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História Impeachment Day. - Capítulo Único.


Escrita por: DanshinQueen

Notas do Autor


Tive essa ideia aleatória depois de meu professor comentar do impeachment e lembrar do lindo discurso da mandioca. Vou deixar o link lá em baixo porque sim.
REPITO O AVISO QUE DEIXEI NA SINOPSE: Por pura e única intenção de parodiar a situação política vivida atualmente no país. Em nenhum momento é imposto ou incitada opinião político-partidária.
Por hoje é só, espero que gostem :3

Boa leitura e até as Notas Finais! o/

Capítulo 1 - Capítulo Único.


Fanfic / Fanfiction Impeachment Day. - Capítulo Único.

Era uma manhã movimentada no plenário da Câmara dos Deputados, centrada na cidade de Shoujo Jidai, capital da República Federativa de Lee Soo Man, apelidada carinhosamente de SMTown, por mais que fosse uma nação. As coisas não costumavam fazer muito sentido por aquelas bandas. Naquele tão importante dia seria instaurado o processo de impeachment da atual Presidente da República, Kim Taeyeon.

O clima era quase hostil entre as deputadas presentes. Sete ao todo. Seria indispensável a presença de todas, já que o processo requeria maioria absoluta. Ou seja, precisaria de metade e mais um para que fosse aprovado. Todas pareciam bem decididas enquanto sentavam nas cadeiras do plenário, algumas sustentando orgulhosamente a bandeira rosa da nação onde eram estampadas as iniciais de seu fundador. Taeyeon, sentada nas últimas cadeiras, observava a tudo com cara de poucos amigos. Considerava aquilo tudo um golpe. Um golpe não contra ela, mas contra o seu povo! Aguardavam a chegada da presidente da câmara, que, no caso, apesar de não votar, era bem nítido a qualquer um quais eram suas posições políticas.

Quando a mediadora da instauração do processo entrou, pela porta da frente, estava toda sorrisos. Caminhou confiante até a mesa da presidência da câmara dos deputados com sua pasta em mãos. Olhou sorridente para todos os presentes e nem se importou com os olhares de ódio que recebeu de algumas deputadas em seu caminho. Pelo contrário, deu o melhor de seus sorrisos para a presidente da república, ao reconhecê-la, apenas para atiçar ainda mais sua insatisfação. Por fim sentou-se, arrumou seus papéis sobre a mesa e puxou uma caneta cara do blazer, ajeitando o microfone a sua frente antes de começar a falar.

- Bom dia, senhoras. Como presidente da Câmara dos Deputados da República Federativa de Lee Soo Man eu, Jessica Jung, inicio a instauração da abertura do processo de impeachment da nossa atual presidente, Senhora Kim Taeyeon. Leio, portanto, em voz alta, as acusações feitas contra a presidente Kim.

 E, com uma pausa dramática, pigarreou longe do microfone e segurou com firmeza os papéis em suas mãos.

 – Aponta-se, neste processo, redigido pelos juristas competentes a sua elaboração, que a presidente Kim Taeyeon sofre acusação de editar três decretos de créditos suplementares sem autorização do Legislativo e ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, que consistiram no atraso de pagamentos ao Banco do SMStan por subsídios de estúdio referentes ao Plano Debut Solo. Descumpriu a Lei Orçamentária publicada em ano antecessor, que proíbe a contração de empréstimo com instituição financeira que controla, constituindo, então, crime de responsabilidade fiscal.

- Calúnia! – Taeyeon berrou, usando as mãos para que sua voz ecoasse mais eficientemente pelo plenário maior. Não era necessário um espaço tão amplo, mas Jessica e sua soberba faziam questão de demonstrar fisicamente a grandiosidade e importância daquele processo. Via-se como a boa moça da história toda, não muito diferente da presidente, entretanto.

