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História Imagine~ (Jungkook) Jogo Perigoso - Compartilhando o Passado


Escrita por: Jeonkookiee

Notas do Autor


Como prometido, aqui mais um capítulo!
Boa leitura ^-^ 💕💕💕💕💕

Capítulo 24 - Compartilhando o Passado


Flashback - 15 anos antes... 

Jeon fechou os olhos com força, forçando as mãos contra os ouvidos. Ele não queria ter que ouvir aquilo. Aqueles não eram seus pais, seus pais nunca brigariam daquele jeito. 

Um trovão estrondoso fez a porta do quarto tremer e os raios clareavam por um curto tempo seu quarto, que era praticamente todo azul. Percebeu que os gritos haviam parado, tirando então as mãos das orelhas e se deitando de novo. Pegou sua coberta azul e jogou por cima de si, deixando apenas a cabeça para fora. Os olhos ainda ardiam por causa do choro e ele queria poder fazer alguma coisa, descobrir o que acontecia no andar de baixo. 

Mas Jeon era só uma criança. 

Piscou os pequenos olhos algumas vezes, querendo dormir, mas sabia que não iria conseguir. Olhou assustado para a porta ao ouvir o barulho da maçaneta. Estava meio escuro, mas ele conseguia ver perfeitamente que era sua mãe. Elizabeth fechou a porta com cuidado e nas mãos tinha uma caneca vermelha com o desenho do Iron Man. Jeon adorava aquela caneca. Assim como toda criança, ele tinha afeto por alguns objetos infantis. Ela sorriu levemente e se sentou na ponta da cama do menino, ele levantou o tronco e ficou sentado, apenas encarando a mãe. Ela estendeu a caneca e ele a pegou, levando a mesma até a boca e tomando o chocolate quente com cuidado, pois estava quente. Outro trovão fez o menino fechar os olhos com força e puxar mais a coberta, para se proteger. 

- Quando é que você vai perder o medo de trovões, querido? - Elizabeth se aproximou e fez um carinho leve no rosto do filho, que abaixou o olhar e levou uma das mãos até os cabelos, os bagunçando. Mania essa que nunca perdeu. 

- Quando eles deixarem de existir! - cruzou os braços e encarou o rosto dela. Apesar de ser pequeno, sabia que algo estava errado. Ela respirou fundo e sentou do mesmo jeito que ele na cama, com as pernas cruzadas, do jeito que um índio se sentava. 

- Você é maior que seus medos, Jeon . Seja lá o quão monstruosos eles sejam. - outro trovão. Elizabeth segurou a mão pequena do filho. - Feche os olhos e pense em algo que te fortaleça. - o menino fez isso, abrindo os olhos segundos depois. - Seus medos estão sumindo, não estão? Eles não vão ter forças para lutar contra o que torna você forte e capaz de derrotá-los. 

O pequeno sorriu sem mostrar os dentes, se mostrando mais calmo. Porém, seus olhinhos ainda analisavam cada detalhe do rosto de sua mãe. Ela não era a mesma, de jeito nenhum. 

- Não quero que vocês briguem, não gosto disso. 

- Não vamos mais brigar, meu amor. Prometo! - ela abaixou o olhar e se aproximou, dando um beijo na testa dele. Ajudou Jeon a se deitar e o cobriu, tirando alguns fios de cabelo de sua testa. - Agora durma, amanhã será um novo dia. Amo você, anjo. 

- Também te amo, mamãe. 

/Flashback 

- Eu dormi. Acordei no dia seguinte e saí correndo do meu quarto, indo atrás dela ou do meu pai. Não a encontrei, mas o encontrei... - parei de falar, fechando meus olhos. 

- Não precisa continuar se não quiser. - ignorei o que ela disse e continuei. 

- Eu nunca tinha visto meu pai com aquele olhar, era outra pessoa, me causou medo. Naquele mesmo dia, ele me ameaçou, disse que se eu falasse o nome da minha mãe e ele ouvisse, eu pagaria caro. Não era mais meu pai que estava ali... Sabe por quê? Porque minha mãe o trocou. Traiu ele. Sabe com quem? Acho que você deve imaginar... Ou até saber... - baguncei meus cabelos, maldita mania. 

- Eu sei... - olhei para ela, já imaginando quem havia contado. - Tae me contou. 

- Eu já esperava isso... - balancei minha cabeça. - Continuando... Depois que ela trocou meu pai pelo pai do Taehyung , minha vida se tornou um inferno. 

- Ele... Ele te batia? - doía lembrar daquilo. 

- Sim. - levantei minha camisa, mostrando minhas costas para ela. - Vê essa cicatriz aqui? Você nunca deve ter reparado nela... -Mikaella não sabia o que dizer, com razão. - Sabe como aconteceu? - eu falava agressivamente, sentindo todas as sensações daquelas memórias. - Eu disse que sentia saudades da minha mãe e ele não aguentou ouvir aquilo... Ele... 

- Pare! - ela fechou os olhos, com uma expressão de dor. Decidi pular aquela parte. 

