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História Imminent Fall - Deaths That Changed Everything


Escrita por: BreeZy_CMS

Notas do Autor


Segundo Capítulo!!

Boa leitura!
Leia as notas finais !!!

Capítulo 2 - Deaths That Changed Everything


Fanfic / Fanfiction Imminent Fall - Deaths That Changed Everything

Olivia POV

Um imenso céu de tom azul, junto com tons de rosa e laranja anunciam o nascer do Sol. Um fenômeno da natureza que presencio com uma visão privilegiada. A brisa leve do inicio da manhã acaricia o meu rosto e me traz uma ótima sensação de paz. Olhando pra essa vista me sinto livre. Livre pra ser quem eu sou. Me inspira a escrever, a pensar de modo positivo e a acreditar que tudo vai ficar bem. Dirijo todos as manhãs que posso até o topo da Olympic Peninsula pra sentir isso. Recosto-me no capo do meu velho jipi e fico apreciando a vista...

Até que o céu começa a ficar nublado e depois a escurecer junto com uma neblina que cobre todo o lugar. Tento mas não consigo ver nada. Até que no meio aparece uma luz e vejo a silhueta de um corpo. Caminho até esse alguém mas quanto mas eu ando mas distante vai ficando. Paro quando esse corpo começa a tomar forma e logo reconheço quem é. Rae esta com suas fiéis trancinhas e um vestido florido. Aos poucos o lugar vai se transformando, o chão se abre e grama começa a nascer e um dia de domingo no parque de nossa vizinhança surgi. Vejo minha irmãzinha brincando e minha mãe e eu sentadas sob uma toalha, ela com seu livro favorito e eu com meu violão. Fazíamos isso todos os domingos, levávamos uma vida simples no bairro de Belltown, mas éramos felizes assim mesmo. Elas são tudo o que tenho, e faria tudo por elas. A visão que tenho do parque se vai com um flash e meu quarto aparece no lugar.

Estou me arrumando para mais uma aula de artes cênicas, o que mais gosto e fazer. Desço as escadas em direção a cozinha já sentindo o cheiro delicioso de waffles. Vejo minha mãe que esta de costas encostada no balcão.

- Bom Dia, Dona Bennett!! - digo abrindo a geladeira para pegar um iorgute. Me viro rapidamente estranhando não ter recebido uma resposta. Me aproximo de minha mãe e paro na sua frente.

- Mãe? - digo e só então ela me nota. Ela tem um papel em mãos e me olha com olhos marejados.

- Mãe, o que houve? - pergunto preocupada e ela balança a cabeça e dobra o papel e o guarda no bolso de sua calça.

- Não há nada filha. Esta tudo bem - tenta disfarça e começa a fazer o prato de Rae - Esta com fome? Vá apressar sua irmã, diga a ela que vai se atrasar se...

- Mãe. Não mente pra mim! Você tava toda estranha até agora. O que você estava lendo? - interrompo-a exaltada por ela tentar mudar de assunto.

- Olivia, já disse que não há nada. Para de paranoias e faça o que eu te pedi! - disse com impaciência me deixando chocada, ela nunca falou assim comigo. Ela vê minha expressão magoada e logo se arrepende.

- Oh, filha. Desculpe. Só estou estressada com umas coisas, não há nada pra você se preocupar. Eu te amo, ta? - disse com um abraço que retribuí, um pouco confusa.

- Tudo mãe, confio em você. Não mentiria pra mim, sei disso - digo olhando pra ela que força um sorriso que não me convence. Mas deixo pra lá e vou apressar minha irmãzinha.

***

Um turbilhão de lembranças passam como flashes em minha mente. Mas logo começo a voltar a realidade com a dor que se espalhar pelo meu corpo. Não consigo abrir meus olhos, nem me mexer, mas escuto tudo, e sinto tudo.

