História Imagine BTS- Uma nova vida - Como tudo começou

Sou Min Youn, de nacionalidade brasileira, apesar do nome. Meu pai era coreano, que se casou com a minha mãe, brasileira. Os meus traços são brasileiros também. Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha 12 anos. Hoje, tenho 16 anos e vou para o segundo ano do ensino médio. NA CORÉIA. Eu sinceramente não queria me mudar para lá, mas quem contraria minha mãe?
- Como assim mãe? Vamos nos mudar para a CORÉIA? POR QUE? POR QUE DO OUTRO LADO DO MUNDO? NÃO PODEMOS IR PARA OS ESTADOS UNIDOS?
- Min, é justamente por isso que te coloquei na aula de COREANO. HÁ 5 ANOS! Vamos nos mudar para a Coréia porque eu encontrei uma proposta de emprego muito boa lá. Não temos condições de continuar morando no Brasil.
- Mas mããããe
- Amanhã pegamos o avião
Quem sou eu pra discutir?
Será difícil para me adaptar.
Pelo menos sei falar coreano.

***

- Acorda, Min, temos que ir para o aeroporto
- Ok, já levanto mãe.
Já era hora de partirmos.
Tomei um banho e fiz minhas higienes.
Estava meio fresco, então vesti uma calça jeans preta e um moletom cinza. Tênis branco, deixei o cabelo solto, passei apenas um gloss e coloquei meus óculos (Maldita miopia).
Minhas malas já estavam prontas, como esperado. Minha mãe fala que sou desorganizada, então prefere arrumar as minhas coisas.
Pegamos um táxi e chegamos ao aeroporto.
A viagem não teve nada de mais, apenas mexi no celular e dormi. Até a minha bunda ficar dormente.
Chegamos pela tarde de domingo, e sim, eu sabia muito bem que eu tinha aula no outro dia. (Minha mãe é ninja, até me matriculou em uma escola sem eu saber).
Seguimos de táxi para um prédio, era alto e moderno, moraríamos em um apartamento.
Enquanto a minha mãe resolvia algumas papeladas na recepção, eu esperava. Até que me chamou a atenção um garoto, tinha a aparência de 17 ou 18 anos, alto, cabelos castanhos e estava saindo do prédio.
Seria algum morador? Deixei quieto. Afinal, acho que seria bem difícil fazer amizade na Coréia. Ainda porque sou estrangeira. Subimos para o apartamento, no quarto andar. Era o quarto 429, bem próximo ao elevador.
Diferente do que eu achava que seria, era até que num tamanho favorável. Os móveis estavam em seu devido lugar, tudo organizado.
O meu quarto era até que grande, tinha uma cama de solteiro, um guarda roupa grande, uma escrivaninha para o computador, uma mesinha de apoio ao lado da cama e um banheiro.
O uniforme da escola estava sobre a cama.
Peguei minha mala e comecei a guardar minhas roupas no guarda roupa.
Terminei, estava cansada e ainda tinha aula no dia seguinte, então fui dormir cedo, sem jantar, sem nada.

*****

O despertador toca, 6:10. Minha mãe não estava em casa. Deixou um bilhete.

~Filha, é o meu primeiro dia de trabalho. Não podia chegar atrasada. O café está na mesa, se troque e chame um táxi. Peça para que a leve até este endereço: ***********
Beijos, mamãe~

Aquele era o endereço da escola. Então coloquei meu uniforme, penteei meu cabelo, que, apesar de ser liso, é muito embaraçado. Coloquei a meia, o sapato, tomei o meu café da manhã. Eram panquecas e suco de laranja, feitos pela minha mãe. Passei rímel e lápis, não andava por aí sem eles. (Não exageradamente, é claro) E um gloss. Liguei para um táxi vir me buscar.
Saí do apartamento e tranquei a porta com a minha própria chave. Algo me chamou a atenção enquanto esperava o elevador. O mesmo menino do dia anterior estava lá, com o mesmo uniforme que o meu, esperando o elevador. Decidi não puxar assunto, já que sou muito tímida. Provavelmente era da mesma escola que eu.
O elevador chegou, e entramos juntos. Vi de relance que o garoto estava a me encarar. Não liguei, acho que estava apenas reparando, como todas as outras pessoas que me encaram, só porque sou estrangeira. O elevador abriu, nós saímos e o táxi estava a me esperar. Entrei sem olhar para trás, mas senti que aquele garoto estava me observando. Entreguei o endereço ao motorista, e em poucos minutos estávamos em frente a minha escola. Paguei o taxista com o dinheiro que a minha mãe havia deixado e saí, parando na porta da escola e encarando-a. Era enorme.
Entrei sem muita pressa, não queria mais tantos olhares sobre mim.
Fui até a sala da diretora, depois de muito tempo procurando, para pegar os livros que me faltavam.
Ela me recebeu bem, me entregou tudo o que faltava e inclusive o número do meu armário. Voltei para os armários e guardei minhas coisas lá dentro.
Ao meu lado, ficava o armário de um menino, que tinha uma aparência tímida, era um pouco mais alto que eu, e tinha cabelos castanhos. Sem hesitar, ele me deu um...
?: Oi!
Eu: Oi, é...
?: Eu sou Jungkook, você é a aluna nova, não é?
Eu: S-sim, sou. Sou Min Youn, mas pode me chamar só de Min, prazer, Jungkook.
Jungkook: O prazer é meu. Então... que sala você vai entrar?
Revirei os papéis que a diretora havia me dado, e encontrei.
Eu: Vou para a sala 2B
Jungkook: Eu também sou da sala 2B, iremos estudar juntos.
Eu ia falar algo, mas um menino chamou Jungkook. Ele se despediu e foi embora. Acho que pelo o menos eu tinha feito algum amigo na escola. Minutos depois, o sinal tocou, e todos foram para suas salas. Menos eu, porque eu não sabia onde ficava. Tentei procurar Jungkook, mas não achei. Ele já devia ter entrado.
Aish! Estava atrasada, então comecei a correr pelos corredores, com expectativa de não demorar muito mais. Pois falhei, acabei esbarrando em alguém. Eu estava com alguns livros na mão, que acabaram caindo, assim como eu. Parecia que eu tinha trombado em um muro!
Sem ver de quem era o rosto, comecei a me desculpar
Eu: Ah! Me-me desculpe eu sou muito desastrada!
?: Sem problemas.
Era uma voz masculina, e se abaixou para me ajudar a recolher meus livros.
Fiquei surpresa quando vi quem era.