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História Império Furanko - Kazuya-san...


Escrita por: Japonega98

Notas do Autor


Império Furanko toma meus pensamentos todos os dias, mas está cada vez mais complicado meu tempo para escrever, hoje felizmente pude postar este capítulo, espero que apreciem e gostem! Boa Leitura para todos!

Capítulo 17 - Kazuya-san...


Fanfic / Fanfiction Império Furanko - Kazuya-san...

Império Furanko – Kazuya-san...

 

         - (risos) Eu quero a Lua! - pedira Laura animada como uma criança pequena.

         - Então com certeza eu lhe darei! - sorrira Jun, contente em ouvir a voz de Laura.

         - Tudo bem, logo irei para Tokyo. Espero que minha Lua já esteja lá! - disse Laura tentando transmitir uma voz séria, mas acabara caindo na risada.

         - Seu presente estará lá, mas eu preciso ficar em Kyoto até entender tudo que está acontecendo, Takeshi-san está acompanhando Shizuka-chan até sua casa. - explicara Jun em um tom de voz neutro.

         - Entendo, seja cuidadoso. Meu coração fica angustiado com toda essa situação! - exclamara Laura preocupada.

         - Mas... Agora devo deixar você dormir... - suspirou Jun como se algo bom estivesse acabando.

         - (risos) Preciso daquele tipo de informação, enviei um nome por mensagem para você. - afirmou Laura seriamente.

         - Descobrirei o que puder sobre essa Fiorella! - disse Jun lendo o teor da mensagem.

         - Agradeço senpai! Boa noite Jun-san, melhor dizendo bom dia! - Laura desejara antes de cair sobre a cama novamente.

         - Senpai (risos), há muito tempo não ouço isso vindo de você. Tenha bons sonhos minha garota! - despedira-se Jun amavelmente.

         Laura logo adormecera abraçada a uma almofada, aquela ligação fez com que ela dormisse tranquilamente, dormir bem era raro.

***

         O dia nem amanhecera na fazenda e Laura já havia saído para a estrebaria, para selar seu cavalo 'Pérola Negra', pois daria uma volta no campo acompanhada por seu pai.

         A vida dos trabalhadores da fazenda começava antes do alvorecer. Mas além do caminho de palmeiras, havia uma breve descida pela qual chegava-se a verdadeira fazenda, com todos os animais e até algumas pequenas plantações comparadas as fazendas de plantio que Laura detinha espalhadas pelo Brasil.

         - Como está meu belo tordilho negro? Tem passado bem? - questionara Laura ao seu pai, acariciando as quirinas negras do cavalo.

         - Tem sim, minha filha. Seus cavalos, aliás todos nossos animais estão sempre sendo supervisionados adequadamente. - afirmou Lauro encilhando seu cavalo.

         Ambos montaram em seus cavalos e iniciaram o passeio pela fazenda.

         - Ah papai como sinto falta da natureza! Quando me aposentar com certeza vou ficar aqui! - sorrira Laura fazendo planos futuros.

         - Laurinha, se quisesse já estaria morando aqui. Juntou dinheiro suficiente, está com a vida feita! Não moras aqui porque tem gosto pelo teu trabalho, na verdade eu te entendo. - explicou Lauro sabiamente.

         - Isso é verdade, nem sei como seria minha vida sem meu trabalho. Estar sempre ocupada às vezes é ruim, mas me deixa satisfeita! - concordara Laura ajustando sua bombacha (espécie de calça tradicional do RS / indumentária gaúcha).

         - As criações estão aproveitando o pasto! - apontara Laura para o horizonte verde.

         Laura acompanhara seu pai, enquanto conversavam sobre as fazendas, Laura entendia de negócios e seu pai da vida rural, muitos lucros vinham dessa união. Passearam até que o sol nascesse na fazenda.

***

         Neide e Glória ajudaram dona Regina a por a mesa da varanda da casa, onde todos iriam tomar o café da manhã com as delícias feitas por elas.

         Cláudia e Kaio desceram primeiro juntando-se a Regina na varanda.

