória, não posso ter esquecido de tudo e de todos, não posso ter esquecido de mim. - lágrimas surgem em meus olhos e logo sinto o líquido quente em contato com minha bochecha. 

- Calma. Não precisa chorar. Essa perda de memória pode ser temporária. Não precisa se desesperar. Pelo menos por agora. - tento regular o choro, me acalmando por escutar o que ele havia falado. 

 - Mas antes quero saber quem era aquela mulher que estava aqui mais cedo? Ela estava chorando e não entendi o porquê, logo em seguida eu apaguei. 

 

- É... Não sei como posso lhe falar isso, será algo um pouco difícil pra você.  

- Doutor pode falar. Eu preciso saber quem ela é. 

- Ela é sua mãe.- meu mundo caiu, como que eu posso não me lembrar da minha progenitora, a pessoa que me colocou no mundo e quem eu deveria ter um amor imenso e incondicional mas a única coisa que sinto é um grande vazio em relação a ela, em relação a tudo. 

- vou te deixar um pouco sozinha, acho que você precisa pensar um pouco. Irei resolver algumas coisas para começarmos os exames o mais rápido possível. Em alguns minutos enfermeiros iram vim aqui e te levaram para os laboratórios. Tente ficar acordada, ok?  - Apenas aceno com a cabeça e ele sai da sala em seguida. 

 Deito me na cama novamente e tento lembrar de alguma coisa, porém minha mente trava e não vem nada na cabeça. Um nome pelo menos.  

  

*** 

 

A porta é aberta e o médico entra juntamente com outros dois enfermeiros. 

- Nós iremos te levar para fazer alguns exames comuns e na parte da tarde você irá realizar uma tomografia.  

- Tá bom. - Eles me colocam em uma cadeira e rodas e saímos pelo corredor do hospital.  

 Exame de sangue foram feitos. Médicos me analisavam como se eu fosse um ratinho de laboratório. Aquilo já estava ficando chato. A pior parte foi tomografia. Esse exame era feito em um tipo de "forno". Eles me deitaram em uma cama que logo se movimentou indo para dentro do " forno". Fiquei ali por volta de 20 minutos.  

 Quando olhei para fora, havia muitos medico envolta de um computador. E mais para o lado estava a mulher que me criou. Juntamente com um homem, que creio que seja meu pai. 

 Meus pais. 

 Era estranho chama-los assim, eu não os conhecia. Não sabia nada deles. Não sabia nem ao menos meu nome. 

A cama começou a mover e fui tirada dali. E posta na cadeira de todas novamente.  

 - O que irá acontecer comigo agora? 

- Você irá voltar novamente para o quarto. Daqui a pouco eu irei lá para cuidar desses seus machucados e explicar sua situação. - Jin fala e concordo. Sou levada por uma das enfermeiras.  

 Volto para aquele quarto chato novamente. Deitando na cama.  

- Está confortável?  

- Sim. Obrigada.  

Escuto batidas na porta e logo depois uma cabeça aparece 

- Posso entrar?  

- Claro, jin. - ele entra a fecha a porta atrás de si com uma das mais livres, na outra ele carregava uma bandeja de metal, creio que era curativos novos.  

- Sim. Vou trocar esses curativos. - sorrio por ele ter adivinhado que eu estava pensando.  

Carinhosamente ele tirava cada atadura que estava em meus braços. Havia um corte na parte de trás do meu braço direito e arranhões por todo o corpo. Mordo os lábios assim que sinto o algodão molhado entrar em contato com minha pele.  

Como aquilo ardia. 

- já está terminando. – ele ri do meu inquietamento e reviro os olhos – Pronto acabou. - Jin coloca as coisas em cima e me lança um olhar de preocupação.  

- O que houve? 

-Mina. Você....passou por algum tipo de trauma e com a batida seu cérebro, por meio de uma espécie de mecanismo de defesa, bloqueou as lembranças relacionadas ao trauma.  

- O que? Mas eu vou ficar assim para sempre? 

- Calma. Só me escuta a partir de agora. A desaceleração no momento da colisão faz com que o seu cérebro fosse jogado violentamente para frente e para trás e se chocasse com a parte óssea da cabeça. A violência e a velocidade do golpe podem ter contribuído para essa amnésia. - ele acaba de falar e fecho meus olhos não acreditando no que tinha escutado. 

  - Porém esse quadro pode se reverter. Então é necessário que você mantenha a calma não se desespere, pois pode piorar. E irei entrar em contato com seus pais para trazerem objetos que te tragam lembrança e pessoas mais próximas para ver se você consegue recorda de algo ou alguém.  

- Eu faço qualquer coisa para saber quem eu sou. Para lembrar de tudo. Eu só quero minha vida de volta. - ele assentiu  

 - Quero que descanse. Esses dois dias foram muito conturbados. Seu jantar irá vim daqui a pouco. Depois disso durma bem, amanhã será um dia longo.  

- Ok. - assim que respondo, escutamos alguém bater na porta e uma das enfermeiras entra com uma bandeja com meu jantar.  

- Licença, não quero atrapalhar mas a paciente precisa comer agora.  

- Claro, irei deixar vocês a sós. Amanhã eu volto. - Ele me lança uma piscadela e se dirige para fora do quarto. 

- Você prefere tomar banho logo ou comer?  

- Tomar banho. Será rápido.  

Ter ajuda de alguém para tomar banho era no mínimo constrangedor, mas era necessário. Não conseguia ficar de pé ainda por conta e lesão no pé. Quero tirar o quanto antes esse negócio do pé. De banho tomado, me dirijo para a cama e fico sentada. E a enfermeira coloca a bandeja em minha frente.  

