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História Imprevisível - Unberechenbar


Escrita por: ltsAmy

Notas do Autor


Oi Gente!
Olha quem ta de volta!
Eu espero que gostem
Boa Leitura

Capítulo 1 - Unberechenbar


Fanfic / Fanfiction Imprevisível - Unberechenbar

                                                                                             unberechenbar

 

 

Se eu pudesse definir Shizu-chan em uma palavra, esta seria Imprevisível. Faz mais ou menos um mês que não apareço em Ikebukuro e aposto que ele deve estar mais confuso do que eu neste momento. Da última vez que nos vimos o mesmo me surpreendera mais uma vez fazendo algo bem que não estava nos meus planos.


Eu estava saltitando pelas ruas do distrito quando me surge o meu tão odiado monstro de Ikebukuro, Shizuo Heiwajima. Não estava nos meu melhores dias para uma briga pois estava com uma confusão em mente e isso poderia de alguma forma afetar em nosso cotidiano, ou seja, nas nossas perseguições, de forma alguma posso deixar que isso transpareça. Ah Shizu-chan, eu não quero brincar agora penso sorrindo com este pensamento, o loiro arranca uma placa escrito ''PARE'' do chão enquanto corre em minha direção ainda a segurando com uma das mãos.

— JÁ DISSE QUE NÃO QUERO VER TUA CARA POR IKEBUKURO, IZAYA! — Berrou tentando me acertar com o objeto em suas mãos porém eu desviei habilmente.

— Shizu-chan, se eu for embora você ficará com saudades de mim — Digo de forma sarcástica e corro dali o mais rápido possível pelas ruas estranhamente pouco movimentadas. Ah, o que meus queridos humanos estão aprontando? Sorrio com esse pensamento e olho para trás, o mesmo loiro aguado irritado de sempre segurando a sua tão amada placa de trânsito, essa cena já é bem comum por aqui afinal de contas esse distrito é um palco do nosso show, Orihara Izaya vs Heiwajima Shizuo, os homens mais temidos de Ikebukuro. Shizu-chan e eu somos inimigos desde da primeira vez que nos conhecemos, logo de cara de disse que não tinha gostado de mim, eu apenas ri e fiz a vida dele um inferno. A culpa é sua. 

Passamos a ter ódio mútuo um pelo outro, sempre brigando, discutindo, xingando. Todavia, um dia que Namie comentou que isso tudo era amor e tínhamos uma atração  um pelo outro, não senti deboche nessa fala porém acenei de forma negativa, aquilo só podia ser uma piada, nem dei importância, ela é apenas uma mera humana que tem um amor doentio pelo irmão, não há o que julgar. Isso me lembra quando eu era mais novo, foi desde então que passei a amar os humanos mas sabia que isso não teria retribuição pois eu sou Orihara Izaya, certo? Mesmo assim, continuei andando em frente. Sei que sou odiado afinal ouço isso quase todos os dias da boca de todo mundo e reconheço a minha personalidade.

''Eu te odeio, Izaya''

''Você é o pior''

''Covarde''

''Você é um puta de um otário''

''Morra"

''Você é um cretino''

E mais uma vez, eu amo os humanos.


Shizuo tenta me acertar mais uma vez com a placa e grita:


Eu te odeio!


Algo estava errado, eu estava sorrindo mas algo dentro de mim estava... Doendo? Sim, então isso quer dizer que...


— Por que...?

Doeu

— Por que você está... chorando? — Perguntou ele me olhando assustado.

Porque...

Quando tinha me dado conta, minhas lágrimas escorriam pela minha bochecha, mas por que?

— Porque doeu... — sussurrei — Porque as suas palavras doeram... — Falei em um só fôlego e continuei a chorar, aquilo realmente doeu, me feriu de todas as maneiras possíveis. Comecei a soluçar, fechei os olhos e fiquei ali me sentindo vulnerável.

Não me importei se estava na presença dele ou se tinha alguém olhando, ou se Shizuo queria me matar mas se fosse isso eu não iria questionar, receberia a punição sem reclamar. Porém não foi exatamente como pensei aliás estamos falando de Heiwajima Shizuo, um monstro imprevisível.

O loiro veio até mim e me abraçou delicadamente, passou a fazer um carinho em meus cabelos, seus braços me envolviam enquanto eu ainda confuso tentava entender sua atitude mas logo ele se manifestou dizendo:

Eu sinto muito... — Disse enquanto colocava minha cabeça em seu peito, apenas aproveitei e escondi meu rosto.

— Me desculpe, Izaya. — Repetiu chamando o meu nome, fiquei sem reação, esse maldito loiro aguado me surpreendeu mais uma vez. Retribuo o abraço e aproveito sua carícia em meu cabelo. Aquilo foi estranhamente bom, sentir aquelas mãos tão quentes e confortáveis fez com que minhas lágrimas cessarem.

Me acalmei aos poucos e levantei saindo do seu abraço, virei de costas e fui embora sem olhar para trás.


