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História Imoral. - Capítulo único - Rogai por nós, pecadores.


Escrita por: Kobatos

Notas do Autor


(◕‿◕✿) Fanáticos religiosos: Por favor, mantenham uma distância saudável de 666 metros. Obrigada. (◕‿◕✿)

Capítulo 1 - Capítulo único - Rogai por nós, pecadores.


Fanfic / Fanfiction Imoral. - Capítulo único - Rogai por nós, pecadores.

“Acostuma-te à lama que te espera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
a mão que te afaga é a mesma que te apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
apedreja essa mão vil que te afaga,
escarra nessa boca que te beija”.

Versos Íntimos — Augusto dos Anjos.

17 de Janeiro.

Ave Maria,

Gratia plena.

O fato era que Park ChanYeol o matava.

Mas se fosse para morrer pelas mãos daquele que tanto amava, Byun BaekHyun não se importava nem um pouco com isso.

Estava novamente ao mercê de seus lençóis perfeitamente brancos, deixando que suas costas se curvassem em êxtase ao implorar para que ele domasse seu corpo, fazendo-o ter sensações que há tanto havia esperado para conseguir. Indecências eram sussurradas, suor escorria de suas têmporas e a temperatura fervilhava próxima ao orgasmo. Deste modo, o Byun obrigou-se a ir para frente, permitindo que as unhas curtas marcassem o território que lhe pertencia. Arranhou ChanYeol descaradamente ao gemer o nome dele, balbuciando alguns xingamentos típicos e implorando por mais.

Sempre implorando por mais.

Observou e sentiu o sangue arrancado da pele alheia escorrer por seus dígitos, manchando seus dedos de carmim vívido, e sorriu descaradamente ao conseguir o que queria com o feitio. Contudo, suas madeixas escuras foram puxadas para trás em seguida, e aquilo fez com que seus lábios entreabertos gritassem deliciosamente em resposta. O ato antecedeu um sorriso de escárnio dos mais descarados e olhares fixos banhados em luxúria.

— Isso, ChanYeol. Você sabe que é assim que eu gosto — afirmou sem pressa enquanto seu dorso continuava em movimento. — Me deixa sentir você.

Pois para BaekHyun, cada pequena parte de Park ChanYeol era sua propriedade, e ele deixava isto bem claro; fosse seu corpo, fosse seu sangue, fosse sua alma.

Nunca deixaria ninguém tomá-lo, mesmo que tivesse que morrer para isso. Sua vida não lhe dava o direito de abrigar ou nutrir sentimentos por ninguém além de si mesmo, mas não conseguira fugir por muito tempo. Ao primeiro encontro, BaekHyun confessara que tudo o que parecia existir na atmosfera entre eles era a necessidade de se ter um ao outro. Ao segundo, tudo o que exalava era a obsessão crescente do mesmo, seu desejo de vê-lo de novo, de torná-lo seu com todas as letras e formas.

Fazê-lo ceder.

E certamente não demorou muito para ChanYeol dar trelas as conversas recheadas de cantadas baratas, aos beijos provocativos que tinham o leve aroma de menta misturada ao cigarro, e o sexo com o toque dos sete pecados.

O problema é que o Byun sempre fora uma criatura petulante.

Acreditava estar no direito de mantê-lo em sua utopia, deixando-o dependente de si como se ele fosse uma droga, um vício indomável. E o pior de tudo, era que ele acreditara ter obtido. Alcançou seus planos como se fosse simples demais fazer com que ChanYeol se tornasse uma boneca frágil de porcelana em suas mãos.

Fazia tudo para conseguir seus objetivos.

Sempre fora assim.

Viu-se obrigado a desprender-se destes pensamentos ao perceber que ChanYeol o fitava com afinco, como se pudesse enxergar tudo o que ele imaginava. Sentiu as mãos dele percorrerem por seu pescoço, sua nuca, parecendo saborear a sensação que sua tez alva possuía. O Park puxou-o para si com certa imprudência, fazendo-o arfar. Selou seus lábios aos dele, em um contato que não demorou muito para se tornar profundo e excitante.

O corpo do menor arrepiou-se involuntariamente em desejo.

Tudo o que ChanYeol fazia consigo se tornava extremamente instigante.

Era um beijo afoito, quase desesperado.

Um beijo dos mais impudicos.

Roubava-lhe a alma. 

Daqueles que BaekHyun amava: Porque não tinha mais nada a perder.

Seu corpo continuava a subir e descer em um ritmo que começava a tornar-se desacelerado. O ar era escasso e sua garganta parecia formar nós que precisavam ser devolvidos ao âmago. Seu rosto adornava a mais pura expressão de prazer. O delineador que usara para demarcar o olhar chegava a escorrer por sua bochecha, manchando-a como prova do sacrilégio que cometia.