 

Era uma sopa.  

Faço uma cara não muito boa e a mulher rir anasalado.

- Não tem outra coisa não? 

- Desculpa, mas são normas do hospital. Agora tenho q ir. Quando terminar coloque nessa bancada e pego mais tarde. Bom apetite. Ela fala e sai do quarto me deixando sozinha com aquele prato de sopa que não estava com uma cara muito boa.  

 Direcionei a colher para minha boca e sentir o gosto do alimento e não era uma das coisas mais agradáveis de degustar. Mas eu estava com fome e isso era o que tinha para hoje.  

Assim que acabo, coloco a bandeja no lugar indicado pela enfermeira e me ajeito confortavelmente na cama pegando no sono rapidamente. 

 

*** 

- Amor, pega essa tigela pra mim? - pergunto ao homem que estava dividindo a cozinha comigo.   

- Aqui, princesa. - fala entregando a tigela e me abraçando por trás.  

- Esse bolo vai sair quando? Eu já estou com fome.  

- Jackson. Daqui a pouco sai, tenha paciência. - Em um movimento rápido meu corpo é virado e imprensado entre o balcão e seu corpo.  

 Jack afasta meu cabelo para o lado deixando meu pescoço livre. Pega um pouco da massa e põe no meu pescoço, passando a língua em seguida. 

- Prefiro comer o bolo assim. - sussurra contra meu pescoço me fazendo arrepiar. Fecho meus olhos em um ato involuntário.  

Quando os abro novamente estava naquele quarto branco, deitada naquela cama de hospital. Olho para a janela e o sol já se fazia presente ali. Me assusto ao olhar pra frente. Olhos castanhos escuros me fitando.  

 

O garoto do sonho. 

 

- Jackson? 

- Você lembrou de mim? - Ele se aproxima da cama e me encolho um pouco.  

- Eu tive um sonho com você. O que você é meu? 

- Sou seu namorado - Ele vacila ao falar, no entanto, logo mantém a voz firme. 

Mais uma pessoa que eu amo que consigo magoar. Céus porque isso estava acontecendo comigo.  

- É.....você já deve estar sabendo do meu estado, certo? 

- Sim. E prometo fazer de tudo para te ajudar. - sua voz saia um pouco alterada. Ele puxa minha mão para si em seu peito. Me assusto um pouco com sua atitude mas deixo ele realizar tal ato, não queria ser grosseira.

A porta é aberta rapidamente o que nos faz tomar um susto. Jackson solta minha mão e dá um passo para trás, Jin entra sorridente, porem seu sorriso some ao ver Jackson.  

- Bom dia. Mina, tenho que trocar novamente esses curativos. - assinto tirando os cobertores que me cobriam. Ele realiza os meus processos da noite anterior. E Jackson nos observava atentamente. 

- Como você se sente? Lembrou de algo? 

- Eu estou bem. Eu tive um sonho estranho, na verdade acho que não era um sonho mais sim lembranças. E foi com ele. - aponto discretamente para Jackson. 

- Isto já é um bom avanço. Fico feliz por isso.  

- Mas ele me falou que somos namorados, mas não lembro de nada e um sentimento não pode ser esquecido. Pode me confirma se éramos namorados?  

- Sim. Sua mãe me falou dele, na noite anterior.  

- Ela estava aqui?  

- Sim. Sempre esteve, porém não quis se manter muito próxima para não piorar seu estado - ela fala cauteloso, mas isso foi como se uma estaca estivesse sido atingida em meu peito. 

- Não fique assim, tá bom? Logo, logo sua memória irá voltar. Não se preocupe, baixinha. - ele afaga meus cabelos. Finalizando a sessão de tortura.  

- Prontinho. A tarde eu passo aqui novamente, para te levar para a fisioterapia. – aceno em concordância e dou um sorriso que é retribuído por ele. 

- Jackson, posso falar com você?  

- Claro. 

Eles saem do quarto, me deixando sozinha novamente ali.  

 

Jin

- Como assim namorados? Você está louco! - eu tentava controlar meu tom de voz. Mas essa tentativa é falha, pois uma das enfermeiras apareceu ali reclamando. 

- Vamos para a lanchonete antes que eu perca a cabeça com você.  

Seguimos para a lanchonete do hospital, pedi um café e sentei me junto com Jackson em uma mesa afastada.  

- Como assim namorado?  

- Eu…..Eu vou contar para ela. Mas agora não é a hora.  

- E quando será a hora certa? 

- Me dê um tempo. Eu irei contar. 

- Vou confiar em você. Mas seja rápido essa mentira pode piorar as coisas. E talvez você contando a verdade ela lembre de algo. - Ele ficou pensativo por um tempo. Decidi deixa-lo sozinho, ainda tinha muita coisa para fazer.  

Meus pensamentos voam para a noite anterior. Jackson chegou ao hospital desesperado e gritando que a culpa de tudo era toda dele.  

 

~Flashback~ 

- ONDE ESTÁ A MINA? 

- Senhor, mantenha a calma.  

- NÃO TEM COMO MANTER A CALMA.  A culpa é toda minha - sussurrava para si mesmo. 

- O está acontecendo aqui? - pergunto ao me aproximar da recepção.  

- Doutor, minha namorada, ela está internada aqui. Aconteceu um acidente de carro. Foi tudo culpa minha.  

- Você está falando da Mina?  

- Sim, essa mesma. Como ela está? 

- Qual seu parentesco com a paciente? 

- Sou namorado.  

- Pode deixar ele comigo. - me direciono para a recepcionista que havia ficado assustada com o rapaz.  