- Peço silêncio na casa, por favor. Quero que falem apenas os deputados em sua votação. Serão chamados em ordem alfabética e podem concordar, rejeitar ou se abster quanto a abertura do processo de impeachment, tendo dez segundos para a justificativa. Peço, por obséquio, que sejam sucintos. Assim, poderemos reafirmar a vontade do povo antes do meio dia e divulgar a imprensa o resultado oficial. – Jessica percorreu com seu olhar rígido pela sala, mas não ouve qualquer reação por parte das deputadas.

- Espero que terminem antes do almoço. – Uma das deputadas sussurrou para outra ao seu lado, que afirmou com a cabeça, sem dizer nada.

- Está mais para afirmar para o povo qual é sua vontade. Estão jogando os votos de quase 55% da nação no lixo! – Taeyeon voltou a reclamar em voz alta, aflorando ainda mais o clima de quase guerra que se instaurava na câmara.

- Senhora Presidente, lhe foi concedida a permissão para que assistisse a votação para o seu afastamento do cargo, mas ao mesmo tempo, foi passada a condição de que o fizesse em silêncio. Peço que cumpra pelo menos com essa responsabilidade. – Jessica respondeu, cheia de malícia. Taeyeon rangeu os dentes; “ultraje!” foi o que gritou em sua mente, mas permaneceu calada. – Começamos, então, o processo de votação de cada deputada. Senhora Choi Sooyoung, do PESF, Partido do Estômago Sem Fundo, peço que se pronuncie. Dez segundos, deputada. – Jessica se afastou do microfone e, batendo a caneta na mesa em toques ritmados, lançou um olhar que talvez fosse capaz de atravessar a alma da Presidente Taeyeon.

- Bom dia, a todos que nos assistem. – Choi Sooyoung, a mesma deputada que antes sussurrava para a colega, procurou por um tempo e sorriu quando finalmente encontrou uma das câmeras que transmitia a sessão ao vivo. – É por respeito a cada um de vocês, cidadãos dessa nação... Pessoas que vêm sofrendo por conta da falta de incentivo, instabilidade econômica e não repasse ao Bolsa Debut, da qual o partido da nossa Presidente tanto se orgulha. Por conta dessa política popular mais impopular da história, por todos esses que têm os armários da cozinha vazio por conta do desemprego, pelo arroz sem o feijão, que conseguiu ficar mais caro que o tomate, meu voto é pela feijoada e pela pizza, lasanha à bolonhesa. Meu voto é sim!

A fala de Sooyoung foi seguida por aplausos, palavras de ordem, vaias e até assopro de vuvuzelas. Jessica tentou conter o sorriso que apareceu novamente diante daquela zona e Taeyeon se forçou a ter a expressão mais serena possível. Aquela discrepância entre ela e a presidente da câmara era como se fosse a representação viva do significado de oposição.

- Silêncio, por favor. - Jessica pediu, visto que as reações continuavam com a mesma energia. Pediu silêncio novamente  e então finalmente conseguiu prosseguir, após alguns segundos tomados para que se acalmassem os ânimos. - Convoco em sequência a Deputada Hwang Miyoung, do  PSCR, o Partido Socialista Cor de Rosa. Por favor, deputada.

Com silêncio extremo da casa, Tiffany, em seu nome de campanha, caminhou até o microfone e o abaixou um pouco, para que ficasse à sua altura. Bem mais baixa, se comparada a Sooyoung.

- Bom dia, irmãos e irmãs. - Tiffany começou. - Nunca antes a democracia foi tão ofendida quanto está sendo hoje. As pessoas votaram pela política de Taeyeon, por um mundo mais igualitário, um mundo mais cor de rosa, como diz nossa bandeira! - Tiffany berrou ao balançar a bandeira nacional em seu pescoço. - Pelo meu partido, pela nossa cor! Pelo futuro de Prince, Princess e seus descendentes, meu voto é não! - Desta vez, as vaias foram tão altas quanto os aplausos anteriores. Jessica mantinha o mesmo sorriso descarado no canto dos lábios.

- Fala isso por que vive se atracando com a Presidente no Palácio! - Kim Hyoyeon, uma das deputadas mais fervorosamente oposta ao Governo Taeyeon, interrompeu. - Aposto que está metida nas maracutaias do desvio de verba com o Plano Solo da Senadora Luna!

