História Imagine Taehyung (V) BTS - Capítulo 20

O som alto dava para ser escutado desde há esquina.

Eu apertava minhas mãos juntas para controlar de alguma forma o nervosismo que resolveu surgir de repente, e de vez em outra me ajeitava no banco do táxi de impulso. E tudo só piorou quando percebi que estávamos chegando em nosso destino.

Haviam uma certa quantidade de carros estacionados em frente há uma casa, que diga-se de passagem, era enorme e extremamente bonita do lado de fora.

Tratei de contar até três para acalmar meus ânimos assim que o taxista estacionou a poucos metros daquela casa. Era ainda mais difícil quando se é convidada pelo amigo jogador que não tinha contato com mais ninguém daquele mundo. Tirando a Sulli, que alias não poderia ser colocada nesta lista:

– Chegamos! – disse animada – Quanto deu moço?...

Acho que tinhamos uma pessoa mais relaxada aqui, e com certeza não era eu!

Assim que Sulli pagou o que devia pela nossa viagem saímos de dentro do táxi e seguimos andando em frente a tal casa.

O vento frio batia contra minha face, causando arrepios em minha pele desnuda e piorando aquele friozinho na barriga de minutos atrás, me fazendo cruzar os braços contra meu corpo para auto proteção:

– Está nervosa? – Sulli se pronunciou depois de um tempo me observando.

Olhei para ela desconfortável:

– Estou só com frio.

A cada passo que nos aproximávamos à música pareceu aumentar muito mais, poucas pessoas eram possível ser vistas do lado de fora com aquele famoso copo vermelho. Teríamos mais uma vez bebidas ilegais para adolescentes. Que legal!

Paramos em frente a "mansão" – aquilo era enorme demais para uma casa – Sulli virou-se para  mim:

– Seu caso com o frio vai ser resolvido. – piscou.

Estreitei os olhos sem entender o sentido dela ter falado isso, mas algo me dizia que eu não demoraria à descobrir sobre isso.

Continuamos a seguir para dentro da casa, só que com algumas pessoas nos fitando de relance. Eu apenas ignorei, imaginando que todos aqueles olhos seriam para minha amiga há minha frente. E eu não estava totalmente errada.

Quando finalmente entramos a primeira coisa que notei foram olhos puxados demais por todos os lados dançando a uma batida de hip-hop frenético e muito alto. Alguns com copo na mão, outros não.

Me nervosismo acabou por chegar quase em seu ápice quando continuei a seguir Sulli para mais dentro daquela "mansão". Os coreanos pareciam estar impressionado por encontrar uma ocidental em uma festa daquela, já que nem disfarçar fizeram assim que me viram.

– Cadê o Jimin?...

– Não sabe onde ele está? – perguntei incrédula.

– Ele disse que estaria nos esperando...

Sulli não conseguiu terminar por conta de um babaca ter passado entre nós duas propositalmente.

Fitei o cara indignada, vendo-o se afastar ainda mais da multidão até sair de minha vista:

– Babaca! – resmungou – Vamos continuar procurando por ele. – disse me puxando.

As vezes eu tenho a impressão de que a Sulli consegue ser ainda mais "nervosinha" do que eu. Tive que ri disso.

Depois de algum tempo procurando pelo cara que deveria estar a vista nos esperando pelo menos do lado de fora da casa, decidimos parar à busca.

– Eu mato ele ou você? – perguntei.

– Você é melhor nisso _______. – riu.

– O que faremos agora?

– Vamos sentar ali. – apontou para o pequeno bar da sala.

Não vi nada demais naquilo e assenti caminhando com ela ao meu lado para aquele lugar, tendo que desviar de algumas pessoas apenas:

– Como 'tá cheio aqui! – falei me sentando.

– Festas deveriam ser assim né?! – riu.

Iria responder ela a altura, mas acabei sendo impedida disso:

– Vão querer alguma coisa meninas? – perguntou um cara que me pareceu ser bem mais velhos do que nós duas do outro lado do balcão.

Olhei para Sulli sem saber o que fazer. E a mesma apenas respondeu:

 – Dois uísque por favor!

Arregalei meus olhos assim que ouvir seu pedido:

– Uísque Sulli? Está doida?!

– Qual é o problema?

– Tenho mesmo que dizer?!

– Até parece que nunca bebeu antes _____­_. – respondeu, vendo que o mesmo cara havia voltando com os pedidos.

– Aqui estão meninas. Aproveitem! – sorriu simpático, saindo de vista.

Sulli pegou um copo e levou para perto de sua boca:

– Não me diga que isso é errado porque já te vi bebendo uma vez. – disse antes de beber o pouco conteúdo do uísque.

– Eu não falei isso... – digo pegando o outro copo.

– Então vai em frente. – apontou para minha bebida.

Já havia bebido na minha vida mesmo sendo menor de idade, mas nunca passei da conta como vi passarem. O que eu tinha a perder não é mesmo? Será o único copo da noite!

Levei o copo até meus lábios e beberiquei um pouco da bebida.

Virei o rosto e olhei ao redor a fim de encontrar Jimin pela multidão. Bufei sem resultado:

– Onde aquele garoto se meteu...? – digo pra mim mesma.

Estava a ponto de surtar se continuasse sentada naquele banco sem notícias do paradeiro dele. Tanto que decidir procurar por mim mesma aonde estava:

– Vou procurar por ele. – avisei a Sulli, ficado de pé.

– Vai sozinha?

