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História Impasse - Um Veneno Chamado Amor


Escrita por: DanyStan

Notas do Autor


Boa tarde, mores!
Como estão??
Espero que muito bem e que gostem do capitulo de hoje. Beijão <33

Capítulo 17 - Um Veneno Chamado Amor


Fanfic / Fanfiction Impasse - Um Veneno Chamado Amor

Me parece que o amor poderia ser rotulado

como veneno que o beberíamos

da mesma maneira. – Desconhecido.

Rebecca Sullivan POV’s

— Rebecca. — a voz rouca e grossa de Harry soava como se estivesse a quilomêtros de distância.

O ignorei e continuei com os olhos fechados, apertando ainda mais o travesseiro contra o rosto, caso eu não conseguisse pegar no sono acabaria morrendo de asfixia, tanto faz pra mim. O que me importa no momento é apagar por completo.

— Rebecca. — geme de novo, dessa vez um pouco mais alto. Encolho meu corpo para reprimir o impulso de chutá-lo para que ele se calasse, minha cabeça está latejando, sinto frio e meu estomâgo arde — Becca...

— Que foi inferno? — praguejo, sentindo uma pancada na coluna, como se recebesse um chute — Ai, maldito, não me chuta!

— Como eu fiz isso se você está deitada em cima de mim?

— Eu não estou deitada em cima de você. — respondi no piloto automatico e Harry também parecia estar enquanto começava a dizer:

— Mas se não é você... — provavelmente abrimos os olhos no mesmo momento, pois gritamos e rolamos para fora da cama em sincronia no mais completo estado de pânico — Quê porra é essa? — berrou Harry. Eu ainda estava muito perdida. Quando cai, ao invés de encontrar um chão frio e duro cai em cima de um corpo, ao ouvir seu grito de dor quando minhas meu cotovelo acertou em cheio seu peito reconheci Debra. Sua figura descabelada e vestindo o que parecia ser o blazzer de Harry da noite passada, desci os olhos para seus pés e as botas dele também estavam com ela.

— Caralho, que gritaria é essa logo pela manhã? — foi a vez da voz fina e inconfundivel de Louis surgir. Debra e eu procuramos por algum tempo até o descobrirmos deitado de costas no chão do banheiro e ele não estava sozinho.

— Que noite de merda foi essa? — Gemma choramingou de joelhos com os braços apoiados no vaso e curvando a cabeça para mais uma sessão de vômito.

— Oh, não, Becky! O seu vestido... — a morena ao meu lado apontou, desci os olhos para meu vestido. Enfim descobri o motivo de sentir tanto frio, ele ainda estava ensopado e totalmente colado ao meu corpo como uma segunda pele. Sua beleza tinha se dissipado, havia um monte de rasgos, principalmente na barra e estava coberto de manchas, algumas pareciam de vinho, outras de batom e... esperma? Calma, esperma de quem? Do Harry ou alguém mais?

Wow, tem sangue também. O que foi que eu perdi?

Fiquei em silêncio analisando a situação a minha volta. Algo aconteceu, depois do sexo na piscina, provalvemente nos reunimos com os outros e enchemos a cara num nivel hard e de alguma forma todo mundo veio parar aqui. Olhei para o banheiro, Gemma usava o mesmo vestido de ontem, só parecia estar com uma bela ressaca, já Louis jogado no chão do banheiro só de cueca era um pouco mais suspeito assim como Debra usando algumas peças de roupa de Harry e eu tenho a impressão de ter visto o vestido dela pendurado na janela.

Ergui os olhos para a cama e lá estava o responsavel por me chutar, Liam Payne estava bem diferente da sua imagem usual. Simplesmente porque estar completamente nu e com a pele morena coberta por mordidas e chupões e não sei porque, mas ao analisar um pouco mais podia jurar que pareciam ser as marcas dos meus dentes em sua bunda. E que bunda, devo dizer, na verdade Liam era um gato delicioso, um legitimo pedaço de mal caminho. Como não percebi isso antes?

Talvez o meu olhar pervertido ou um dos gemidos sofridos de Gemma o fez acordar, ele ergueu a cabeça e virou o rosto amassado em nossa direção, desnorteado, mas como tendo um lampejo de clareza puxou ou lençois ao redor da cintura e se sentou na cama. Então foi a vez do último elemento se revelar.

— Finalmente as madames resolveram acordar! — falou Niall com seu insuportavel sotaque irlândes, revirei os olhos antes de olhar em sua direção.

De inicio tudo o que vi foram os seus cabelos loiros espetados cheios de presilhas e a echarpe de Harry em seu pescoço — pelo jeito Harry saiu por ai destribuindo suas roupas — tinha uma frigideira nas mãos e com uma colher mexia algo. Ovos mexidos, foi o que ele disse, mas todos pareciam bem chocados e não conseguia entender o porquê, foi aí que limpei os olhos e enxerguei com clareza a razão de tanto espanto. Niall Horan estava totalmente pelado no meio do quarto, na frente de cinco pessoas — Gemma não podia ver nada com a cabeça enfiada no vaso.

