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História Império Sangrento - Chapter 3.


Escrita por: Stanana4

Notas do Autor


Eu apareço, sumo, ja estou acostumada com essa vida de andarilho rsrs
Enfim, vão ler meus mores
desculpa eu ficar tanto tempo sem dar um alô

NOTAS FINAIS POR FAVOR!!!!!!

Capítulo 3 - Chapter 3.


A casa em que estavam hospedados era de um senhor já de idade. Seokjin, seu mestre, matou o velho homem no dia em que chegaram a Londres.

Hoseok se lembrava bem desse dia; o calor do fogo queimando-lhe a carne, o barulho agudo da ponta da espada na parede, Seokjin o pegando sobre os ombros e então, acordara sob uma cama enorme de dossel branco com seu mestre a drenar o senhor no tapete em meio ao quarto.

Desde então o Jung virou filho de um conde importante que faleceu antes de sua chegada do exterior. Seokjin, ao contribuir com homens importantes e persuadir alguns outros, rapidamente se infiltrou na sociedade inglesa.

No entanto, viver nas ruas quando pequeno era mais fácil do que conviver com seu criador.

– Maldita, se quebrar isso eu mesmo a jogo aos cachorros!

Não sabia se ria ou sentia pena da pobre coitada. Ela estremeceu, segurando a jarra brilhosa até os dedos ficarem brancos e saindo da sala de jantar às pressas. Virou-se para seu mestre.

– Não deveria ao menos esperar uma semana em vez de dois dia? – questionou, sentando-se à sua frente.

O cheiro de sangue atiçou sua garganta quando ele riu, batendo na mesa de vidro exageradamente. Nunca iria o entender.

– Ah, minha cara criança! Ainda pensa nisso? – sua expressão tornou-se vazia por um instante, para então rir outra vez. – Se algo acontecer comigo, não se preocupe, tenho um baú em meu quarto com tudo que irá precisar para desaparecer.

Hoseok se aborreceu.

– Acha mesmo que irei deixá-lo? Invado onde quer que esteja se for preciso.

– Para morrer por algo inútil?

– É meu mestre, Kim Seokjin, nossos futuros foram entrelaçados no dia em que me resgatou daquele beco podre! – rosnou indignado.

– Isso mesmo, sou seu mestre e não seu pai. – Seokjin pausou, molhando os lábios e sorrindo desdenhoso. – Não seja uma cria impertinente.

Uma cria impertinente? Se calou, ficando rígido na cadeira. A luz do dia iluminou sua face séria, assim como os olhos perigosos de Seokjin que, em um ímpeto, se levantou arrastando o acento até cair em um baque alto do cômodo silencioso.

Quis pegar aquele rostinho bonito e arrancar a pele fora, só para ver o sorriso que tanto odiava desaparecer.

– O jantar de hoje vai ser uma isca. – o Kim suspirou. – Os Moroi não vão vir atrás de mim, mas os lycans, sim. Lobos preservam muito o laço sanguíneo, e eu matei a acusada de drenar um deles.

– Você quer brigar com lycans em um local cheio de humanos? – perguntou incrédulo.

Quer dizer, sempre soube que Seokjin era descendente de Yamo – Jae Yi para os íntimos –, o líder do Clã Yin, e bom, sabia também que seu criador dizimou cidades apenas por diversão. Mas por em risco humanos frágeis e ainda comprometer a identidade do submundo? Kim Seokjin era tão louco a esse ponto?

– Quer saber o porquê fuji da Coréia? – silêncio. – Por que eu arranquei osso por osso da companheira de Yamo. Eu suguei cada gota e mastiguei a pele dela com gosto. Alguns humanos mortos é apenas fichinha, Hoseok.

Petrificado era pouco. Jung estava totalmente horrorizado, e mesmo que soubesse do porque Kim fizera tamanha crueldade com a mulher bondosa, não arregalar os olhos e escancarar a boca foi impossível.

Voltou a se sentar, apoiando os cotovelos sob a mesa de vidro e pendendo a cabeça entre as mãos. O vento se intensificou, fazendo as cortinas pesadas das duas janelas na parede a sua frente balançar com força. E assim, soube que Seokjin saiu da sala de jantar.

Ainda estático e meio perdido, descobriu o rosto e pendeu a cabeça para trás. Seu mestre não negava suas origens, e isso era estranho pois ele, Jung Hoseok, era também parte do Clã Yin e mesmo que tentasse, matar inocentes por mero prazer próprio parecia tão errado quanto vampiros existir.

