EMILIA
— Arrependimento?
Ele riu baixinho mas o tom da sua estava trêmulo e isso passava uma impressão de que ele estava com medo de que eu estivesse fielmente me arrependido do que fizemos na madrugada, meus sentimentos não eram esses estavam confusos e solitários como se fosse passageiro o amor que dizíamos sentir era uma incerteza forte que aquecia todo o corpo em questão.
Sorri ao olhá-lo e só então percebi seus detalhes, ele era um homem charmoso e bonito com sorriso sincero e coração aberto as mulheres se atraem por homens que se entregam ao momento e vivem na intensidade delas, vibrando na mesma melodia.
— Nem um pouco. — Sou sincera e recordo-me de todas as sensações tidas.
Ele me abraçou apertado e eu me aconcheguei em seu peito até o som alto do meu celular avisar que alguém me ligava.
Ligação on.
— Sim?
— Sou eu, Sebastian.
— Ai meu Deus, que saudades de ouvir sua voz.
— Como se sente?
— Estou me recuperando.
— Tem um tempo para mim?
— O quanto quiser.
— No parque, às dez.
— Estarei lá.
Ligação off.
Sebastian era um amigo de longa data ele tinha ido para a Inglaterra ingressar em seu projeto de arquiteto lá e está de volta em um passeio rápido que absorve informações estruturais da belíssima cidade de Paris, sorri quando desliguei o telefone lembrando de nossa adolescência e infância juntos, sem problemas e paixões.
Senti os lábios de Justin molhar meu ombro esquerdo e olhei para o lado o encarando o mesmo logo acariciou minha cintura me fazendo se escorar em seu corpo malhado.
— Quem era? — perguntou como se não quisesse nada, suspirei.
— Sebastian, um grande amigo meu. —o respondi e me deitei na cama me afastando do seu toque, ele beijou minhas pernas descobertas me dando cócegas. — já está ficando tarde. — o alerto e ele bufou baixinho.
— Que merda. — xingou e eu soltei uma risada.
— Te vejo depois. — lhe dei um selinho e ele se levantou vestindo-se.
Se despedimos rapidamente e eu me apressei em tomar banho e me organizar para ir ao parque me encontrar com Sebastian, coloquei uma roupa de correr e pensei em levar os cachorros mas ainda estava frio e também eles já passeiam bastante com Daise, peguei meus fones e meu celular indo de encontro com o rapaz da ligação não demorou muito para eu estar no local me dito.
— Sinto saudades da nossas corridas matinais. — sua voz grossa me deu um leve susto, eu o abracei fortemente.
— Era nosso passatempo. — comento e ele sorri começando a caminhar comigo.
— Ainda no balé? — quis saber caminhando mais depressa.
— È o meu destino se lembra? — grito para o mesmo que me ultrapassa e ele gargalha.
— Sempre será. —pisca e eu nego com a cabeça tentando lhe alcançar.
Sebastian era a melhor companhia, ele me fazia uma falta gigantesca e isso não era nenhuma novidade fiquei sabendo que ele casado com um homem chamado Steve e que eles moram nos condados de Londres, eu daria tudo para viver meus dias naquela cidade com meu contrato sendo renovado a cada ano na academia de dança mais requisitada da Inglaterra, paralisei um pouco sentir o ar dos meus pulmões se esvaziar e eles queimarem doutor Léo tinha tido que não era bom eu correr mas ele teria que me desculpar.
— Tenho algo para te contar. — se aproximou e eu tirei minhas mãos do joelho o encarando.
— Estou ansiosa para descobrir o que é. — lhe incentivei a continuar e ele ficou tenso.
— Emmy, ele voltou junto comigo.
Eu sabia de quem ele estava falando, mas porque?
Porque naquele momento?
— Ele nunca me perdoou não é? —senti meu peito acelerar e Sebastian encolheu os ombros.
— Eu não sei, ele está do outro lado do parque. — tocou em meus ombros. — te esperando. — me encorajou.
De longe eu o vi, não tinha mudado tanto apenas a barba tinha crescido e o cabelo que estava maior desde da ultima vez que nos vimos, o velho cigarro estava preso nos lábios e a forma como ele parecia ainda um bad boy da escola me assustava um pouco já que tantos anos haviam se passado mas ele estava o mesmo.
O mesmo misterioso da turma de garotos maldosos.
Ele atravessou e meus olhos se enchiam de lágrimas lembrando de como foi nossa despedida e nosso fim, eu não queria ter que reviver aquele momento pois me doía.
— Oi, Emmy. — A voz estava mais áspera e falhada, culpa do cigarro aposto eu.
— Oi, Cole. — existia uma distância severa entre nós, mas eu queria abraçá-lo e ver se era mesmo ele ali.
— Você está mais bonita e cresceu bastante. — tossiu um pouco e eu corri para abraçá-lo sentindo suas mãos grossas e grandes circular meu corpo e dando conforto.
— Me desculpe, não era para ter sido daquele jeito. — solucei e ele me distanciou um pouco dele sorrindo acolhedor.
—Não teria jeito mais maduro que aquele, éramos crianças e não sabíamos o que era amar ainda.—limpou minhas lágrimas. —você ainda é minha Emmy, minha garota exemplar. — alisou meu rosto e depositou um beijo em meu queixo.
— Não sou mais tão exemplar assim. — me recordo e ele negou com a cabeça me soltando, passou as mãos nos fios claros e levou outro cigarro até a boca.
— Eu nunca achei que seria eterno. — sorriu novamente e percebi que até mesmo o sorriso sacana não tinha mudado mas estava mais cafajeste.
Senti meu celular tocar cortando nossa conversa e o peguei vendo que era a Spencer que ligava, bloqueei o celular e enfiei dentro da pequena bolsa presa no meu braço, olhei para o homem à minha frente e suspirei fortemente.
— Continua não sabendo correr? — aqueci e ele soltou a fumaça assentindo. — Então é melhor tentar me alcançar. —debochei e ele me deu dedo, o que me fez gargalhar.
Sebastian eu e Cole ficamos por horas conversando no parque, eu estava feliz por ele ter me perdoado afinal não tinha sido muito maduro da minha parte nossa despedida isso era o que eu achava por todos esses nossos anos mas eu estava realmente alegre com a volta de Cole Sprouse e Sebastian Rouge.
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