Para ele parecia ser uma coisa bem normal.

— Que foi? Não querem provar os meus ovos? — ergueu a frigideira indicando os ovos mexidos, mas inconscientemente pensamos na mesma coisa. Achei que fosse vomitar, mas Louis fez isso por mim, fazendo uma imundice com o chão do banheiro.

— Não! — Harry disparou do outro lado, eu não conseguia vê-lo de onde estava — Que merda é essa? Tira essa bosta de mim?

— Calminha ai, Hazz. Quem colocou isso foi a sua namorada. — me sentia ainda muito desnorteada, senti algo duro entre meus dedos. Uma chave. Ah, é claro, eu tentei, juro que tentei andar, porém minhas pernas não funcionavam. Primeiro tive um surto achando que tivesse ficado paralitica, mas era só caimbra misturada com fraqueza.

Quando minha tentativa de andar falhou resolvi deixar pra lá até que ouvi a voz embargada de pânico de Harry.

— Esse sangue todo é meu? Por que eu estou sangrando? Levei um tiro?

— Culpa da sua namorada. — repetiu Niall.

Meu Deus, eu fiz isso? Dei um tiro em Harry? Merda, tomara que não, ainda não.

Como não podia andar engatinhei até ele, o encontrando aos pés da cama, usando apenas suas calças e os dois braços acima de sua cabeça, algemados na cabeceira. O sangue que escorria por seu abdomen vinha de um de seus mamilos que tinha um brinco de argola enganchado. Puta merda, esse brinco é meu. Meu brinco de ouro branco.

Engoli a irritação ao abrir as algemas. Harry massageou um pulso de cada vez e foi quando eu o olhei melhor que percebi.

Onde foi parar o resto do cabelo dele?

Seus olhos que no momento tinham a cor vermelha no lugar da verde me encararam e a minha expressão de surpresa e preocupação o fez perceber que tinha algo de errado com ele.

— O que foi? — perguntou receoso.

— Seu cabelo... — antes que eu tivesse a oportunidade de terminar a frase Harry se levantou e atravessou o quarto como se fosse uma força da natureza, pisando em Louis no meio do caminho e gritando ao encarar o seu reflexo no espelho do banheiro. Liam tapou os ouvidos, pela cara de Payne podia dizer que ele era o mais chapado, em breve entraria no mesmo estágio que Gemma.

— Quem fez isso? — berrou Styles, fazendo minha cabeça implorar pra que ele diminuisse o tom de voz. Seus dedos corriam pelos cabelos, que retinham pontas desordenas e não podia dizer que fizeram um corte de cabelo e sim um picote de cabelo. Era uma bagunça de cachos bem acima de seus ombros.

Vendo aquilo até senti saudades do visual longo.

Niall nem se dignou a responder, apenas apontou a colher em minha direção. Pelo jeito deixei todo o meu lado “ousado” vir à tona, o algemando, furando seu mamilo e cortando o cabelo. Assim eu dificulto bastante para que Harry continue a gostar de mim.

— Por que eu não consigo lembrar de nada? — Liam gemeu, dando sinal de vida. Sua namorada jogou suas roupas na cama e ele começou a se vestir por debaixo do lençol, Niall começou a fazer o mesmo, mas sem a elegância de Liam e fazendo isso na frente das outras pessoas ali presentes.

— Você bebeu muito, tipo, pra caralho, Payno e você nem vomitou ainda. Estou louco pra saber até quando vai aguentar. A Gemma também, mas há algumas horas ela caiu de cara na privada e não saiu mais de lá, foi uma pena, achei que o Tomlinson ia se dar bem. — o irlândes enfiava os braços nas mangas da camisa social — Se bem que acho que todo mundo acabou se dando bem. — completou lançando um sorriso malicioso pra mim.

— Do que é que você está falando? — Debra se levantou, em busca do vestido asteado na janela.

— Gente, não creio que tenham se esquecido da nossa noite épica. Foi incrivel, tipo na hora em que vocês dois entraram ensopados na festa, a cara do seu pai foi a melhor. — Niall começou a rir, ao passo que o rosto de Harry perdia a cor — E do nada vocês chamaram geral pra dentro da limusine. Cara, nós fomos para Las Vegas e bebemos pra caralho. Foi foda demais, então teve aquela cena iconica do Liam ajoelhando no meio do Monte Carlo e pedindo a Debra em casamento. Você tentou o mesmo com a Becky, mas ela mandou você se fuder. Eu rachei nessa hora. — continuava a rir como uma hiena.

— Não acredito que fizemos isso. — os grandes olhos escuros de Debra intercalavam entre o anel barato com a pedra em formato de coração em seu dedo e Liam, seu então marido.

— Podemos concertar isso. Fica tranquila, Deb. — Liam disse soando tão apavorado quanto a esposa.

Fiquei aliviada por não ter feito a mesma besteira com Harry.

