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História Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Desmoronando


Escrita por: Vaahlerinha

Notas do Autor


Hello People...
Finalmente cheguei com mais um capitulo pra vocês... <3

Vamos lá...
Primeiro: Obrigado a todos os favoritos e comentários, vocês são incríveis e a unica coisa que consigo fazer pela motivação e os elogios de vocês é agradecer... Então, muito OBRIGADO!!! <3

Segundo: O motivo da minha demora é, primeiro por causa da faculdade, trabalhos pra fazer e com muito conteúdo para ler, ficou um pouco complicado para ter tempo para escrever, e segundo, é por que eu fiquei meio doente, então... Fica dificil. mas hoje o capitulo saiu... <3

Terceiro: Tem uma partezinha no capitulo, no qual eu coloquei alguns users de Twitter, e como eu queria fazer uma surpresa pra vocês eu utilizei os nomes dos users de algumas de vocês aqui na fic... O meu critério de escolha foi simples: peguei o nome dos cinco primeiros users que comentaram no capitulo anterior. Sem mais! Então se o seu foi escolhido deixe um olá... E se não foi, não fique chateado, pois irei fazer isso mais vezes.

É isso... Boa leitura!

Capítulo 34 - Desmoronando


Fanfic / Fanfiction Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Desmoronando

- Tem sorvete no seu nariz... – Jungkook disse sorrindo travesso.

- Não tem não. - Passei as mãos sobre o nariz, não encontrando nada.

- Agora tem – Ele diz passando o sorvete na ponta do meu nariz e o lambuzando completamente.

- JUNGKOOK!!! – Exclamei indignada com sua audácia.

- Quê? – Ele perguntou inocentemente, e depois gargalhou descontroladamente.

- Ah, então é assim? – Perguntei retoricamente, a sobrancelha arqueada.

- É, é assim mesmo.

Jungkook respondeu minha pergunta retórica, ele ria ainda mais, provavelmente por conta da careta que eu devia estar fazendo. Ele ria tanto que teve que fechar os olhos numa tentativa de se conter, e aproveitando-me disso, peguei o que restava do meu sorvete e cravei a casquinha no queixo de Jungkook, o lambuzando também.

- Estamos quites agora. – Respondi num tom revanchista.

Eu também ria agora. Jungkook arqueou a sobrancelha.

- Isso é um desafio? – Ele perguntou, sorrindo e apontando o que restara de seu sorvete derretido na minha direção.

Instantes depois, estávamos nós dois completamente grudentos e totalmente lambuzados de sorvete, além da bagunça que havíamos feito dentro do carro. Mas estávamos os dois rindo como idiotas e se sentindo como crianças de cinco anos. Parei para analisar Jungkook, enquanto ele ria. O sorriso rasgando seu rosto e o deixando ainda mais bonito. No dia em que o virá pela primeira vez, pensei que não era possível que pessoas reais fossem tão bonitas. Porém, naquele momento, ali estava ele, bem na minha frente, sorrindo para mim, sorrindo comigo, e era lindo. Ele era perfeito e aquilo não podia ser mais real.

[...] Quebra de Tempo [...]

Uma semana depois do acontecimento na sorveteria, coloquei os pés pela primeira vez no estúdio de gravação dos garotos. Digamos que não estava no melhor dos humores naquele dia. Não que não quisesse conhecer onde o BTS fazia sua mágica, não era isso. O problema era que não gostava nem um pouco quando alguém me coagia a fazer as coisas - ainda mais quando era coação daquela que te vence pelo cansaço. E foi exatamente isso que Taehyung fez: azucrinou-me durante sete dias até que finalmente concordei em ir com ele num dia em que ele e Jungkook fossem gravar.

“Vamos, noona. Por favor! Vamos fazer uma surpresa para o nosso Maknae”, foi o que ele repetiu de novo e de novo até que concordei, pois agora que as provas haviam passado e o semestre se aproximava de seu fim, eu senti que podia relaxar.

Então depois de um caminho um tanto quanto turbulento – digamos apenas que Kim Taehyung não é o motorista mais paciente que já conheci – finalmente estávamos naquele famoso prédio. Tudo impecavelmente arrumado e equipado com a última tecnologia disponível. Meu “Oppa”, como ele adoravelmente começou a chamar a si mesmo, cumprimentou diversas pessoas até que, depois de pegarmos o elevador, chegamos ao sétimo andar e ele me conduziu até a terceira porta no longo corredor. Assim que entramos, minha atenção foi imediatamente para aquele do outro lado do vidro que separava o cômodo em duas partes.

Jeon Jungkook estava com os olhos fechados, uma mão sobre o fone em seu ouvido enquanto cantava sua parte do que provavelmente seria o próximo grande sucesso da banda. O som de sua voz chegava em mim como ondas e não pude evitar o sorriso bobo. Sei que ele é um grande cantor e algumas vezes já tive o privilégio de ouvi-lo cantar em meu ouvido, mas a sensação era boa toda vez. Sempre me causava um arrepio bom. Talvez porque me recordava das vezes em que ele sussurrava uma música para mim e depois terminava com o beijo no ponto sensível atrás da minha orelha. Ou talvez só porque a voz dele fosse uma delícia de ouvir de qualquer jeito.