Percebeu que ChanYeol mudou sua posição e aproximou o rosto para a direção de sua orelha; o hálito quente resvalou-se em seu lóbulo perfurado com duas argolinhas de prata. O anélito ofegante tão perto de si era como um deleite para BaekHyun; um pequeno detalhe o faria enlouquecer completamente.

E o pior — (ou melhor) de tudo — era que ChanYeol sabia disso. O pedido veio como uma arma e provocou espasmos involuntários:

— Goza pra mim, BaekHyun.

Aquele foi o ponto final.

Qualquer coisa dita seria uma ordem para si. 

Seu corpo de estatura média cedeu rapidamente, chegando ao ápice e dando-se por vencido de imediato. 

Sentiu ChanYeol tortuosamente desvinculando-se de si para que pudesse então se deitar, parecendo exausto. O fôlego de BaekHyun encontrava-se em ritmo descompensado ao deixar que o colchão da cama se tornasse por fim o teu abrigo. Suas costas bateram contra o mesmo, causando uma sensação macia e acolhedora.

Olhou para o lado de soslaio, percebendo que o Park ameaçava fechar seus olhos a qualquer momento e cochilar. Não pôde deixar de sorrir ao contemplar aquela cena adorável. Aninhou-se para perto dele, sentindo o calor de ambos aumentarem com a fricção. Suas pernas enlaçaram-se as de outrem e um selar foi depositado em sua testa, fazendo um barulhinho de estalo.

— Satisfeito, senhor Park? — Indagou-o, ao que o outro assentiu em resposta. — É tão broxante você dormir depois de transarmos... Sabia? Queria uma segunda rodada, mas você não aguenta sequer um oral. É decepcionante.

— Não diga isso quando consigo sentir o quanto ainda está excitado, seu idiota — ele riu. — E é claro que aceito o oral, obrigado por oferecer.

 — Vá se ferrar — o empurrou. — É sua vez agora. Acha que estou aqui para satisfazer suas vontades?

— De modo algum. — ChanYeol respondeu, levantando-se um pouco para encará-lo, causando certa surpresa no outro. Seus dedos trilharam o abdômen nu de BaekHyun, provocando-o. — Mas eu estou aqui para satisfazer as suas, se quiser.

O Byun tentou responder que ele era um completo arrogante convencido, mas foi impedido quando os dígitos do Park tocaram em sua ereção, iniciando movimentos lentos e moderados apenas para que fosse possível observá-lo gemer baixinho e calar-se de suas prévias reclamações.

— Agora seria interessante você ficar quietinho e me deixar te foder em paz, Byun... Porque eu sinceramente adorei sua ideia.

Como confirmação, BaekHyun mordiscara seu próprio lábio inferior e sorrira indecentemente; com pudor. Beijou-lhe em resposta, enquanto sentia mais uma vez o desejo apossar-se de si por completo.

E com isso, por conta do pecado, eles iam pouco a pouco se quebrando em uma constante desarmonia. 

20 de Fevereiro.

Dominus tecum

Benedicta tu,

 BaekHyun soltou a fumaça de seu cigarro para um canto qualquer do apartamento, deixando que a substância fosse se misturando ao ar. Seu corpo parecia estar sendo perfurado por cem facas ao mesmo tempo, visto que o frio era no mínimo cortante naquela noite. Entretanto, não se deu ao trabalho de fechar a janela, já que apesar de estar sentindo a brisa gélida, ele gostava daquela sensação. Aproximou-se do parapeito da mesma, permitindo que seus pés descalços tocassem o assoalho ao fazer isso.

Debruçou-se ali apoiando o rosto em suas próprias mãos, ainda tragando com precisa lentidão, saboreando. Soprou uma mecha de seu cabelo liso, fazendo-a ir para cima e tirando-a de sua testa, a fim de que aquilo parasse de incomodá-lo. Não tinha uma visão privilegiada do lugar onde se encontrava, mas era bom ver as pessoas que vez ou outra passavam pela rua distraidamente. Coçou sua nuca, nervoso, e percebeu que aqueles eram os primeiros sinais. 

Estivera sentindo certa falta de ChanYeol.

Odiava firmemente quando o outro insistia em desaparecer ou não mandar notícias por vários dias seguidos. Sabia que suas vidas eram diferentes, mas não podia evitar querer que eles passassem mais tempo juntos. BaekHyun era insolente, já que no fundo, inconscientemente, ele realmente acreditava que algum dia ChanYeol iria desistir das obrigações que tinha para com a igreja por sua causa.

O garoto percebia como o catolicismo era irresponsável: Eles nem sequer se preocupavam com o que um candidato a se tornar padre fazia com sua própria vida. Não tinham a mínima ideia de que ChanYeol sempre encontrava um jeito para escapar de todo aquele mundinho utópico e se encontrar com BaekHyun. Mas por outro lado, se os descobrissem, o Byun não gostaria de imaginar o que poderia acontecer. Pensando nos míseros fatores, Park seria com certeza expulso da instituição e renegado por todas as outras.