– Vou. Me espere aqui... Não vou demorar! – digo à ela antes de sair andando sem que esperasse por sua resposta

Sem um rumo certo andei guiada por meus sentidos, tendo que desviar novamente de alguns caras idiotas que já tinham ingerido uma grande doze de suas bebidas julgando pelo estado em que se encontravam. E só nesse caso que aqueles filmes de adolescentes conseguem tirar um pouco da nossa realidade. Só um pouco mesmo!

O caminho que percorri deu para os corredores da casa. Muitos casais estavam aos amassos no local e em meu ponto de vista me deixou desconfortante a situação. Mas nada que me impedisse de continuar a busca.

Passei na maioria dos cômodos, menos no andar de cima já que seria demais eu passar por ali estando sozinha. Então assim que eu parei na cozinha, eu resolvi voltar para perto de Sulli outra vez.

Mais uma vez tive que desviar de algumas pessoas, mas nada se comparava ao que meu olhos captaram no momento. Meus olhos se arregalaram tanto que pensei mesmo que pulariam pra fora, minha boca de repente secou e minhas pernas tremeram um pouco.

Eu não estava acreditando no que via tão pouco que ele estaria no mesmo lugar que eu junto há um grupo de amigos que riam de alguma coisa de que havia falado. Permaneci imóvel ao meu lugar forçando meus olhos para ver se não já estava vendo demais no que não deveria e tive minhas suspeitas confirmada...

Era Taehyung na festa de seus amigos também jogadores.

O tempo que passei observando-o me pareceu causar algum efeito no mesmo, que se virou em minha direção. Ao me ter rente aos seus olhos escuros sua face o acusou estar surpreso com minha presença. Há única coisa que tive coragem de fazer e achei suficientemente inteligente foi me afastar o mais rápido o possível, passando pelas pessoas a pressa tendo que esbarrar em algumas sem querer.

A última imagem dele tinha sido uma cara abobalhada que não entendeu nada sobre o que eu fazia ali e o porque do fugir.

Depois de ter me afastado estava de volta aonde havia deixado Sulli. Respirei aliviada esperando que a mesma estivesse no mesmo lugar de minutos atrás.

Só que ela não estava mais lá.

Agora sim era o momento para se desesperar!

Me aproximei do local em que ela estava e me sentei na mesma cadeira em que ocupei antes. Vamos pensar positivamente, ela só deve ter ido no banheiro, nada demais!

Coloquei essas palavras em minha cabeça e respirei fundo mais uma vez. Peguei o meu copo na bancada do bar e engoli o uísque de uma vez, que desceu queimando em minha garganta.

Já que era pra beber. Beberei direito!

Chamei o cara que nos serviu da última vez e pedi para que enche-se meu copo novamente com o mesmo liquido de antes, sendo atendida rapidamente pelo mesmo. Repeti o que fiz antes e virei o copo novamente, conseguindo ingerir sem  que queimasse tanto que nem de primeira.

Estava um pouco tonta e por alguma razão me levantei do meu lugar e consegui dar poucos passos antes de ser puxada pelo braço. Meu corpo se chocou contra o peito de um garoto, assustada olhei para cima e reconheci o dono daquele sorriso:

– Jimin? – digo assim que tive certeza de quem era.

– _____! – disse alegre – Que bom que veio! – me abraçou.

– Onde estava? – falei me sentindo um pouco tonta.

– Os garotos me prenderam... Por isso que não consegui esperar vocês a tempo. – disse com uma pontada de remorso – Cade a Sulli?

– Acho que foi no banheiro...

– Você 'tá bem...? – perguntou preocupado.

– Estou sim. – não era mentira.

– Ok então... Vem comigo! – pegou em minha mão e me guiou para onde não tinha ideia aonde seria.

A música ficou ainda mais alta a ponto de recuar meu corpo por isso, não sabia o que Jimin estava querendo e assim que cessou os passos entre tantas pessoas à nossa volta eu pude entender o que queria:

– Dança comigo.

– O que?

– Qual é ______. Se diverte um pouco vai! – disse executando passos de leve, incentivando ao acompanhar.

Jimin fazia graça para mim e tudo que eu sentia era vergonha alheia do garoto à minha frente:

– Sabe que está feio você fazendo isso né? – digo aos risos.

– Sei sim. – rio – Mas não estou me importando com isso!

– Deveria.

– Ash! Vem logo ______! – exclamou revirando os olhos.

Não sei o que me motivou a ceder, só sei que quando percebi já estava completamente tomada pela música de um modo comportado sem muita extravagância que nem o cara que me acompanhava, que também preferiu repetir o ato.

Essa parte da festa estava sendo muito melhor do que antes, eu finalmente pude esquecer um pouco da minha volta e focar no cara ao meu lado, que alias, parecia estar mais próximo do que o necessário. Jimin girou um braço em volta de minha cintura e colou nossos corpos, seu rosto se aproximava aos poucos do me e engoli em seco em tê-lo tão perto de mim.

Eu sabia o que ele estava tentando fazer e que deveria para-lo antes de dar há entender errado para ele, mas eu simplesmente não conseguia me afastar do mesmo e o pior... Queria aquilo também!

Jimin com a outra mão segurou o lado de meu rosto, e selou meus lábios ao seu delicadamente.

Meu coração batia forte e só piorou quando decidi dar passagem com sua a língua para dentro de minha cavidade bucal. Dando inicio ao beijo ainda carinhoso mas ardente.

Se eu me arrependeria depois disso? Seria fato!

Nós dois éramos muito amigos e com esse ato poderia afetar essa amizade. O que era meu maior medo.

Assim que voltei a mim e decidir dar um basta naquilo, Jiminnie se afastou brutalmente contra mim. De começo eu não havia entendido, mais isso mudou rapidamente assim que ouvi a voz de quem menos queria.