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História Imparcial - BTS - Arriscar


Escrita por: kiste e TaynaFranca

Notas do Autor


Não corrigi erros ok?

Capítulo 54 - Arriscar


Fanfic / Fanfiction Imparcial - BTS - Arriscar

Tomei cuidado com o barulho da maçaneta, assim que a fechei senti uma mão quente pegar no meu pulso, me virei e era Taehyung com os dedos nos lábios fazendo sinal de que era para eu me manter em silêncio. Ele me puxou para dentro do seu apartamento, encostou a porta lentamente, como se estivéssemos fazendo fazendo algo extremamente errado, conferimos se a passagem estava vazia e subimos para a cobertura.

A noite castigou meu rosto com ventos frios e a alegria de tempos antigos me invadiu. Que momento nostálgico, conseguia lembrar de onde as velas estavam dispostas no dia que Jimin me fez uma surpresa e o sofá em que nos deitamos juntos pela primeira vez, ainda estava lá no mesmo lugar, isso era uma memória feliz apesar de todas as coisas ruins que causei, coisa que queria guardar com imenso carinho.

    ⁃    Aonde você estava com a cabeça? - Taehyung soltou minha mão de forma bruta. - O que você pensa que estava fazendo? - Ele brigava comigo enquanto ia a passos firmes em minha direção.

    ⁃    E-eu... - Eu falei recuando, mas  logo fiquei encurralada contra a parede.

    ⁃    Você sabe o quanto eu fiquei preocupado?! Você tem noção do que eu tava sentindo?! - Ele se afastou por um segundo com a mão na cabeça engolindo a seco, mas logo me deixou sem saida outra vez, nunca o vi tão nervoso assim.

 - Que droga! O que seria de mim se algo acontecesse com você? 

    ⁃    Me desculpa... - Quase gaguejei novamente, seu tom de voz imponente me reprimia, creio que era tudo isso que ele estava sentindo mais cedo na minha sala de estar.

    ⁃    CARAMBA MARIE! Fiquei com tanto medo de te perder! 

    Ele me puxou e empurrou contra a parede, fazendo minhas costas se chocarem, arfei com impacto apesar de não ter doído, apenas me assustado.Taehyung parou e se aproximando devagar, o que fez meu coração acelerar de forma estranho, mas mirou no meu colo e perdendo a postura, deixou sua cabeça pesar e apoiar sobre meu ombro, suas mãos relaxaram, seu peito subia e descia ligeiro afim de controlar sua respiração novamente. 

    ⁃    Isso é tudo culpa minha...

    ⁃    Que? Como você pode dizer que isso é culpa sua? - Eu indaguei, Taehyung tinha esse costume de colocar toda a culpa em suas costas e isso era algo que me machucava, odiava vê-lo se cobrar tanto assim.

    ⁃    Eu não devia ter te deixado. - Queria ver seu rosto, mas ele continuou aonde estava acho que com o propósito de esconder-se mesmo.

    ⁃    Isso não torna nada do que aconteceu sua responsabilidade. - Respondi.

    ⁃    Eu sabia que você não estava bem, sempre soube. - Ele pegou em minha bochecha para finalmente encarar-me nos olhos. - Mas também sabia que você era forte pra lidar com tudo isso sozinha. - Fez-se uma pausa breve e tudo que ouvia era sua respiração voltando ao fluxo normal. - Graças aos céus eu estava certo, mas não quero... - Ele pigarroteou se corrigindo. - Mas eu não posso correr o risco de novo.

    ⁃    Isso quer dizer o que? - Segurei sua mão que estava no meu rosto.

    ⁃    Eu ainda não posso ficar do seu lado, estou correndo o risco de ferrar com muitas coisas... - Ele suspirou. - Mas por você eu faço uma loucura.

- Não quero mais causar problemas pra ninguém. 

- Geralmente eu sou bem aberto a outras opiniões, mas isso não é uma coisa a se discutir, está decidido ok? - O olhei duvidosa do quão errado isso poderia dar e ele percebeu meu receio. - Só confie em mim e eu darei um jeito, tudo bem? 

Taehyung claramente lutava com algo que ia além do seu poderio, então vê-lo propondo algo do tipo para manter nossa amizade viva, era algo de partir e alegrar o meu coração ao mesmo tempo. Entretanto de todos os erros que cometi, e de todos os problemas que gerei, esse parecia o único que realmente valia a pena arriscar.

- Por que você não me conta o que é? - Indaguei enquanto afastava alguns fios de cabelo da sua testa, não conseguia esconder minha frustração e eu sabia que ele deveria estar se sentindo assim também.

Taehyung ficou calado de início e se afastando caminhou a passos lentos até a beirada da cobertura, colocando as mãos nos bolsos da calça de moletom, parecia apreciar o clima frio como ninguém. Eu o segui no mesmo ritmo até chegar-mos na cerca de vidro baixa dando vista de toda a cidade, ele apoiou os braços no batente e fechou os olhos.

- Por que se der errado a culpa será minha, já que somente eu sabia das consequências. 

- Você e essa mania de guardar tudo pra si. - Ele deu um riu um pouco e que alívio vê-lo sorrir assim.

- Teremos que ser cuidadosos.

- Como faremos isso? 

- Espere eu falar com você, darei um jeito sempre que precisar, por hora aqui é um bom lugar para a gente se encontrar, os meninos nem usam esse espaço direito. Então se não fizermos barulho duvido que alguém suba aqui durante a madrugada. - Aquele sentimento de cumplicidade parecia nos unir ainda mais em vez de nós assustar. - Já me adiantando, desculpa por te fazer vir aqui no meio da noite.

- É divertido, me sinto como se tivesse dez anos de novo, indo para a cozinha de madrugada escondida dos meus pais. 

- Como sempre você só pensa em comer. - Nós dois rimos e o clima pesado já tinha se desfeito completamente.

- Sente saudades deles?

- Dos meus pais? 

- Não, Jimin hyung e Yoongi hyung. - Ele mirou seus olhos profundos em mim esperando uma resposta.

- Sinto bastante, mas não é como se eu quisesse voltar atrás, acho que as coisas terminaram do jeito que tinha que terminar. - Desviei o olhar sem jeito para perguntar. - E como eles vão?

- Bem na medida do possível, mas os dois já são crescidos, eu sei que um dia vão superar. Pensando bem, eu devia mesmo te dar uma surra, primeiro por ter largado eles e depois por ter me assutado assim. - Ele fingia indignação e eu não pude controlar o riso.

- A propósito, vou passar um tempo fora. - Eu disse mudando de assunto bruscamente.

- Entendo... - Taehyung pegou minha mão e brincando com a mesma, começou a desenhar com os dedos as minhas linhas de expressão. Não disse mais nada sobre, mas creio estava claro minhas razões.

O quanto eu desejei esse momento? Mais do que se pode explicar. Matar a saudade era como êxtase para minha alma, só eu e meu amigo Tae, ali conversando sobre o que nos viesse a mente, rindo e curtindo o momento descontraído que não sentíamos a tanto tempo.


Notas Finais


Iai, acharam o que meus amorecos?


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