Não podia fazer nada, no fim. Metade do submundo já sabia que fora seu criador que drenou a recém-nascida. Em menos de 48 horas, Kim Seokjin conseguiu fazer o submundo saber seu nome, através de contatos.

Mas que grande merda.

– Hoseok.

Engolindo em seco, ajeitou-se na cadeira, estralando o pescoço e soltando um sorriso de boas-vindas para o recém chegado. O outro retribuiu.

– Alguma coisa pra mim? – foi direto.

– Rainha Vitória já sabe do ocorrido. – ele respondeu, encolhendo os ombros ao que hesitava. – E…

– Desembucha.

– Ouvi um boato na Demon. – pausou. – Algo como o Sangue Imperial decretar prisão máxima para a pessoa que matou a garota dos Moroi.

O que não queria que acontecesse, estava acontecendo. Levantou-se outra vez, franzindo as sobrancelhas e cerrando os punhos.

Seu mestre era por vezes impulsivo, só pensando na merda de sangue e no benefício de viver mais um dia, esquecendo-se completamente que ações impensadas vem acompanhada de consequências. Ele havia dito que o Sangue Imperial não daria a mínima para isso, muito menos os Moroi e que apenas os lobos iriam querer algo como retaliação.

Não era isso que estava parecendo.  

– Só isso? – sussurrou.

- Você sabe que temos um acordo de paz com os lobos, certo?

Não, não sabia.

Bateu sobre a superfície da mesa com força, ela quebrou em vários estilhaços de vidro. O garoto olhou-o com receio pela reação inesperada.

- Saia.

– O quê?

– Eu mandei sair! – elevou a voz, sendo prontamente obedecido.

Droga, Kim Seokjin.


 

Jimin odiava o cheiro de sangue. O corpo a sua frente, deitado em uma mesa, estava cheio dele. O licor viscoso e levemente grosso já estava seco a tempos, as roupas rasgadas e, acredite se quiser, a cabeça fora decapitada e o que restou do pescoço estava horrivelmente podre.

Levou um lenço preto ao nariz, impedindo a si mesmo de sentir o cheiro fedido que saia do corpo morto.

– Que frescura, Jimin. – seu pai olhou-o divertido.

Deu de ombros, não muito interessado na gozação que seu velho fazia consigo. Trocou o peso de perna, desviando a atenção para seu amigo. Ethan havia cortado os cabelos, ficando quase careca. Tinha as mangas da camisa dobradas até os cotovelos, o colete marrom completamente aberto e o rosto quadrado pensativo.

– O que foi? – perguntou, a voz sendo abafada pelo pano.

Ethan o encarou.

– Não foi um vampiro. – soltou, balançando a cabeça em negação.

Trocou um olhar com seu pai, antes de sair da sala exclusiva da sede da Divisão Proibida das Famílias Nobres. Ethan o acompanhou, com seu progenitor ao lado. Já fora da casa, respirou fundo algumas vezes para esquecer o cheiro.

– Explique. – seu pai pediu.

– Achei que Vitória ordenou pra ficarmos fora disso. – Jimin debochou. Seu amigo riu. – Não deveria, sei lá, pagar de cínico para alguns dos seus amigos?

– Já entendi, garoto. – resmungou algo como estar curioso e se virou, entrando em uma das carruagem e partindo.

Ao que ele virou a esquina, o Park tirou o sorriso.

– Vitória já sabe o que está acontecendo. – suspirou.

– Quando irá contar pro seu pai que é duas cara?

– Ah, por favor. – Jimin revirou os olhos. – Se ele souber que estou trabalhando para a Rainha, serei morto em menos de dois segundos.

Até porque, Vitória acha que Jimin é seu cachorrinho particular. Dividi-lo era uma palavra que com certeza não fazia parte de seu dicionário. E bom, seu pai não fazia ideia que existia a Agência de Assassinos Sangue Puro, e que matava vampiros.

– De qualquer forma, vamos retornar à questão anterior. – Ethan falou rude.

Jimin quis perguntar o que o incomodou, mas o amigo já havia desatado a falar. Então apenas enfiou as mãos nos bolsos do sobretudo quente e encarou as ruas frias e desertas daquela parte da cidade.

– A garota foi acusada de matar um lobo. Sabe quem prendeu ela naquele galpão?

Negou.

