História Imagine Bts- Stalker - Help!

"Seja mais cautelosa da próxima vez, Walker! Ou poderá perder o emprego. -M"
-Quem pode ter sido o engraçadinho que entrou na minha sala pra colocar isso aqui? -Resmungo sozinha.
  Fecho o livro e me abaixo para recolher os cacos que restaram da minha xícara mas acabo cortando a mão, murmuro pela dor assim ouvindo duas batidas vindas da porta. 
-Pode entrar -Falo de olhos fechados esperando a dor passar.
-Senhorita Walker, o que houve? Aí meu Deus!! -A funcionária da empresa diz em desespero já com um carrinho de utensílios para limpeza a mesma pega as coisas necessárias para começar a limpar, e eu me levanto com um pouco de sangue pingando no chão, tento esconder minha mão em meu casaco. -Isso é sangue? 
-Érr...-Gaguejo- tá tudo bem... 
-O que tá acontecendo? Eu ouvi um barulho de lá da minha...-Jackson diz entrando mas para de falar assim que vê um líquido vermelho escorrendo de dentro do meu casaco e eu me xingo mentalmente por não conseguir esconder. -Você se feriu _______?? 
-Foi só um cortinho, nada demais! -Digo na intenção dele não querer ver, mas é claro que foi em vão.
-Deixe-me ver -Reviro os olhos e mostro minha mão, vejo Jackson arregalar os olhos.
-Vai entrando no meu carro que eu vou ali avisar o Jin que vamos precisar ir ao hospital...E sem retrucar, mocinha -O mesmo saiu da sala e eu bufei.
 Com a mão que estava boa peguei o livro e guardei na minha bolsa, fui andando em direção a saída da empresa recebendo muitos olhares, a funcionária ia limpando onde eu ia passando, até que chego no carro e vejo o mesmo ser destravado automaticamente olho para trás e vejo Jackson vindo até mim e abrindo a porta do carro, entro no automóvel, o loiro dá a volta no mesmo e entra logo se virando para pegar sua blusa no banco de trás, ele segura minha mão com cuidado e enrola na blusa que era enorme por sinal, para estancar o sangramento, e sem mais delongas dando partida.
-Me desculpe por sujar tudo de sangue -Falei um pouco sem jeito.
-Não precisa se desculpar por isso pequena, só não quero que pegue alguma infecção por ter um ferimento aberto -O mesmo responde.
-Você é como um irmão pra mim, eu agradeço por se preocupar -Ele estava concentrado no caminho que percorriamos, mesmo assim pude ver seu sorriso sendo aberto no canto de sua boca e eu sorri também agora focando na janela.
 O silêncio se fazia presente, então me vieram lembranças sobre a tal carta, lembrei-me também de que se não fosse por isso talvez eu nem estivesse machucada, mesmo que eu ache que tenha sido algo banal. Eu sabia que se Jackson visse não deixaria passar batido, por isso escondi a mão em meu casaco, apesar ter sido em vão, desde que conheço ele o mesmo sempre foi como um irmão pra mim, ele era o único que celebrava meu aniversário, que tinha a capacidade de me criticar sem ter medo de ser demitido, o único que me ajudava, eu não tenho muitos amigos, não posso chamar o pessoal da universidade assim pois, quando resolver isso nunca mais os verei, se eu tiver sucesso nesse caso terei a oportunidade de mudar de país, talvez eu vá mesmo para Londres ou para o Canadá nossa empresa agora está se aliando a empresas internacionais. 
-________?? -Sou despertada de meus devaneios com Jackson estalando os dedos em minha frente.
-Chegamos? -Pergunto um pouco confusa.
-Ufa! Que susto Walker, pensei que você tava desmaiada de olhos abertos -Ele dramatizou com a mão sobre o peito.
-O QUE?? -Franzi o cenho ainda sem entender enquanto saio do carro.
-É que você tava parada olhando pra frente sem piscar, te chamei algumas vezes e você não ouviu, eu tava quase gritando pra trazerem a maca as pressas
-Dramático, deviam te contratar pra fazer um dorama sabia? -Eu ri e Jackson olha como se tivesse gostado da idéia.
-O mundo ainda vai conhecer meu talento
   Dito isso ficamos em silêncio, entramos no hospital e como minha mão ainda estava sangrando fizeram logo um curativo, apesar do corte ter sido profundo, não havia sido nada mais grave...como eu pensei, era apenas um corte. Ia voltar para a empresa mas Seokjin me deu um dia de folga, era estranho ser dona daquele lugar e mesmo assim receber ordens, pelo menos ele foi uma boa pessoa de me dar um dia livre, um dos funcionários levou meu carro pra casa, como eu não poderia fazer muita coisa com a mão desse jeito, então decidi passar em uma livraria que ficava perto de casa e assim encontro Junior na mesma, eu não posso deixar que ele saiba onde fica minha casa, não que isso seja algo do interesse dele, mas ainda tenho que preservar meu sigilo profissional,tentei me esconder atrás de uma das estantes enormes, peguei um livro qualquer e afastei um pouco os que tinham na estante para criar uma vista mais privilegiada de Junior, ele tinha que sair logo desse lugar, o mesmo não estava mais lá então suspirei aliviada e me permito fechar os olhos por um segundo.