Tudo deveria continuar sendo um segredo muito bem guardado embaixo de sete chaves — ou palmos.

BaekHyun se encontrara com ChanYeol em um dos muitos becos escuros de sua vida. Um lugar completamente esquecido por Deus e até mesmo pelos meros mortais. Tudo o que carregava consigo era a sua frustração: Fumava cada cigarro como se fosse o último, beijava pessoas que mal conhecia, cometia o pecado da luxúria com qualquer um que lhe desse a oportunidade para que ele pudesse se entregar. Uma vidinha completamente mais ou menos, como o próprio dizia.

E foi em uma destas noites onde decidiu que faria um padre pecar.

Porque em sua concepção, aquilo era divertido demais para perder a oportunidade.

Conheceram-se em um bar, onde ChanYeol confessou-lhe que aquela não era sua escolha; ele queria estudar e fazer algo que envolvesse música. Era um rapaz alto, bonito, de cabelos castanhos e trejeitos marcantes. Mesmo com os planos, sua família era contra tudo o que tinha em mente para seu futuro, e ele não queria decepcionar as pessoas que tanto amava, principalmente sua querida mãe, uma católica fervorosa. Ambos beberam, jogaram conversa fora, e trocaram toques que foram o suficiente para fazer com que cedessem e fossem para a cama.

Isso é uma loucura”, BaekHyun se lembrava de ChanYeol dizendo  a cada cinco minutos durante a primeira noite.

Mas o engraçado era que ele não parava de beijá-lo, tocá-lo, desejar o corpo de Byun, mesmo que aquela fosse a última coisa que faria como pecado em toda a sua vida.

O que não foi.

ChanYeol sempre deixou bem claro que não jogaria tudo para o alto e se deixaria levar pelos desejos carnais. O que ele tinha com BaekHyun — segundo as palavras do mesmo — não passava de sexo, e nunca poderia haver sentimento por trás.

O problema era que aquilo não serviu para evitar que o pequeno se apaixonasse. 

Ele sabia que nunca seria correspondido, mas se desprender de certas coisas era trabalhoso demais para si. 

Um ano se passou em um piscar de olhos; com isso o segundo, e assim, o terceiro.

E eles continuavam insistindo em matar um ao outro. 

Incansavelmente, sem parar.

Byun BaekHyun era uma simples alma perdida... Talvez não valesse o esforço.

Ele não tinha uma família ou qualquer outra base para se apoiar quando tudo estivesse perdido. Foi expulso de casa aos quinze anos de idade, logo após ter sigo pego transando com um vizinho no quarto de seus pais. Sabia que tinha feito algo errado, mas não era preciso que as medidas fossem tão drásticas assim. Tentou se reconciliar, mas depois de ser ignorado tantas vezes por sua mãe ou seu pai, ele colocou em sua cabeça que seria melhor esquecer. Ser bem aceito nas ruas foi outro ponto que o impediu de voltar; existiam mais pessoas ali do que ele esperava, e as histórias eram iguais ou piores do que a sua.

Havia, mesmo que de modo subtendido, compreensão

Nos primeiros meses viu-se sendo obrigado a dormir com qualquer um para conseguir ao menos se alimentar no fim do dia. Felizmente, encontrou um emprego em uma loja qualquer de conveniências e depois de um tempo alugou um apartamento simples em um bairro miserável de Seul, onde muitos nem sequer se atreveriam a pisar.

O que não lhe impediu de continuar com a sua vida sexual desenfreada, é claro. 

Seus vizinhos diziam que ele era um demônio, e tudo o que fazia em resposta era rir. 

Como se não soubesse disso.

Foi tirado de seus pensamentos ao ouvir o barulho de batidas eufóricas em sua porta, como se alguém estivesse desesperado para entrar ali. Caminhou por entre a sala, apagando o cigarro em um cinzeiro que ficava na mesa de centro do cômodo. O ruído continuava incessantemente, e ele chegou a praguejar por isso.

— Estou indo — gritou antes de se aproximar da porta e empurrar a maçaneta para baixo, girando a chave.

Um alvoroço foi feito por quem acabara de bater. BaekHyun chegou a se assustar, mas assim que conseguiu ter uma visão mais clara, um sorriso de canto adornou seus lábios.

— ChanYeol!? — Exclamou ao abrir passagem para que ele pudesse entrar, fechando a porta logo em seguida.  — O que você está fazendo aqui? Não estava te esperando.

O Park andou por toda a extensão da sala de um lado para o outro, parecendo não se sentir a vontade. Era visível que algo grave tinha realmente acontecido para que ele estivesse naquele estado. Acabou por fim se sentando no sofá, passando as mãos por seu próprio rosto cansado e com olheiras, virando-se para o outro que continuava olhando-o sem entender absolutamente nada.

— Nós precisamos conversar — o tom de sua voz era sério, firme.

— É claro, mas o que aconteceu? Você está péssimo — foi se aproximando sorrateiramente até se sentar ao lado dele. 

