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História Immortals - Unconditionally


Escrita por: louthesassy

Capítulo 10 - Unconditionally


De noite, combinaram de ir até o Purgatório, para uma festa com os amigos, para comemorar a até então esquecida primeira vitória dos Arcanjos.

A festa era estilo anos 60: Lucinda vestiu uma cropet de tricô branca e um short de tecido curtinho, cobrindo os ombros com um quimono de franjas bege e uma bota de cano alto marrom-avermelhada. O cabelo tinha um ondulado rebelde, com a franja presa, e entre eles um óculos de grau ao estilo John Lennon. 

Já Holly, escolheu um vestido simples de tricô e um colete rosa, que ia até os joelhos, e uma rasteira gladiadora de franjas, um óculos escuro que parecia uma bolacha caseira e um coque cebola desarrumado. 

Lauren, como sempre ousada, colocou um shorts jeans bem curto e rasgado e uma blusa de cetim off-white, uma jaqueta de veludo bege cheia de franjas e um bracelete dourado que cobria quase todo o antebraço, além de um batom vermelho vibrante e uma gladiadora preta com um salto bem alto. Na hora de sair reparou que seu cabelo estava natural demais, então penteou os cachos e deixou o cabelo parecendo uma juba. 

Desceram até o saguão dos Arcanjos, onde Jack e Hugo estavam jogados no sofá e James sentado no braço dele, com um buquê de Peônias marrons na mão esquerda. 

E, ah, eles estavam lá parados, lindos como só eles conseguiam ser: Jack com uma bermuda e blusa justa brancas, os músculos e a pele dourada destacados, parecendo um Deus Grego, com um sapatênis branco também; Hugo estava com uma blusa estampada e uma calça e um colete jeans todo rasgado e coturnos mostarda, estiloso como sempre, perfeito como um Príncipe e James, classicamente Jem, estava com uma calça preta skinny, uma camisa branca e um sobretudo preto, com tênis de escalada azul e um chapéu preto emoldurando o rosto pálido, as flores escuras destacando os olhos verde-esmeralda, como um Galã de Hollywood.

- Vida... - Hugo falou primeiro, segurando a mão de Holly e dando-lhe um beijo.  - Você está perfeita como sempre.

- E você parece um verdadeiro Príncipe. - Hô completa e Luce solta um sonoro "ownt". Hugo dá de ombros:

- Toda Princesa precisa de seu Príncipe. - Então Holly suspira alto e eles se beijam ruidosamente. 

- Ok. - James franze o cenho e em seguida chacoalha a cabeça, desviando os olhos até Lucinda. Ele analisa a roupa dela e sorri torto. - Você poderia abandonar suas t-shirts mais vezes. 

- E você poderia abandonar sua skinny uma noite do ano, não é? - Ela solta uma risada mas puxa o namorado pela blusa branca e dá um selinho nele.

Quando se separam, ele se ajoelha e ajeita o cabelo no chapéu, lambe os lábios e sorri exibindo ainda mais os dentes brancos.

- Como eu posso compensar minhas calças? - Ele entrega as flores para Luce, que pega e rouba o chapéu de Jem, colocando-os sobre os próprios cabelos.

- Depois nós vemos isso. 

Jack e Lauren estavam mais ocupados. 

Ele estava com uma mão enfiada no bolso traseiro do shorts dela e a outra por debaixo da blusa de cetim, enquanto ela agarrava a ponta dos cabelos loiros dele, beijando-se de uma maneira um tanto desesperada, até que Lauren arfa um pouco alto e ambos ficam vermelhos, separando-se. 

- Pombinhos, - Lucinda diz, dando um tapa fraco na nuca de James, que gargalha com o corpo encurvado. - Acho que vamos indo.

 

A festa estava incrível. Os Nephilim foram geniais em cada ponto da festa. 

Sempre eram, na verdade. Havia um barzinho com tantas bebidas exóticas que era impossível contar e o som tocava alto com rocks antigos. The Rolling Stones e Creedence Clearwater Revival tocavam incessantemente. A maioria das pessoas usava roupas hippies, com franjas e muita renda. Holly não viu Lauren nem Jack na festa, então provavelmente eles dançaram o tempo todo na pista lotada e depois de um tempo Lucinda e James sumiram atrás do bar, até que Hugo chegou com uma garrafa de Whisky barato na mão e ofereceu-a.

- Não, obrigada. - responde ela irritada, fazendo-o rir.

- Eu sei que você não gosta, vida! Estava brincando! - ela faz bico, segurando para não rir. Hô pega na mão de Hugo e puxa-o para fora da festa. Ele nem pergunta nada.

 

Quando chegam à sede dos Arcanjos, Hugo tentou puxar Holly para o quarto dele, porém ela soltou a mão de U e correu pelo outro lado, até um canto da Recepção que tinha uma porta, que nenhum deles jamais tinha reparado. A porta era de madeira de carvalho, tão elaborada que a pele se arrepiava ao tocar ali. 