Desde então eu não saí mais de casa, estava confuso e irritado demais pois aquele maldito loiro oxigenado tinha estragado tudo de novo. Quero vê-lo mas tenho o meu orgulho e não vou deixá-lo de lado por causa dele. Sei que já faz um mês porém queria muito sair principalmente para ver o movimento de Ikebukuro, minha vontade falou mais alto, dane-se.

Pego o meu casaco as pressas, tranco a porta do meu pacato apartamento e caminho até a estação de trem mais próxima onde vai direto para Ikebukuro.


                                 ...                                                                   


Faz um bom tempo que Izaya não aparece por aqui, já vai fazer um mês, não que eu esteja preocupado mas isso é bom demais para ser verdade, afinal, ele é o Izaya, a maldita pulga irritante de sempre. Desde daquele fatídico dia em que o abracei, nunca mais deu as caras, agora me pergunto, por que raios fiz aquilo? E por que ele estava chorando? Na verdade, nunca o vi chorar daquele jeito então isso meio que deve ter mexido comigo. Seria pena? Não sei, mas de qualquer forma vê-lo daquela maneira fez meu coração apertar, como se tivesse perdido um batimento. Izaya chorando é algo tão anormal, ele fica tão frágil, parecia até mais humano, melhor que o lado filho da puta dele, destruidor de vidas, cínico, sarcástico, cretino, etc. Sinceramente, quero ver mais por trás de suas máscaras, queria ver mais de suas expressões, elas me deixam fascinado.

Quando menos percebo lá está ele novamente com o mesmo sorriso debochado nos lábios finos e aparentemente atraentes. Arranco um poste mais próximo e falo correndo em sua direção:

— I..Z..A..Y..A... — Abro um sorriso largo e sinistro correndo na direção do menor.

— Shizu-chan, Isso tudo é saudades de mim? Awn, que meigo.

— CALA ESSA MALDITA BOCA!

Começo a persegui-lo por todo lugar, sinceramente estava com saudades dessas perseguições, acho que sem elas a minha vida seria um tédio, ou a minha vida sem Izaya seria um tédio? Balanço a cabeça afastando tais pensamentos e me concentro em segui-lo nem que seja nos confis do inferno.

Encurralei aquele idiota em um beco sem saída, agora não há escapatória, ele vai morrer por minhas mãos. Sorrio de forma maldosa e me aproximo mais da criatura em minha frente.

— Último desejo, pulga? 

— Sim, sair daqui - Disse quanto ria feito uma hiena. Solto um rosnado e preparo o meu punho mas não quero machucá-lo e não entendo o porquê. Meu objetivo sempre foi matá-lo, como que agora eu perdi essa vontade? O que sinto em relação a pulga é realmente ódio? Ah merda de cabeça, não consigo pensar e meu coração está bem acelerado.

Ando na direção dele e o vejo fechando os olhos possivelmente esperando um golpe mas não o fiz, ao invés disso, o abracei de forma carinhosa e gentil, não aguentei ficar assim por muito tempo então faço algo inacreditável. Me aproximo de seu rosto vendo-o ficar um pouco ruborizado, sorrio e selo nossos lábios, adentro a sua boca com a minha língua sentindo um gosto amargo, provavelmente café, exploro cada canto da mesma aproveitando cada suspiro que o moreno dava. Infelizmente, o ar faltou e nos separamos.

— Eu te amo... — Murmurei de forma sincera mas logo senti meu rosto ficar quente por ter dito aquilo. De alguma forma isso me deixou mais leve. — Eu te amo, quero ver você ao meu lado todos os dias, não sei como não descobri isso antes, mas quero o seu perdão por tudo que eu te fiz então meu me ame também, prometo cuidar você. Seja meu, Izaya. — Falei calmamente vendo o menor ficar mais vermelho que um tomate e isso foi extremamente adorável, aperto o moreno entre meus braços sentindo o mesmo levanta seu rosto.

— Eu também te amo, Shizu-chan, e...m-me perdoe também por tudo que eu te fiz, apenas queria a sua atenção.

— Você não precisa fazer tudo isso para ter a minha atenção. — Selo nossos lábios novamente começando um beijo calmo tentando transmitir tudo aquilo que guardei comigo por todo esse tempo, um sentimento diferente de ódio, meu amor por aquela pulga que havia virado meu cotidiano e minha vida de cabeça pra baixo. Não podia estar mais feliz.

                                                                                                                      ...


Ele disse que me ama? Isso é...eu não tenho palavras para descrever a minha felicidade, Shizuo Heiwajima é um idiota mesmo. Acho que esse dia não foi tão ruim, confessamos o nosso amor um pelo outro e estou incrivelmente feliz. Só você consegue me deixar assim, não sei viver sem você. Então me perdoe também, eu te amo, não te odeio, quero sua atenção voltada apenas para mim e ninguém mais. Seja meu também, Shizu-chan. Eu prometo te fazer feliz.

Para Ikebukuro era um dia normal, mas para eles estranho, não de um jeito ruim e sim de um modo bom, afinal de contas, não é todo dia que dois homens que juravam matar um ao outro todos os dias se beijavam loucamente trocando jurias de amor. Mas de fato, ninguém esperava por aquilo.

Você não escolhe por quem se apaixona.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Eu fiz com muito carinho <3


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