         Letícia e Felipe foram em seguida para tomar café ainda sonolentos, chegaram ao mesmo tempo em que Hellen e Shin Hye.

         - Bom dia a todos! - desejara a matriarca da família.

         - Bom dia vovó! - desejaram Felipe e Letícia beijando dona Regina carinhosamente.

         - Bom dia Tia! - sorrira Hellen sentando-se ao lado de Shin Hye.

         - Bom dia! - desejara Shin Hye em português, após uma aula de cumprimentos ensinada por Hellen.

         - Onde está a mana? - questionara Kaio a sua mãe.

         - Ela foi para o campo com seu pai bem cedo, e ainda não retornaram. - disse dona Regina.

         - Nadya e Kauã ainda estão dormindo? - perguntara dona Regina observando os olhares vagos.

         - Olha vovó acho que estão muito cansados... (risos) - Letícia comentou maliciosamente.

         - Let, não seja indiscreta! - Cláudia olhara para sua filha em tom de repreensão.

         - (risos) Jimin e Min Ho! Viu por aí Let? - perguntou Hellen preocupada.

         - Jimin estava trancado no banheiro lá de cima, tive que usar o da vovó! Min Ho não sei. - explicou Letícia comendo uma fatia de bolo.

         - Hum, entendo. - assentiu Hellen.

         Todos continuaram a saborear as delícias de encher os olhos e o estômago.

         Min Ho e Jimin desceram as escadas vagarosamente, avistando todos durante o café da manhã pelas janelas envidraçadas, seguiram até lá.

         Jimin descaradamente "sabotava" Min Ho e Laura, mas por zelo ao seu hyung Namjoom, mas ele estava mudando em relação a isso.

         - Qual é pronúncia correta? - questionara Min Ho a Jimin.

         - Bom dia, assim mesmo! - afirmou Jimin.

         Ambos saíram para a varanda.

         - Bom dia! - disseram sorridentes.

         - Alguém fez o dever de casa! (risos) - comentou Hellen com Shin Hye.

         Min Ho sentara-se ao lado de Shin Hye e Jimin ao lado de Hellen a mesa.

         - Dormiram bem rapazes? - questionou Hellen comendo alguns pedaços de mamão.

         - Sim Noona, até dormiria mais. - disse Jimin bocejando.

         - Jimin preguiçoso! - sorrira Letícia observando-o.

         - Mais um pro time do Kauã e da Nadya! - comentou Kaio descontraído.

         - Verdade... - Hellen balançara a cabeça.

         - Dormiu bem Oppa? - questionou Shin Hye terminando com o pedaço de melancia.

         - Sim, e vocês garotas? - perguntou Min Ho voltando-se para Hellen e Shin Hye.

         - Bem, muito bem. - sorrira Shin Hye gentilmente.

         - Foi bem, relaxei... - afirmou Hellen com uma expressão tranquila.

         - Vovó perguntou como foi a instalação de vocês e se precisam de algo? - intermediou Letícia a pedido de dona Regina.

         Os três assentiram positivamente, isso deixara dona Regina feliz, gostava que seus convidados estivessem confortáveis.

         - Aproveitando que Laura não está aqui, devemos combinar algumas coisas sobre amanhã. - relembrou dona Regina.

         - Pois diga tia! - solicitou Hellen ansiosa.

         - Faremos uma comemoração de aniversário simples, nada grandioso, mas será uma surpresa. Precisamos de alguém para distraí-la enquanto organizamos tudo. - explicou Regina observando a todos.

         - Hum. Precisa de alguém para distraí-la... - repetira Hellen pensativa.

         - Podia ser eu Noona! - Jimin erguera o braço com um olhar pidão.

         - Não, vou precisar de você Chim Chim. Pode ser Min Ho! - afirmou Hellen fitando-o.

         - Eu para quê? - questionou Min Ho sem entender o rumo da conversa.

         - Amanhã você vai distrair Laura para organizarmos a festa para ela. - piscou Hellen sorridente

         - Comemoração! - corrigiu Jimin como se alguém tirasse seu doce.