Continuei lá, parada e encarando-o como uma boba até que segundos depois seus olhos se abriram e seu olhar caiu sobre o meu. Um sorriso de lado apareceu em seu rosto e ele cantou as últimas estrofes.

Assim que ele terminou, uma voz grave e desconhecida soou bem ao meu lado:

- Muito bem, Jungkook. Agora a outra parte!

Pulei de susto, o que fez com que Taehyung caísse na gargalhada. Desviei a atenção para o dono daquela voz e encontrei um homem de meia-idade sentado na cadeira em frente ao painel cheio de botões dos quais eu desconhecia a utilidade. Ele tinha os cabelos entre o preto e o grisalho e uma barriga meio avantajada. Suas roupas consistiam em uma calça jeans e uma camiseta preta. Despojado.

Tae, usando de um pouco de bom-senso, postou-se ao meu lado e falou para o homem:

- Kwan essa aqui é a Vaah – colocou o braço sobre meus ombros. – Vaah, esse é o Kwan, o homem responsável pela mágica por trás dos nossos CDs. Também conhecido como nosso produtor.

- É um prazer – estendi a mão.

Ao responder meu gesto, pude perceber que seu olhar passeou pela perna engessada que meu vestido azul deixava à mostra.

- A famosa Vaah do Jungkook?

Senti minhas bochechas se colorirem, mas felizmente fui poupada de responder já que Taehyung se intrometeu:

- Eu, particularmente, prefiro o título de “irmã mais nova do Taehyung”, mas esse aí também serve para descrevê-la – deu uma piscadinha para mim. – Não é mesmo, noona?

Kwan soltou uma gargalhada.

- É um prazer conhecê-la, Vaah. Já ouvi falar muito de você. Garota corajosa – sacudiu a cabeça, o tom impressionado.

Eu nunca sabia o que responder quando as pessoas insistiam em trazer o quase acidente de Eunjin à tona outra vez.

- Qualquer um teria feito o mesmo – falei, baixinho e logo me apressei em mudar de assunto. – Vocês estão gravando uma música nova?

- Sim, linda – aquela voz soou pertinho e senti o braço de Tae ser empurrado para longe e imediatamente ser substituído pelo de Jungkook.

Virei a cabeça e encontrei seu sorriso a poucos centímetros.

- Gostou?

Não conseguia pensar direito quando ele estava tão perto. Tão lindo.

- Gostei do quê?

- Da música.

- Ah! Sim. Gostei – sorri.

- Ótimo! – seu sorriso se alargou.

- Jeon! – Kwan nos interrompeu. – Já viu sua garota. Agora volte para lá! Nós não terminamos ainda.

Jungkook resmungou alguma coisa que não consegui identificar e depois abaixou seus lábios sobre os meus em um beijo rápido.

- O dever me chama, amor. Você me espera?

Assenti.

- Vou embora com você. Não quero arriscar minha vida outra vez com o senhor Fúria Sobre Rodas ali – mexi a cabeça em direção ao amigo dele.

- Hey! Eu dirijo muito bem – o objeto de nossa conversa retrucou. - Os outros que dirigem mal.

Preferi nem mesmo responder tamanha inverdade. Jungkook pareceu compartilhar da minha resolução e simplesmente sacudiu a cabeça para ele antes de me dar um beijo na bochecha e voltar para a cabine de gravação.

- Ainda vai levar uma meia-hora, Vaah. – Kwan informou, o tom gentil. – Temos um sofá ali – apontou para o fundo da sala – se você quiser se sentar.

- Boa ideia. Obrigada – agradeci e me encaminhei para o confortável sofá vermelho de três lugares.

Taehyung não demorou a se sentar ao meu lado.

- Vaah, eu não dirijo mal. Você sabe disso – juntou os lábios em um biquinho de pirraça.

- Claro que sei, oppa – dei umas batinhas em seu joelho. – Você só precisa trabalhar nessa sua raiva.

Ele arqueou a sobrancelha.

- Eu? Problemas para controlar a raiva? Talvez seja algo de família então – falou, enigmático, lançando-me um olhar condescendente.

- De família? Isso foi uma indireta?

Estava confusa.

- Não. Nada não – sacudiu a cabeça e se levantou. – Vou buscar um refrigerante. Quer alguma coisa?

- Quero uma Coca-Cola – coloquei a mão no bolso. – Espera. Vou te dar o dinheiro.

Taehyung revirou os olhos e saiu andando. Soltei um muxoxo. Eles nunca me deixavam pagar nada. Absolutamente nada. Outro dia, quando precisei ir à livraria comprar um livro novo, Jin me deu uma carona e, assim que encontrei o que procurava, o rapaz agora com cabelos cinzas pegou-o da minha mão e literalmente correu para o caixa. Todas as minhas tentativas de pagá-lo de volta foram completamente ignoradas.

