- Ui, ela acordou… - diz Christopher, com um leve tom de humor.
- Não, não é não. Eu morri e meu espírito esta aqui vagando! - eu disse irônica.
- Pra que ser tão grossa? - diz ele.
- Não sabia que ironia é sinônimo de grosseria. - disse.
- Grrh! Para de ser tão arrogante! - disse ele.
- Arrogante?! Olha, acho que você é mais. - eu digo
- Não quero discutir contigo, você está mal, precisa se alimentar. Vem, desce, vamos jantar. - disse ele, estendendo sua mão. Dei a minha mão pois eu estava com fome.
- Opa, espera ai, você acabou de dizer "jantar"? - eu disse.
- Sim, ja são dez da noite… Vamos descer logo porque eu não quero você desmaie de novo. - ele disse.
- Meu deus! Dez da noite?! Você foi trabalhar? - perguntei, abismada.
- Não. - ele disse.
- Porque não? - perguntei.
- Porque será né, Camile?! - ele disse.
- Não sei… - eu disse me fazendo de desentendida.
- Vem, vamos logo. - ele disse, me puxando. Acabei cedendo pois eu estava morta de fome!
...
Uma coisa que eu reparei foi que; quando ele come, não come como se realmente gostasse de comer.
- Christopher? - o chamei.
- Lá vem bomba! - disse o mesmo.
- Há Há Há. Queria te fazer uma pergunta... - eu disse enquanto comia.
- Pois então pregunte! - disse ele.
- Porque você come como se sentisse nojo da comida? - eu disse
- Tem muitas coisas sobre mim que você ainda não sabe. - disse ele, piscando pra mim.
- Ui, mas que mistério, ein!? - eu disse.
Depois que eu falei isso ele não falou mais nada. Terminei de jantar e falei pra ele que eu queria ir embora;
- Quero ir embora. Estou com sono!- disse a ele.
- Dorme no meu quarto. - disse ele, autoritário.
- Eu tenho casa e quero ir embora. - disse pra ele.
- Não, você NÃO vai pra sua casa! - disse ele gritando e batendo na mesa com a palma de sua mão, fazendo a grande e linda mesa de madeira partir-se ao meio, caindo tudo que estava em cima dela. Olhei assustada pra ele e para a mesa quebrada, fazendo minha boca abrir em um perfeito "O". Me afastei da mesa rapidamente, assustada.
- Cami... Ér... Me desculpe! Por favor! Camile... - disse ele se ajoelhando em minha frente.
Ele nunca agiu assim comigo antes. Me assustei, é claro. A facilidade que ele teve em quebrar aquela mesa... Meu deus! Fiquei ali parada, olhando para um lugar só, para a mesa.
- Fala alguma coisa, por favor! - disse ele com um tom de preocupação e ainda sim ajoelhando.
- Nunca mais, EU DISSE N-U-N-C-A M-A-I-S T-O-Q-U-E E-M M-I-M, ENTENDEU!? - eu disse, saindo do transe. Sai dali subindo as escadas e sentindo meus olhos marejarem. Entrei em seu quarto, peguei minha mochila e fui pra porta na intenção de descer a escada, mas acabo de deparando com ele na porta.
- Eu sei que eu não deveria ter feito aquilo. Me perdoe, Camile. - disse ele numa voz calma e suave, numa tentativa falha de me fazer perdoa-lo. A minha vontade de verdade era de dar um tapa em sua cara. Como ele pode ser tão ridículo!? Grrrrrhh!
Passei por ele mantendo a maior distância possível.
- Pra onde você vai? - disse ele. Eu não disse nada, só desci aquela escada e fui diretamente a porta.
...
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