- Siga-me.  

Levo ele até o lado de fora do hospital e sentamos em um dos bancos que ficava ali. 

- Agora me fala, o que é sua culpa? 

- Eu acabei fazendo uma burrada muito grande. Eu conheci uma garota em uma das viagens que fiz e nos encontrando a uma semana e.......eu acabei traindo a Mina. – Suas lágrimas já estavam evidentes. – Tentei impedir ela de entrar naquele carro, mas foi em vão. E o resto você já sabe. - Ele continuou sua voz era falha e sua respiração estava entrecortada por conta de algumas lágrimas que caiam. 

- Então por isso a amnésia temporária. Não foi ocasionada apenas pelo acidente e sim pelo que ela viu antes. Você terá que contar, caso contrário eu irei contar. - Ele concorda com a cabeça e me levanto encerando a conversa por ali.  

***  

 Uma semana havia se passado e minha raiva pelo Jackson só aumentava. Ele ainda não havia contado a verdade para a Mina e isso só estava me irritando cada vez mais. As vezes quando tinha oportunidade, sempre o pressionava, porém ele sempre dava a mesma desculpa:

Ela precisa se recuperar antes.

Ele a tratava como se estivesse tudo bem, como se ele não fosse o culpado por tudo isso que aconteceu. Entro no quarto onde a Mina estava e lá estava ele ao pé da cama dela. Fazendo-a rir de qualquer besteira que ele falava.  

-Com licença, não quero atrapalhar. Mas tenho que te examinar.  

-Jin! Que bom vê-lo, você não está aparecendo muito.  

-Desculpe por isso. É que como seu quadro melhorou fui encarregado para tratar de outra paciente. 

Assim que terminei minha frase, não sei se foi impressão minha mas achei ter visto seu sorriso murchar e o brilho que estava em seus olhos sumirem um pouco, mas talvez isso seja coisa da minha cabeça.  

-Eu só vim saber como você estava. Daqui a alguns dias você já poderá ir para casa.  

-Sim, eu fiquei sabendo.  

-Amor, você precisa descansar um pouco – Jackson fala tirando sua atenção de mim. E vejo as maças de seu rosto ficarem vermelhas de imediato. Ela concorda apenas assentindo.

-Jackson, podemos conversar por um instante? – pergunto impaciente.  

-Claro. Já volto pequena – reviro os olhos sem que eles percebam e saio do quarto sendo acompanhado por Jackson. 

 

 Mina

Assim que a porta se fecha, levanto da cama com cuidado. Ando até a porta me apoiando no suporte onde o soro estava. Não é de hoje que vejo Jin lançar olhares de raiva para o Jackson, contudo no início achei que era coisa da minha imaginação e deixei para lá.  

A porta havia ficado entreaberta, me possibilitando ter uma visão dos dois no lado de fora. Meus olhos não acreditaram no que viram, Jin parte para cima de Jack lhe dando um soco.  

Uma das minhas mãos subiram até a boca reprimindo um grito.  

- CONTE PARA ELA O QUE ACONTECEU OU EU IREI CONTAR. E ACREDITE IRÁ SER PIOR.  

- Fale baixo, ela pode escutar.  

- Seria melhor se escutasse, pouparia ela de ser enganada por você.  

-Me dê mais um tempo. Eu quero tentar reconquista-la novamente.  

-Para que? Para trai-la novamente como fez na noite que ela sofreu o acidente. Quer tentar de novo para se sentir menos culpado? – ao escutar isso fico em estado de choque. 

 Então, a culpa de tudo era dele. A culpa por eu não lembrar de nada, por ter esquecido das pessoas que eu amo. Era toda do cara que me fazia rir a uma semana. Que eu acreditei que amava, que me fez sentir culpada por não lembrar dele. 

 Uma dor de cabeça forte me atinge, fazendo com que eu me ajoelhasse no chão, caindo logo em seguida.  A porta é aberta bruscamente e Jin vem ao meu encontro, me pegando no colo e me colocando deitada na cama.  

- Você não deveria ter levantado.  

- Minha cabeça dói.  

- Isso irá passar – Sinto uma picada no meu braço direto e posso sentir o liquido entrar por minhas veias.

 - Foi tudo culpa dele – sussurro antes de tudo ficar preto e eu cair em um sono profundo.  

Mais uma vez acordo naquele quarto de hospital, já estou cansada de ser dopada e sempre acordar aqui. Faço esforço para me sentar na cama, como havia sido sedada eu ainda estava um pouco zonza mas nada demais, mesmo assim permaneço de olhos fechados para a dor na minha cabeça passar um pouco.  

 - Meu Deus Mina, você quer me matar do coração? Porque você saiu da cama? Você sabe muito bem o seu estado e que não pode fazer esforço. - aquela voz, eu quero matar esse idiota.  

- Mina, eu já lhe disse que a pancada que você levou foi muito forte e que ainda está se recuperando, não deve levantar-se sozinha quando bem entender, isso pode lhe fazer mal e como aconteceu, um desmaio. - outra voz masculina, mas dessa vez mais suave.  

Reconhecia muito bem quem eram os donos de ambas. 

-Jin, por favor, tira ele do quarto. - pedi em um fio de voz e levantei meu olhar até o moreno e depois segui para o loiro que estava com uma feição confusa.  

-Mas Mina... - Jackson falou se aproximando mais da cama. 

-Jin... Por favor, leve-o - ele acenou em concordância. - mas depois volte, preciso falar com você. - o moreno levou o outro até a saída e fechou a porta.  