         - Tudo bem, sem problemas. - Min Ho aceitara a missão.

         - Pronto, tia! Nosso amigo Min Ho ficará com ela! - disse Hellen animada.

         - Fico feliz! Agora vou organizar algumas coisas. Se precisarem de algo mais peçam para Neide ou a Glória. - avisou dona Regina antes de deixa-los.

         - Tudo bem, mãe! - assentiu Kaio.

         - E então sobre amanhã vai ter muitos doces? - perguntou Felipe entusiasmado.

         - Com certeza, querido! - sorriu Claudia acariciando os cabelos castanhos do pequeno.

         Todos conversaram planejando tudo para o dia seguinte.

         - Onde está a Noona Laura? Dormindo? - perguntou Jimim com a boca entupida de guloseimas.

         - A Noona está aqui! - disse Laura adentrando a varanda.

         - Bom dia para todos! - sorriu Laura servindo-se de muitas fatias de bolo.

         - Seu apetite está anormal ultimamente tia Laura! - brincou Felipe.

         - Estou comendo por dois! - brincou Laura. - todos a mesa voltaram-se para ela observando-a em silêncio.

         - É brincadeira! Sai cedo para andar a cavalo com papai, não comi nada até agora, só isso! - explicou Laura a todos.

         - Quais são os planos para hoje? - perguntou Claúdia quebrando o clima estranho a mesa.

         - Podíamos ir para a cachoeira a tarde, que tal? - sugerira Letícia aos demais.

         - Ótimo, vamos para a cachoeira então. - Laura concordou notificando os demais.

         - Vamos para piscina amor? - Cláudia lançara um olhar convidativo Kaio.

         - Claro, vamos sim! - Kaio acompanhara sua esposa e Felipe seguira junto deles.

         - Vocês podem ir primeiro! - sorrira Laura.

         - Esperaremos por você, tia! - piscou Letícia digitando freneticamente no IPhone.

         - Ah as regras já ia esquecer... Min Ho, Shin Hye e Jimin, o que devem saber: Tem chuveiros espalhados pela fazenda inteira, caso queiram se refrescar, tem toalhas na piscina, na varanda das duas casas, mas JAMAIS entrem molhados dentro de casa, minha mãe batera em vocês, é sério. Se quiserem andar a cavalo optem por ser de manhã cedo ou a tarde quase ao anoitecer, e é só isso mesmo. - Laura ditara fitando-os atentamente.

         - Estão todos cientes, agora vou fazer aquela ligação. Depois encontro vocês na piscina - despedira-se Hellen seguindo para o escritório.

         Min Ho, Shin Hye, Jimin e Letícia esperaram até que Laura terminasse sua refeição, e seguiram para piscina, aproveitando a brisa matinal.

***

         Kazuya conversava na cozinha com Tyrone que preparava o jantar.

         - Ainda não vimos Shizuka-san, ela foi acompanhada até seu apartamento por alguém enviado por Yamaguchi-san. - disse Tyrone pensativo.

         - Hum. Amanhã estaremos todos reunidos para praticar "dori" (drift)! - comemorou Kazuya.

         - Naoki-san levará Aprill para fazer drift nas montanhas conosco? Pode ser perigoso para ela. - constatara Tyrone.

         - Ela está conhecendo a realidade dele, seus gostos, faz parte. - explicou Kazuya escorado na bancada.

         - Mas Yuki-chan não virá jantar? - questionou Tyrone cortando alguns temperos.

         - Não, o trabalho foi "exaustivo", foi essa a desculpa para não esbarrar com aqueles dois! - Kazuya balançara a cabeça incrédulo.

         - Pobre Yuki-chan, Kazuya-san, não é fácil ver a pessoa que ama com outra! - Tyrone disse irritadiço.

         - Acho que tem algo além da solidariedade nesse seu comentário! - disse Kazuya analisando o quão corado o rosto do amigo ficara.

         - Estamos com problemas! - interveio Bianca correndo até a cozinha.