- Eu não toco em dinheiro público! Quem deveria estar sendo ré nessa história toda é a Presidente Jung! - Tiffany praticamente cuspiu enquanto berrava e apontava para a presidente da câmara. Jessica a olhou desacreditada e Taeyeon finalmente sorriu de canto, cruzando os braços ao se entreter com a acusação.

- Senhora Hwang, seu tempo acabou. - Jessica tentou tomar controle da situação, mas Tiffany continuou a gritar e fazer desordem.

- Pensa que o povo não sabe dos seus sonhos de paraísos fiscais?! - Tiffany bateu o punho na bancada. - E ainda há as suspeitas de que usa mão de obra infantil na China, na confecção das empresas de sua família.

- Pensei que fosse socialista, Deputada. - Jessica desafiou com aquele sorriso convencido de sempre, o que aumentou ainda mais a ira de Tiffany.

- Estão vendo?! É esse tipo de gente que seus deputados apoiam ao dizerem "sim" ou "eu me abstenho"! - Tiffany prosseguiu, cheia de fúria. Jessica a encarava com cara de tédio, apoiando o queixo sobre uma das mãos. - Pois saibam que saio daqui tranquila, sabendo que fiz meu papel como, acima de tudo, cidadã dessa nossa República! - E assim Tiffany  voltou ao seu lugar, afastando o microfone de modo brusco. Murmúrios tomaram conta do ambiente até que a presidente da sessão voltasse a falar, inabalada.

- Dando continuidade a votação da abertura do processo de impeachment da Presidente Kim, chamo a Deputada Im para fazer público o seu voto, em nome do PFR, Partido Facista Republicano. - Jessica convidou a deputada em meio à discussão acalorada que acontecia entre as deputadas presentes. Yoona se aproximou do microfone e Jung teve a impressão de ver sua boca se movimentar, apesar de não ter ouvido bulhufas devido ao estardalhaço das demais deputadas. - Silêncio! - Ergueu a voz sem qualquer delicadeza. O que pediu foi concedido quase instantaneamente. - Por favor, deputada. Prossiga.

- Como eu havia lhes desejado anteriormente, bom dia. - Yoona começou. O silêncio era absoluto e mesmo assim algumas forçavam a audição para poder ouvi-la. – Neste fatídico dia, senhoras e senhores, os anos de trambiques governamentais acabam e a Lei mostra-se ainda igual para todos nós. E é por isso, dando voz aos meus eleitores da grande Seul, meu pai e minha irmã, que eu voto sim! Sim pelo fim da corrupção! – Yoona ergueu ambos os punhos e novamente se ouviu os sons das vuvuzelas, os gritos dos que concordavam ou discordavam. Com um sorriso no rosto, a deputada voltou a se sentar, com um enorme senso de dever cumprido.

- Deviam todas seguir o exemplo da deputada e economizarem suas palavras, senhoras. – Jessica deixou claro o descontentamento em seu tom de voz. No fundo da sala, Taeyeon só fazia bufar em insatisfação. Vez ou outra recebia um olhar reconfortante da Deputada Hwang, mas nada que minimizasse sua revolta com aquela situação. Quando as demais fizeram silêncio, Jessica prosseguiu. – Convoco a Deputada Kim Hyoyeon do PFP, Partido Flop do Povo, para continuarmos a votação.