Queria poder pagar alguma coisa de vez enquanto. Sentia que estava abusando da boa vontade deles.

Sacudi a cabeça e peguei meu celular, pretendendo trocar algumas mensagens com Milena. Ela estava estranhamente quieta nesses últimos dias. Não cheguei a digitar a primeira mensagem antes de sentir que estava sendo observada. Levantei a cabeça e encontrei um homem conhecido me analisando atentamente. Esse, bem diferente de Kwan. Mais novo, o porte mais elegante – que se refletia em seu terno impecável e em suas calças e sapatos sociais – e muito mais sério.

Ele caminhou com passos determinado até mim e sentou-se no lugar que antes Taehyung ocupava. Tive o pressentimento de que não gostaria de saber o motivo pelo qual ele estava ali – não que ele parecesse se importar o que eu queria.

- Que bom te encontrar novamente, Valéria.

Sejin disse e apertei sua mão estendida.

- Eu...

Eu estava intimidada, e isso cortava o fluxo normalmente bem eficaz entre meu cérebro e minha boca. Diferente do dia em que o havia encontrado antes, ele agora parecia outra pessoa.

Engoli em seco e me concentrei, tentando entender a razão pela qual o manager parecia tão sério ao me encarar.  

- Você sabe como a imagem é importante para todos os famosos, certo?

Assenti e procurei deixar meu rosto o mais impassível que consegui. Não queria que ele percebesse o quanto seu tom professoral estava começando a me irritar.

- E é por isso que estamos sempre de olho nas redes sociais tanto quanto monitoramos a impressa para uma medição mais precisa de como está à opinião do público sobre os meninos individualmente e sobre o BTS em si. Foi assim que descobrimos o pequeno incidente na sorveteria semana passada.

Tive completa certeza de que a surpresa que aquelas palavras me causaram apareceu em meu rosto. Talvez por isso, Sejin completou:

- Aparentemente algumas fãs viram vocês lá e tiraram algumas fotos do que depois pareceu ser uma discussão. Quando vocês estavam caminhando para o carro de Jungkook. Felizmente ninguém foi capaz de ouvir sobre o que vocês falaram, mas havia várias ideias no twitter sobre uma possível briga a respeito das fãs deles. Sobre você estar com ciúmes ou alguma coisa assim. Claro que não foi isso que aconteceu – seu tom condescendente por de trás daquelas palavras dizia que ele sabia que fora exatamente aquilo que aconteceu, mas que estava sendo gentil o suficiente para fingir que não.

- É. Não foi isso – murmurei como uma idiota.

- Sim, é claro – assentiu. – Mas esses pequenos boatos falsos podem crescer e virar um desastre de grandes proporções, o que seria péssimo para todos nós.

Não estava seguindo o raciocínio dele. Não entendi o porquê de toda aquela conversa. Ele queria que eu me afastasse dos meninos? Meu coração falhou uma batida só com o mero pensamento dessa possibilidade.

Não queria me afastar deles. Não agora... e provavelmente nunca mais.

- Não me entenda mal – continuou, totalmente alheio a minha crise de pânico interna. – Nós achamos ótimo quando um deles está namorando e ela é aprovada pelos fãs.

- Não estamos namorando – corrigi automaticamente.

Lançou-me um olhar impaciente.

- Sim, sim. Que vocês tenham seja lá o que vocês jovens chamam hoje em dia – sacudiu a mão em um gesto de descaso. – Como estava dizendo, nós achamos bom isso. Geralmente resulta nos meninos mais contentes, inspiração para músicas e mais publicidade ainda. O problema começa quando aqueles pequenos boatos que mencionei surgem. Eu vi que você tem uma conta no twitter – falou, de repente.

E eu fiquei ainda mais confusa. O que o meu twitter tinha a ver com todo aquele discurso sobre o bem maior do Bangtan?

- Sim, eu tenho.

- Mas você quase nunca o usa.

Não havia uma pergunta ali, então não me incomodei em responder.

- Senhor, eu não estou entendo o caminho dessa conversa.

- Direta. Gosto disso. Pois bem. Tenho certeza que uma garota esperta como você já percebeu que sua vida privada não é mais tão privada. E há certos sacrifícios que precisam ser feitos uma vez que você se torna parte do círculo íntimo de um dos maiores boy groups da Coreia.

- Você está tentando dizer que não posso sair em público com eles, é isso?

Ele arqueou a sobrancelha em resposta ao meu tom agressivo.

- Não, jovem. Não é isso que estou dizendo. O que eu estava esperando que você pudesse fazer é usar mais as redes sociais, principalmente o twitter. Isso te mostra como alguém mais acessível, mais... usando termos bem simples... mais legal. E isso gera boa publicidade. Está me entendendo, Valéria?

Assenti. Não parecia de todo tão ruim. Mesmo eu não gostando que me digam o que fazer.

- Posso fazer isso.