         - O que foi Bianca-chan? - questionou Kazuya preocupado.

         - Chegaram três carros de presente pra madrinha, mas não tem mais lugar na garagem! - disse Bianca organizando suas madeixas louras.

         - Vamos ter que por alguns no gramado. Algo assim. - Kazuya pensara em alguma solução.

         - Vamos colocar três no gramado, e os presentes peçam para que ponham na garagem. Ok? - afirmou Tyrone seguindo até a garagem junto de Kazuya.

         Após os entregadores deixarem os carros na garagem com enormes laços vermelhos envolta com cartões de felicitações, retornaram para o primeiro andar da mansão.

         Tyrone terminara de preparar a comida, e os três realizaram a refeição na cozinha.

         - Hellen-san estava a procura de alguém para reformar aqui. Laura-san já externou o desejo de aumentar o espaço da garagem e a casa em geral. - comentou Tyrone tomando saquê.

         - (risos) Me lembro de quando essa casa fora construída, ajudei Laura-san escolher esse espaço! - relembrou Kazuya nostalgicamente.

         - Nem parece uma casa adequada a Senhorita Laura Furanko dona da super Holding. (risos) - brincara Bianca.

         - (risos) Com certeza ficará mais moderna e terá mais tecnologia, aposto. - disse Kazuya compartilhando do saquê.

         - Bianca-chan, um pouco de saquê? - oferecera Tyrone.

         - Obrigada Tyrone-san. - Bianca agradecera arrumando a mesa.

         - Chega de saquê para mim, vou dormir, boa noite para vocês! - despedira-se Tyrone caminhando em direção as escadas.

         - Está na hora... - sussurrou Kazuya ao ouvido de Bianca abraçando-a por trás, repousara sua cabeça sobre o ombro dela.

         - Aham... - sorriu Bianca ao virar-se para ele.

         - Jamais vou cansar-me de beijá-la. - Kazuya acariciara o rosto dela, descendo até seus lábios rosados.

         - Eu amo minha princesa! - Kazuya a tomara em seus braços levando-a  para cima.

         Após subir cuidadosamente com sua amada, Kazuya adentrara o quarto de Bianca, pondo-a sobre a cama.

         Bianca recostara-se na cabeceira. Kazuya retirara os chinelos usuais dentro de casa que envolviam seus delicados pés.

         - Você é tão bonito, o seu sorriso ilumina meus dias... - Bianca acariciara as covinhas no rosto dele.

         - Nossa sintonia é perfeita! - Kazuya envolvera Bianca em um beijo quente, acariciando seu corpo, o clima estava caliente demais para ficar somente nos beijos.

         - Eu... Eu... - dissera Bianca relutante aos beijos que Kazuya distribuíra em seu pescoço.

         - Para, para. Preciso conversar com você! - afirmou Bianca afastando-o para longe de si.

         - Eu fiz algo errado? - questionara Kazuya preocupado.

         - Não... Eu apenas estou pronta para falar. - Bianca tomara as mãos dele olhando-o aflita.

         - Diga... - Kazuya observara-a atenciosamente.

         - Eu morava em Porto Alegre quando conheci um antigo namorado, Lucas.    Ele era perfeito, um verdadeiro príncipe diferente dos garotos que já havia conhecido. Passamos a sair juntos e começamos a namorar, na época eu tinha 17 anos. - Bianca contara com um olhar amedrontado.

         - Entendo. - disse Kazuya ainda sem entender o rumo da história.

         - Nós passamos a morar juntos e por alguns meses foi tudo maravilhoso, realmente um sonho até que tornou minha vida um inferno. Me batia, me torturava, humilhava e ameaçara, mantinha-me em cativeiro e acabara com minha vida. - Bianca lacrimejara, Kazuya sentira suas mãos trêmulas.

         - Quando visitávamos minha família na Serra, ele era um cavalheiro, mas longe me machucava de todas as formas possíveis. Eu não tinha amigos, ninguém aproximava-se de mim, eu tinha medo de pedir socorro por causa de suas ameaças constantes, ele era traficante de drogas, um bandido e eu não imaginava uma vida assim para mim. - as lágrimas amargas rolaram pelo rosto de Bianca assim como as cicatrizes dolorosas em seu coração.