- Bom dia, Presidente Jung. Bom dia, caras deputadas e a toda a nação. – Jessica respondeu Hyoyeon com um simples aceno de cabeça, e então a Kim prosseguiu. – Hoje, venho confirmar minha reprovação à Kim Taeyeon, que se origina desde sua época de campanha. “Kim Taeyeon, não é no seu dinheiro que ela vai passar a mão!”. – Hyoyeon proclamou o slogan de Taeyeon com fervor, causando risadas pelo plenário. Jessica não fez nem questão de esconder seu sorriso. A presidente da república só pode revirar os olhos com tamanho descaso. - Hoje, sabemos que ela não só passou a mão em nossos bolsos traseiros, mas em coisas mais. Suas promessas de um futuro de “um país rico, é um país sem flopeza” jamais foram realizadas! Suas causas nunca foram realmente defendidas! Por toda essa sem vergonhice da atual Presidente Kim, eu voto sim ao impeachment! Obrigada! – Hyoyeon foi ovacionada com aplauso, mas puderam-se ouvir algumas vaias. Lançando um sorriso triunfante para a deputada Tiffany e Presidente Taeyeon antes de sentar novamente em seu lugar.

- Pelo menos eu não venho trabalhar bêbada. – Taeyeon resmungou sozinha. Já estava irritada o suficiente e, se abrisse a boca, tinha certeza de que um novo escândalo começaria.

- Para o prosseguimento do processo de votação da abertura do impeachment eu chamo a Senhora Kwon Yuri do PMBW, Partido do Movimento ao Ban do Whitewashing, para falar em sequência. – Jessica chamou ao fazer algumas anotações nos papéis em sua mesa e, por mais que seus olhos estivessem presos aos documentos, seu tom soou firme como sempre.

- Presidente Jung...- Jessica ergueu os olhos dos papéis e viu a Deputada Juhyun com a mão direita levantada, parecendo assustada e hesitante como de costume. – A Deputada Kwon saiu para tomar um gole de café e disse que já volta.

- Como assim tomar café no andamento da votação?! Quem permitiu a saída das deputadas?! – Jessica perdeu um pouco de sua calma. Já tinha uma ideia de qual seria o voto da deputada e a sua saída injustificável só adularia o fim da votação. Taeyeon riu mais que satisfeita. Bufando, Jessica retomou a compostura e retornou a falar. – Enfim, prosseguimos a votação com Lee Sunkyu em nome do PDT, Partido das Trevas. Por favor, Sunny, seja breve em seu voto.

- Bom dia, Presidentes e companheiras presentes. Boa tarde para a Senhora também, Presidente Jung. – Jessica percebeu a dureza nas palavras da deputada que quase sempre tinha a cara fechada. A personificação do próprio tinhoso, muitos parlamentares sempre comparavam. – É com tristeza que vivencio o dia de hoje. Morre hoje a democracia. Morre hoje, minha vontade de viver de política.

- E desde quando ela tem vontade de viver? – Hyoyeon riu ao cochichar para Yoona, que riu muda da situação.

- Silêncio, deputada. – Jessica interrompeu e Hyoyeon arrumou a postura, permitindo que Sunny continuasse seu breve discurso.

- Minha resposta de hoje não tem nada a ver com jogos de politicagem nem é mal intencionado. Eu protejo o cidadão que em mim confiou seus votos, assim como respeito os votos alheios, que incluem os mais de cinquenta por cento da população que confiaram suas vidas e de suas crianças nas mãos de Kim Taeyeon. Essa é a real vontade do povo. Então, nesse purgatório circense em que me encontro, voto não. A democracia deve permanecer, como protege nossa Constituição, mesmo em tempos de escuridão. – E assim, sem muito se exaltar, Sunny disse o que achava que deveria ter dito. Com a mesma cara de quem não queria estar ali, sentou-se novamente em seu lugar. Tiffany bateu palminhas e sorriu, em seguida balançou a bandeira no ar, mas Taeyeon preferiu não comemorar ainda.

- Como a Deputada Kwon deve estar enfrentando problemas com a máquina de café, prova da ineficiência de gestão de nossa Presidente, prosseguimos a votação com a Deputada Seo Juhyun do PDCBD, Partido Democrata Cristão da Batata Doce. – Jessica disfarçou bem a insatisfação com o último voto ao chamar pela parlamentar mais nova de todo o Congresso. Seohyun se levantou e timidamente caminhou até o microfone, ajeitando-o a sua altura e coçando a garganta ao começar a falar.