- Ótimo – levantou-se. – Muito bem – caminhou alguns passos antes de se virar para mim. - Estaremos de olho então – dessa vez o sorriso dele não estava ali e o tom era um pouco mais ameaçador do que deixava qualquer pessoa confortável. – Para ter certeza de que tudo está correndo conforme o planejado.

Definitivamente uma ameaça.

Não desviei o olhar. Não mostrar medo.

“Não deixe que eles saibam que te intimidam. Essa é a primeira vantagem deles”

Seus lábios se levantaram em um pequeno sorriso e por um segundo pude ver admiração em seus olhos antes de ele me dar as costas e deixar o cômodo.

Lancei um olhar sobre Kwan para ver se ele tinha presenciado toda aquela situação, mas o homem estava totalmente concentrado em seu próprio trabalho.

Não que isso fizesse diferença.

Com poucas palavras, Sejin conseguiu estragar meu dia. Meu dia leve e descompromissado havia acabado de se tornar um dia para analisar problemas que eu nem sabia que tinha. Aquele, contudo, não era o lugar para isso, e foi por essa razão que guardei o celular no bolso e forcei um sorriso quando Taehyung se aproximou trazendo meu refrigerante.

Foi por isso também que murmurei uma resposta vaga qualquer quando ele me perguntou se estava tudo bem.

Virei para o lado e fingi prestar atenção em Jungkook cantando. Nenhuma nota, contudo, penetrou em meu cérebro. Triste esses momentos da vida em que as preocupações obscurecem a arte.

[...] Quebra de Tempo [...]

Em nossa viagem de volta para casa, consegui evitar todas as perguntas feitas por Jungkook sobre o porquê de eu estar tão calada. Felizmente Taehyung tinha ficado no estúdio para gravar. Inquisição feita por um só já era ruim o suficiente, dois inquisidores e eu terminaria com uma dor de cabeça. Eles iriam me espremer até conseguir algum tipo de resposta, o que era justamente o que não queria, visto que o problema era meu e não fazia qualquer sentido os preocupar.

De alguma maneira consegui convencê-lo de que eu estava bem e de que ele precisava ir atrás de Yoongi aquela noite para ter a conversa que estávamos adiando faz tempo. Pelo menos não o mandei para longe por um motivo fútil. Estava realmente preocupada com Suga. Ele estava cada mais se fechando em si. Era completamente horrível assistir seu amigo se afastar cada vez mais de tudo. Não que fosse uma mudança brusca. Na verdade, era bem sutil – tão sutil que os meninos pareciam nem perceber. Homens não percebiam essas coisas, mas eu podia ver claramente. Assistir de camarote a esse distanciamento acontecendo a cada vez que ele não aparecia para um jantar ou todas as vezes que ele passava alguns minutos encarando o vazio.

Infelizmente eu sozinha não estava conseguindo ajudá-lo.

Droga!

Eu não estava nem mesmo conseguindo entender o que estava acontecendo. Yoongi não me contava. Era por isso que precisei envolver os meninos. Só esperava que Jungkook conseguisse arrancar a verdade ali.

Balancei a cabeça e me sentei na cama, colocando as muletas ao lado. Tantos problemas e um único dia. Era como se um problema puxasse o outro. Foi só surgir aquilo com Sejin e imediatamente estava de volta àquela questão com Yoongi.

Desgraça pouca é bobagem.

Soltei o ar pesadamente. Não havia mais o que fazer a respeito de meu amigo – pelo menos não até que Jungkook voltasse com novidades, então era hora de cuidar da minha outra preocupação.

Puxei o meu iPhone e me conectei no twitter. Imediatamente meus olhos se arregalaram. Mais de um milhão de seguidores.

UM. MILHÃO.

E isso era ainda mais surpreendente levando-se em conta o fato de que eu havia mandando um total de dois tweets, os quais, aliás, acabei de descobrir que haviam sido reproduzidos mais de dez mil vezes.

Ok. Engolindo a surpresa, cliquei nas notificações e – surpresa de novo – haviam centenas delas. Mirei as primeiras para responder.

 

@Vaahlerinha onde você compra suas roupas?

Oi, @LuKookie eu compro em vários lugares diferentes, mas adoro as roupas da #Ments

@Vaahlerinha diga olá para nós do Brasil, por favor. Eu te amo.

@twicota Olá, Brasil. Morrendo de Saudades do meu Pais. Principalmente da comida <3

Por que você some, @Vaahlerinha? Para que twitter se não usa? Queria tweets.

@lanykook123 desculpe o sumiço. Prometo tentar aparecer mais por aqui.

@Vaahlerinha você é linda demais! Você e o Yoongi seriam o casal mais lindo do mundo.

@BTS77 muito obrigada. Você é linda também. Hahaha Yoongi e eu somos apenas amigos.

Conta pra gente @ Vaahlerinha se o Jungkook dorme de meias.

@06798325319 HAHAHAHA boa pergunta. Vou perguntar para ele e te conto.

