História Imagine Kim Taehyung(V-BTS)-I hate you, but I love you. - Alunos novos?

S/N  On.

Acordo 6:00  já com o despertador em meu ouvido, sem pensar duas vezes o jogo no chão fazendo o mesmo se quebrar em pedaços, pelo menos parou de tocar. Nunca gostei de acordar cedo, mas  tenho que ir ao lugar muito familiar pelos adolescentes da minha idade, mais conhecido como escola, o estabelecimento onde as melhores e as piores coisas acontecem com pessoas como eu.

Levanto ainda coçando os olhos, vou para o banheiro e faço minhas higienes matinais, saio e coloco meu uniforme, que seria uma blusa branca fina de botões com um casaco azul por cima e uma saia azul escura um palmo acima dos joelhos, o básico uniforme escolar coreano. Depois vou para o banheiro novamente e passo base em meu rosto logo seguido de meu rímel.

Desço para tomar café e vejo minha mãe, a mesma estava com um sorriso radiante no rosto como de costume, seu sorriso sempre me alegrava, não importa o que acontecesse, minha mãe sempre mantinha seu sorriso no rosto. Ela me vê e se aproxima.

— Bom dia! — Escuto sua doce voz ecoar pela cozinha.

— Bom dia! Omma, tenho que ir, estou atrasada! — Falo comendo uma torrada rápida e logo uma fatia de queijo, eu realmente amo queijo. 

— Fica tão adorável me chamando de omma. — Sorri. 

— Estamos na Coreia do Sul, mãe.

— Eu sei, me aquece o coração lhe ouvir me chamar de tal maneira. 

— Eu realmente tenho que ir, bye. — Falo terminando de comer mais uma fatia de queijo.

— Vá, filha, eu te amo!

— Também, mãe. — Falo e lhe mando um beijo. 

Na verdade eu não estava atrasada, eu gostava ir caminhando devagar, gostava chegar mais cedo  na escola, gostava de chegar antes de todos, mas sempre tenho minha companheira comigo, meu anjo da guarda,Yang Mi, que sempre ficava me esperando na entrada de escola, ela também ia mais cedo, por minha causa, ela sempre fica ao meu lado, ela não gosta de me deixar sozinha, é minha única amiga de verdade, que eu realmente considere, é a única.

— Oi! — Falo animada.

— Oi, S/N... — Me olha estranhamente. — Por que está tão animada? Você está bem? — Solta seu maravilhoso sorriso irônico. Vagabunda.

Não leve como um insulto ㅡ apesar de ser ㅡ, Yang já está acostumada,  é uma forma divertida que uso para xingá-la sem ofensas reais. 

— Como você é engraçada, eu não posso estar animada? Pelo amor né,  Yang. — Falo revirando os olhos tirando uma gargalhada da mais velha ㅡ pouco tempo, mas ainda mais velha .

 — Como vai sua mãe? — Pergunta.

— Ela está bem, obrigado por se preocupar. — Sorrio.

— Sempre me preocupo com você e sua mãe, você sabe disso! — Fala ela revirando os olhos, apenas dou uma pequena gargalhada. — Ficou sabendo? Vão chegar 7 alunos novos aqui na escola. — Ela fala animada com um olhar curioso aos meus olhos. 

— Hum... - Fico um pouco desconfiada, Yang estava animada, ela realmente adora um par de pernas masculinas. 

— Ah, S/N, não fique assim, eles podem ser legais, não conhecemos eles ainda! E são 7! É tudo o que eu pedi aos céus, 7 é um número grande, virou meu número favorito. — Fala ela dando um soquinho bem fraco em meu ombro.

— Você sabe que eu não sou muito social, eu estou bem tendo você e minha mãe... e eu sei bem o que você quer com esses garotos. — Rio.

— Ah, pelo amor de Deus, não entra gente nova aqui há décadas, não vem me dizer que não ficou interessada que eu não acredito. E um pouco de diversão sempre é bom.

— Você é tão insana! — Sorrio.

— Sempre. — Ela fala rindo junto a mim. 

O movimento na escola começa a aparecer, de pouco em pouco os alunos vão chegando, então Yang Mi e eu resolvemos ir para a nossa sala.

Chegando lá, me deparo com pessoas que eu realmente não gosto.

Três meninas.

É aquela coisa cliché de briguinha idiota entre uma turma e outra, porém, no meu caso, é da mesma turma que eu. E na verdade, não são nem três, é uma só mesmo, as outras nunca fizeram nada, mas não gosto do mesmo jeito por andarem juntas.

E o nome da desgraça era Lee, que sempre implica com qualquer coisa eu faça, e isso no começo era até suportável, mas ficou irritante ao passar do tempo, eu estudo com ela desde que cheguei aqui, então é um bom tempo.

As outras duas eram Chan-sun e Mina, mas como eu já disse, nunca fizeram nada.

