História Immortals - Confident

Tiveram aulas pela manhã, quase todas juntas. Descobriram que tanto Jack quanto William queriam cursar Direito, Alice cursaria Economia, Lauren, James e Holly queriam Medicina, Hugo era da Engenharia Civil e Lucinda era de Física. As aulas eram realizadas no prédio chamado Central de Inteligência, que ficava atrás da Casa Grande.

Depois, Finn conduziu os oito pelo caminho Norte até um prédio de vidro chamado Centro de Treinamento Arcanjo. Outros quatro formavam o Bloco CT. 

- Bem-vindos ao Centro de Treinamento. Eu sou Hanna. - disse uma mulher miúda e negra, no Hall do prédio. - Aqui serão realizadas aulas extracurriculares. Do lado de fora temos os campos de corrida, futebol americano, futebol, basquete e handebol. No quarto andar temos as salas de dança, capoeira e ginástica artística, no terceiro temos esgrima, arco e flecha e uma piscina olímpica, no segundo temos dois ringues de lutas em geral e um octógono. Aqui no primeiro andar temos o Hall da Fama, ou seja, todos os prêmios que o Arcanjo já ganhou e a Enfermaria.

Todos olharam em volta, mas tudo o que viram eram quatro paredes brancas, uma máquina de refrigerantes, uma de comida e uma de café, além de uma porta branca com a palavra "Enfermaria" nela. 

- Não vejo nenhum prêmio. - Lauren fala antes que os outros se manifestem, com a mesma dúvida.

- Normal. - Finn descruza os braços e aponta para os oito adolescentes. - Vocês são a primeira turma que o Arcanjo já teve. 

- A primeira? - Alice olha para as colegas de quarto. - Mas e aquele pessoal sentado conosco ontem pela janta?

- Zeladoras, instrutores e coisas assim, que trabalham no setor Arcanjo.

- Ótimo, mas agora vamos treinar, Arcanjos? - Hanna bate as palmas de maneira estridente, e os alunos vão para os outros andares.
 

Jack e Lucinda foram direto para um dos ringues no segundo andar. 

- Então você luta Krav Magá? - Jack pergunta para Lucinda enquanto enrola a faixa branca nos dedos. 

- Faixa preta no judô e bem, também luto boxe e chute boxe. - Luce dá de ombros. - Por quê?

- Sei lá. Me sinto meio mal por lutar com você. - Jack dá de ombros, começando a enrolar a outra mão.

- Ah, não sinta. - Luce sente seu sorriso aumentando involuntariamente.

- Lucinda. - Jack amarra a fita e olha para a morena.

- Jack? - Luce levanta uma sobrancelha.

- Você é amiga da Lauren, certo? - Ele fala meio confuso e Luce solta uma risada. 

- Acho que sim, considerando o fato de que nos conhecemos ontem. Por quê?

- É que... - Jack pensa um pouco e coça a nuca. - Ela é tão gente boa como parece?

- Ah. Ela é meio agressiva e mão grossa, mas no fundo é uma flor. - Luce olha para os pés e ri. - Você está afim dela, né?

- É tão óbvio? - Jack franze o cenho.

- Óbvio? Nah. 

- Ah. - Jack parece aliviado.

- Cara, até ela já notou. - Luce completa rapidamente.

- Ai meu chimbau. - Jack apoia a cabeça entre as mãos. - É estranho, nunca senti vontade de agarrar alguém e beijar desde o primeiro momento que vi.

- Até ela. - Luce completa e baixa os olhos. Jack olha para ela e sorri.

- James? 

- Uau. É tão óbvio? - Ela revira os olhos e sorri também. Jack parece pensativo por alguns estantes, olha para as mãos e dá mais uma apertada na faixa da mão.

- Eu tive uma ideia. - Ele diz finalmente.

- E eu fiquei com medo. - Lucinda diz e o loiro ri mais uma vez. 

- Não. Você me ajuda com a Lauren e eu te ajudo com o James. 

- Acho digno. - Luce se levanta e prende os cabelos em um coque cebola. - Cada soco uma dica, fechou?

- Então vai ser boxe? - Jack se levanta também e Luce concorda com a cabeça.

- Prepare-se para me dar muitas, muitas dicas. - A morena se vira e o sorriso em seu rosto é tão largo quanto o do Joker.