Minha cabeça lateja não me deixando pensar com clareza. Ouço todo o caos a minha volta. Uns gritam de dor outros de desespero pedindo por ajuda. Tento me mexer, tento abrir os olhos, mas meu corpo não responde. Logo me lembro do clarão, da batida, do carro capotar, dos gritos de Rae, eu consegui sair do carro e me arrastar até uma certa distancia, mas logo minhas forças se esgotaram e eu apaguei. Estou consciente da dor, apesar dos meus membros não obedecerem os comandos que tento dar. 

Nessa agonia sinto que a morte esta próxima pois a dor que sinto é insuportável. Meu peito queima quando tento respirar e minha cabeça esta a ponto de explodir. Não consigo aguentar mais, as forças que me restavam me traem e estou sentindo meu fim chegar.


 

Quando ouço passos ao longe que logo se aproximam. Sinto algo gélido tocar meu pescoço o que faz meus olhos começar se abrir aos poucos, como u passe de mágica.

- Você esta bem? - uma voz baixa e rouca me questiona. Tento me mexer ao mesmo tempo que tento falar. Preciso saber da minha mãe, da Rae. Preciso saber se elas estão bem.

- Mãã... oonde... oo quee... aaai – grito com a dor que invade minhas pernas, e me arrependo de ter tentado me locomover.

- Ah, merda! Não se mexe. A ambulância já tá vin... - a pessoa para de falar quando consigo abrir por completo meus olhos. Deparo-me com um garoto, acho que é o mais bonito que já vi, seus olhos estão arregalados e me encara, pasmo e parecendo hipnotizado. Devo estar da mesma forma pois seu belo rosto, mesmo com um corte na testa, não deixa de ser belo e admirável, os olhos são o que mais me chamam atenção. São de um castanho claro de um tom mel, que me entorpecem fazendo minha dor por um milagre, ser anestesiada. Nos encaramos por alguns segundos que passam em câmera lenta pra mim, seus olhos me confortam, me transmitem a sensação que tudo vai ficar bem. Nos poucos segundos que nos encaramos profundamente, turbilhões de sentimentos me invadem. Mas ele logo quebra o olhar balançando a cabeça como se algo estivesse errado, e algo chama sua atenção a nossa frente o que o faz ficar desesperado e a me olhar aflito. Mas logo depois ele suspira aliviado.

- Tenta fica acordada. E não se mexe – disse ele e voltou a me encarar com uma expressão curiosa que foi se tornando paralisada, e talvez maravilhada. Na verdade, eu que estava maravilhada. Entorpecida nele, nos seus olhos, no conjunto divino que era. Fiquei paralisada, admirando-o. Bom, se eu estou prestes a morrer, essa é uma ótima última visão da terra.


 

Começo a ouvir sirenes próximas, e logo a realidade vai voltando e minha torpencia me abandonando. O garoto ia dizer algo mas foi puxado por um homem de uniforme que junto com outros dois homens me colocaram em uma maca. Com o fim da anestesia momentânea, a dor voltou como um soco, e como minhas forças estavam esgotadas apaguei, com a última imagem dos olhos castanhos gravadas na minha mente.

***

 

Seattle - 15/05/14 - 10:26 AM

Northwest Hospital & Medical Center

Estou consciente. De tudo a minha volta. Ouço o barulho do bipi dos meus batimentos cardíacos. Ouço quando o médico conversa com uma enfermeira os resultados dos meus exames. Ouço quando alguém chora ao meu lado e sinto quando aperta minha mão e depois de um tempo, deposita um beijo em minha testa. Escuto isso tudo em intervalos de tempo, onde a escuridão me deixa sentir um pouco. Mas quando ela vem é impossível lutar contra e me vence com facilidade me levando a um profundo sono. Quando estou consciente ainda não consigo me mover. Acho que recebo algumas visitas, ouço os lamentos sobre minha situação, mas também orações e confirmações de que ficarei bem. Quando eles oram, eu oro com eles, pois não vejo a hora de sair dessa escuridão sem fim e encontrar a luz novamente.