-_______, o que faz aqui? -Abro os olhos muito assustada e me viro para olha-lo.
-Ah...o-oi Ju-Junior -Gaguejo fazendo o mesmo rir em resposta.
-Me desculpe pelo susto! Então, comprando muitos livro?
-Por enquanto estou apenas vendo um -Respondo ainda com o livro aberto.
-Você deve gostar muito de ler né? Até de ponta cabeça... -Ele riu e eu o olhei sem entender.
-Como? -continuava confusa até que Junior aponta pro livro e eu percebo que realmente estava de ponta cabeça, fico um pouco sem jeito -É uma técnica polonesa que eu aprendi...
-Polonesa? E eu aqui querendo ir bem em Japonês, minhas notas continuam péssimas, mas me diz aí sobre essa técnica -Engulo seco, porém, em questão de segundos tenho uma ideia.
-Eu posso te ensinar Japonês!! -Falei rápido afim de mudar de assunto, mas logo me arrependo.
-Faria isso por mim? -O garoto dizia animado.
-Claro -Sorri sem mostrar os dentes.
-Na sua casa ou na minha?
-Pode ser na universidade?-Minha mente repetia inúmeras vezes "Concorda, concorda, concorda...".
-Okay, pode me passar seu número? -Junior me deu o celular, coloquei o livro de volta na estante por um momento e salvei meu número em sua lista de contatos.
-prontinho! -Pego o livro de volta e vejo que um bilhetinho amarelo cai de dentro do mesmo, Junior pega e me entrega, antes de coloca-lo de volta no livro acabo lendo.
   "Estou mais perto do que você imagina. -M" 
  Minhas pernas fraquejam pelo medo e sinto meu corpo vacilar, mas tento me recompor.
- Hey! Você está bem? Espera...o que você fez na mão? -Tava demorando pra ele perceber. 
-Eu tô bem, foi só uma vertigem! Eu me machuquei hoje cedo também mas, nada demais -Sorri forçado e o mesmo assentiu.
-Bom, queira me desculpar mas, eu tenho que ir! Espero que sua mão melhore logo, como amanhã ainda é Sábado, nos vemos segunda-feira Walker -Junior já estava indo para o caixa pagar o livro que eu nem tinha visto que o mesmo segurava, quando me lembrei que não havia falado o dia das aulas de japonês.
  -Junior!!! -O chamei vendo ele me olhar curioso- Todas as sextas-feiras depois da aula, não se esqueça 
-Eu vou estar lá! Você é uma amiga e tanto Walker, uma amiga e tanto -Ele grita enquanto se vira abrindo a porta de saída e eu riu baixo.
 Meu sorriso logo se desfaz assim que me lembro do bilhete que ainda segurava, escolhi outro livro e coloquei o bilhete em uma das páginas, paguei o mesmo e fui para casa, quando chego logo sou questionada por minha tia.
-Aonde você estava sua vagabunda? E o que é isso na sua mão? Estava brigando com alguma piranha como você? -Ela dizia já bêbada e ainda com mais um copo de Whisky na mão.
-Eu estava trabalhando, fui tomar café e acabei me cortando na xícara que caiu -Explicava para ela enquanto abria a geladeira.
  A velha joga o copo no chão, fazendo assim o vidro se espalhar em milhares de pedacinho, em questão de segundos sinto a mesma agarrar em meus cabelos e puxar com muita força. 
-Me solta sua velha louca!!!-Falei entre dentes sendo consumida pela raiva.
-Olha bem como fala comigo sua vagabunda de quinta, você me respeita porque se não fosse por mim você estaria por aí em algum orfanato qualquer, e ninguém adota pessoas da sua idade não viu? Você tem mais é que me agradecer 
-Preferia ter ficado no orfanato à ficar com uma velha desgraçada como você -Cuspi na cara dela e fechei os olhos sentindo a dor de alguns fios sendo arrancados.
-Chega! Cala a sua boca, você vai ficar trancada até aprender ser mais grata comigo -A mesma continua segurando meu cabelo e pra aumentar a dor ela segura na minha mão machucada e aperta, assim me empurrando para o quartinho de limpeza onde havia uma porta para o porão e me jogando lá dentro como se eu fosse lixo.