Partimos para o centro da quadra para uma partida que não acontecia a bastante tempo entre nós dois, mais uma coisa que se perdeu por esses meses e que estava louca para que acontecesse novamente. Parecíamos duas crianças competitivas que queriam mais que tudo era ganhar e se vangloriar um para o outro, e o que mudava era que tínhamos crescido apenas em quesito altura.
Jimin não dava mole para mim, ele sabia que eu não treinava a meses e tirou vantagem disso, mas eu ainda conseguia tirar a bola de sua mão e acerta a cesta com tudo, o que deixava o jogo ainda mais interessante para ambos:
– Adivinha quem está perdendo? – Jimin disse sem conter o sarcasmo.
– Muito engraçado Jiminnie! – revirei os olhos – É assim mesmo que as pessoas perdem sabia? Comemorando antes dá hora! – ergui uma sobrancelha.
– Ah sim claro! – mordeu o lábio para reprimir o riso.
Posicionados no centro da quadra com a atenção focada entre a bola e o adversário, Jimin deu seu primeiro passo e começou a bater o objeto em sua mão tentando se desviar de meu bloqueio, que fiz questão de ser ainda mais rígido do que antes e que deu um trabalho para o mesmo de se livrar, mas que acabou conseguindo rapidamente.
Corri atrás dele que chegava perto de marca mais um ponto e retirei a bola de sua mão quando o mesmo se atrapalhou com sua jogada, tendo toda a posse da partida para mim mais uma vez. Percorrendo o caminho ao contrário para a outra cesta, onde parei praticamente perto se não fosse Jimin ter entrado na minha frente e ter me bloqueado por completo:
– Não tem para onde correr bonitinha! – sorriu malicioso.
Ameaçava e direcionava a todos os lados ainda com a posse da bola, mas parecia que não haveria escapatória do próprio se eu quisesse. E foi dai que resolvi jogar sujo.
Olhei para baixo e apontei para seu pé:
– Seu sapato está desamarrado! – informei.
Jimin riu:
– Acha mesmo que vou cair nisso... – não deu tempo dele terminar de falar, pois enquanto se gabava sobre não acreditar no que eu falei, tentei passar por seu lado o mais rápido que eu pude, o que não deu muito certo. Jimin assim que percebeu no que eu iria fazer, rodou seu braço por minha barriga e me segurou, me impedindo – Te peguei! – riu – Agora me passa isso! – se referiu a bola.
– Não. – falei, me esforçando ao máximo para que ele não pega-se o objeto de minha mão; e assim que tive plena certeza de que não havia outra escolha, arremessei a bola para longe.
A mesma saiu rolando pelo chão e nós dois apenas paramos para ver em qual direção ela estava indo, até que Jimin me largou do nada e começou a correr, ato que demorei segundos para raciocinar e ir atrás na sua mesma velocidade antes que ele alcançasse aquela bola primeiro que eu.
Quando o alcancei primeiramente na tentativa de atrasa-lo eu puxava sua camiseta e ele sem querer ficar para trás, usou os braços para impedir minha passagem, o que nós gerou mais risadas:
– Sério que quer jogar assim _____?! – disse entre gargalhadas – Parece uma garotinha.
– Você não está me dando escolhas...! – digo com pouco de dificuldade.
Larguei sua camiseta e dei meia volta por seu braço e saí em disparada, conseguindo à posse da bola novamente e voltando a correr em direção a cesta com o Jimin em minha cola. Assim que percebi que estava perto suficiente arremessei a bola direto para cesta com grandes expectativas, que se tornou um sonho impossível assim que a bola bateu em sua pequena trave e pulou para fora da onde tinha que entrar.
Nem deu tempo de sentir decepção após aquela jogada, porque assim que a bola atingiu o chão as coisas continuariam na mesma... Nós dois indo atrás dela.
Aquela tarde me pareceu passar muito rápida; e assim que paramos para descansar por alguns minutos eu pude notar o quanto tempo passamos em apenas uma partidinha boba:
– Estamos o dia todo aqui. – ri soprado.
Jimin sorriu pro meu comentário enquanto retirava duas garrafinha de água de sua mochila.
– Eu jurava que não iria acertar nenhum ponto sabia?! – disse se sentando no banco ao lado de sua bolsa.
– Eu não sou tão ruim assim. – cruzei os braços.
– Mas era melhor antes.
Revirei os olhos para ele e me sentei ao seu lado:
– Toma. – esticou seu braço com uma das garrafinhas em sua mão para mim.
– Valeu. – peguei e desfiz do lacre da mesma, bebendo em seguida.
Cansados dessa longa partida descansamos em silencio olhando toda a nossa volta e a sensação era tão boa que me fez esquecer de tudo que estava me incomodando nesses últimos dias, e isso eu teria que agradecer ao garoto ao meu lado.
Quando eu ai abrir a minha boca para dizer algo, Jimin se remexeu em seu lugar de incomodo e notou que o bolso do canto de sua mochila vibrava. Ele abriu a mesma e retirou de lá um celular que não pude reconhecer logo se era dele ou meu:
– Tem gente te ligando já! – avisou.
– Quem?
– Não tem nome aqui. – disse me entregando o aparelho.
O peguei de sua mão e fitei a tela com o numero desconhecido e sem delongas o atendi logo. E assim que atendi e reconheci sua voz meus olhos arregalaram.
Mas por que ele tinha que ligar logo quando Jimin está do meu lado? Eu estava muito bem e até tinha esquecido dos problemas que está me causando... Pra que ele foi estragar isso?
– Desculpa mas... – o fitei receosa – Acho que ligou pro numero errado! – assim que terminei de dizer, logo tratei de cortar a ligação.
Jimin estranhou tudo e me questionou sobre:
– Número errado?
– Sim! – fui rápida.
Jimin ia voltar a falar mas foi interrompido pelo vibrar de meu celular novamente.
Droga! praguejei mentalmente.
– De... Novo?!...
– Me dá isso ai! – se referiu ao meu celular.
Pressionei meus dedos um pouco forte no aparelho:
– Que? – me assustei.
Jimin não repetiu as próprias palavras, apenas tomou meu celular de minha mão e me respondeu:
– Deixa eu falar com ele. Pode ser muito bem trote isso. – disse assim que reparou que era o mesmo número de antes – Alô?
Engoli em seco assim que atendeu aquela ligação, o meu medo era sim dele descobrir quem era a pessoa que estava por traz daquilo tudo, eu não tenho ideia de como Jiminnie irá reagir à isso comigo.
Muitas coisas viriam a tona e o que mais queria era me livra de tudo.
– Alô?! – era a quarta vez que repetia a mesma palavra, e ele não poupou demonstrar o quanto irritado havia ficado.
Assim que teve a plena certeza de que ninguém o responderia, Jimin apenas cortou a ligação:
– E ai? – perguntei tremula, com as batidas do coração acelerada.
– Não me respondeu. – Jimin fez uma careta – Não me disse nada!
Respirei fundo, muito aliviada:
– Deve ter sido mesmo um engano. – falei.
– Bem... Menos mal isso né?
– Sim. – forcei um sorriso.
– Ok. – se levantou – Vamos então? Está escurecendo já.
Assenti com a cabeça fazendo o mesmo.
Eu ainda sentia um pouco zonza por segundo atrás, mas eu devia uma para Taehyung por não ter aberto o bico e ter me metido em mais problemas.
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