 

E havia várias assim. E cada era uma surpresa maior. Perguntavam-me o que eu comia, o que eu vestia, o que eu gostava de fazer e outros detalhes assim. Não entendia o interesse sobre a minha vida, mas passei mais de uma hora respondendo às perguntas desse tipo, acreditando que logo terminaria. Contudo, a cada tweet que eu respondia, outros três surgiam. Tentei também responder algumas curiosidades inofensivas quanto à vida dos garotos. A bateria do meu celular já estava no limite quando resolvi parar.

As respostas dadas e a quantidade delas deviam ser o suficiente para deixar Sejin satisfeito e, olhando por outro lado, isso de Twitter até que havia sido uma experiência interessante. Descobri que, de fato, várias pessoas estavam interessadas na minha vida. Algumas delas eram muito gentis e diversos profiles denominados “Misterious Bangtan girl” haviam sido criados. Um deles, aliás, tinha, além de fotos minhas que nunca percebi terem sido tiradas e outras informações triviais sobre minhas aulas, minha cor favorita, onde eu nascera no Brasil. Meus olhos se arregalavam um pouquinho mais a cada vez que lia um conhecimento sobre a minha pessoa sendo estampado nas páginas da internet. Se eu fosse um pouquinho paranoica, ficaria com medo, mas tinha coisas mais importantes com quais me preocupar – e entendia que era uma maneira de mostrar afeto.

É claro que nem tudo eram flores. Havia muitas pessoas que adoravam insultar outras a troco de nada com palavras como “@Vaahlerinha vadia. Se aproveitando da grana dos meninos” ou “@Vaahlerinha sua biscate gorda, volte para sua casa e pare de incomodar o Jungkook” ou ainda “Prostituta @Vaahlerinha Aposto que empurrou a  Eunjin na frente do carro só para depois posar de heroína”. E também havia aqueles que tinham certeza que eu estava em um relacionamento a três com Taehyung e Jungkook: “@Vaahlerinha dando para dois ao mesmo tempo. Vadia sortuda”

Seria cômico não fosse trágico. Ou talvez fosse cômico e trágico. Cômico porque eu não me importava com nenhuma daquelas acusações ridículas ou com aquelas grosserias gratuitas. Há muito tempo renunciei a esse luxo de me importar com a opinião alheia, o que, de certa forma, era meio óbvio visto que não teria aceitado me mudar para a casa de dois caras que não são meus familiares se me preocupasse com boatos.

E era trágico pensar que várias pessoas desperdiçavam horas de seus dias pensando em insultos e jogando-os contra quem eles nem mesmo conheciam pessoalmente. Triste pensar o quanto isso poderia afetar alguém que se importasse.

Arqueei minhas costas cansadas e peguei o livro que havia deixado ali ao lado, sobre a cama, quando Taehyung aparecera com aquele papo de irmos ao estúdio. A internet já me cansara demais hoje.

Melhor me concentrar na boa e velha Psicometria. Por pior que a matéria fosse, ao menos ela não iria me pressionar – como Kwan – ou me ignorar – como Yoongi – ou, pior ainda, me encher de insultos vazios – como dezenas de pessoas desconhecidas.

Em um evento até então praticamente inédito desde que me mudara, consegui terminar de ler os capítulos e fazer os exercícios da matéria que precisavam ser feitos sem que ninguém aparecesse para me interromper. Fechei o caderno e peguei as muletas para buscar um pouco d’água na cozinha. Estava encostada na ilha, o copo esquecido encostado nos lábios enquanto encarava o vazio sem pensar em nada quando ouvi a porta da frente se abrir e logo depois meu nome ser chamado por Hoseok.

Franzi o cenho. Não me lembrava de ter combinado nada com ele.

Coloquei o copo sobre o balcão e fui até a sala. A visão que lá me esperava era, no mínimo, surpreendente. Hoseok estava empurrando um risonho Jeon Jungkook para se sentar no sofá – ou pelo menos essa parecia ser a intenção, mas Jungkook acabou caindo deitado de lado sobre as almofadas. Hoseok lançou um olhar frustrado sobre o amigo e levantou a cabeça, sua atenção caindo em mim.

- Vaah! – J-Hope chamou, aliviado. – Acho que nunca fiquei tão feliz por vê-la!

Meu nome deve ter chamado a atenção de Jungkook porque ele levantou precariamente a cabeça e exclamou com um sorriso:

- Amor!

Sua voz estava embargada.

Bêbado.

Voltei a olhar para Hoseok e arqueei a sobrancelha em uma pergunta silenciosa.

- Sei lá o que aconteceu – deu de ombros. – Yoongi me ligou e disse que Jungkook e Jimin estavam se embebedando na empresa e se recusavam a ir embora. Então fui lá buscar esse aí enquanto Yoongi iria trazer Jimin. Mas agora esse aqui é seu problema.

- E como exatamente você quer que eu o coloque na cama? – lancei um olhar significativo para minha perna engessada.

- Ah! Esqueci-me disso. Você quer que eu-

- Hoseok, le-lembra aquela vez que colocaram gelatina na sua bota? – Jungkook interrompeu. – FUI EU! – gritou, achando tudo muito engraçado.