E bom, Lee era mais alta que eu, mais magra que eu, e por incrível que pareça, tinha olhos mais grandes que os meus — ainda eram bem puxados como se tivesse colado uma fita abaixo dos olhos e esticado a pele até que a ponta da fita alcançasse o final da sobrancelha. Ela era aquela coreana bem "coreana", pele sem espinhas, cabelos escuros e compridos, nariz empinado e uma sobrancelha bem falha e clara mas ainda bem tirada, tinha sempre as unhas feitas em um branco simples e claro, voz semelhante à um apito e usava dezenas de pulseiras em cada pulso. Todas douradas. Eu não duvidaria que todas fossem de ouro puro, a metida era rica.

E aí vem a dúvida: por que a Lee não vai com a minha cara? 

Nem eu sei, no meu primeiro dia de aula, eu sentei de um lado da sala e ela foi justamente atrás de mim, e ela não era implicante, era uma criança até que legal, não conversávamos muito mas ela não era tão implicante como é agora, ela começou a ter desgosto por mim em alguns meses, e isso eu nunca entendi, mas com o tempo eu fui cansando de fingir que não ouvia seus insultos e acabei por tornar o sentimento de desgosto recíproco. 

E não, eu nunca fiz nada pra ela. Sou um anjo.

E lá eu estava, com mais um dia de aula tendo que olhar para a cara dela, e eu tenho certeza que ela também  não gostava muito de ter que me ver todos os dias de aula, já que eu raramente faltava.

Ela ao me notar na sala revira os olhos sem nem tentar disfarçar, e isso para mim se tornou normal. Passo pela sala com Yang ao meu lado fazendo caretas estranhas e logo depois apontando com a cabeça para Lee. Yang Mi é ridícula. Chegando em nossos lugares, jogamos nossas mochilas na mesa e suspiramos por tirar o peso das costas, e logo uma voz fina demais para os meus ouvidos se faz presente ao nosso lado.

O pior é que estávamos sozinhas, não tinha mais ninguém, só nós e elas. Merda.

— Oi. — A voz fina com um quê de sarcasmo. Irritante demais.

Bufo.

— Não bufa pra mim. — Faz careta. 

— O que foi? — Me viro para ela fugindo um cansaço. Era sempre assim, ela vinha infernizar sem ter nada realmente importante para falar.

— Fala sério que vai falar com ela? — Yang junta as sobrancelhas incrédula. Ela também não gostava muito da Lee.

— Faz tempo que não nos falamos, não é, querida? — Sorri novamente com um quê de sarcasmo ignorando Yang. As outras duas fazem um "sim" estranho com a cabeça, mas eu não consigo entender o porquê daquele movimento que fizeram, elas estavam concordando com o que?

— Seu cinismo me surpreende, vai plantar banana pra enfiar nesse seu... — Yang começa mas eu não deixaria ela terminar. Não mesmo. 

— Yang... — Chamo sua atenção.  — Ignora. — Sussurro em seu ouvido a puxando para se sentar.

As três magrelas voltam para seus lugares depois que um grupo de alunos entram na sala fazendo barulho. Graças a Deus eu sentava na janela e as três no meio da sala ao fundo, Yang sentava do meu lado. 

[...]

Eu estava concentrada anotando cada palavra do professor. Literatura era uma matéria que eu gostava, pelo menos eu tirava uma nota boa nessa matéria, apesar de que eu era melhor em matérias da área de exatas, mas eu odiava de uma forma absurda números.

Sinto um dedo cutucar meu braço. Eu já sabia quem era.

— Hum? — Pergunto com a voz baixa para não chamar atenção. 

— Pede para ir no banheiro, passa no meu armário e pega um livro que eu esqueci? Por favor! — Sussurra ela.

— Vai você. 

— Estou com preguiça, por favor, vai para mim? É o de matemática, é a próxima aula, é importante! — Fala ela fazendo bico. E como eu sou idiota...

— Ah... — Resmungo. — Está bem. — Falo me levantando e pegando a chave de seu armário que estava em sua mão estendida. 

— Obrigada. — Cochichou bem baixo, mas eu consegui ouvir.

Pedi permissão para sair para o professor e ele deixou. Ando até o armário da Yang sem pressa alguma, abro e tiro o livro de matemática depois de alguns minutos procurando no meio daquele lixão que era o armário dela. Satisfeita por ter o livro em mãos após uma batalha com moscas e gosmas verdes naquele armário, vou andando novamente para a sala, mas antes de chegar na porta da diretoria — que ficava no caminho — me deparo com um garoto saindo da sala, e logo atrás outro, e outro sai. Eu pensei que pararia por ali, mas não, mais um saiu, e assim eu comecei a ficar perdida com tanta gente saindo da sala. E não acabava.

Mas em algum momento, o diretor saiu e fechou a porta, eu tinha certeza que tinha acabo. E sete, tinham sete garotos.

— S/N! — Droga, ele me viu. — Poderia acompanhar esses jovens que chegaram hoje até suas devidas salas? — Pergunta estendendo um papel para mim com a sala de cada um.

— Claro! — Dou um pequeno sorriso pegando a folha em minhas mãos. Eu não queria fazer isso, mas não vou falar "não" para o diretor. 

— Então vão com ela, meninos.