- O que você precisa falar comigo? - abri espaço na cama e fiz sinal para que ele se sentasse ali.  

- Eu quero você me conte toda a verdade, não me esconda nada, já ouvi boa parte mas preciso saber de cada detalhe que aconteceu na outra noite antes de eu sofrer o acidente. - minha voz era firme, tentava ao máximo não passar o quanto eu estava machucada por dentro. 

- Não seria melhor que ele mesmo lhe contasse? Esse assunto é entre vocês. - olhou nos meu olhos.  

- Não confio no que ele pode me falar. Prefiro ouvir de você, sei que me falará apenas a verdade. - ele concorda e começa a falar-me tudo que ele sabe sobre o ocorrido daquela noite.  

Não sei como uma pessoa consegue ser tão cara de pau ao ponto de mentir descaradamente para uma pessoa que acabou de sofrer um acidente. A cada palavra, cada detalhe contado pelo moreno a minha frente era como se estivessem enfiando uma faca em partes do meu corpo, a única pessoa que eu consegui ter pelo menos uma lembrança mentiu pra mim, me fez acreditar em algo falso, omitiu verdades que era direito meu saber e isso eu não posso perdoar.  

- Chame-o aqui, preciso falar com ele. - ele saiu do quarto e logo em seguida a porta é aberta, se fosse horas atrás eu estaria completamente feliz por tê-lo ali mas agora tudo o que eu quero é tirá-lo da minha vida.  

- Mina, por que me mandou sair? - meu olhar era frio, não passava nenhum sentimento bom, apenas raiva.  

- Você é um idiota! - falei firme e bati palmas. - parabéns, meus parabéns. Como você consegue ser assim? Mentiroso, você não passa disso. Mente pra quem diz amar, não ligo pro sentimento dos outros, apenas pensa em você, em como você vai ficar no fim, se vai ter o que quer ou não. A primeira vez que eu lhe vi aqui nesse hospital realmente pensei que você fosse a pessoa que iria me ajudar a lembrar-me de tudo o que aconteceu, mas pelo contrário, você só mentiu pra mim, disse que estávamos bem, que nos amávamos, bem, poderia até ser que eu lhe amasse, mas antes da merda que você fez na noite em que eu sofri o acidente. Sabe aquele amor que eu sentia por você? Acabou, no momento em que você decidiu me trair metade dele se foi, no momento em que você mentiu pra mim, a outra metade se juntou ao resto e com isso, todos os sentimentos bons que eu tinha em relação a você se foram. 

Ele permanecia de cabeça baixa. 

- O que foi? Não consegue olhar nos meus olhos? Não consegue encarar a pessoa que você enganou mais de uma vez? Hein? Me responde, ou não consegue mais falar também. - escutava seus soluços, mas isso não me comovia. - agora não consegue me olhar, mas na hora de mentir pra mim olhava em meus olhos com a maior confiança do mundo. Você é patético, um homem patético, se é que posso lhe chamar assim, você não passa de um moleque.  

- Mina. Eu... Eu... 

- Eu... Eu...- falava com deboche. - você nada, agora é isso que você é pra mim, um nada.  

- Não fala isso, por favor não fala. Eu te amo. - seu olhar não estava mais baixo, ele me fitava com um olhar morto.  

- Sabe quem você ama? Você mesmo, você não tem capacidade amar mais alguém além de si próprio. Quer saber? Cansei. Vai embora daqui, não aguento mais lhe ver na minha frente. Some da minha vida. 

- Eu não posso ir embora, não posso ficar sem você. - se ajoelhou em frente à minha cama e segurou minha mão com firmeza. 

- Não encosta em mim. Sai daqui, eu estou mandando você ir embora. - puxei minha mão com brutalidade.  

- Já falei que não vou embora. - me olhou com frieza. - você é minha. Só minha. - veio pra cima de mim tentando me beijar à força mas consegui me esquivar e gritar por ajuda. 

-JIN. SOCORRO JIN. - a porta foi aberta com brutalidade e os olhos do moreno que sempre foi muito calmo queimavam de ódio. 

-LARGA ELA SEU IDIOTA. - pegou o loiro pelo colarinho e o levou pra fora onde haviam dois seguranças que levaram o homem a força. 

Suspirei aliviada.

 

***

 Um mês já havia se passado. Eu havia voltado para casa, porém eu sentia saudade daquele hospital.  

Talvez eu esteja tentando enganar a mim mesma, mas sei que em minha mente eu estou com saudade do Jin. Depois que expulsei o Jackson da minha vida.... 

Kim Seokjin aconteceu. 

Ele tornou-se meu apoio para tudo. Jin tentou ao máximo fazer com que minha memória voltasse e flashes de algumas coisas apareceram devagar.  E finalmente consegui lembrar de tudo. Recorda de tudo o que aconteceu naquela noite me causou dor, porém lembrei dos meus pais e isso foi o mais importante. 

 Nesse exato momento estou sentada no sofá de casa, olhando para um celular. Decidindo se ligava ou não para o Jin.  

- Dane-se. Vou ligar se receber um não pelo menos eu tentei.  

Aperto no botão para ligar e depois de alguns minutos ele atende.  

- Mina? Aconteceu algo? 

- Não…Eu só liguei, porque... 

- Diga-me. No que posso ajudar? 

- É que eu estou sozinha e queria saber se…Você pode sair comigo? Mas se você não quiser não tem proble....

- Claro que quero. Onde podemos nos encontrar?  - ele me interrompe de imediato e um sorriso se forma em meus lábios.

- Aqui perto tem uma sorveteria. Podemos ir para lá.  