— Eu acho que o meu superior descobriu sobre nós — jogou a bomba sem prévio aviso, o que causou em BaekHyun algo que ele definitivamente não gostaria de sentir.

— Mas como assim? Você tem certeza absoluta disso? — Questionou. 

— Pra ser sincero, não. — Seus olhos estavam marejados. — Mas eu acredito que ele esteja desconfiado... Eu fiquei tanto tempo sem dar notícias por esse motivo. Se isso chegar até a minha família, eu estou morto. 

— Fique calmo, ChanYeol. Você ainda não sabe se é mesmo verdade — falou, tentando tranquilizá-lo. — Olha, pode ser apenas uma impressão ruim —.

— Vamos acabar com isso. 

As palavras foram ditas em um sussurro breve, porém preciso, causando interrupção na fala de Byun.

Não havia emoção por trás delas, apenas uma única ordem.

Ordem esta que aparentemente não estava sujeita a mudança.

— Precisamos parar com tudo. Você sabe... Nada disso é certo.

— ChanYeol, nós já passamos da merda dessa fase — BaekHyun revirou os olhos. — Você se lembra do ano passado, quando pensamos que tinha acontecido a mesma coisa? Então, não aconteceu. Pare com a porra desse drama.

— Você não entende — afirmou. — Não sabe o quanto é difícil pra mim! Eu deveria estar seguindo o celibato! Mas eu estou aqui, durante quase três anos transando com você! Uma hora ou outra isso vai ter que acabar, e preciso que termine agora!

Difícil para ele

BaekHyun sentiu uma veia de raiva pulsar em sua testa. Ele se levantou, irritado:

— Você precisa? Ah, claro, e que belo comodismo! Quer saber o que eu penso? — Esbravejou. — Eu quero que você se foda, ChanYeol! Quero que você morra enquanto reza suas baboseiras inúteis! Não vem dizer sobre o que é difícil ou não, seu filho da puta.

— Eu estou estudando para me tornar um padre, eu não posso continuar com isso! No princípio, eu cedi a você, mas agora eu não posso mais pensar assim. — Desviou seu olhar, parecendo arrependido. — Logo eu estarei diretamente ligado com a igreja, meus pecados precisam ficar no passado, e eu ainda posso recomeçar!

— Você é tão hipócrita! — Sorriu irônico. — Acha mesmo que vai conseguir se redimir? Você é um pecador, seu imbecil. Sempre foi e sempre será! Eu conheço você melhor do que ninguém, esqueceu? Posso estalar os dedos e acabar com sua vida.

— Isso é uma ameaça, BaekHyun? — Riu sem humor. — "Quanto mais doce a língua, mais afiados os dentes." Eu acho que essa frase é mesmo verdadeira, não é?

— O que você quer dizer com isso? 

— Acho que o meu pior erro foi ter te conhecido — o menor sentiu aquelas palavras lhe rasgando por dentro. — Pensei que fosse me entender, mas vejo que eu estava errado. 

Entender você? Entender que não quer ser um padre e por isso vem aqui trepar comigo para descontar suas frustações? Poupe-me do caralho do seu eufemismo.

— Eu estou cansado disso tudo. E cansado de você, também — ChanYeol levantou-se sem relutar.

— Onde você está indo? Acha mesmo que eu vou aceitar ser rejeitado assim? — Segurou a barra de sua blusa, fazendo com que o Park olhasse para si.

— Você não precisa aceitar nada. Eu estou indo embora, e você tem que lidar com isso — fez com que ele o soltasse. 

— Se você passar por aquela porta, saiba que eu não irei atrás de você.

— Não estou pedindo que faça isso. — Complementou. — Não se preocupe, eu não vou precisar voltar pra você. Depois disso, não mais.

— Não imaginei que você fosse tão horrível assim — praticamente cuspiu aquelas palavras.

— Eu também não, BaekHyun. Sinceramente, eu também não imaginei.

Incrédulo, ele viu ChanYeol sair pelo mesmo lugar que coincidentemente já entrara inúmeras vezes, e o observou até que ele sumisse de sua visão.

 †

15 de Março.

In mulieribus

Et benedictus,

 A verdade era que BaekHyun estava arrependido. 

Não conseguia evitar sentir falta da presença de ChanYeol, e este era o pior pecado que ele tinha cometido: Agregar sentimentos em algo que não poderia se concretizar.

O sol naquela tarde lhe incomodava profundamente, e mesmo tendo um lugar para acolhê-lo temporariamente, ele ainda conseguia perceber que o clima não estava nada favorável. Além do óbvio fato de que não se sentia nem um pouco confortável.

Fazia tanto tempo que não entrava em uma igreja, que ainda sentia sua pele queimar.

Só viu sua alternativa ali, pois estava caminhando incansavelmente há horas, e precisava ao menos sentar-se e descansar um pouco, mas aquela foi uma péssima decisão. Cada músculo dentro de si estivera contraindo-se para que ele saísse logo.