— Depois de perdermos uma bolada no cassino viemos pra cá, acho que deixamos uma galera pra trás. Daí continuamos a beber e nos divertir, o clima foi esquentando até acontecer o nosso momento Sense8.

— Significa o quê? — Liam perguntou.

Niall deu uma risada nervosa. Deixava de estar tão bêbado e começava a ficar sobrio e com isso o constrangimento voltara, ainda assim conseguiu responder, embora eu tivesse plena consciência do que ele estava falando.

Fazer o quê, eu tive muitas experiencias.

— Orgia, Liam.

Harry arqueou a sobrancelha, indicando a irmã com um gesto discreto.

— Não, ela não participou. Apenas nós seis, ah, quer dizer você dormiu antes de tirar as calças, mas vou te incluir.

O rosto de Debra atingiu um tom absurdamente avermelhado. O mesmo acontecia com Liam e Niall, provavelmente Harry faria o mesmo se não estivesse tão pálido. Louis, finalmente, conseguiu sair do chão e se apoiou no ombro de Harry antes de se equilibrar por si próprio.

— Horan, você sabe que coagir pessoas embriagadas para um ato sexual sem o consentimento delas é crime. — disse como se fosse ele fosse o advogado no lugar de Niall.

— Acha que eu estrupei vocês? — falou descrente — A ideia foi sua, Louis. E todo mundo concordou, até a Madre Tereza. — apontou para Harry — A proposito muito obrigada por me deixar transar com a sua namorada, foi a realização de um sonho.

— Vá se fuder, Niall. — Harry e eu xingamos em uníssono.

— Certo, então podemos fingir que nada disso aconteceu e continuarmos sendo ótimos amigos. — sugeriu Debra de forma racional.

— Pode ser, apesar de que se eu fosse o Liam não te deixaria chegar perto do Harry. Rolou uma coisa estranha entre vocês, uma paixão violenta. — disse Niall dando ênfase a última palavra, em seguida coçando o queixo, pensativo — Me conta, você só começou a namorar com o Liam pensando em conseguir foder com o Harry, não foi?

— Niall. — virou o rosto na direção de Liam com um olhar tranquilo — Corre, desgraçado!

Tudo o que se seguiu foi Liam pulando da cama — infelizmente vestido — correndo atrás de Niall que tentava a todo custo não ser pego. Debra terminou de se vestir e com os sapatos do marido em mãos saiu timidamente nos pedindo perdão por qualquer mal entendido. Louis e Gemma continuaram no banheiro passando mal.

Harry me lançou um olhar confuso quando apareci com um novo vestido e calçando minhas sapatilhas o mais rápido que pude.

— Onde você vai?

— Tá brincando? Vou correr pra farmácia mais próxima comprar algumas pilulas do dia seguinte e um teste de HIV, só pra garantir. — falei apanhando minha bolsa e seguindo em direção a porta — Se eu fosse você arrancava isso antes que tenha uma hemorragia ou seu mamilo caiu.

Harry engoliu em seco, pegou uma camisa e um par de sapatos e me alcançou na calçada.

— Acho que vou precisar de alguns pontos e um teste também. — sorriu preocupado.

Às 18h30, tinha Harry entre minhas pernas com a cabeça batendo em meu peito, enquanto tentava dar um jeito na merda que fiz em seu cabelo na noite passada, mas estava sendo quase impossivel por ele não conseguir ficar quieto. Toda vez que ria era como se estivesse tendo uma convulsão, mais um pouco daquilo e iria tirar daquele programa idiota.

— Que porcaria é essa? — bufei, prendendo mais uma mecha de cabelo entre os dedos e cortando.

— Sei lá, acho que é sobre passar as férias com o ex, algo assim. — respondeu, tendo mais um ataque de risos — É ridiculo e hilário, você faria isso?

— Passar as férias com um ex namorado?

— Ahan.

— Eu não tenho um ex. — disse simplesmente, tencionando dar continuidade ao meu trabalho quando Harry virou abruptamente a cabeça em minha direção com a tesoura tirando uma fina de seu nariz — Cuidado, idiota. — dei um tapa em sua testa e ele riu anasalado.

— Foi mal, mas como assim não tem ex’s? Nunca namorou ninguém antes?

— Não, você é surdo, Harry? — resmunguei, tentando cortar uma mecha acima de sua orelha, contudo não consegui com seus olhos fixos em meu rosto. O olhei e havia um brilho suspeito ali.

— Eu sou o seu primeiro namorado, isso é tão fofo. — fez uma daquelas vozes ridiculas que os adultos normalmente fazem ao falar com uma criança ao apertar minha bochecha e eu quis cortar seu dedo por isso.

— Foda-se. Por acaso teve tantas namoradas assim?

— Não, não, talvez tenha tido apenas a Linda Cahn.

— Quem é essa?