- Bom dia, deputadas Unnies, Presidentes, e cidadãos que nos assistem. – Seohyun suspirou para expulsar qualquer insegurança, antes de continuar. – Com todo o respeito que tenho as senhoras, admito hoje que nunca vi tanta hipocrisia por metro quadrado. – Seohyun desabafou, causando vaias generalizadas das deputadas. Taeyeon permaneceu calada e Jessica fez de tudo para que as demais se acalmassem. Quando a exaltação teve fim, a jovem parlamentar prosseguiu. – Eu, de início, pensei em me abster. Ao julgar um presidente por crime de responsabilidade, deve ser justo, o que de fato é. Mas, em contrapartida, devem ser justos aqueles que estão presentes para lhe julgar, o que não é o caso da maioria aqui. – E mais vaias ecoaram pela sala. – Não voto por direita ou esquerda, por oposição ou governo, voto pela justiça. Por um país livre de corrupção, meu voto é não!

- Se quer justiça está no Poder errado, irmã! – Hyoyeon zombou enquanto Seohyun fazia seu caminho de volta para o seu lugar. As pessoas vaiavam, exceto por Tiffany, que vibrava a cada rejeição. Taeyeon e Sunny apenas se calavam, Jessica fazia de tudo para ser imparcial.

- Ordem, deputada. – Jessica chamou novamente a atenção de Hyoyeon, que apenas riu em resposta. Taeyeon mal pôde abrir a boca para questionar a ausência de Kwon Yuri quando a própria abriu as portas com pressa, o copinho de café pela metade em uma das mãos. Foi praticamente correndo até o microfone e virou o restante na boca. Não soube disfarçar muito bem a língua queimada, visto a careta que fez enquanto engolia a bebida. – Isto são modos, Deputada Kwon?

- Desculpe, Presidente. – Yuri passou a mão pela boca para limpar qualquer farelo das bolachinhas de leite que eram servidas junto ao café. –Tenho permissão para expor meu voto?

- Você tem o dever de expor seu voto. – Jessica respondeu de uma vez e voltou sua atenção para o papel onde, em letras garrafais, escrevia o relatório da votação.

- Começo pedindo desculpas pelo atraso, a todos os eleitores, eleitos e mídia, primeiramente, não tive tempo de tomar café pela manhã. – Yuri riu desajeitada ao desculpar-se novamente.

- Estava é com a maior cara de ressaca. E disso eu entendo. – Hyoyeon comentou mais uma vez com Yoona, que nada disse. Dessa vez mais baixo, para que a presidente da câmara não a ouvisse.

- Poderia, eu, listar mil e uma razões pelas quais Kim Taeyeon não representa mais a vontade popular, mas acho que os protestos dois últimos dois anos têm mostrado o suficiente. – Yuri assumiu uma postura confiante e uma feição séria ao começar seu discurso. – Afinal, quem confiaria numa presidente que diz que a ervilha foi essencial para o desenvolvimento da civilização e é uma das maiores conquistas do nosso país? Saudar a ervilha, presidente? Depois do fiasco da mandioca? Está na cara de que a fruta que a senhora gosta é bem diferente! Por isso eu digo sim ao impeachment e à integridade da família tradicional soomaniana!

- Hipócrita! – Taeyeon ficou inconformada. Levantou-se e apontou furiosamente para a deputada que mais a ofendia do que justificava seu voto. – Sua sapatão hipócrita! Enrustida do caralho! Cara de quem cola-velcro da porra!

- Presidente Kim Taeyeon! – Jessica ergueu o tom de voz, mas nem assim foi capaz de cessar o ataque de fúria da presidente em julgamento.

- Presidente Kim Taeyeon uma ova! Você que sonda a cabeça do Congresso inteiro! Todos sabem que, claramente, Yuri era um membro importante de minhas bases aliadas! – Taeyeon apontou acusadoramente para Jessica, que ria com descaso. - Sabe o que é isso, senhoras e senhoras? Conspiração contra o meu governo! Panelinha mesmo! Você tá pensando que vai tomar meu lugar, sua ninfeta? Pois eu lhe pergunto, Presidente Jung, quem é a senhora na fila do pão!

