História Iminente. . . - Escadas. . .

Um tiro. Uma morte iminente.

Morando em um prédio de 20 andares, a jovem Melissa que morava no vigésimo andar se viu obrigada a subir as escadas após descobrir que o elevador havia quebrado, nunca tinha ido pelas escadas para o chegar até seu apartamento, estava silêncio, meio escuro e a cada degrau que subia seu medo e seu pânico apenas aumentavam. O único barulho que ainda conseguia ouvir era dos grilos que não paravam de cantar por todo o caminho no qual ela estava subindo, já se passava das 23:00 e ao chegar no sexto andar a jovem de 23 anos sentou-se ofegante em um degrau da escada e após alguns minutos sentada começou algo muito mais além do que o canto dos grilos, estava bem diante da porta que levava ao sexto andar e não achou que entre esse andar e as escadarias havia uma torneira, pois estranhamente começou a ouvir pingos caírem no chão bem perto dali, e só ouvia os pingos pois os grilos haviam pararam de cantar, assustada com aquilo Melissa pega suas coisas levanta-se e continua sua “jornada” até os 14 andares que ainda lhe faltam subir.

Mais alguns minutos e a jovem sentiu suas pernas virarem gelatina ao chegar ao 12° andar. Quanto tempo estava lá? Que horas eram? Onde está todo mundo? Ela realmente não sabia, aquele foi o ponto máximo no qual ela chegou de desistir da vida e morrer de cansaço ali mesmo onde estava, porém ao repensar em tal ato viu que não poderia dar-se o luxo de morrer ali, não em degraus das escadas de um prédio.

Por essa razão, mesmo estando suada, cansada, com as pernas bambas continuou seguindo seu trajeto e após quase uma hora de subida já estava finalmente no 18° andar de seu prédio, foi quando ela sentou-se novamente com muita sede e banhada de suor em um degrau.

Em vez de grilo, ouviu o canto de uma coruja ecoar pelo lugar, o que achou mais estranho ainda. Como uma coruja teria entrado ali? Ela nem se deu o trabalho de pensar em uma resposta pois já estava achando que poderia estar louca devido todo aquele estresse de subida. Resolveu concentrar-se apenas em descansar mais um pouco para terminar seu trajeto, porém sua concentração foi afetada quando ouviu passos vindos do andar a cima do que ela estava, passos esses que estavam se aproximando no caso estariam descendo e Melissa viu a oportunidade perfeita para pedir ajuda de alguém, mas ela só havia visto mesmo pois um homem pra lá de sinistro passou por ela e a encarou, estava usando uma roupa toda preta, e o único diferencial que havia nele era a cor de sua pele era tão branca que chegava a incomodar tamanha palidez vinda de uma pessoa. As esperanças de Melissa acabaram quando o homem simplesmente ignorou a existência dela sentada que nem uma moribunda naquela escada, mas antes de fazer a curva(pois a escada era em espiral) para descer para o andar abaixo, o tal homem pronuncia:

– A morte iminente chega para todos. – e dá uma risada estranha e segue seu caminho. –

Claro que Melissa ficou sem entender o que aquele ser havia falado, e por essa razão preferiu levantar-se e seguir seu caminho...

Subindo as escadas não via a hora de abrir a porta de seu apartamento e larga-se no sofá para dormir uma eternidade, finalmente já estava chegando os últimos degraus das escadas, a jovem já podia ver o corredor que dava para seu apartamento, mas algo aconteceu, todos os planos de dormir uma eternidade haviam sido acabados bem ali nas escadarias de seu prédio pois um tiro na cabeça lhe foi acertado e o corpo da jovem Melissa rolou por todos os degraus que ela havia sido forçada a subir. A morte iminente havia chegado para ela.