- Claro. Me mande uma mensagem indicando o local que estarei lá.  

- Daqui a dez minutos, então? 

- Ok. Até mais.  

Desligo o celular e não consigo conter o sorriso. Subi para meu quarto, peguei um casaco e minha bolsa. E sai rumo a soverteria.  Vou caminhando para ser tempo dele chegar ao local.  

 

Ao chegar, escolho uma mesa mais afastada e tiro o celular da bolsa, me distraindo com algumas mensagens.  

- Mina?  

- Oi Jin. - levanto o abraçando forte, estava com saudades.  

- Tudo bem? - sento na mesa novamente sendo acompanhada por ele. 

- Tudo sim. E você?

- Estou bem. aconteceu algo?

- Eu te chamei aqui porque…. 

Não diga que estava com saudades, Mina. Não seja patética. 

- Eu queria pedir obrigado. Por tudo sabe, nunca tive chance de agradecer tudo o que você fez por mim quando eu estava naquele hospital. E principalmente quero te agradecer por fazer de tudo para que eu conseguisse recuperar a memória.  

- Não precisa agradecer. Fiz tudo o que estava ao meu alcance e faria tudo de novo somente para ver esse sorriso em seu rosto - Sinto minhas bochechas esquentarem ao escutar sua última frase e dou um sorriso tímido fazendo com ele sorrisse anasalado. 

- Então, você já pediu?  

- Não, estava esperando você chegar. - ele assentiu e levanta me deixando com uma interrogação na cabeça.  

 - Qual sorvete você irá querer?  

- Não precisa. Eu pego o meu.  

- Nada disso. Ainda sou seu médico então me obedeça. - dou risada do seu argumento. 

- Qual sabor você quer?  

- De chocolate. 

- humm....Boa escolha. - ele me lança uma piscadela e vai até o balcão. Logo voltando com nossos sorvetes.  

- Vemos dar uma volta pelo parque? - ele sugere olhando pela janela. 

- Claro. - pego minhas coisas e saímos do local. 

 

*** 

 

- E então, como está a vida?  

- Está tudo caminhando bem. Desde que voltei para casa, minha vida vem voltando ao normal aos poucos. Semana que vem volto a trabalhar. 

- Fico feliz por você. Mas sinto saudades das nossas conversas. 

- Sei, Você deve ter me trocado por outra paciente. 

- Claro que não. Você nunca será trocada. E lembre-se você sempre vai ser minha paciente preferida.  

- Que mentiroso.  

- Você acha mesmo que iria mentir? 

- Claro que sim. - afronto e em um movimento rápido meu corpo é encostado em uma árvore.

- Tem certeza? - Ele chega cada vez mais perto, colando nossos corpos e deixando seus lábios a milímetro dos meus 

 - Absoluta. - em questão de segundos sinto seus lábios macios tocarem os meus, logo estávamos dando um beijo cheio de saudade. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente e entravam em perfeita sincronia.  

 Sinto uma pequena mordida em meu lábio inferior. E selinhos são distribuídos encerrando o beijo. 

- E agora? Ainda sou mentiroso? 

- Talvez você ainda não tenha me convencido - olho para o outro lado me fazendo de desentendida.  

- Sério? - aceno com a cabeça em concordância e sinto sua mão aperta minha cintura com mais força e seus lábios atacarem novamente os meus. 

Seu beijo era como uma droga e talvez eu estivesse ficando cada vez mais viciada nela.  

 

**** 

 

- Quem diria que nós iríamos estar aqui. Você ainda continua sendo minha paciente preferida.  

- Você mente muito mal.  

- Sei bem, o que você quer me chamando de mentiroso. - Dou risada, meu truque não funcionava mais depois de um ano. Encosto minha cabeça em seu peito. Aquele lugar era meu Porto Seguro. 

- O Jackson tem mandado mensagem?  

- Não...Já tem um tempo que ele parou. - Na verdade, Jackson não havia parado. Ele me mandava mensagens todo santo dia e eu fazia questão de ignora-las. 

Não queria preocupar o Jin com essa bobagem, ele já tinha coisa demais para se preocupar. E logo, logo o Jackson parava com essa bobagem. Ele apenas está com a consciência pesada.  

- Vamos para a cozinha. Quero fazer alguma coisa para comermos - Jin pergunta me tirando de alguns pensamentos.  

- Já falei que amo sua comida?  

- Sim...todos os dias - ele sorri bobo e dou um selinho nele.  

Jin fazia mágica na cozinha. Era impressionante a sua capacidade de juntar os ingredientes mais aleatórios e forma um prato digno dos deuses. Meu namorado além de um ótimo medico, mandava muito bem na cozinha.

 Minha mãe brinca até hoje falando que ele havia me conquistado pelo estomago. Mal sabe ela que me apaixonei por ele assim que abri os olhos e ele estava ali, parado, me esperando acorda.

- Quer ajuda?  

 - Não precisa, hoje eu quero cozinhar para você. Fica sentadinha ai na bancada  

 - Eh......Eu não consigo subir - falo envergonhada tentando subir na bancada. 

 - Vem cá baixinha - me levanta pela cintura me sentando em cima da bancada, e dando um selinho no bico que havia se formado em minha boca. 

 A comida que o Jin havia feito estava maravilhosa, como sempre. 

- Vamos assistir algum filme? - pergunto me jogando no sofá.  

- Correção: Eu vou assistir ao filme, você vai dormi na metade.  

- Que mentira. Prometo que irei ficar até o final.  

 

Jin

 

 - Está bem. Essa eu quero. - respondi duvidando.  

 Coloquei um filme qualquer e puxei ela para deitar em meu peito.  