— Foi uma garota do colégio, era a mais bonita, meu primo era louco por ela, mas ela só tinha olhos pra mim. — deixou que eu virasse sua cabeça e prosseguisse com o corte. Nunca soube de nada a respeito de Zayn no seu tempo de colégio.

— Ela... ela foi o primeiro amor dele?

— Do Zayn? Oh, se foi, acho que até hoje ele deve ter uma quedinha por ela. Era completamente apaixonado. Ela foi o par dele no baile, mas eu acabei dormindo com ela.

— Por que fez isso? Também gostava dela? — perguntei tentando me manter concentrada e soar o mais desinteressada possivel.

— Não. Foi mais pra dar uma lição nele.

Prendi o lábio inferior com força.

— Como assim?

— Zayn me provocou demais naquele baile, fiz aquilo pra mostrar qual era o lugar dele.

— E esse lugar seria abaixo de você? — perguntei em tom baixo, analisando com cuidado cada palavra que viria a seguir.

— Claro, eu sou melhor que ele.

“Eu sou melhor que ele”  Eu não ouvi isso.

Encarei seus cachos, imaginando-o como um adolescente arrogante vestindo um terno caro, com a luz branca refletindo em seus olhos esverdeados e o sorriso de covinhas derretendo o coração de todas as garotas que olhavam para ele. Então seus encantadores olhos seguiriam os passos do primo, um jovem e inocente Zayn, completamente perdido de amor por Linda Cahn, Harry os encaria e em sua mente surgira a ideia de que devia tomar aquela garota de Zayn apenas para esfregar em sua cara que ele era o melhor.

Que ele podia tudo e Zayn nada. Para ele só restariam as migalhas.

Como Harry reagiria se soubesse que está apaixonado por uma das migalhas do primo?

— Ai. — gemeu Harry, levando a mão a nuca, olhei para a tesoura em minhas mãos com a ponta suja de sangue — Você me machucou.

Não se importou em machucar Zayn, porque eu me importaria em te machucar?

Inspirei profundamente, acalmando meus nervos.

— Desculpe, não tem jeito, vai ter que usar uma bandana, algo assim ou raspar tudo porque do jeito que está não tem como arrumar. — disse, me desfazendo da tesoura jogando as costas contra o sofá.

— Becky... — começou, por sorte o celular em seu bolso começou a vibrar, ele o pegou acendendo o visor — Niall. Eu já volto, amor. — beijou minha testa antes de sumir na cozinha.

Fechei os olhos contando mentalmente quantos dias mais teria que suportar todo esse teatro, quando senti as mãos dele apertarem meus ombros. Abri os olhos o encarando acima de mim.

— Uma festa de aniversário te espera.

Depois do ocorrido hoje cedo daria no minimo um ano até que os amigos tivessem a coragem de olhar um pra cara do outro, mas tudo acabou dando certo quando nos encontramos duas horas mais tarde — não graças a mim e sim ao Harry que não conseguia se decidir entre a bandana azul ou verde, pela primeira vez na vida ele escolheu se vestir como um homem normal, com calça preta, camisa branca e para minha infelicidade um par de botas douradas. Mas pelo menos o tinha feito rápido, porém perdemos uma hora e meia na loja com as bandanas. Ele ficou com as duas e por pouco não o esmurrei.

— Own, que meigo, vocês estão combinando. — Gemma disse, apontando para nossas roupas.

Escolhi o primeiro shorts e top preto que encontrei, afinal a festa seria no “meu” bar que mais parecia uma boate com todas as luzes piscando, o DJ tocando musicas eletronicas e garotas dançando no que pareciam ser gaiolas, — com certeza foi uma má ideia deixar Niall me dar uma festa surpresa, ele faz mais o tipo organizador de despedidas de solteiro — voltando ao assunto, Harry deu um xilique, literalmente, e acabei cedendo a sua insistência para que eu colocasse uma blusa por cima, optei por uma branca transparente só pra irritar mesmo. Isso bastou e ele calou a boca. Então nós estavamos meio que combinando sim.

A cara da Styles mais velha estava péssima, mesmo com toda a maquiagem suas olheiras estavam aparecendo e o sorriso fraco evidenciava que não estava tão animada quanto tentava aparentar. Toda vez que o garçom lhe dava uma cerveja ela colocava nas mãos de Louis e por esse motivo antes que chegassemos Tomlinson estava L-O-U-C-A-S-S-O. Verdade, no momento estava dentro de uma das jaulas dançando com as garotas. Liam e Debra gargalhavam jogando algumas notas em sua direção.

O anel barato de Debra dera lugar a uma aliança dourada, igual a de Liam. Acho que não vai rolar divórcio. Ele é um dos únicos amigos de Zayn e parece ser um cara legal e eu meio que gosto de Debra, então fico um pouco feliz por ele estarem felizes juntos.

Apesar da música alta a voz estridente do irlândes mais barulhento da California chegou aos meus ouvidos. Dei mais um gole em minha cerveja. Hoje iria manerar, sem exageros.