- Na época a Jessy estudava comigo e insistia em ir na minha casa todos os dias. Ela era a única pessoa que eu podia contar naquele momento. Não havia rastros da minha mãe, em lugar algum... Mas a convivência com ela também não me ajudou. Os anos se passaram e eu virei um idiota, tentava de todos os jeitos possíveis esquecer do inferno que eu vivia. Porém, encher a cara não adiantava, usar drogas não adiantava, sair com garotas menos ainda... Eu sabia que no fundo faltava alguma coisa, eu sabia que aquelas porcarias não tampariam o vazio que eu tinha dentro de mim. 

- Meu Deus... - Peterson estava estática, suas mãos estavam fechadas em punhos. - Você... Você... 

- Não há um dia sequer que eu não lembre disso. Quando abro meus olhos de manhã, aquela frase que minha mãe usou para afastar meu medo de trovões está comigo. - soltei meu peso na cama, não aguentando mais. - E eu penso todos os dias no meu pai... - olhei pra ela, recebendo um olhar de pena. Eu não poderia reclamar, eu era digno de pena mesmo. - Penso todos os dias no homem que, até meus 10 anos de idade, foi meu herói. 

- Eu lamento tanto... Tanto! 

- Mikaella , eu queria voltar no tempo. Eu daria qualquer coisa por uma chance, só uma! - fechei os olhos, me sentindo mais fraco do que nunca. - Eu teria evitado tanta coisa, teria evitado te deixar nesse estado... Eu não seria um monstro agora! - parei de falar, sentindo aquele silêncio insuportável dominar o quarto. Ouvi a respiração alta dela. 

- Por que o Taehyung e não o pai dele? - foi direta, já recuperada do choro, porém, ainda com uma expressão que fazia com que eu me xingasse de tudo por deixá-la daquele jeito. 

- Porque ele contribuiu para o inferno na minha vida... Nós estudávamos juntos quando tínhamos uns 15 anos... Ele sabia dos meus problemas, sabia por que eu achava que ele era meu amigo, achava que podia confiar nele. Apesar do pai dele ter roubado minha mãe. O desgraçado espalhou tudo para a escola inteira, disse que minha mãe havia trocado meu pai pelo dele porque Joseph batia nela, fazia a vida dela e a minha um inferno... Isso não era verdade... Ele inventou dezenas de coisas. Mikaella ... Você não conhece aquele cara como eu conheço, ele pode parecer um santo, mas não é. E o pai dele... O pai dele é o culpado de tudo! 

- Mas... 

- Eu cresci com uma revolta enorme dentro de mim... Eu queria me vingar dele através do filho... Eu não pensava em ter misericórdia de ninguém... - senti meus olhos arderem... Chorar era demais, eu não podia! - Porque ninguém teve de mim quando eu ficava trancado naquela casa chorando, implorando que o meu pai parasse de ser daquele jeito. E onde minha mãe estava? Com outro homem, ignorando o filho dela, fingindo que o pequeno Jeon não existia. Hoje ela me ligou, e disse que tinha desistido de lutar por mim... Como se eu quisesse isso dela. - bufei, olhando para Mikaella que devolveu meu olhar. 

- Depois de saber dessas coisas, você não imagina como eu queria ter te conhecido antes... - ela se aproximou, segurando minha mão e aproximando o rosto do meu. - Como eu queria poder ter te abraçado e evitado tantas lágrimas... Jeon , você não sabe como eu gostaria de ter evitado tudo isso. 

- A culpa não é sua... Apesar de eu ter feito parecer que sim, várias vezes... - grudei nossos lábios, sentindo um choque assim como todas as vezes que tinha contato com o corpo dela. - Exatamente por isso eu vou te deixar ir! 

- Ir aonde? - ela me olhou confusa. 

- Você pode voltar pra Londres, eu não vou mais colocar você em perigo, não vou me perdoar se algo acontecer... Quero que você vá! - eu disse, com o olhar firme. No fundo eu sabia que não queria que ela se afastasse, mas era melhor... 

Para ela. 

- Eu não vou a lugar algum. - seu nariz encostou-se ao meu e ela pegou minhas mãos, colocando-as em sua cintura. Juntou nossos lábios, dei passagem para sua língua, apertando mais a cintura dela e trazendo seu corpo para mais perto de mim. Nós nunca havíamos nos beijado daquele jeito... Tinha algo a mais. Mikaella encerrou o beijo, respirando com dificuldade e me olhando nos olhos. - Não estou mais aqui porque você quer, estou porque euquero! 

- Eu sou um monstro. 

- Eu. Não. Me. Importo! - ela disse pausadamente, pressionando ainda mais seu corpo no meu, juntando nossas mãos e lançando o olhar mais confiante que eu já tinha recebido em toda minha vida. 


Notas Finais


O que acham que pode acontecer daqui pra frente?
Direi a vocês no próximo capítulo!
Mais um vez eu agradeço!
AMO vocês GOXXTOSAS!
💕💕💕💕💕💕💕💕💕


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