         Kazuya permanecera intacto como se estivesse em um transe, petrificado com a dura verdade.

         - A desgraçada vida que acabava com meus dias e ia me definhando chegara ao ápice quando me fizera essas marcas! Queimara minha pele, cortara-a! - aos soluços em seu pranto que ardia a alma Bianca tirara as roupas que cobriam o seu corpo.

         - É por causa delas que eu nunca uso biquíni e que eu não queria que visse meu corpo deformado... - a voz dela embargada, mostrando e relembrando tal trauma.

         - O meu cárcere infernal só acabara com uma visita surpresa da minha madrinha e Hellen que estavam a negócios no Brasil. Não as via há certo tempo, então foram me encontrar no endereço que minha mãe cedera. As duas me encontram magra, com hematomas pelo corpo inteiro, olhos inchados e roxos, um pouco antes havia sofrido com o surto de fúria psicopata daquele infeliz. - finalizara Bianca com seus olhos avermelhados e o choro incessante.

         Kazuya manteve-se em silêncio observando-a com uma expressão inexistente, ele não conseguira assimilar tais informações, acabara por deixá-la e seguir para seu quarto sem lhe dizer nada.

         - Kazuya-san... - repetiu Bianca, trazendo seus joelhos para junto de seu corpo, seu semblante de angústia e tristeza, tornara-se novamente uma criança indefesa sentindo-se abandonada. Novamente magoada pelo homem que ama.

         Um turbilhão de pensamentos pairavam sobre Bianca, imaginara que Kazuya a deixaria, que desistiria do relacionamento dos dois depois de ter visto cicatrizes e marcas espalhadas por seu corpo.

         Mesmo após a realização de cirurgias em Milan, muitas cicatrizes permaneceram danificando seu belo corpo.

         Tyrone ouvira os soluços do pranto de Bianca, mesmo que aquilo cortasse seu coração não podia interferir, sabia que esse momento chegaria e que estava sendo difícil para ela falar sobre tudo.

***

         Laura apreciava a sombra das palmeiras enquanto balançava a rede onde estava repousando tranquilamente.

         - Tia volta pra piscina! - gritou Felipe sorridente.

         - Depois meu amor. - sorrira Laura retornando aos seus pensamentos.

         As mensagens e ligações de felicitações brotavam sem parar de seu IPhone. Mas uma mensagem de Bianca tomara sua total atenção.

         - Enfim abri meu coração e falei sobre o passado com Kazuya-san, mas ele saiu sem dizer nada. Não sei o quê está pensando, mas estou sofrendo com isso. - Laura lera com a voz doce de sua afilhada em mente.

         - Tudo ficará bem, durma e afaste tais pensamentos. Kazuya é bom, jamais te magoaria. Boa noite querida! - enviou Laura tranquilizando-a, mas na realidade ficara preocupada com as ações futuras de Kazuya.

         - Essa sombra está ótima mesmo! - comentou Hellen amarrando a canga no entorno de sua cintura.

         - Como foi com Catherine? - perguntara Laura voltando-se para Hellen.

         - Resolvi, mas tive que prometer algumas coisinhas... - explicou Hellen.

         - Entendo... - suspirou Laura.

         - Mas tem algo mais lhe incomodando... Esse olhar, não gosto desse olhar! - deduziu Hellen minuciosamente.

         - Bianca teve aquela conversa com Kazuya e ele simplesmente saiu. Não sei o que passa por aquelas cabecinhas... Estou preocupada! - comentou Laura inquieta.

         - Ele a ama. Vai dar tudo certo! - Hellen assentiu tranquilamente.

         Hellen sentara-se em um banco esculpido em pedra e escorou-se em uma frondosa palmeira.

         Laura com um olhar obscuro fitava de forma ininterrupta o horizonte.