– Um mistério, então. – murchou a expressão. – No mesmo dia, um vampiro a drenou.

– Vampiro matando vampiro. – Park riu. – Patético.

– Jimin! – foi repreendido. – De qualquer forma, o vampiro a drenou. E então um segundo lobo foi encontrado morto, mas dessa vez não tem suspeito. Um vampiro não faria isso, ou seja, temos mais um mistério.

– Um vampiro não faria isso. – afinou a voz, imitando o amigo. Revirou os olhos de novo. – Muito confiança, não acha?

– É de conhecimento do submundo que o imperador tem uma aliança com as matilhas. – contrariou. – Vampiros e lobos vivem em paz a tempos, com certeza não querem piorar a situação.

Concordou, mesmo não querendo.

Mas a questão era que um maldito vampiro drenou a acusada de matar um lobo. Uma vadia com presas matou a porra de um peludo, a merda do tratado de paz já havia se desfeito. Ou ao menos era o que tinha que acontecer. O Sangue Imperial já estava na mira das matilhas e de quebra, na da Tríade também.

Resumindo, um vampiro podia sim, ter feito isso. Os acordos já estavam desfeitos, de qualquer forma.

Rainha Vitória não estava gostando disso e, caso a família real vampírica decidir vir para Londres, a Tríade iria ver como uma ameaça já que uma das sedes residia ali. Uma segunda Guerra do Submundo iria acabar acontecendo.

– A gente sabe coisas demais, Jimin. – Ethan o encarou.

O dito cujo ficou em silêncio por alguns minutos.

– Não é a toa que somos os melhores das famílias nobres. – disse por fim.





 

A noite caiu mais rápido do que Taehyung queria. Sentado em cima da grande Torre do Relógio do edifício do Parlamento de Londres, balançava as pernas em um ritmo contínuo e desigual. O enorme sino não estava totalmente pronto, e Taehyung pensou se conseguiria viver até vê-lo ser inaugurado.

Vampiros são gelados, consequentemente desprovidos de sentir frio, mas Taehyung, com sua pesada capa branca de capuz, quase parecia um humano buscando aconchego pelo calor.

O ar ali em cima parecia rarefeito, e seus olhos - apenas o esquerdo, pois o direito não o deixava enxergar - emitia em suas orbes pequenas luzes amareladas. Ao fundo, ouviu o ar sendo cortado e passos apressados atrás de si.

– Vamos ficar na sede do clã Moroi. – Jeongguk começou, parando em pé ao seu lado. As botas de cano alto lisa encostando no seu braço, e Taehyung quase o empurrou torre a baixo por isso, se limitando a afastar-se um pouco. – O vampiro que drenou a recém-nascida virou o assunto do momento. Se ele queria atenção, conseguiu.

– Yoongi já foi? – a pergunta escorreu pelos lábios sem permissão.

Seu irmão suspirou.

– Não vai contar o que aconteceu?

Taehyung permaneceu em silêncio. Não queria que Jeongguk se enfiasse em uma briga estúpida com seu companheiro. Amava os dois - com diferentes formas, claro - e estava cansado de vê-los em pé de guerra.

Por fim, crispou os lábios, ponderando.

– Acha que seria melhor se o Conselho soubesse?

– Não seja idiota. – Jeongguk revirou os olhos. – Eles iriam mandar matá-lo, e você sabe o que aconteceria se algo te ocorresse, ainda mais nesse estado em que se encontra.

– Mas eu falhei, querido. – pausou. – E toda vez que repenso, toda vez que leio os relatórios, toda vez que tento achar uma explicação plausível, simplesmente não encontro. – ergueu a cabeça para encarar o mais novo. – Eu não sei onde diabos eu errei!

A expressão pensativa do outro vampiro captou sua atenção. Jeon pensando sempre iria atormentá-lo; o irmão era rude e ignorante, afinal. Essas coisas não combinavam com ele.

– Acha que temos um traidor na Prisão do Suicídio? – Jeongguk soltou, ainda olhando para frente.

Taehyung seguiu seu olhar, fazendo uma careta.

– Se eu deixei um Renegado passar, é bem provável. – suspirou. – Um traidor, que decadência. – encarou o mar de luzes mais uma vez, antes de levantar – Enfim, é melhor irmos. Vitória já já irá saber que estamos aqui. – e abrindo os braços, Taehyung se jogou da torre.

 


Notas Finais


Eu tenho mais duas fanfic, deem um chance á elas
Beijinhos amores <3


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