Hô pegou na maçaneta dourada e olhou para Hugo, que sorriu docilmente para ela. Delicadamente, Holly abriu a porta, com um rangido fraco ecoando por toda a sede. Ela atravessou o batente e passou pelo corredor estreito e escuro, puxando a mão de Hugo. 

Atrás deles, a porta se fechou com um estrondo, o que fez Hô soltar uma exclamação de susto, então Hugo abraçou ela e beijou o topo de sua cabeça.

- Calma, princesa. Ali na frente já tem luz. 

E ele estava certo. O corredor seguia no escuro até que uma janela alta e de madeira ao estilo vitoriano iluminava o corredor de madeira, com folhas secas e alaranjadas espalhadas por todo o chão. Andaram eles, então, abraçados, até a janela. Olhando através dela existia um pátio com pedrinhas brancas espalhadas pelo chão, um rancho branco ao estilo capela e uma escada de pedra bruta cinza, emoldurada por flores brancas e folhas verdes vivas.  

Holly teria entrado ali, porém Hugo à puxou. 

Continuaram pelo corredor, até que as janelas tomaram lugar de grande parte da parede, mas do lado de fora só existia uma floresta. 

Passaram por outra porta, igual a que entraram para chegar ali, até que o final do corredor apontou para uma salinha simples, com um sofá de almofadas marrons, duas cadeiras de fibra, um ventilador e uma mesinha. O teto era de vidro, deixando o céu estrelado à mostra, e as paredes eram de janelas altas, deixando o ambiente selvagem e aconchegante. 

Hugo, ainda segurando a mão de Holly, foi até a janela e apontou para uma construção, um castelo bege, na direção de onde vieram. 

- Aposto que a porta dava lá. - Hugo sorri para si.  

Hô puxa ele pela mão delicadamente, e quando ele está ao lado do sofá, ela o empurra e o derruba, debruçando-se sobre o corpo tenso dele e beijando-o delicadamente. 

- Calma, vida, eu não mordo. - ela diz sorrindo. Depois completa: - Muito.

Então ela beija ele apaixonadamente.

 

Lauren e Jack dançaram, porém não muito. 

Inclusive, assim que entraram na sede dos Arcanjos, ele com as mãos nos bolsos de trás do shorts dela e ela com uma garrafa de vinho numa mão e outra num dos braços dele, ouviram um estrondo alto e seguiram o som, até a mesma porta de carvalho que Holly e Hugo. 

Lauren olhou para Jack, que deu de ombros e piscou os olhos castanho-esverdeados. A ruiva pega na maçaneta e abre-a delicadamente, o som da porta se abrindo viajando pela sede. Os olhos de Lau brilham ainda mais verdes e a pele de Jack se arrepia. 

Seguem eles então pelo mesmo corredor que o casal de Anjos passou um pouco antes, até a primeira janela. 

- O que pode acontecer de pior? - Jack dá de ombros. 

- Morrermos? - Lau franze o cenho e Jack gargalha alto. 

- Amo seu otimismo. Vamos, flor. 

Lau dá de ombros e segue Jack, enfiando os saltos agulha da gladiador na brita branca, até chegar na escada de pedra. A ruiva então passa na frente do namorado e puxa-o até a primeira curva da escada e, com ele um degrau abaixo, eles se beijam. Jack então segura Lauren no colo e leva-a até o topo da escada, até um pátio pequeno com chão de pedra, com estátuas de Anjos e Deuses, cercado pela mesma floresta, e no lado oposto uma coluna alta ao estilo greco-romano jorra água até um pequeno lago, que segue calmo até uma queda da água de aproximadamente um metro, tornando-se um córrego fino que segue floresta adentro. 

- Puxa. Esqueci meu kit-picnic. - Brinca Jack e Lau apenas revira os olhos. 

Jack se ajoelha e coloca Lau delicadamente ao lado do lago, em cima de alguns musgos e  as mesmas flores brancas da escada. Em seguida ele passa uma perna por cima do corpo dela, ficando por cima da garota, e afaga seus cabelos ruivos, enquanto ela olha para a Lua acima de suas cabeças. 

- Que as estrelas presenciem mais uma vez o nosso amor. - Jack passa o polegar pelas fracas e poucas sardas que Lauren tem escondidas no nariz. 

- Minhas estrelas ou as estrelas do céu? - Lauren ri. 

- Ambas. Eu te amo, Lauren Black. De todo o meu coração.  

- Eu te amo, Jackaley Barker. Eu te amo por inteiro

Jack, sem conseguir se segurar nem por mais um segundo, finalmente beija Lauren selvagemente, como sempre sonhou.

 

Depois de algumas cervejas, James puxou Lucinda até atrás de uma pedra. O luar em contraste com as ondas fracas cria um cenário deslumbrante enquanto o casal se beija, com o rapaz deslizando sua mão pela costas da moça, chegando até sua bunda e pousando lá. Ela não se importa, ambos estão bêbados, então ela desliza sua mão pela barriga dele colocando a ponta dos dedos para dentro de sua cueca, fazendo-o arrepiar.