O loiro me abraçou desejando feliz aniversário, parabéns e todas essas baboseiras antes de se agarrar ao pescço de Harry apontando para a multidão. De inicio não dei atenção até ouvir:

— Ele tá aqui. Eu chamei, mas pensei que ele nem fosse vir, você sabe como ele é. — gritava na orelha do cacheado, meu coração deu um solavanco tentando enxergar na direção de seu dedo — E ele veio, o Zayn tá aqui.

Zayn aqui? Em uma boate? Preciso ver isso.

Apertei a cintura de Niall e ele virou o rosto para mim com um sorriso largo, o retribui com a mesma animação.

— Niall, porque não nos leva até ele? Quero agradecê-lo por ter vindo me dar os parabéns. — Harry ficou confuso, ainda assim concordou.

Niall segurou minha mão e Harry agarrou a outra enquanto atravessavamos a multidão. Pensei que o lugar tinha ficado cheio no dia do show de Harry, porém hoje parecia ter o triplo de pessoas e todos pareciam se divertir bastante e beber sem parar, pelo jeito ser dona desse lugar vai ser um bom negocio. Me distraia com a chuva de prata que caiu sob nossas cabeças quando paramos em frente ao balcão, abaixei a cabeça e lá estava ele, apertando a mão de Harry e rindo de alguma estupidez dita por Niall. Parecia tão bem, relaxado e feliz.

Nem ao menos vestia um terno — claro que não. Estamos em uma festa, Rebecca. Por que você fica tão burra quando Zayn está por perto? Não pude segurar o sorriso bobo que surgiu em meus lábios ao vê-lo com a uma camisa jeans verde militar com algumas estrelas brancas bordadas no peito, de manga curta e com os primeiros botões abertos, deixando suas tatuagens expostas, calça skinny preta e sapatos camuflados. Ora, Zayn possui um pouco do gosto excêntrico do primo para roupas.

Não haviam palavras para descrever o quão lindo ele estava. Com os cabelos um pouco bagunçados, o rosto corado e sorridente e as luzes verdes batendo em seus olhos. O verde combina mais com ele do que com Harry. De repente, Zayn se levanta e segue em minha direção, começo a soar frio só de imaginar seu corpo próximo do meu e então ele me abraça, mas não tenho tempo para retribuir pois já está se afastando e o braço de Harry caiu sobre meu ombro.

— Parabéns, Srta. Sullivan. — parabenizou em seu tom cordial.

— Me chame de Rebecca. — disse estranhando ter de pedir isso à ele.

O moreno mais irresistivelmente sexy da face da terra mordeu os lábios bem lentamente com os olhos fixos em mim e eu pude sentir a úmidade no meia das minhas coxas.

— E quem é a princesa? — Niall apontou para uma garota de cabelos escuros c e roupas nada descentes, sorrindo feito uma idiota. Isso no rosto dela é o desenho de um coração?

Agarrei com força a mão de Harry para não me render ao desejo de esbofetear a vadia quando ela colocou a mão na coxa de Zayn e acenou para nós dizendo seu nome.

—  Eu sou Brie. — entortei o nariz, ele trouxe uma vadia com nome de queijo pra minha festa de aniversário? Abaixei o rosto vendo sua mão estendida a minha frente — Parabéns, Becky. — encarei aquilo como uma grande piada. Olhei para Zayn e ele sorria, esse era o meu castigo por ontem, estava sendo traida. Legal.

— Meu nome é Rebecca e pode recolher a pata, cadela. — disparei arrancando um gritinho ofendido da garota e um aperto de Harry, apenas garantindo que eu não fosse pular no pescoço da Brie.

— An, me desculpe. A minha namorada não tem um pingo de educação. — disse brincalhão e envergonhado, conscientemente esfreguei o ombro em seu mamilo recém suturado e a mão de Harry se desvencilhou da minha ao passo que ele recuou devido o incomodo.

— É eu sou uma vaca mesmo. — resmunguei, a fulizando com o olhar, fiquei satisfeita ao vê-la recuar e furiosa novamente quando as mãos de Zayn envolveram sua cintura e a trouxe para tão perto que mais um pouco estaria sentada em seu colo — Eu preciso beber. Bastante.

Percebi o olhar severo de Zayn.

— Acho que irá se divertir bem mais se ficar sobria. — disse Zayn.

— Exatamente. — concordou Harry.

Naquele momento eu odiava ambos e quis mandar os dois para o inferno e foi o que fiz.

— Fodam-se, eu sou maior de idade e faço o que eu quiser. — dei as costas pros dois, seguindo até Louis onde eu sabia que estava a diversão.

Meia hora mais tarde e depois de muitas tequilas trazidas por Louis eu estava muito bêbado. O bastante para não fazer ideia de como fui parar nos braços de um completo estranho que empurrava a lingua em minha boca e estava quase me partindo ao meio com a força que me apertava.

— Mas que porra é essa? — senti as mãos do desconhecido se afastarem de mim para darem lugar a uma mais conhecida. Encarei os olhos verdes com tédio, não tenho saco para Harry. Não agora.