 Meia hora do filme já havia se passado e sinto sua respiração pesada.  Olho para baixo e a Mina estava dormindo tranquilamente. 

Um sorriso bobo surge em rosto e a pegou no colo. Levando-a para nosso quarto, deito ela na cama, me deitando em seguida ao seu lado.  

- Amor, desculpa. Não consegui segurar o sono. – ela sussurra, virando se para mim. Sorri nasalado e a trago para meu peito.  

- Não tem problema. Agora dorme, nós tivemos um dia cheio.  

- Canta pra mim? 

- Claro. - começo a cantar baixinho uma de suas músicas favoritas, começando a fazer carinho em seus longos cabelos. 

Logo sendo vencido pelo cansaço.

**** 

O som estridente do despertador toca e acordo meio atordoado. Tiro, Mina, de cima de mim devagar tentando não acorda-la e consigo com sucesso.  

 Caminho para o banheiro, fazendo minha higiene pessoal, tiro a roupa, me ponho de baixo do chuveiro, enfim despertando.  

Saio do box passando a toalha em volta e minha cintura. Saindo do banheiro enxugando meu cabelo com outra toalha.  

 Olho para cama e minha garota ainda estava deitada, mas agora de olhos abertos olhando para mim atentamente.  

 - porque acordou agora?  

 - Não sei. Acho que queria te ver antes de você voltar para aquele hospital. - ando até ela e lhe dou um selinho. - Estou com saudades  

- Prometo chegar cedo em casa. Para te recompensar.  

- Vou cobrar isso, Kim Seokjin. - ela semicerra os olhos e levanto as mãos em sinal de rendição. Fazendo-a sorrir.  

Vou para o closet, escolhendo uma roupa social. Calçando os sapatos, em seguida pego meu jaleco e minha bolsa. 

- Pequena, estou indo. Tranque tudo quando sair, ok. Te vejo mais tarde. - a puxo para mais perto, logo estavam os dando um beijo calmo e poderia larga tudo para ficar aqui com ela. 

- Vai embora, Jin. Antes que eu te prenda aqui dentro desse quarto e não te deixa sair mais. - Ela me empurra e saio do quarto sorrindo.  

 Estava sentindo que hoje seria um daqueles dias cansativos e longos.

Já se passava por volta do meio dia. Estava no meu horário de almoço quando recebi uma mensagem anônima.  

"E aí Jin? Lembra de mim? Eu falei que a Mina era apenas minha e de mais ninguém." Ao ler isso, meu coração começa a bater mais rápido, e minhas mãos soam frio. O que eu iria fazer agora? 

 

Mina

Tranquei a porta do apartamento e peguei o elevador que logo chegou. Entrei e me olhei no espelho para checar se estava tudo certo. O elevador chega na recepção. Dou bom dia para o porteiro que sempre me tratou com muita gentileza e caminho para fora do prédio.

 Já fazia dez minutos que estava esperando algum transporte. Quando um carro preto para em minha frente e desce o vidro do passageiro. 

Era o Jackson. 

 

- Entre. Eu posso te levar para o trabalho.  

- Não quero. Prefiro esperar o ônibus.  

- Entra Mina. Eu só quero te levar pro trabalho e conversa com você. Como duas pessoas civilizadas. - olhei para ele e não detectei nenhuma mentira vindo de sua parte. Então decidir dar um voto de confiança.  

- Que bom que você aceitou.  

- Hum 

- Sabe Mina, eu....fiquei muito triste com tudo o que você me falou naquele dia. Você me falou palavras muitos duras  

- Talvez porque você merecia todas elas.

- Poxa mina. Eu te amo tanto. - Jackson põe uma de suas mãos livres em minha coxa e aperta forte.  

- Jackson, para esse carro agora. 

- Para que amor? nós ainda vamos nos divertir muito.  

- PARA ESSE CARRO, AGORA!!! 

- NÃO, VOCÊ É MINHA. E VAI CONTINUAR SENDO PARA SEMPRE.  

- Me deixa ir, por favor.  – sussurro com lagrimas nos olhos.

- Cala a boca. - Sinto um cheiro forte em contato com meu nariz e logo depois tudo ficou preto.  

 

**** 

Acordei com dificuldade, estava em um lugar escuro, era como um porão. A porta foi aberta e Jackson surgiu trazendo consigo uma bandeja com algumas frutas ali.  

- Trouxe pra você, amor. 

- Não estou com fome. E não me chama de amor. 

- Você vai comer.  

- Eu.Não.Quero. 

- Sempre tão teimosa. Você e uma menina muito má. - Ele balançava a cabeça em negação vindo em minha direção. Me encolho abraçando meu próprio corpo. 

- Calma, pequena. Não vou te machucar. Vamos ligar para seu namoradinho? - ele pega o celular do seu bolso e mora a câmera para o nosso lado. Fazendo uma chamada de vídeo. Jin logo aparece e ao me ver sua expressão muda.  

 

Ele estava preocupado. 

 

- Amor, você está bem? - escuto sua voz e as lágrimas que ameaçavam cair, ha não tinha mais controle sobre elas.  

- Estou. Me tira daqui, Jin.  

- Eu vou te tirar daí. Eu prometo. 

- Os pombinhos já terminaram? Você não irá sair daqui, Mina. Seu destino é ficar ao meu lado. E Jin, trate de entender que a Mina sempre foi minha. Você só foi uma diversão. - ele desliga a chamada de vídeo e se direciona para mim novamente.  

- ME DEIXA IR EMBORA.  

- Como eu falei. Nós iremos continuar juntos para sempre.  