O rosto de Hoseok se fechou em uma careta.

- Acho que ele merece ficar aqui mesmo. Nada melhor que uma dor nas costas para curar a bebedeira.

Assenti, tentando conter a risada.

- Até depois, Vaah – começou de costas para a porta. – Ah! E se você puder, evite conversar com ele. Jungkook tem a tendência a uma brutal honestidade quando está bêbado – virou-se e rapidamente foi em direção ao seu quarto..

Acho que ele mesmo não queria ter que lidar com essa sinceridade toda.

Revirei os olhos e fui me sentar ao lado no pequeno espaço do sofá que Jungkook não ocupava. Ele não perdeu tempo para descoordenadamente colocar a cabeça no meu colo. Abaixei a vista e encontrei-o me encarando e sorrindo.

- Oi, amor.

- Oi, Jungkook – não pude evitar sorrir também.

Suas bochechas coradas e os olhos meio fechados o deixavam adorável.

- O que aconteceu? – perguntei, passando os dedos por seu cabelo.

- Aconteceu onde? – murmurou, distraído, fechando os olhos.

- Na empresa com Yoongi, bobo.

- Yoongi! Be-bebidas.– Jungkook tropeçou na palavra. - Muitas bebidas aconteceram na empresa com Yoongi. O Jimin levou uma tequila que ele comprou no México a última vez que... – as palavras foram abaixando até sumirem.

- A última vez que o quê? – puxei seu cabelo de leve para que ele prestasse atenção em mim.

- Que o quê? – Ele perguntou, confuso, abrindo os olhos e olhando para os lados.

Respirei fundo. Melhor esquecer aquela pergunta. Ele não estava em condições de responder muita coisa e eu queria me concentrar – ou fazê-lo se concentrar – naquilo que era mais importante.

- O que aconteceu na empresa com o Yoongi? Além das bebidas – completei quando percebi que ele iria falar sobre o álcool de novo.

- Jimin ‘tava lá.

Acho que, além de sincero, Jeon Jungkook era um bêbado disperso.

- Sei – murmurei, desistindo de saber o que aconteceu enquanto ele estava naquele estado. - E o que mais vocês fizeram?

- Videogames! – Ele falou, animado, mas logo a animação deu lugar a um franzir de cenho. – Park ganhou todas. Ele é chato – juntou os lábios em um biquinho.

Suprimi um “Awnt” e abaixei a cabeça para dar-lhe um beijo rápido e desfazer aquele bico. Senti o gosto inconfundível de Soju.

- Volta aqui, amor – tentou colocar a mão na minha nuca e me puxar de volta para si, mas sua coordenação não estava firme o suficiente para tanto.

O máximo que ele conseguiu foi bater a mão na minha testa.

- Ai! – resmunguei de brincadeira.

- Oops – riu. - Desculpe, amor. Vem aqui para eu dar um beijinho para sarar.

Revirei os olhos.

- Você é que está precisando ficar bem. Vai ter uma dor de cabeças daquelas amanhã. Que tal dormir um pouco?

- Mas eu não terminei de contar o que nós fizemos.

Tinha mais?

- Ok. Então me conta.

- Teve videogame e depois pizza.

Um típico dia de garotos então. Espero que isso não o tenha distraído do seu objetivo.

- Que legal – murmurei, distraída, olhando os fios de seu cabelo deslizaram por entre meus dedos.

- Não foi tão legal.

- Não? Por quê?

- Porque eu fiquei com saudades.

- Saudades do Taehyung?

Esses dois pareciam grudados. Um não podia ir a nenhum lugar sem o outro.

- Taehyung? Não! Você é boba, Vaah – soltou um risinho.

- Não ri de mim, seu bêbado – dei um beliscão do seu braço, rindo também. - De quem então?

- Da minha linda – dessa vez ele conseguiu entrelaçar a mão no meu cabelo e me puxar para baixo. – Linda, linda, linda – murmurou várias vezes baixinho contra meus lábios antes de me dar um beijo.

Mesmo alcoolizado, ele conseguia beijar muito bem. Soltou um resmungo quando me afastei.

- Também fico com saudades, bobo. Mas agora é hora de dormir. Amanhã nós conversamos mais.

- Mas, Vaah....

E esse foi o primeiro de alguns resmungos e de várias tentativas de me fazer permanecer no lugar. Só depois de algum esforço – e graças ao fato de suas forças não estarem em seu potencial total – consegui me levantar e convencê-lo a ficar deitado no sofá.

- Vaah, amanhã você me beija de novo? – Jungkook perguntou quando me abaixei uma última vez ao lado dele para depositar um beijo de boa noite em sua testa. - Eu gosto quando você me beija – falou preguiçosamente quando me levantei. – Gosto muito.

Sorri em resposta.

- Também gosto – murmurei depois de um tempo, mas ele já tinha fechado os olhos.

Talvez estivesse dormindo.