— Era um beijo, antes de você atrapalhar. — respondi calmamente. Nem em um milhão de anos essa era a resposta que ele esperava.

— Eu sou seu namorado, Rebecca. — a autoridade em sua voz dizia mais do que isso, que ele não era apenas meu namorado e sim meu dono.

Ui, eu tenho um dono! Que medo!

Eu gargalhei na sua cara.

— Posso ter esquecido toda a parte de Vegas e do sexo grupal, mas lembro perfeitamente de você me chutando. Não somos mais namorados. — apontei para ele e depois para mim — Nadinha.

O deixei desconcertado, primeiro ajeitou a bandana, em seguida colocou as mãos na cintura respirando fundo.

— Pensei que tivessemos resolvido isso na piscina.

— Pensou errado. — dei as costas, senti sua mão agarrando meu braço e me fazendo girar nos calcanhares e erguer o rosto para poder avistar seu olhar ferido.

— Eu sei que errei, mas se quiser me punir...

Coloquei a mão direita sobre a sua que segurava meu braço e a acariciei lentamente antes de fincar minhas unhas, como esperado Harry tornou a recuar por causa da dor. Fraco.

— Nem tudo é sobre você, Harry. Eu sei que é dificil de entender.  mas o mundo não gira em torno de Harry Styles. Pra mim você é tão pequenino e insignificante como uma pulga, me diga você perderia o seu tempo punindo uma pulga? — bati de leve o punho em seu peito, esperando por alguma reação, não havia nada. Seu rosto era uma máscara de gesso, sem expressão, os olhos gélidos não me revelavam nada. Caralho, porque ele não pode ser uma pessoa normal e gritar comigo, xingar ou me dar um tapa, sei lá, qualquer coisa é melhor do que ouvir calado. Por que ele faz isso? Por que é tão covarde? — Acho que você já sabe a resposta, agora sai da minha frente que eu quero continuar fingindo que você não existe.

Lhe dei as costas e quando voltei a olhar para trás ele não estava mais lá.

Contei trinta e cinco músicas. Algumas mais longas do que outras. Ainda assim era música pra caramba, elas me indicavam a passagem das horas. Pelos meus calculos haviam se passado duas horas e vinte e quatro minutos e nenhum sinal de Harry. Zayn, por outro lado estava bem ali, dançando com a tal Brie, mesmo sendo uma música lenta ela continuava a rebolar sua bunda horrorosa contra a virilha dele rindo de algo que ele sussurrava em seu ouvido.

A vontade de cometer um homicidio tinha passado e tudo o que eu conseguia fazer era chorar no ombro de um novo estranho.

— Você já esteve apaixonado?

— Quem nunca? Você está? — sua voz era calma e suave. Gostei dela.

— Sim, apesar de detestar isso. — murmurei, apoiando meu queixo em seu ombro — Eu o amo, mas ele me faz mal. Quando quer, ele sabe acabar comigo e isso é péssimo é como se eu fosse um brinquedo, sabe, ele tem poder demais sobre mim. Ninguém deveria ter alguém nas mãos da forma como ele me tem, só que eu gosto. Eu sou doente, eu sei. Só...só que eu não posso fazer nada a respeito, apenas ficar aqui olhando pra ele.

— Não, querida, deveria ir até lá e dizer como se sente. — aconselhou ingenuamente.

— Eu não preciso, ele sabe. Ele tem um dom que o permite ver as coisas com clareza. Basta olhar pra mim e ele verá o quanto o amo. Isso é tão errado, ele não tem o direito de brincar com os meus sentimentos, não tem. — solucei e senti as mãos macias do homem afagarem meus cabelos — Bem, eu estou fazendo isso com alguém no momento, mas é por uma boa causa. Eu não sou uma pessoa má, apenas apaixonada demais, isso me torna má?

— Claro que não. Por amor vale tudo. — sorri ao ouvi-lo cantar em meu ouvido —  My lover's got humour...She's the giggle at a funeral

 

— Preciso pedir desculpas ao Harry.

— É por ele que você está apaixonada?

— Deus, não! Eu não sinto nada por ele, ele é só o meu namorado. — fiz uma careta e ele sorriu largo achando graça — Você ia gostar do Harry ele canta muito bem, sua voz é tão linda que me faz sonhar acordada, ele tem quatro mamilos e um monte de tatuagens escrotas, eu cortei o cabelo dele tão mal que agora precisa usar uma bandana. Ah, e os sapatos, você precisa ver os sapatos dele. — nem me dei conta de que as lágrimas que caiam dos meus olhos eram de tanto rir.

— Seu namorado parece ser um cara bem interessante, tem certeza que não está apaixonada por ele?

— Tenho. — garanti, pensando melhor — Se bem que se eu continuar fodendo com ele as coisas podem mudar. Ain, ele fode tão bem.