Jin

- Isso, Tae. Ele está com Mina. Acabou de me ligar.  

 - Me passa o número. Vou tentar rastreá-lo. Assim que achar alguma coisa te ligo. - agradeço a ele e desligo o celular, sentando no sofá, passo a mão por meus cabelos. Agora o que restava era esperar alguma informação e logo estarei junto a minha menina.

Duas horas depois a companhia toca.

Taehyung entrou com um papel em mãos, fechei a porta atrás de mim e lhe observei.

- E então? Achou alguma coisa?

- Aqui está. Endereço do local onde eles estão.

- muito obrigada, tae. Não sei o que seria de mim sem você.

- Agradeça a Yoon Seo. – dou risada ao escutar o nome da minha ex namorada que agora era namorado do taehyung.

Como o mundo dá voltas.

Pego meu casaco, pondo o endereço no bolso.

- O que você irá fazer agora? – nós entramos no elevador e apertei no botão que dava para a garagem.

- Tenho contato de um policial. Vou ligar para ele. – pego meu celular discando o número do jungkook. Depois de algumas chamadas ele atendeu.

- oi jungkook. Tudo bem?

- Tudo sim. Como você está?

- Não muito bem. Quero te pedir um favor.

- Diga-me no que posso ajudar.

- Um maluco sequestrou minha namorada, porém não quero envolver muita gente nisso. Voce poderia me ajudar?

- Claro. Passe aqui na delegacia. Irei reunir alguns amigos e nós vamos resgatar sua princesa.

- Valeu cara. Sempre bom contar com você.

- Até daqui a pouco então?

- Estou a caminho. – finalizo a chama e taehyung me olhava atentamente.

- Eu vou com você.

- Não, você já me ajudou demais.

- Edai? Não tenho muito o que fazer hoje e a yoon Seo vai demorar para chegar em casa.

- Como quiser. – chegamos a garagem e entramos em meu carro, dei partida arrancando para longe dali.

Dez minutos depois havíamos chegado na delegacia. Estacionei o carro em uma vaga livre e avisto Jungkook saindo da delegacia acompanhado de quarto policiais. Ele andou ate meu carro e abaixei o vidro.

- vocês conseguiram o endereço.

- Sim. Vou te passar por mensagem, mas de todo caso pode ir nos seguindo. – ele assente e entra em um carro apaisana e seguimos rumo ao lugar indicado.

***

Chegamos ao local indicado e era uma casa no meio do nada. Parei o carro em um local afastado, como foi indicado por jungkook.

Todos nós deixamos os carros e seguimos as orientações dos policiais.

- Fiquem aqui. Nós iremos cuidar de tudo.

- Mas ela é minha namorada, deixe-me ir.

- É perigoso, jin.

- Não me importo, só quero minha garota de volta. – Ele fica em silencio por um momento e finalmente concorda. Me entregando uma arma. Agradeci por saber manusear uma pistola, graças as aulas de tiro.

Alguns dos policiais e taehyung ficaram de guarda na parte de fora da casa. Eu, Jungkook e mais dois policiais entramos na casa. Estava tudo silencioso, eles se espalharam tomando cuidado para não fazer barulho. Chegamos a sala por inteira e nada deles ali. Subi as escadas devagar, e havia três portas. Em uma delas Mina estava presa. Devagar entrei em uma das portas e lá estava ela deitada em um colchão sujo.

Corri em sua direção e abracei seu pequeno corpo.

- Você veio.

- Claro que sim. Nunca deixaria que nada acontecesse com minha paciente preferida. Me desculpa por te fazer passar por isso.

 

- Não peça desculpa, nada disso é culpa sua. O único culpa é o Jackson. – lhe dou um selinho e levanto-a para saímos dali. Mas assim que viramos havia uma arma apontada em nossa direção.

- Que cena comovente.

- Nos deixe ir, Jackson.

- Claro que irei deixar, porém vocês não iram estar vivos.

- Jackson, por favor isso já está na hora de colocarmos um ponto final nisso

- E nós iremos. Você é minha, Mina!! E vamos ficar juntos. – ele aponta a arma em nossa direção e recuamos um passo para trás.

Jungkook adentra no quarto e se posiciona para surpreender Jackson. Ele faz sinal para que eu não esboçasse nenhuma reação, olho para Mina e seus olhos transbordavam por medo e tentei ao máximo lhe passar segurança. Em um movimento rápido, Jungkook surpreende Jackson. Um tiro é disparado e vejo Mina cair no chão, havia sangue em sua perna direita. Trato de tirar a arma que estava na mão daquele idiota e jungkook o imobiliza colocando algemas em suas mãos.

- Vou leva-lo lá para baixo. Iremos direto para a delegacia. – assentir e voltei minha atenção para Mina.

- Vai ficar tudo bem, pequena. Vou cuidar de você. – analisei sua ferida e felizmente o tiro só havia pego de raspão. Rasgo minha camisa e amarro envolta da sua perna, para estancar o sangue. – Fica calma. Só foi um susto. – pego-a em meu colo e desço as escadas. Indo em direção ao meu carro.

Taehyung já nos esperava.

- Oi Mina.

- Tae? O que você está fazendo aqui?

- Ajudei seu namorado para te encontrar. Ainda bem que o Jackson foi burro e não bloqueou o sinal de rastreamento. – Ela sorri com suas palavras e dou risada do modo que Taehyung fala.

- Jin, nós iremos levar esse cara para a delegacia. Quando estiver tudo bem, por favor apareça lá para prestar depoimento.

- Estaremos lá assim que cuidarmos dessa mocinha aqui. E Jungkook, obrigado mesmo.

