História (Imagine outro título perfeito) - Mr. Sadistic Night

Kei on:

Na época, eu tinha meus 4 anos. Foi nos tempos que eu ainda usava minhas marias-chiquinhas feitas com tranças e que eu ainda usava vestidinho que passava um pouco de meu joelho.

Era um domingo ensolarado, eu, minha mãe e meu pai estávamos almoçando. Era um dia normal como todos os outros. E ouvimos a porta de entrada da casa sendo aberta.

Meu pai se levantou e mandou eu me esconder dentro da mesma gaveta no quarto dele, já que naquela época eu cabia em qualquer lugar. As únicas coisas que eu ouvi, foram os barulhos dos meus pais morrendo.

Eu estava segurando meu choro dentro daquela gaveta um pouco apertada por causa das roupas deles. Então eu ouvi a porta do quarto sendo aberta. E uma voz.

-Vamos logo, Kino! – foi o que eu ouvi, mas a voz vinha de longe, parecia que estava na sala.

-Espere Ayato, já estou indo. Fale ao Reiji para ele ir na frente. Já terminamos o de hoje mesmo, e ele sabe que sei voltar para o castelo. – disse a voz mais perto.

E então a gaveta foi aberta abruptamente, e eu levei um susto com aquilo. Eu olhei para o moreno à minha frente com os olhos arregalados.

-Olha o que temos nessa gaveta. – ele riu um pouco. E me observou, acho que ele observou que eu estava o observando também. E então ele bufou me pegando no colo. –Não se preocupe, não irei matá-la. – mas então ele se aproximou do meu pescoço e me mordeu. Eu grunhi com aquilo. Mas ele continuou por uns dois minutos e então parou e limpou sua boca com as costas de sua mão.

-Q-quem é você? – finalmente me pronunciei.

-Sakamaki Kino, e você, pequena? – ele deu um sorrisinho fraco.

-Murakami Kei.

-Venha. – ele me pegou no colo. –Vou cuidar de você. – ele acariciou minha cabeça e começou a andar. –Só... fique quietinha. – eu assenti um pouco receosa, mas o abracei, o que fez ele se espantar um pouco e deitei minha cabeça no colo dele. E então ele suspirou e começou a acariciar minha cabeça e minhas costas.

Quando chegamos no lugar de destino, o Kino foi parado por outros 6 vampiros, que começaram a discutir sobre mim com ele e vice e versa.

Tinha um de cabelos roxos e olhos também roxos com um urso que não parava de me olhar com um olhar assustador, o que me fez virar para o outro lado e ficar encarando a pele do pescoço e as pontas do cabelo do moreno que estava comigo no colo.

E então eu ouvi um deles.

-Você vai dividi-la com todos? Né?! – e logo uma risadinha.

-Não! Ela é só minha! – o Kino me apertou. Aquela frase me relaxou um pouco mas ao mesmo tempo assustou.

E mais e mais discussões aconteceram, eu não estava prestando mais atenção no que falavam. Então Kino me levou para um quarto, acho que era o dele.

Eu fiquei sentada no quarto até ele entrar meio irritado. Ele começou a colocar as coisas dele numa pequena mala.

-O q-que houve? – falei baixinho com medo de ele brigar.

-Nada, minha pequena. – ele me olhou e sorriu um pouco. –Só terei que mudar para outra casa. – ele continuou a arrumar.

-Por que? – o olhei.

-Ah, porquê eu briguei com meus irmãos, apenas isso. – ele se aproximou de mim e acariciou minha bochecha.

Ele me pegou no colo e segurou a malinha com a outra mão. Ele foi andando pelo castelo e quando saímos, ele suspirou e eu olhei.

Ele me levou para uma pequena casinha de campo desocupada mas com os móveis. E quando chegamos lá, ele me colocou no colo e deixou no chão.

-Pronto, vamos morar aqui, gostou? – ele me olhou sorrindo e colocando a malinha em cima da mesa.

-Sim! – o olhei.

~Alguns anos depois...

Nós estávamos comendo nosso café da manhã, quando ouvimos baterem na porta da sala. Kino se levantou me olhando e sorrindo simpático, ele andou até a sala e abriu a porta.

Sentada na mesa da cozinha, quieta, apenas ouvi.

-Ayato como chegou até aqui? – Kino parecia irritado.

-Oras, andando. Que pergunta mais besta, Kino. Esperava mais de você. – o outro disse brincalhão.

-Sei que não foi por isso. Fale logo a verdade, Ayato. – ouvi uma batida na porta.

-Calma, calma. Vou te falar, estamos provocando os anjos um pouco. Sabe como é, nós provocamos e eles atacam, mas sempre quem se dá bem somos nós. Vim te chamar, não como um Sakamaki, mas como um vampiro. – nessa hora me levantei e fui até a porta.

O rosado me olhou e abriu um sorriso.

-Se não é a menininha. Tá grandona! – ele riu e o Kino o olhou com um olhar mortal. –Verdade, já se passaram 12 anos.

-Ayato, eu não irei, então, vá embora. – Kino disse segurando em minha mão.

-Hm. – ele colocou uma mão no queixo e deu uma risadinha, me olhando nos olhos. –Então, ela é a sua queridinha, que no futuro, você fará ela virar sua bolsa de sangue por um mês e depois... – ele deu um riso. –Você irá matá-la e descartá-la totalmente, que nem fez com as outras. – eu logo olhei para o Kino um pouco confusa, e ele rosnou:

-Ayato! Vá embora!

-Ah! Não me faça rir, Kino. Na verdade, você deveria se ajoelhar e pedir perdão para o ore-sama aqui, ex-Sakamaki.

-Tsc. – Kino me soltou, e logo ia dar um soco no rosado de olhos esmeraldas. Mas logo vi que o moreno travou. –Ayato! Me solte.

-Espere um pouco. – eu não estava entendendo nada.

-Kei, fuja! – o moreno de olhos vermelhos gritou. Então apenas me virei e quando eu ia começar a correr, meu corpo travou, eu não conseguia nem virar a cabeça, apenas mexer os olhos, respirar e mexer a boca.

Senti apenas uma respiração fria em meu pescoço, olhei um pouco assustada para a cabeleira rosa-avermelhada, e logo senti uma lambida. O rosado riu um pouco.

-Kino ainda não fez as honras?! Que bobo... – e logo veio a mordida, doía, e muito. Eram duas pontadas firmes. Grunhi. Senti meu sangue sendo drenado por ali, mas logo parando. –O sangue dela é um pouco amargo, do jeito que você gosta, não é muito amargo, nem muito doce a ponto de ser enjoativo.

-Ayato... seu maldito! Como?!

Quando eu vi, o de olhos verdes já estava perto do Kino.

-Ah, está perguntando sobre eu te prender, sem você estar no meu campo de visão? Sabe, as pessoas mudam e evoluam. Se eu não me engano, a ultima vez que você viu eu usar o meu poder, foi a 15 anos.

-Tsc. – Kino logo resmungou algo que eu não entendi.

-Vou indo, já que você não quer vir. – então eu e o Kino caímos no chão e o rosado sumiu.