Observei o rosto redondo do rapaz ficar vermelho e logo em seguida uma risada tão engraçada quanto a de Harry escapou do fundo de sua garganta. Ele começou a se abanar com a mão, tentando se recômpor.

— Uma boa foda é perigosa mesmo. — comentou, ajeitando os óculos — Assim como uma garota bonita e sem coração como você. É por isso que eu prefiro os homens, são mais confiaveis.

— Eu discordo. Na minha opnião, estou lidando com os dois homens menos confiáveis do universo. Harry e Zayn são um perigo. — analisei — Ah, e eu sou a Rebecca.

— Muito prazer, Becky. Acho que posso te chamar assim depois de te ouvir por quase três horas. — sorriu de canto — Eu sou o Benedict. Fiquei muito curioso, qual dos dois você pretende escolher?

— Não existe escolha, Ben. — o abracei, dançando mais uma música — Harry nunca será uma opção.

— Quem decide isso não é você, lindinha, é o seu coração.

Revirei os olhos.

— Harold! — gritei, lutando para me equilibrar naquele maldito salto alto. Parei no meio do caminho e os arranquei, seguindo descalça até o ponto de táxi, onde Liam disse que Harry tinha ido. A minha grosseria de antes acabou gerando frutos, depois de tudo o que eu disse Harry ficou na bad e começou a beber e a ficar cada vez mais triste. Então, quando Louis, que não tinha nada de sobrio, começou a azucriná-lo o ressultado foi uma briga entre melhores amigos. Agora, Harry estava indo embora magoado comigo e isso não fazia parte do plano — Harry, Harry, Harry.

O encontrei encostado em uma parede com as mãos na cabeça. Quando me ouviu chamar, atravessou a rua, sem se importar com os carros que passavam.

Quanta coragem.

Imitei seu feito e o segui até o parque. Quase suspirei de alivio quando o caminho de pedras pontiagudas tinha acabado e pude sentir a grama fofa aos meus pés e um lago a nossa frente, pensei que Harry iria fazer algo dramatico como tentar se afogar, mas não, ele apenas se deitou na grama em silêncio.

— Está bravo comigo? — murmurei, deitando ao seu lado, entrelaceis minhas mãos sob a barriga encarando o céu limpo repleto de estrelas.

— Estou. — disse com um sopro de voz, fitei seu perfil. Ele não olhava para mim, ou para as estrelas, em seu rosto havia aquele olhar vazio e distante.

— Sinto muito.

— Não sente nada. Não finja que se importa comigo, detesto que mintam pra mim.

— Certo. Eu não sinto, mas eu quero que saiba que quando disse aquilo não era pra você, Harry. Você só deu o azar de aparecer...

— Na hora em que você estava beijando outro cara. — completou magoado.

— Poderia ter dado um soco na cara dele. — Harry me olhou de soslaio. Era um avanço, ele tinha começado a me olhar de novo.

— Sou civilizado, não saio por aí batendo nas pessoas.

— É por isso que fazem isso com você. — desta vez seu rosto se voltou para mim — Te tratam como um covarde.

— Não sou covarde. — rebatou com a voz voltando a ser firme, como de costume — Quando eu era adolescente fazia o estilo bad boy, aquele que achamos que as garotas ficam loucas. Eu era um desses babacas, bebia, fumava e transava com todas e me achava o máximo por isso, enquanto o meu primo, Zayn, ficava em casa estudando para as provas e estagiando na empresa. Ele era um poço de comprometimento e responsabilidade, era um homem e eu apenas um garoto, apesar de termos praticamente a mesma idade ele estava acima de mim. Foi quando eu botei na cabeça que não importava o que ele fizesse eu seria melhor. Mesmo que somente eu acreditasse nisso.

Começou a girar um dos anéis em seu dedo anelar. Já havia notado que essa era uma de suas manias quando ele ficava nervoso.

— As coisas eram fáceis pra mim e por esse motivo eu não me esforçava em nada. Funcionou bem por um tempo, até que eu fui pra faculdade e lá as coisas são bem diferentes. Eles eram como eu, arrogantes e pretensiosos, iriam acabar comigo de cara. Então, resolvi que iria mudar, iria vencer esse desafio por mim mesmo sem a ajuda do meu charme ou do dinheiro, até o dia em que o meu pai apareceu. Infelizmente no exato momento em que estava terminando o meu baseado. — Harry suspirou — Ele me disse um monte, acabou comigo, fez bem pior do que ontem, em menos de duas horas eu estava fazendo as minhas malas e abandonando a faculdade. Na esperança de encontrar o homem que ele queria que eu fosse. Sabe, a Gemma? — assenti — Ela é adotada. Quando meus pais se casaram minha mãe deixou claro que não estragaria o corpo engravidando.

— Oh, então vocês são...?