         - Tem certeza que o endereço está certo? - Hellen arqueara as  sobrancelhas.

         - Sim, é esse. Espere-nos aqui, por favor! - solicitou Laura ao motorista e as duas seguiram por um beco estreito até uma porta marrom de ferro.

         Após batidas insistentes, Bianca abrira a porta, revelando-se a luz do dia timidamente.

         - Meu Deus o que é isso? Assaltaram você, querida? - Laura aproximara-se de Bianca assustada.

         - Vamos chamar a polícia! - sugeriu Hellen apavorada com a situação.

         - Não, por favor. Ele vai voltar logo! - Bianca caíra de joelhos ao chão.

         - Ele quem? - perguntara Laura carregando Bianca até um sofá cinza.

         - Lucas, meu namorado. Ele voltará logo, ele não pode ver vocês aqui, por favor vão embora! - suplicara Bianca com voz desesperada.

         - Por que você está assim? Toda machucada, quem fez isso contigo? - Hellen e Laura questionavam tentando assimilar tudo.

         - Lucas... Ele fez isso! Ele é um bandido desgraçado, fará alguma coisa contra as duas. Ele é um psicopata louco! - dissera Bianca como um gatinho assustado.

         - Hellen, presta atenção! Leva a Bianca daqui agora, leve-a direto para o avião, embarquem para a Itália. Peça médicos para quando pousarem em Milan. - solicitou Laura rapidamente.

         - Pode deixar. E tu Laura? - perguntou Hellen apoiando Bianca em seu ombro.

         - Ficarei por aqui, conversarei com Júlia e cuidarei de tudo. Depois as encontrarei, usem meu avião eu irei em um vôo convencional. - assentiu Laura seriamente.

         Hellen conseguira levar Bianca ainda relutante para o carro, assim seguiram para o aeroporto.

         Laura cobrira parte de seu rosto com o lenço preto que estava em seu pescoço e esperara aquele maldito aparecer, manteve-se atrás da porta do quarto.

         - Bianca, Bianca! Onde está  vagabunda? - gritara Lucas chutando os móveis a sua frente.

         - Está se escondendo? Apareça! - exigira Lucas enfurecido.

         Adentrou o quarto com um olhar violento, era um rapaz jovem e belo, mas cruel e desequilibrado mentalmente.

         - Quem é você? - perguntara Lucas apontando uma pistola na direção de Laura.

         - Então é você o cara que bate em mulheres? - perguntara Laura com desprezo em seu olhar.

         - Onde está Bianca e quem é você? Se não responder irei explodir teus miolos! - ameaçara Lucas  aproximando-se dela, desconhecia aquela voz.

         - Eu sou o teu pesadelo desgraçado! - Laura tomara a pistola das mãos dele rapidamente.

         - Tua sorte é que eu não brinco com essas "arminhas"! - Laura retirara os pentes da arma pisando sobre eles com um olhar raivoso.

         - Sua vadia! - ele tentara golpeá-la com um soco, Laura esquivara chutando sua barriga.

         - Ah... Ah! Desgraçada, quer brigar! - levantou-se Lucas tentando manter uma postura de lutador que não existia para ele.

         Novamente seguira para cima de Laura que lhe golpeou com uma cotovelada, cortando seu supercílio. Depois um chute giratório na cabeça, fazendo-o cair novamente.

         Laura tomada por uma intensa raiva, perdera a razão. Aquela situação extrema, não conseguira controlar seus instintos mais primitivos.

         - Desgraçado, inútil! - Laura chutava seu rosto, estômago e costelas violentamente.

         - Bate em mim filho da mãe! Quem é a vadia agora? - Laura perguntara pisando em seu rosto com olhar psicopata.

         - Cof, cof... - Lucas tossira sangue pelo chão enquanto grunhia de dor.

         - Eu não vou matar uma ameba inútil como você, mas aprendeu a lição não é "queridinho"? - ironizou Laura antes de acertar o último chute em sua face, o qual por fim nocauteou-o.

         Ele desmaiou, seu nariz e algumas costelas quebraram, sua face estava dilacerada após tantos golpes sofridos, entre outras lesões corporais.