Talvez no fundo as pessoas tivessem razão. 

Ele deveria ser mesmo a personificação do pecado.

Três semanas se passaram sem que ele tivesse um mísero sinal da vida de ChanYeol.

E com isso, três semanas nas quais ele fez questão de descobrir tudo o que não sabia sobre ele.

Procurou por todos os lugares qualquer informação que fosse relevante e acabou descobrindo bem mais do que esperava. ChanYeol fazia serviços comunitários em uma paróquia próxima de sua casa. Não tão próxima para que ele pudesse ir caminhando tranquilamente, mas perto o bastante para que a estação de metrô resolvesse seus problemas.

O único pensamento que passava por sua cabeça sem cessar era o de transformar a vida de ChanYeol em um verdadeiro inferno.

Nem que tivesse de enfrentar tudo para fazer com que isso se realizasse. 

 †

 6 de Abril.

 Fructus Ventris tui, Jesu

Sancta Maria, Mater Dei,

Ironicamente, BaekHyun agradeceu a Deus ao perceber que aquela celebração idiota enfim terminara.

Já havia se esquecido da última vez em que tinha insistido em assistir a uma missa. Inteira. Os folhetos pareciam não ter fim, e a cada nova oração exigida ele sentia como se algo o estivesse apunhalando pelas costas. Por que precisavam de todas aquelas formalidades maçantes? Não bastava só chegar até lá e rezar, ou arrepender-se amargamente de seus pecados, para que assim não enfrentasse as lamúrias eternas no inferno? BaekHyun concluiu que suas sinceras desculpas não eram o bastante para que sua santidade divina o perdoasse, o que no mínimo lhe causava repulsa.

Era preciso se ajoelhar, ver os outros fiéis rezarem em silêncio, e, como se não bastasse, comer algo que era feito a base de água e farinha. Aquilo então representava o sangue e o corpo de Deus? Sarcástico, certamente. Mais um dos inúmeros modos para fazer com que o comércio crescesse e continuasse enriquecendo a igreja.

Ele não estava ali para orar e aquilo era límpido como a água cristalina. Tinha outras prioridades e motivos, e para isso que deveria correr agora. Colocou seu folheto no banco achando que aquilo não lhe traria problemas e levantou-se. Todos estavam caminhando para fora do saguão, mas ele não poderia se esquecer de seu objetivo. Foi até o altar, encarando as imagens que pairavam ali. Santos, estátuas, cálices e outros enfeites eram apenas uma pequena parte constituinte do nauseante cenário.

Os organizadores começavam a retirar os equipamentos, como microfones e cestas com as dízimas. Mais dinheiro, óbvio. Como sempre, tudo se voltava para as notas e moedas; para a droga do valor. Mirou outros cantos de um lado a outro enquanto tentava se desprender destes pensamentos.

Conseguiu ver um daqueles “coroinhas” — ou como ele gostava de chamar, os brinquedinhos sexuais dos padres — conversando com o que aparentemente era uma visitante, e fez então menção para caminhar até lá. Não sabia como chamá-lo, então apenas cutucou em suas costas, receoso:

— Sinto muito, me desculpe interromper. Posso falar com você um minuto?  — Forçou um sorriso amarelo ao ver que outro tinha dispensado sua visita para conversar exclusivamente consigo.

— É claro. Você precisa de ajuda, senhor? — Ser chamado daquela maneira fez com que o seu sangue praticamente congelasse, ainda mais quando o garoto parecia não ser mais do que cinco anos mais velho que si.

Ele odiava os dogmas católicos. Odiava todo o falso amor que eles depositavam em um ser sobrenatural apenas para garantirem sua suposta "vida eterna". Odiava tudo neles, tudo.

— Eu estou bem, muito obrigado — sorriu descaradamente para o rapaz. — Só gostaria de uma informação... Por acaso alguém dessa paróquia se chama Park ChanYeol? 

— Ah, sim! Temos um ótimo discípulo chamado ChanYeol — disse orgulhoso. 

"É claro, ótimo." As palavras morreram na mente de Baekhyun antes mesmo de serem pronunciadas. “E tenho certeza de que você adoraria trepar com ele até esquecer a porra do seu próprio nome.

— Por acaso está procurando por ele? — O jovem indagou.

— Na verdade, sim — BaekHyun falou — nós somos velhos conhecidos, sabe? De épocas do colégio. Ele me disse uma vez que faz trabalhos para pessoas que desejam se confessar, por isso imaginei que ele estaria em um desses departamentos. 

— Sim, é claro. — O homem olhou ao redor, procurando por algo que indicasse a presença daquele que o garoto procurava. — Creio que ele está no segundo andar hoje. 

— Se pudesse me indicar onde é eu ficaria muito feliz... Não costumo vir muito em igrejas.