- Encerramos, portanto, a votação com quatro votos a favor da instauração do processo de impeachment Kim Taeyeon a três votos contrários. – Jessica ignorou o acesso de raiva de Kim Taeyeon, apoiando as mãos com dedos entrelaçados sobre a mesa enquanto dizia cada palavra claramente, próxima ao microfone.

- Isso é um golpe! Isso é golpe de estado! – Taeyeon tentava protestar, mas não era levada em conta, caso fosse ouvida diante a barulheira que havia ali.

- O processo segue para trâmite no senado e a presidente é afastada sob pena das acusações de seus crimes de responsabilidade fiscal. Assume a posse Tyler Kwon, como Presidente Interino, tornando-se este presidente definitivo caso a presidente afastada seja julgada e tenha de abandonar definitivamente o cargo, podendo ser inabilitada a qualquer função pública por um prazo de oito anos. – Jessica continuou com o protocolo, por mais que os gritos de comemoração ou protesto dentro e fora do plenário fossem ensurdecedores. Taeyeon voltou a se sentar e passou a mão pelo cabelo, frustrada. – Agradeço à presença das deputadas, estão liberadas.

E com isso, Jessica fechou a caneta com sua tampa e colocou-a novamente no bolso após deixar sua assinatura no fim do relatório. As deputadas a favor saíram juntas em comemoração, cantando seu orgulho em serem naturais daquele país cheio de peripécias. As Deputadas Lee e Seo seguiam logo atrás, com uma postura neutra. Tiffany estava claramente revoltada e triste. Saiu cabisbaixa, ainda com a bandeira rosa a cobrir seu corpo. Nem ao menos encarou a presidente da república. Passou se sentindo uma fracassada.Taeyeon se levantou quando Jessica se aproximou da porta, já que ela estava sentada ao lado. Abriu a boca para dizer o quanto a Jung ainda se arrependeria daquilo, que a culpa de concordar com um golpe, cedo ou tarde, acabaria matando-a, dentre várias outras coisas quando foi interrompida com três tapinhas nas costas e um falso sorriso compreensivo.

- Tchau, querida. – Jessica fez soar como se fosse uma despedida normal, mas Taeyeon entendeu o real significado deixado por trás de cada sílaba. A Kim riu falsamente ao ouvir os passos de Jessica se afastarem quando ela se aproximou um pouco mais da porta.

- Golpista! – Taeyeon teve tempo de vociferar em voz alta, quando a mão da deputada tocou a maçaneta, direcionando a ela aquele sorriso típico e descarado, que Taeyeon, dessa vez, fez questão de retribuir, exibindo sua covinha. – Que golpista mais gostosa e filha da puta... Vemos-nos mais tarde?

- Se eu fosse você, estaria mais preocupada em redigir minha defesa, presidente. – Jessica disse antes de fechar a porta atrás de si, largando a presidente afastada e seu sorriso presunçoso a sós no plenário.


Notas Finais


Olhem como o mundo dá voltas. Quem diria, muá fazendo TaengSic akspakspakspask
Tentando acalmar os ânimos, sei que muita gente não gostou, outras estão comemorando... Eu, como a autora, prefiro permanecer Glória Pires sem ser capaz de opinar. Só digo que, independente de qualquer coisa, há sempre o que Temer -q
Como sempre, tentei corrigir e perdoem quaisquer erro. me avisem deles também u.u

Até a próxima e beijos no heart! *3*

EU TINHA ESQUECIDO DA MANDIOCA! https://www.youtube.com/watch?v=uwdjZZJAvro

PS: Obrigada, moza1 por avisar. Para quem não está ciente do que é whitewashing, seguem dois links:
Conceito geral: http://www.nemumpoucoepico.com/2013/10/vamos-falar-de-um-assunto-serio-whitewashing-parte-1/
No k-pop (só encontrei em inglês): http://aminoapps.com/page/k-pop/5023402/white-washing-in-kpop


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