Dei-lhe as costas e estava prestes a sair da sala quando ouvi:

- Gosto muito. Gosto muito de você, Vaah. Acho que...

Meu coração parou por um segundo esperando que ele completasse aquela frase, porém, felizmente ou infelizmente, o cansaço pareceu tê-lo vencido. Ainda meio sem fôlego por causa das últimas palavras dele, caminhei cegamente até o quarto, ao entrar fechei a porta atrás de mim, e me mantinha com as costas coladas na porta com os pensamentos tomados pelas últimas palavras de Jungkook.

Comecei a caminhar em direção a cama, porém a tela de meu Notebook aceso sobre a escrivaninha e aberto na caixa de entrada do e-mail me chamou a atenção. E mudei meu caminho até ele.

Sentei em frente ao computador e vi um E-mail da Coordenação do Intercambio, com a palavra URGENTE no lugar do assunto. A sensação premonitória de que eu não iria gostar do conteúdo se instalou num clique, e com a mão tremendo de ansiedade cliquei para que o E-mail se abrisse.

“Prezada Sra, Oliveira,

Com o Fim do Semestre letivo se aproximando, gostaríamos de, em primeiro lugar, parabeniza-la pelo seu excelente rendimento em nossas provas finais, cujo os resultados seguem anexados abaixo.

E, partindo para o assunto principal deste E-mail, estamos comunicando a todos os nossos intercambistas, que devido à alguns imprevistos e cortes orçamentários, lamentamos comunicar que estaremos encerrando todas as bolsas, um mês antes do previsto, e devido a isso, todos terão seus retornos a seus devidos países adiantados, e suas passagens realocadas...”

Depois disso, não consegui ler mais nada. O mundo acabava de desmoronar sobre mim. Olhei o calendário e o tempo que eu já havia passado na Coréia me atingiu como um tiro. Foram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, e tantas emoções para lidar que eu havia me esquecido completamente daquele detalhe tão importante. Estava aflita, tensa, desesperada, em pânico. Meu coração, corria estava gelado de desespero! Estava completamente em dúvida do que poderia acontecer. Passei vários minutos encarando a tela do computador, porém a única coisa que eu enxergava era um borrão branco. Em câmera lenta, com a vista embaçada e sentindo cada célula do meu corpo mergulhar no pavor, caminhei em direção a cama, onde me revirei a noite inteira. Apenas alguns minutos de sono foram tudo que consegui.

No outro dia acordei no mesmo horário de sempre, o que era uma porcaria já que obviamente não tinha dormido o suficiente e aquela era a manhã feita para dormir até mais tarde. Pois as aulas estavam sendo encerradas.

Havia coisas demais da minha cabeça, contudo. Pensamentos demais zunindo de um lado para o outro para permanecer deitada. Precisava me distrair. E foi por isso que levantei e fui para cozinha. Dessa vez nem Jin, nem Jungkook não estavam lá – provavelmente com ressaca demais para se levantar e preparar o café-da-manhã - então me pus a cuidar dessa tarefa, agradecendo pelos minutos de solidão.

Pensei em tudo o que tinha passado nas últimas semanas. Era como um conto de fadas com um fim terrível, provocado pela princesa! Não, definitivamente não era um conto de fadas. Contos de fada não possuíam um fim tão horrível. A imagem do rosto de Jungkook contorcido em tristeza estava em sua cabeça. Eu sabia que ele sentia algo por mim e ele não ficaria nem um pouco feliz quando eu lhe contasse que teria que ir embora. Mas não tinha nada que podíamos fazer. Senti o bolo se formar em sua garganta e a vontade de chorar com a qual era pouco acostumada se fez presente. Não podia realmente fazer nada?

Estava terminando as panquecas quando Jungkook, com os olhos entreabertos e o cabelo mais bagunçado do que o normal, entrou na cozinha. Mesmo minha atenção tendo se focado em seu tórax nu e em suas calças de moletom que se segurava precariamente em sua cintura, os ecos de ontem à noite se fizeram presente em minha cabeça.

Piscando algumas vezes para voltar ao foco, dei-lhe as costas e me concentrei em tirar as panquecas prontas da frigideira e colocá-las em um prato. Senti ele se aproximar.

- Bom-dia, amor – Jungkook deu um beijo em minha bochecha antes de se afastar para abrir a geladeira.

- Oi – respondi, agradecendo internamente por conseguir soar normalmente e desligando o fogo e colocando o prato sobre a mesa. – Como está sua cabeça? Doendo muito?

- Muito – resmungou, abrindo uma garrafa d’água e tomando o líquido ali direito, sem copo. – E minhas costas também. Achei que nosso sofá fosse melhor para dormir.

- Era o esperado. Já tomou um remédio?

Assentiu devagar.

- Ok. E agora você pode me contar o que aconteceu para você chegar em casa carregado ontem?

Não havia nenhum tipo de acusação ali, apenas uma pergunta, que me adiaria por mais tempo a noticia que eu teria que dar a ele. Não tinha ideia de como fazer isso, pois não queria fazer isso, não agora que tudo parecia ir tão bem.