— Deveria criar o hábito, senhor. Deus está em todos nós — o coroinha tentou lhe convencer.

"E o diabo também." Este foi mais um dos pensamentos que ele não teve a audácia de pronunciar.

— Vou tentar, mas nunca se sabe. Talvez um dia eu mude de ideia — mentiu.

Ele nunca, enquanto vivesse, iria idolatrar alguém como sendo o seu salvador. BaekHyun era seu próprio salvador. Se não fosse por si mesmo, não estaria nem sequer vivo. Será que as pessoas realmente pensavam que Deus era capaz de resolver os problemas do mundo? Se BaekHyun não tivesse lutado por sua sobrevivência, Ele não lhe mandaria um milagre.

Tinha certeza absoluta e inquestionável disso.

— Estarei esperando sua presença — se desprendeu de suas divagações ao ouvir a voz do outro chamando sua atenção — quanto ao ChanYeol, você irá encontrá-lo ao subir por aqui.

Apontou, fazendo com que ele seguisse o dedo indicador do mesmo. BaekHyun parou seu olhar em um estreito corredor, este no qual havia uma escada ao fundo. 

— Muito obrigado. — Acenou brevemente antes de começar a caminhar até lá. 

— Deus o abençoe, senhor. — O Byun curvou-se em respeito como resposta, mesmo que repudiasse aquela frase. 

Girou os calcanhares e seguiu seu percurso, reparando nas instalações das igrejas católicas atuais.

Ah, como o dinheiro muda a perspectiva da vida de uma pessoa.

Ele não era tão ignorante ao ponto de pensar que eles não recebiam nem uma ajuda financeira a parte, pois era mais do que óbvio que o piso bem envernizado, as portas em puro mogno, e as correntes de ouro ao redor dos terços tinham saído do bolso de alguém. Achava que era desnecessário tanto luxo assim. Tudo o que eles precisavam era a fé, certo?

Errado.

Desde criança, BaekHyun percebeu em como aquele universo era uma espécie de guerra. Todos se esqueciam do que realmente importava e se dedicavam apenas a mostrar quem era melhor ou superior. Era exatamente por isso que odiava todos eles. Fanáticos religiosos deveriam simplesmente morrer. Teologia não servia pra nada, no fim das contas.

Subiu as escadas ao perceber que estava perdendo tempo demais se dando ao trabalho de pensar em coisas que não atribuiriam nada em sua vida. Olhou ao redor para ter uma noção de onde se encontrava, e seu coração chegou a falhar por alguns segundos ao ler a palavra "confessionário" em um dos corredores. Depois de tanto tempo, ele finalmente conseguiria tirar uma conclusão do que estava lhe incomodando.

Iria decidir se queria ou não continuar vivendo em algo simplório, sem nexo.

Bateu na única porta ainda em funcionamento, usando os nós de seus dedos. Esperou pacientemente por uma resposta, até que a voz vinda do outro lado fosse nitidamente clara:

— Entre. 

BaekHyun engoliu em seco ao ouvir aquele timbre familiar. Seus olhos se estreitaram e ele puxou a maçaneta para baixo, mesmo que estivesse consciente de que sairia de lá mais arrependido do que era possível.

Engraçado em como um lugar que servia para se redimir estava o induzindo a pecar.

Entrou na pequena sala, analisando o que aquilo tinha para lhe oferecer. Tudo o que existia ali era uma vela e uma grade que dava uma visão escassa do outro lado. Além de infinitas imagens católicas, como de costume. Chegou mais perto da base feita em madeira, procurando uma posição melhor.

— Me perdoe padre, porque eu pequei — se ajoelhou no pequeno tapete de veludo vermelho. — E a lista é bem extensa, para ser sincero.

O silêncio se fez presente entre o tecido de voal que separava as paredes. Os olhos de BaekHyun fitavam fixamente o outro lado, sedento por alguma fala.

Ele estava ficando louco.

Com certeza, sua sanidade era algo que não existia mais.

Porém, ele não se importava nem um pouco com isso.

Sua existência era algo efêmero. E, se a sua vida não pudesse continuar sendo compartilhada a de ChanYeol, ele não via um motivo que o fizesse existir.

O inferno lhe aguardava de bom grado, de qualquer forma.

— Não posso te perdoar. Ainda não sou um padre — a voz de Park ditou em um sussurro. 

— E nunca será — provocou. — Padres precisam ser puros, você sabia? Até alguém como eu sabe disso, e eu nunca nem sequer abri a bíblia. 

BaekHyun voltou-se para o bolso de seu casaco feito puramente em couro, tirando um maço de cigarros dali. 

— Nem pense nisso. É uma blasfêmia — ChanYeol advertiu. 

— Eu estou me lixando pra isso. Quero que essa igreja se ferre ou vá para a puta que pariu — continuou tirando a embalagem até ouvir um estrondo inesperado. 