— Não, apenas ela. Eu sou o filho biológico deles. Há vinte anos atrás meu pai se apaixonou por uma mulher, ela era o “amor da vida dele” e por ela estava disposto a acabar com tudo. Fez as malas, deu um beijo em Gemma e caminhou até a porta da frente, colocou a mão na maçaneta e antes de girá-la Anne surgiu as suas costas gritando que estava grávida. Meu pai sempre quis ter um filho. Um herdeiro. Ele deixou a amante por mim, esperando que eu valesse mais do que ele abriu mão, só que não aconteceu. Eu fracassei e ele passou a me odiar por isso. A minha mãe não diz nada porque para ela eu cumpri meu papel. Fui concebido unicamente para impedir que seu marido fosse embora, servi apenas para prendê-lo e eu o fiz. Acho que saber disso foi o que ferrou com a minha cabeça por um bom tempo. Porque toda vez que meu pai olhava para o Zayn, tinha aquele brilho de orgulho e satisfação e comigo era só desgosto, por isso fiquei com raiva do meu primo e tentando machucá-lo vez após vez. Cheguei até a dar um tiro nele.

Apoiei meu tronco nos cotovelos, levantando as duas sobrancelhas mais do que atenta.

— Por que fez isso? — deixei transparecer mais emoção do que devia. Que se dane, se ele disser que foi para pôr Zayn no seu lugar, juro que o mato aqui mesmo.

Harry limpou a garganta e desviou o olhar.

— Eu fui o errado, mas ele sempre soube provocar. Naquele dia briguei com o meu pai por ciúmes do Zayn, fugi para a sala de treino onde eu gostava de ficar atirando pra extravassar a raiva. Um minuto depois ele surgiu na porta com um sorriso debochado, zombando de mim, me chamando de covarde, bebê chorão, filnhinho rejeitado e inutil, que eu sentia inveja dele porque nem todo o dinheiro do mundo faria de mim o homem incrivel ele seria. Ele fez isso em questão de segundos, infernizou a minha mente e então disse: Sabe, Harry, se eu fosse você colocava logo um ponto final em tudo. Se mata, cara. Olhei para a arma na minha mão e atirei... nele. Disseram que eu deveria pedir desculpas e dizer que foi um acidente, mas não era verdade, eu quis matá-lo. Nesse dia eu descobri que era uma pessoa ruim e precisava conter ao máximo esse instinto.

Zayn tinha se esquecido de contar esse trecho da história ou Harry estava mentindo. Aos poucos começo a ficar confusa quanto a quem é o verdadeiro mocinho nessa história. Se é que existe um.

— Quer dizer que não reage por achar que o Harry Malvado vai se libertar?

— Falando assim até parece que eu sou um esquizofrênico. — resmungou ele, flexionando os joelhos e se agarrando a eles ao se sentar — Eu só acho que tenho problemas para controlar esses impulsos, tipo, se eu reagir não sei se sou capaz de me conter. Manter o controle, entende?

— Foi por isso que deixou seu pai falar daquele jeito com você, tem medo de machucá-lo?

— Sim, em parte. Sei lá, eu tentei achar uma forma de mudar isso em mim, viajei o mundo todo pra ficar mais zen. Daí, quando eu volto tudo parece igual.

Mordi a lingua, decidindo se era uma boa ou má ideia o que eu planejava. Tanto faz. Estou bêbado, isso sem duvida é uma má ideia. Me coloquei de pé e mandei que ele fizesse o mesmo.

— O que? — riu ao me ver em posição de combate — Quer brincar de Street Fighter?

— Cala a boca, nerd, e faça o que digo. Perna direita pra trás, punho esquerdo na altura do queixo e direito no peito. — o mais novo estranhou, porém fez como disse — Ótimo, agora se mova apenas com na ponta dos pés.

— Como assim?

— Não estou falando pra fazer como uma bailarina, é mais para ter leveza e agilidade, sacou? Nunca fique imóvel, precisa manter-se agitado. Sempre. Do contrário... — com um movimento rápido acertei seu peito, sem a mínima interferência de seu punho que deveria protegê-lo.

— Ai, caramba. — reclamou.

— Presta atenção, Harry. — alertei, voltando a me concentrar e tornei a atacar desta vez seu estomago. Um novo manisfesto de dor se seguiu.

— Quer me ensinar a lutar ou só me bater mesmo?

— Um pouco dos dois. Anda, vou te mostrar como reagir sem matar ninguém. Coitado daquele que te chamar de covarde. — desviei de um golpe, extremamente lento que roçou por meu ombro — Pelo amor de deus, Harry, bate direito.

— Não quero te machucar.

— Se você não me machucar. — abaixei os punhos, sorrindo amigavelmente ao me aproximar dele e tocar seu lindo rosto — Eu vou te machucar. — repeti o mesmo golpe da noite em que nos conhecemos e lhe dei uma cabeçada no nariz com bem menos força.

— Beleza, entendi, entendi. —  murmurou com as duas mãos sob o nariz e voltando a posição de antes — Vou deixar você ser minha professora. Pode me ensinar a ser um bom chefe também?

— Posso ensinar tudo o que você quiser, Hazz.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Não se esqueçam de me dizer o que acharam ;)


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