História Imprevisível - Ele voltou pra mim...

     Acordo cedo, hoje é segunda, dia de aula. Não tomo café da manhã. Talvez seja porque eu não goste de comer logo de manhã ou talvez possa ser porque eu estou chateada. Não comi esse final de semana. Não paro de pensar nele, no Christopher. Como nós vamos se comunicar? Não tenho nenhum telefone pra contato, não sei onde ele mora, mesmo indo lá, nem onde ele trabalha. Já são onze horas da manhã, a hora em que eu saio da escola. Quando eu coloco o pé fora da escola, me dou de cara com Christopher. Não me conti de felicidade e ja fui correndo dar um abraço nele.
- Que saudade que eu tava de você! - digo, com um sorriso de orelha a orelha.
- Acho que eu estava com mais. - diz ele, no meu ouvido. Nós ainda estamos nos abraçando.
- Quer almoçar comigo? - pergunta ele.
- Sim. - repondo.
- Você esta precisando! Comeu esse final de semana? - pergunta ele enquanto entramos no carro. Todos me olham quando eu entro no carro. Dessa vez ele veio com um carro diferente. Quantos carros ele deve ter?
- Ér… Sim. Por quê? - minto pra ele. - Porque talvez você não seja boa com as mentiras e ja sei muito bem quando você diz a verdade ou não. - diz ele, rindo.
- Ta, eu não comi. - digo eu, desmentindo.
- Esta vendo, eu sabia! - diz ele, rindo.
- Mas só fiquei sem comer porque eu estava triste. Ou seja, foi sua culpa! - digo, rindo.
- Minha culpa ???! Foi você que me respondeu mal. - diz ele, rindo também.
- Fiquei com medo de nunca mais te ver. - digo, olhando pra ele.
- Acho meio impossível. Mesmo você me chateando, irei até você. - diz ele, me olhando rápido, voltando sua atenção para o trânsito e pegando em minha mão. - Pra onde iremos? - pergunto com curiosidade.
- É segredo. Você só ira saber quando nós chegarmos. - diz ele. Por um momento penso que ele ira me pedir em namoro mas é muito cedo. Além do mais, ele é um pouquinho mais velho que eu.
- Chegamos. - diz ele.
- Belo lugar. - digo. Logo na entrada somos recepcionados com uma moça, bonita.
- Olá Sr. Christopher. Olá Srta. - diz a moça que nos recepcionou.
- Camile, por favor. Rs - digo a ela.
- Camile! - diz ela com um breve sorriso e nos levando a uma mesa. Quando olho o cardápio, só vejo pratos que tenha frutos do mar. Eu odeio coisas que venham do mar ou rio, enfim... Como vou falar isso pra ele ?
- Ja escolheu o que vai querer ? - pergunta ele.
- Não vou querer nada. - digo.
- Camile, não vai querer brigar comigo aqui, não é ?! - diz ele.
- Bom, não vejo motivos pra me tratar assim, como uma criança. Não quero nada, porque eu não gosto de comida com frutos do mar. - digo a ele.
- Por que não me avisou ? - pergunta Christopher.
- Ah, sei lá… Não sabia que era um restaurante de frutos do mar, afinal, "é segredo, você só ira saber quando chegarmos". - respondo, o imitando.
- Ok. Vamos em outro de sua preferência. - diz ele, rindo um um pouco.
- Mas eu mal saio de casa… - digo a ele.
- Então vamos fazer assim, vamos pra minha casa e lá você diz o que quer comer a Scarlett. - diz ele. Quem será Scarlett ?
- Quem é Scarlett ? - pergunto, curiosa.
- A minha cozinheira. Agora, vem que eu preciso voltar ao trabalho as duas (da tarde). Brevemente me pergunto como vamos chegar la tão rápido.
- Como vamos chegar tão cedo? - pergunto.
- Tenho um certo "atalho"… - diz ele. Estávamos indo pelo mesmo lugar que voltamos da casa dele. Até que, ele vira em um lugar diferente. Chegamos tipo em um "mini aeroporto". Nunca vim aqui…
- Esse é seu "atalho"? - pergunto.
- Sim. - responde ele. Vejo uns aviões e jatos.
- Nunca andei de avião ou jato… - digo, me contendo de felicidade.
- Na verdade, ja sim. Não lembra que lhe falei, logo quando você acordou no meu quarto, que te levei pra lá de jato? - diz ele.
- Como eu não acordei? - pergunto surpresa.
- Também não sei. Você precisava mesmo descansar… - diz ele rindo, puro bobo.
- E olha que meu sono não é pesado. - digo.
- Deu pra perceber...- diz ele ironizando e rindo.
- Ei, é sério! - digo rindo, e dando um leve tapa em seu braço.
- Eu sei meu amor, só estou brincando com você. - diz ele, passando o braço por trás de minha nuca. Fico sem graça por ele me chamar de amor. Será que estamos indo rápido demais? Ou será que é o jeito dele?
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