— Pare com isso imediatamente. Não vou deixar que transforme este lugar em algo infame — a janela que separava os dois fora aberta e ChanYeol segurou seu pulso, impedindo que ele continuasse o ato. 

— Mas você pode me transformar em algo infame, não é? Isso só mostra que eu não sou mais importante do que a porra da sua religião de merda — ele tentou fazer com que o outro o soltasse, mas foi em vão; conhecia muito bem a força que ChanYeol tinha quando queria.

— Como você encontrou o endereço deste local? — Foi a única pergunta aceitável que conseguiu fazer. 

— Eu fiz algumas pesquisas e acabei descobrindo deste seu trabalho voluntário — ironizou. — Quem diria que você estaria no confessionário, não é? E então, anda ouvindo muitos pecados por aqui? Tenho certeza de que eles não são piores do que os seus.

— Por favor, saia daqui. Eu não devo satisfações pra você.

— Você não deve satisfações pra ninguém, eu nunca te pedi isso. — Concluiu. — Eu só acho que mereço uma explicação. Você me descartou como se eu não significasse nada na sua vida. Acha que foi fácil lidar com isso? 

— O problema não é você. — Suspirou pesadamente. — E sim a situação. Eu não consigo mais suportar. Não posso mentir para os meus pais, ou para o seminário... Está acabando comigo.

— Mas consegue mentir pra mim. — Disse. — Consegue olhar para os meus olhos e contar a mentira mais deslavada do mundo. Eu sou tão descartável assim pra você? Sou tão fútil ao ponto de que você nem sequer se preocupe comigo?

— Essa não é a questão aqui —.

BaekHyun não deixou que ele terminasse.

Saiu de sua posição e foi até a outra porta praticamente a esmurrando. Estava cansando de manter um diálogo por uma fresta de um confessionário que com certeza precisava de uma reforma. A forma quadrangular que fora cedida para aquela parte ser feita era pequena e nada aconchegante, e ele não gostava disso. O menor não se preocupou em fechar a entrada; tudo o que ele pôde concluir ao olhar para ChanYeol o fitando de volta com uma expressão assustada, foi o quanto sua aparência estava acabada. 

Ele não tinha mais o brilho em seu olhar ou nem mesmo um sorriso gentil. 

Era óbvio que aquela vida não era o que ele desejava.

O Byun se aproximou da cadeira em que ele estava sentado e se posicionou entre as pernas de ChanYeol, abrindo espaço para que seu joelho se encaixasse ali. Seus rostos encontravam-se a milímetros de distância, o que ocasionou diversos arrepios pela extensão de sua espinha dorsal. A respiração de Park era fraca, quente... Manteve-se a mesma; exatamente como BaekHyun se lembrava dela. Não demorou muito para que ambas se tornassem uma só, sentindo que o espaço era algo incômodo para os dois.

Um simples selar de lábios foi o bastante para que o corpo do menor se arrepiasse; ele realmente sentiu falta daquela sensação. Sentiu falta de tocar em Chanyeol, de sentir o calor que emanava de seus poros, de saber que ele era seu. 

Insinuou por um contato mais profundo, porém foi subitamente afastado ao ser empurrado pelas mãos do outro em seus ombros.

— BaekHyun, não faça isso —.

— Me diz, vai. — O interrompeu. — Olhe pra mim e me diga que não quer me beijar de novo. — Provocou. — Me encare bem nos olhos e assuma que não sente a mínima falta de gemer o meu nome. Anda, ChanYeol. Fala! Eu quero ouvir da sua própria boca.

— BaekHyun, já chega. 

— Não! Eu não vou parar até você admitir. É melhor que você fale logo que sente falta de transar comigo, que adoraria me foder de novo. Anda, admite —.

Sua fala fora cortada quando seu rosto se virou e ele sentiu o estalar dos dedos de ChanYeol contra sua pele. Provavelmente aquele tapa deixaria uma marca em si.

Mas não em sua bochecha, pois aquele era o último lugar no qual estava sentindo dor. 

— Já chega. — Voltou a dizer. — Eu não estou aqui para lidar com suas provocações e criancices. Vá embora imediatamente. E por favor, não volte a me perturbar. Acabou, entendeu? Ou é tão burro assim que eu preciso soletrar?

BaekHyun não conseguia respirar.

Sentiu suas pernas estremecerem ao se levantar, o que lhe fez cambalear levemente para trás, incrédulo. Sua visão estava turva e parecia que tudo tinha acontecido em um piscar de olhos. O seu sentimento de obsessão instantaneamente se transformara em algo muito, muito pior.

Ódio.

— Você nunca mais vai encostar em mim — sibilou. — Eu odeio você, ChanYeol. Está me ouvindo? Eu odeio você.

— Eu não preciso mais disso, BaekHyun. Vou apenas orar por sua alma. — Enlaçou um terço qualquer em suas mãos, deixando que os pequenos círculos que formavam as correntes passassem por seus dedos trêmulos. 