Holly e Alice suspiraram assim que entraram na sala de dança. 

O chão era de madeira clara, tão polida e brilhante que mais parecia um espelho. Falando em espelhos, as quatro paredes e o teto eram só espelhos, incluindo a porta pela qual entraram, além de tudo ser contornado por uma barra de alumínio. O pé direito tinha no mínimo três metros e meio e um lustre de cristal pendia do teto. 

- O pessoal daqui tem um fetiche por lustres, né? - Holly franze o cenho.

- Eu acho que isso é um candelabro. - Alice dá de ombros. - De qualquer forma, você é do balé, certo?

- Isso. E você? 

- Também. Será que deveríamos montar uma coreografia ou algo assim?

- Acho que sim, mas por via das dúvidas vamos falar com a Hanna e o Finn. 

- Ok. - Alice dá ombros e sai da sala, com Holly indo atrás.
 

Acharam eles na quadra de basquete onde Lauren, James e Finn jogavam contra Hugo, Hanna e William.

- Existe uma clara desvantagem aí. - Holly ri.

- Por quê? - Lucinda chega suada ao lado de um Jack de olho roxo. Os dois. E a boca inchada. 

- Não duvide de garotas. - Jack franze o cenho. Ou tenta. - Nunca duvide de garotas. Vai ser o meu lema. Vai estar na minha lápide. - Ele suspira.

- Então... -  Hô tira o olhar confuso de Jack e olha para Luce. - Finn é uma droga e o Hugo é gigante.

- A Lauren também é alta. - Alice dá de ombros. - Não se pode dizer o mesmo de Jem. 

- O que eu não entendo, é como ele corre de calça jeans. Skinny. -  Jack olha pensativo para o amigo. 

Logo o jogo acaba e o time de Lauren ganha, não muito distante do outro. Holly e Alice descobrem que elas devem montar um mini musical com coreografias de Jazz e Balé. 

- Nós temos que cantar? - Alice franze o cenho.

- Uau. - William dá um tapinha em seu braço. - Isso seria épico. 

- Rá-Rá! - Alice fala irônica, mas descobre que a resposta é não. 

Depois jogam mais basquete, sem Finn e Hanna, com os times divididos da seguinte maneira: Jack, Holly, Hugo e William num e Lucinda, James, Lauren e Alice no outro. 

Mais uma vez, o time de Lauren ganha.

Quando foram para os dormitórios estavam todos tão soados e cansados que correram para os quartos. Antes de ir, Finn puxou o braço de Jack, que deu um leve choramingo. 

- Notei que você e a Nightshine se deram bem. 

- É. - Jack engole em seco quando Finn aproxima o rosto do dele.

- E você quer sair com ela?

- Não sei. Eu quero? 

- É que eu conheço um lugar legal. - Finn dá de ombros, soltando o braço de Jack, e o loiro relaxa. 

- É muito longe do campus? - Jack começa a ter uma ideia. 

- Na verdade é no campus.

- É o Bread? - Ele cita a padaria atrás da Casa Grande, perto da Cornucópia. 

- Nah! - Finn faz cada de desgosto. - A Bread é uma padaria sem graça e totalmente out. Estou falando dum pub clandestino.

- Dentro do campus? - Jack arqueia as sobrancelhas, quase sem sentir mais a ardência dos hematomas. Luce não deixou nada absurdamente doído, só meio arroxeado e ardente. 

- Isso. Dentro dos bosques. Mas você precisa de uma senha para entrar.

- E...?

- Teoricamente, nós que "comandamos" - ele faz aspas com os dedos. - deveríamos dar as senhas só para os veteranos festeira, bebedeira e zoeira dos dormitórios. Mas no Arcanjo nunca tivemos nada assim nem, bem, alunos.
Finn olha para trás de Jack, enquanto o loiro pensa em alguma coisa. 

- Essa senha é compartilhada?

- Não. - Finn pensa um pouco. - Na verdade sim. O Arcanjo compartilha a senha com o Arcanjo. É uma senha por dormitório e depois mais uma geral quando não se é mais aluno. 

- E qual a senha do Arcanjo?

- Ah. - Finn sorri torto. - Você não vai acreditar quando eu te falar, cara.