         Laura fizera uma rápida revista na casa onde encontrara drogas em uma parte oca do piso da casa e colocara próximo a ele.

         Derramara sobre ele um litro de álcool e todo o sal que encontrara na cozinha em seu rosto para finalizar.

         - Sofra imbecil! Devia ir arder no inferno, mas não sou delinquente como você. - Laura avisara antes de realizar a denúncia para a polícia através de uma ligação anônima, saíra normalmente da casa e pedira que um táxi a aguardasse.

         Após ver o indivíduo ser retirado de maca com o rosto desfigurado, seguindo para a ambulância e  disse:

         - Podemos ir senhor! - gesticulou Laura para que o táxi seguisse.

         - Ei Laura! Está aí? - Hellen estalara os dedos chamando a atenção da amiga.

         - O que foi? - perguntou voltando-se para Hellen.

         - Vamos almoçar! Tia Regina está chamando! - afirmou Hellen levantando-se.

         - Ok! Me ajuda aqui! - sorriu Laura estendo a mão para Hellen.

***

         Fiorella sentada na poltrona próxima a lareira, fumava e apreciava seu licor comemorando os últimos acontecimentos que iam ao seu favor.

         Ao ouvir os passos de Cristiano aproximando-se apagara o cigarro rapidamente.

         - Eu já senti o cheiro de cigarro, está fazendo mal para si mesma! - reafirmou Cristiano em tom de repreensão.

         - O acidente de Cissa me deixou inquieta, preciso de uma distração. - disse Fiorella dissimulando uma falsa consideração.

         - Fiquei muito preocupado quando ouvi seu recado, mas não tive como cancelar o compromisso! - lamentara Cristiano enquanto o ajudava a retirar seu paletó.

         - Ainda bem que não aconteceu nada de grave com ela, levei Júnior para visitá-la, inclusive. - comentou Fiorella sentando-se sobre o colo de Cristiano.

         - Onde está Júnior? - perguntou Cristiano observando a sala inteira rapidamente.

         - Está lá em cima na sala de jogos! - assentiu Fiorella escorando sua cabeça sobre o peitoral dele.

         - Entendo. Vou passar no Hospital para vê-la e retorno para jantar com vocês! - afirmou Cris mordendo os lábios pensativamente.

         Cristiano subira para beijar Júnior e seguir até o Hospital para amenizar sua inquietação.

         Júnior sentia-se culpado pelo acidente de Cissa, então recostara-se próximo a escada onde ela tropeçara em um dos seus carros em miniatura (presentes ee Laura) e caíra cambaleando até o primeiro andar da mansão.

         Na cozinha o jantar estava sendo preparado, Fiorella pensando estar só na sala realizara uma ligação.

         - Ótimas notícias! Já me livrei daquela velha insuportável, só falta tirar o moleque do meu caminho. - Fiorella sorrira satisfeita.

         - Seja cuidadosa, não admitirei erros desta vez. - solicitou uma voz masculina grave.

         - Agora será mais fácil manipula-lo ao meu bel prazer. Tenho certeza que mandará aquele pirralho pra bem longe! - afirmara Fiorella de forma arrogante e convencida.

         Mesmo que a conversa tenha sido em italiano, Júnior compreendera seu teor e assustado caminhara para seu quarto.

         - Então Fiorella está sabotando todos, mas por quê? - se questionava Júnior sentando sobre seus puffs.

         - Não posso falar com meu pai, Cissa não está aqui. Tio Alonso não é nenhum pouco confiável! Podia falar com Tia Laura, mas pensando bem não! - Júnior em conflito pensava como agir.

         - Precisa falar sobre o quê com a "Tia Laura", querido? - questionou Fiorella fitando-o com a porta do quarto dele entreaberta.


Notas Finais


Desculpem-me pelos possíveis erros ortográficos que me passaram despercebidos e por deixá-los sem novos capítulos por tanto. Espero postar em breve! Até o próximo e bjin da Japonega!


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