— Prefiro que ore por seus próprios pecados. Eu realmente espero que sua vida faça algum sentido daqui pra frente, pois com toda a certeza eu não vou estar nela.

— Eu sinto muito por tudo ter que terminar assim — confessou. 

— Não sinta — aquelas palavras lhe causavam dor, mas mesmo assim elas precisavam ser pronunciadas. — Nem se dê ao trabalho de sentir absolutamente nada por mim.

BaekHyun não deu a liberdade para que ele prosseguisse suas lições de moral ou proporcionou-lhe chance a resposta.

Não daria o direito para que ChaYyeol continuasse o matando.

Ao menos para sua própria vida, ele escolheria a hora de terminar o espetáculo.

  †

Ora pro nobis peccatoribus

Nunc et in hora mortis nostrae,

 O corpo de BaekHyun perdia o próprio senso.

Escorava-se nas paredes daquela estação imunda de metrô, cambaleando de um lado para o outro. A garrafa em sua mão estava além da metade, e ele queria beber o quanto fosse possível para se esquecer de como era miserável.

Sempre fora.

Não culpava ChanYeol pelo que ele havia feito. Não conseguia culpar ninguém por abandoná-lo. Ele era desprezível; alguém desnecessário. Se até mesmo a sua família o deixou sozinho, o que ele esperava de alguém que se encontrava consigo somente para satisfazer seus desejos?

Amor?

Como se isso existisse em seu vocabulário. 

Tudo em sua vida se resumia a uma grande bagunça interminável e pilhas de desentendimentos. Sempre foi assim, e continuaria a ser. Estava fadado ao fracasso ou a solidão, e nenhum destes caminhos lhe pareciam promissores. Por que nada podia dar certo? Nem mesmo uma vez? Era pedir demais que Deus o ajudasse e trouxesse algo de bom?

Sentou-se em um dos bancos desgastados pelo tempo e observou a fraca luminosidade que vinha de um poste de luz. Colocou a garrafa de vidro em um canto qualquer e sentiu as lágrimas descerem de seus olhos. Como se não fosse o bastante para completar o nível deplorável, o ambiente começava a se tornar movimentado. Ele não queria, em hipótese alguma, deixar que alguém o visse naquele estado. Aproveitou para se levantar e ir até o centro da estação, percebendo que uma mulher estava parada ali.

Chegou mais perto, cutucando-a:

— Com licença — atraiu a atenção dela — eu estou um pouco perdido no horário... Gostaria de saber quando o próximo metrô irá passar. Você pode me informar, por favor? — Tentou ser o mais educado possível.

Ela lhe mostrou um sorriso agradável; gentil.

Um sorriso que não via há muito tempo.

— Acredito que daqui a pouco... Na verdade, ele já está atrasado — checou o relógio que tinha em seu pulso esquerdo, se certificando. 

— Muito obrigado. — Não demorou em se afastar, ainda sentindo o efeito da bebida.

Subitamente, a linha amarela desenhada no chão e que ditava o limite do perigo parecia convidativa demais para seus olhos.

Aproximou-se, a passos lentos, sem ter muita consciência do que estava fazendo.

BaekHyun pensou que estava enxergando algo errado.

Sempre passava por ali e via aqueles trilhos, mas eles nunca eram tão chamativos assim. Ao menos, não tanto quanto hoje. Deu mais um ou dois passos para frente, atordoado. Escutava algumas vozes ao fundo, mas elas se assemelhavam a ruídos que ele gostaria de eliminar. Sentou-se na borda da elevação, e tudo o que pôde ser ouvido a seguir foi o impacto de seus pés batendo contra a estrutura de aço.

As vozes continuavam; pareciam implorar para que ele subisse de novo, voltasse para cima ou algo assim.

Ignorou todas elas.

Não queria ser interrompido. 

Conseguiu perceber que alguma coisa estava se aproximando em um ritmo acelerado.

Tic.

Tac.

Sem parar.

Sentiu algo iluminando seu rosto, e aquilo lhe deu, enfim, a sensação de liberdade.

Não pensou ou presenciou mais nada.

Além do barulho de seu corpo sendo estraçalhado.

“Mata-se por tão pouco. Morre-se por tão pouco. Por que não por amor?”

Amen.


Notas Finais


Só para esclarecimentos, essa fanfic é MUITO antiga e ela já foi postada uma vez. Porém, lendo-a novamente há uns meses atrás percebi que ela precisava de uma bela reforma e por isso a excluí do site e refiz diversas partes.
E bom, aí está o resultado final. Peço perdão por não fazer um retorno triunfal com um conteúdo totalmente exclusivo, mas oportunidades não faltarão, prometo.
P.S.: A última frase pertence a um autor desconhecido, portanto não citei as referências no texto. A oração da Ave Maria em latim foi retirada do seguinte site: http://www.acheoracao.com.br/oracoes/128.html
Um beijo da tia Kobatos, e fiquem com Deus. See ya. ♡


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