- Que isso, irmão. Qualquer coisa só é me ligar. – Dou um abraço nele e entro no meu carro.

- Vamos para casa. Cuidarei de você lá – falo ao entrar no carro e a Mina assente.

Arranquei com o carro e logo estávamos na estrada. Tentei ir o mais rápido possível, no caminho eu ia conversando com Taehyung e mina para tentar deixa-la acordada.

- Jin, eu vou indo. – Taehyung anuncia assim que chegamos a nosso prédio.  

- Você não quer subir um pouco?

- Não, eu ainda tenho que passar em um lugar.  E a yoon seo já deve ter chegado em casa.

- Então, tudo bem. Muito obrigada pelo que você fez por nós hoje.

- Não precisa agradecer. Mina, se cuide. E Jin, Yoon seo te mataria se algo acontecesse com ela. – Dou risada e saímos do carro. Pego Mina no colo e levando-a para dentro. Chegando em casa a coloco deitada em nossa cama e pego o kit de primeiros socorros que tinha em casa.

- Foi muita sorte. O tiro só deixou um pequeno corte, não muito profundo. Não precisara de ponto.

- E também não precisarei voltar para aquele hospital.  – sorrio nasalado pelo seu medo de voltar para um hospital novamente. Começo a limpar sua ferida, primeiro passo um algodão molhado, limpando o sangue que ali estava. Passo algodão com o anti-inflamatório sobre sua perna. E coloco uma atadura para cobrir.

- Pronto mocinha. – Dou um beijinho na ponta do seu nariz.

- Agora eu quero tomar um banho. Estou cansada.

- Posso ir com você? -  Pergunto num tom malicioso e ela me olha semicerrando os seus olhos.

Mina

Ao escutar sua pergunta uma corrente elétrica passa por meu corpo, como uma consequência de suas palavras.

- hummm....pode – falo e Jin me pega no colo me levando para o banheiro. Me sentando na bancada. Tento tirar minha blusa mais ele me impede.

- Deixa eu cuidar de você. Já que não pude fazer isso mais cedo.

- Esquece isso, amor. Você não tinha como adivinhar. – ele concorda e passa suas mãos para a barra da blusa que eu estava usando, puxando-a para cima. Leves beijos são distribuídos em minha clavícula, pescoço e colo. Até chegar em uma parte exposta de meus seios, Jin dava total atenção aquela região, e logo meu sutiã foi tirado de meu corpo. Enquanto apertada meu seio direito com a mão, trabalha com sua boca no outro. Chupando e mordiscando o mesmo, fazendo me arquear as costas. Logo, as peças que faltavam estavam no chão.

Ele tira suas roupas e nos leva para debaixo do chuveiro me prensando na parede gelada, fazendo-me ter arrepios. Seus beijos eram doces, porem selvagens ao mesmoo tempo me levando a loucura.

Ele me beija e começa a penetrar em meu interior. Devagar vai fazendo pequenos movimentos de vai e vem. E lhe ajudo com os movimentos, querendo cada vez mais rápido, no entanto jin vai colocando um pouco mais fundo e volta para o começo.
Deixando só a cabecinha em minha entrada. Fazendo sucessivamente essa tortura. Entrelaço minhas pernas nele e empurro minha cintura, fazendo seu membro entrar novamente. Arrancando um gemido do mesmo. Mordo meus lábios para não gemer. Sinto uma onda de prazer me atingir.

- Vamos, amor, quero que gema para mim. – sua voz rouca me causa um impacto que não consigo explicar e acabo gemendo.

Os movimentos foram ficando mais rápido e logo chegamos ao nosso ápice juntos.

Desço de seu colo, mas não consigo firma meus passos e jin me segurando, rindo de minha situação.

- Isso é culpa sua, idiota. – falo e ele rir ainda mais.

Tomamos nosso banho e saímos para nos trocar. Coloquei uma roupa confortável e descemos para a cozinha. Essa confusão toda havia me deixado com fome.

- Vou fazer algo para comermos. – Jin fala e concordo e apenas fico observo-o cozinhando. O interfone toca e atendo, deixando a pessoa subir.

- Quem era? – quando ia abrir a boca para falar a companhia toca. Dou de ombros e ando até a porta principal.

- Kim Hye Jin? Aconteceu alguma coisa? – pergunto dando espaço para ela adentrar no local.

- Fiquei sabendo o que aconteceu com você hoje, sou uma péssima amiga.

- Calma, não precisa se culpar. Eu estou bem agora. – sentamos no sofá e contei tudo o que aconteceu comigo e Jackson. Jin apareceu da cozinha e hye o cumprimentou amigavelmente.

- Aquele idiota, depois de tudo ainda queria você de volta. E você Jin, como está?

- Eu estou bem, hye. Sempre tirando essa mocinha de enrascadas. – reviro os olhos e ele riem.

- E você, kim hye jin? Como anda o trabalho, aquele seu parceiro de trabalho ainda te irrita? – ela revirou os olhos e bufou.

- Não aguento mais olhar na cara dele. Todo santo dia é a mesma coisa. Não aguento mais -  dou risada do seu modo de falar e ela bufa ainda mais.

- Pode rir, não é você que sofre horrores com aquele desequilibrado.

- Como é o nome dele mesmo?

- Jimin, Park Jimin.


Notas Finais


OIEEE........
Desculpem a demora, pessoal. Esse imagine realmente ficou bastante longo e gostamos de como ficou, esperamos que gostem também.
Obgg pela paciência e lembre-se esse não é um simples imagine.
~M 💙
~T 💜


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...