Nem precisam trocar palavras para começarem à andar até o quarto dela.

Porém, entrando na sede vêm Finn ajeitando uma tapeçaria na parede onde antes não existia alguma. O rapaz olha por cima do ombro, preocupado, então segue escada acima. Jem e Luce se aproximam da tapeçaria, que tem um grande Gabriel com as asas abertas e o peito estufado, e puxam delicadamente para achar a porta, cuja nunca tinham reparado. Luce abre a porta sem pensar duas vezes e puxa um relutante James.  

Chegam eles até a porta de carvalho fechada, no meio do corredor. Luce abre a porta e passa por ela mais uma vez e James, com o álcool começando a causar-lhe leve insanidade, passa direto e uiva alto, fazendo Lucinda gargalhar. 

A porta dá para uma salinha com as paredes entalhadas ao estilo barroco, indo até uma curva que dá direto a uma escada de mármore branca, larga e com corrimãos trabalhados, iluminado por candelabro de cristal, empoeirados. No topo da escada, duas Gárgulas negras dão começo a um corredor largo, com chão de granito e paredes de mármore, com candelabros a cada dez metros, as paredes com castiçais entre inúmeras portas de carvalho, porém o corredor estava completamente apago. Somente dois castiçais estavam reluzindo, emoldurando duas portas mais simples. 

Luce segura na maçaneta de um lado e Jem do outro, eles dão as mãos e abrem juntos a porta, com um estrondo que ressoa por todo o corredor. 

A morena retira delicadamente um dos castiçais da parede e ilumina a sua frente, mas dá com o nariz numa porta de vidro. Mais uma vez, os dois abrem a porta ao mesmo tempo. 

Era o pomar mais lindo que ambos já tinha visto. 

Tinha aproximadamente 10 metros de altura, com kaizukas altas traçando o caminho até uma escadaria baixa, que levava até um lago cristalino com vitória-régias e uma fonte de querubim de 20 metros de comprimento. Circundando o lago, peônias vermelhas, rosas e roxas, emolduradas pelo piso bege, com ainda mais coloridas peônias ao redor, e buchinhos e lírios rosas e hibiscos brancos e rosas marrons e todas as flores e plantas que Lucinda achava maravilhosas. 

Lágrimas vieram aos seus olhos quando se virou para James, que olhava para o teto de vidro. Através dele, gotas caiam e faziam um delicado barulho no vidro. Nas vidraças abertas nas laterais do pomar, o vento noturno enchia as flores, as folhas e os cabelos de orvalho. James plantou os olhos verde-escuros em Lucinda, analisando seu rosto bochechudo. 

- Você é linda. - É tudo o que ele consegue dizer. Luce olha para ele, que flexiona o maxilar e engole em seco. 

- Com toda essa beleza, você ainda consegue me ver? 

- Porque você é mais linda que tudo isso. Mais linda do que jamais pude sonhar e, ah, como eu sonhei com você. 

- Eu te amo. Completa e totalmente. - Luce se aproxima e dá um selinho em Jem, segurando suas mãos. - Minhas mãos são suas mãos...

- Meu coração é seu coração. - Os dois completam juntos.

 

James tira levemente a roupa dela, enquanto ela tira dele, depois Lucinda cai sentada na mureta que separa os Lírios brancos dos rosas, com Jem tropeçando e caindo por cima dela. Ela abraça sua cintura com as pernas.

James pega um envelope pequeno e metálico no bolso e beija-a, mas não cosegue colocar a proteção e começa a bufar. Ao abrir os olhos, Lucinda vê que ele está nervoso, com uma expressão empenhada. 

- Você pode me ajudar? - Pergunta, olhando para ela com cara de 'cachorro que caiu da mudança'.

- James? - Ela chama calmamente e ele volta a olhar para ela, - Você é virgem? - Jem balança a cabeça afirmando e Lucinda cai na gargalhada e em seguida tapa a boca com a mão.

- O quê? - Ele pergunta com o cenho franzido.

- James Salazar, que tinha, e tem, centenas de garotas no calcanhar, é virgem! - Fala ela, rindo ainda mais. 

- Estava esperando a pessoa certa...- Então para de tentar colocar a camisinha, e baixa os olhos, analisando a situação. 

- Eu? - Ele assente. - Você tinha certeza de que conheceria essa pessoa? E que seria, bem, eu? 

- Eu esperava que meu amor fosse suficiente para te conquistar. Nem com todos os declínios da minha vida me tiraram as esperanças de que um dia te teria. É o que o amor faz com as pessoas, sabe? Agimos feito idiotas, mesmo que possivelmente seja inútil... - fala, deixando os olhos da garota cheios de lágrimas. 

Levantando dois dedos e fazendo uma rodelinha com a outra mão, ela finalmente explica:

- Você encaixa na ponta e desenrola... - Quando ele abaixa os olhos para então voltar com cara de criança que ganha doce, Luce não pode deixar de rir e beijá-lo, sentindo um largo sorriso.

 



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