- Ah! Então aquilo foi verdade. Achei que só tinha sonhado com você – respondeu depois de abaixar a garrafa, as bochechas um pouco coradas. – Que vergonha. Por favor, não me diga que falei demais ontem.

- Ouvi sobre essa sua tendência à verdade induzida pelo álcool. Mas não se preocupe. Você não falou nada demais.

- Ótimo – murmurou, aliviado antes de tomar mais um pouco de água.

- Mas fiquei sem saber o que aconteceu ontem – falei, apoiando a mão sobre uma das cadeiras. – O plano funcionou?

- Não exatamente - ele passou a mão pelo rosto. – Eu chamei Jimin para ir lá também para não ficar muito óbvio que tinha ido caçar informações. Acontece que meu plano de embebedar só o Yoongi deu totalmente errado assim que Jimin apareceu com aquela garrafa de tequila. Eu gosto de tequila, gosto muito. E eles sabem, então não tinha como falar que não queria beber. Ainda mais aquela. Uma mexicana que ele comprou na nossa última viagem. Muito boa.

Assenti, rindo.

- Entendi o problema com a execução, mas e quanto aos resultados?

- Estou chegando lá, apressadinha – caminhou até onde eu estava e apertou meu nariz. O bolo em minha garganta se fez presente novamente, eu iria sentir falta daquele gesto. – Paciência é uma virtude.

- Nunca foi minha virtude favorita.

- Ah é? E qual seria então?

- Castidade – abri um sorrisinho sarcástico.

Jungkook arregalou os olhos em horror.

- Você é malvada, noona – se jogou em uma cadeira com uma careta.

Arqueei a sobrancelha. Ele revirou os olhos, mas começou a falar:

- Ok. Pulando os detalhes, já que você está tão ansiosa – enfatizou. – Consegui arrancar algumas poucas informações.

- Ok...

- Descobri que o que está incomodando Yoongi não é a Mixtape.

- Não? – Me inclinei sobre a cadeira em direção a ele, totalmente surpresa.

- Não – sacudiu a cabeça e começou a se servir de um pouco dos ovos e bacon que preparei. – Ele disse que está tudo bem com as gravações – enfiou uma colherada de bacon na boca enquanto pensava. – Inclusive – engoliu a comida. – Ele nos mostrou as letras.

- Mas então o quê?

- Tentei especular sobre, mas isso não deu muito certo. Ele ficou bem irritado, parou de beber e ficou resmungando coisas desconexas. E, quando eu o pressionei um pouquinho mais, ele começou a falar algumas coisas. Falou que... – parou no meio da frase, ficando sério de repente.

- Falou o quê?

Jungkook me olhou nos olhos e levou o copo de suco de uva – que há pouco havia enchido – aos lábios. Era um claro artifício para ganhar tempo.

Não estava gostando do rumo que aquela conversa estava tomando. O ar na cozinha tinha ficado mais pesado, mais sério. Tinha o pressentimento muito concreto de que não iria gostar de sua resposta e por um segundo desejei poder retirar a pergunta.

- Felizmente Hoseok apareceu lá e me trouxe para casa antes que eu pudesse responder. Porque provavelmente teríamos brigado. Não tenho muita paciência quando estou naquele estado.

- Responder o quê?

- Yoongi disse que eu estava sendo muito intrometido e que eu não tinha esse direito porque... – outra vez se interrompeu.

- Fala de uma vez, Jeon Jungkook! – exclamei, exasperada.

O medo do desconhecido era pior do que o arrependimento de perguntar o que não devia. E nunca fui covarde. Queria respostas.

Ele respirou fundo e olhou para o lado.

- Disse que eu não tinha o direito de ficar me intrometendo nos assuntos dele quando o que nós dois temos – voltou seu olhar para o meu – é tão confuso.

- Confuso?

- É... Nós... não sei. Mas entendi o que ele quis dizer. Não somos namorados, mas somos mais do que simples amigos que se pegam.

Era exatamente o caminho que achei que essa conversa estava tomando. O caminho que temia que ela tomasse. Senti meus ombros travarem de tensão e minha respiração começar a sair aos trancos.

- Eu não quero que as coisas fiquem confusas – passou a mão pelo cabelo. – Você é importante para mim, noona.

Por favor, não. Por favor, não diga o que estou pensando que você vai dizer.

Meu coração estava disparado.

- Vaah, eu quero o poder te chamar de minha namorada. Quero que sejamos oficiais. Então... – Jungkook abriu um sorrisinho sapeca – quer ser minha namorada?

E o pânico que senti ao ouvir aquelas palavras foi tão grande que a bile subiu a minha garganta e por um segundo o mundo ao meu redor escureceu.


Notas Finais


É isso, pessoas...
Espero que tenham gostado...
Por favor, me digam o que acharam, pois foi particularmente difícil escrever esse capitulo e a opinião de vocês é importante pra mim...
O próximo sai em breve...
AMO VOCÊS!!! Bjos <3


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