***

Algo diferente aconteceu. Dessa vez não há apenas escuridão nos meus sonhos, um tom familiar me banha com serenidade. Não há palavras capazes de expressar, a grandeza de sentimentos que há ao admirá-los. Traziam não sei que fluídos de mistério e energias, de uma força que me puxava com tal tenacidade, como uma corrente do mar que te puxa pro seu fundo, sendo impossível voltar.  Como pode um par de pupilas me trazerem tantos sentimentos. Loucura talvez defina. Ou seja apenas o desespero, de ser salva.

Rapidamente a imagem formosa é substituída por um fundo branco conforme minha visão vai focando, o som do bipi vai ficando cada vez mais alto. Só quando minha visão se ajusta por completo percebo que estou acordada. Um pequeno latejo se forma na parte de traz da minha cabeça quando mexo, tentando olhar em volta. Estou acordada. É um alívio, apesar da realidade ter estragado minha pequena fantasia quase esquecida. Enfrento a pequena dor  e olho para o lado quando escuta a porta se abrir, uma mulher que sugiro ser a enfermeira entra no quarto.

- Óh, você acordou! - disse se aproximando e me analisando - como esta se sentindo? Consegue se mexer?

- Minha... minha cabeça esta um pouco dolorida, e ... - digo com uma voz rouca e fraca, e sinto a garganta seca. Tento mover os braços e as pernas, o que realizo com sucesso - sim, consigo me mexer.

- Ótimo! Vou trazer um analgésico para sua dor e logo depois faremos alguns exames. Vou chamar o doutor e logo realizaremos os procedimentos - disse ela profissional.

- Hmm, tudo bem – respondi. Ela injetou um remédio na agulha que estava no meu braço fazendo quase instantaneamente a dor na cabeça diminuir.

- Pensamos que você não fosse acordar mais. O doutor não sabia mais o que fazer, você não estava respondendo aos exames. Durante essa semana fizemos tu...

- Uou! Calma ai. Durante essa semana? Por quanto tempo eu fiquei apagada? - interrompi surpresa e começando a ficar apavorada.

- Sete dias, querida – respondeu ela, tranquila enquanto anotava algo em uma prancheta.

- Como assim? É tipo uma semana! Meu Deus, o que aconteceu comigo? E … e... minha mãe... Rae... onde estão? Estão bem? - comecei a me desesperar e tentei me levantar, gemi e fiz uma careta com a dor que senti se espalhar nas costas.

- Sr. Bennett, por favor. Se acalme! Te responderemos tudo mas antes se contenha, precisamos fazer os procedimentos e depois resolvemos isso – falou ela me deitando de volta. Até poderia negar e continua com as perguntas mas fui vencida pela dor, e acabei concordando.

E logo após ela foi chamar o doutor para fazer os tais exames.

***

Depois de fazer uma bateria de exames descobri que fraturei duas costelas, quebrei o braço esquerdo, e por ter me cortado feio, provavelmente ao me arrastar saindo do carro, passei por duas cirurgias no abdômen, e levei 14 pontos. O que provavelmente vai me deixa uma ''bela'' cicatriz. Mas essa é uma das minhas menores preocupações agora.

Ninguém quer me esclarecer o que aconteceu, onde tá a minha família. O que tá me deixando irritada e aflita. Droga. E a Alessia? Nick? Eles também estavam naquela avenida, logo atrás da gente. Mas, se não querem me dizer é que algo ruim aconteceu e...

Não, não, não, não, não. Grrrr!! Pensamentos idiotas. Eles estão vivos. É, isso. Vivos e bem. Completamente bem. Espero que sim. É... Meu Deus!

Começo a orar por cada um deles, para que se estiverem em alguma dificuldade que superem firmes e fortes.

***

O dia hoje estava nublado e chuvoso. Odeio chuva, mas daria tudo pra tá la fora agora do que nessa droga de hospital. Já se passaram algumas horas desde que eu fiz os exames. E continuo aqui sem respostas. Olho pela janela do quarto e vejo a chuva se dispersando. Observo as gotas escorrerem pela janela e me lembro da minha irmãzinha, as vezes ficávamos olhando as gotas da janela do carro como se estivessem em uma corrida. Pode parecer bobo mas eu gosto de fazer essas coisas com ela, cada momento com as pessoas que amo, por mais simples que seja, são importantes pra mim e sempre vou levar comigo. Estou muito preocupada com elas, e frustrada por não poder fazer nada. Continuo observando pela janela quando ouço a porta do quarto se abrir.

 

- Toc Toc – olho em direção a porta e vejo algo que me faz um enorme sorriso – Live!! - uma baixinha com cachos rebeldes corre até mim para me abraçar.

- Ai! - digo quando ela se apoia em cima da minha barriga com pontos.

- Óh! Desculpe. Me empolguei – disse ela, se afastando sem graça. Vi que ela tinha um curativo no supercílio e um hematoma debaixo do olho, e parecia cansada – É tão bom ver que você está bem. Você apagou por dias. Fiquei tão preocupada - falou se sentando ao meu lado.

- Les! To tão feliz em te ver. Ninguém queria me falar nada, e estou louca atrás de notícias – disse com um suspiro, estava realmente aflita por notícias da minha família e agora finalmente tinha alguém de confiança.

- É – disse ela cabisbaixa com os olhos marejados, me fazendo fica preocupada novamente.

- Les? O que houve? É o Nick? - quando falei o nome dele ela não se conteve e começou a chorar.

- Own, amiga vem aqui. - disse a puxando com o braço bom para consolá-la.Oh não! O Nick não. Ela levantou soluçando e tentou falar.

- Ele... nós estávamos atrás de um caminhão e... quando bateu... era um guincho … e aquela droga atravessou no nosso carro … ele tava vivo, eu vi … vi ele lutar até o fim … ele disse que vai me amar pra sempre … mas eu não pode fazer nada … foi horrível Live! - disse soluçando e chorando sem parar – dói tanto. Ta sendo tão difícil esses dias. Tive que discursar nos enterros. Não consigo dormir direito e você … você neste estado, estou tão esgotada. – disse chorando incessante, puxei-a para um abraço novamente, e me segurei para não chorar também. Oh Nick, não posso acreditar. Esperei ela se recompor e quando vi que estava melhor soltei-a.

- Sinto muito, muito mesmo. Sinto muito pelo Nick, estou tão triste por ele. Sinto muito por não ter acordado antes pra tá com você nesse momento. – disse me sentindo culpada.

- Para, não foi sua culpa ter ficado em coma – disse limpando as lágrimas. Ela pegou na minha mão e me olhou profundamente.

- Olivia, você é minha melhor amiga, e do mesmo jeito que sei que você vai me apoiar também vou estar aqui pra você – disse séria apertando minha mão.

- Eu sei disso Ale. Por que está tão seria? E você nunca me chama de Olivia. Não me diga que tem mais más notícias? - perguntei receosa com medo da resposta. Ela apertou minha mão mais forte.

- Não sei como te dizer isso. Deus, porque isso tá acontecendo – disse a ponto de chorar novamente.

- Alessia, você está me apavorando, por favor, desembucha agora! - falei sem paciência.

- Live. Marisa e Rae … elas não conseguiram sair do carro como você e … a gasolina vazou e houve a explosão … e … e... - parou me olhando enquanto já esperava a resposta – elas estão mortas, Live. Sinto muito...  - disse em um sussurro.

 

NÃO ! ISSO.NÃO.TA.ACONTECENDO !!


Notas Finais


Comentem pfvr!!
Preciso das opiniões pra saber se continuo ou não !!!
Domingo posto o terceiro cap.
...


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