História Imprinting - Game

Jogar com a verdade é como acender um fósforo, pode trazer luz, ajudar a ver com mais clareza ou pode pôr fogo no seu mundo.

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Eram quase três meses ao lado dele. E é só isso mesmo nada de especial. Eu só estou ao lado, sem mas. Nunca pensei em ficar interessado em alguém tão confuso como Taehyung tudo nele parece estar em constante guerra. Mesmo com tudo isso acho que ganhei meu espaço em sua vida, porém não do jeito que eu desejo.

É que ele não entende sabe? Não entende que tudo o que eu quero é cuidar dele. Que quando ele me fala que não está bem, mas que logo vai ficar, eu quero saber o porquê – mesmo já imaginando que a causa seja Jeon Jeongguk – quero saber o que ele carrega no peito, o que há por trás daquele sorriso lindo, daqueles olhos que só me prendem a ele.

Paciência. Não é uma virtude que eu tinha, mas vejam só eu estou rastejando em uma poça infinita de nada esperando pacientemente o dia que ele olhará para mim de outra forma, mas tudo isso morre quando mais uma vez eu percebo seu olhar sôfrego para seu casal de amigos. Eu não posso ouvir seus pensamentos, mas eu sinto seu interior começar a sentir-se doloroso, triste.

Queria mesmo poder saber o que se passa em sua cabeça, ou ser uma borboleta pousar em seu ombro e sussurrar em seu ouvido que tudo vai ficar bem. E que ele pode contar comigo sempre e que eu nunca irei sair do seu lado, nem que ele me mande embora, ele nem imagina o quão teimoso posso ser e quando se trata dele sou mais ainda.

— Tae.. — o chamo tomando sua mão com delicadeza antes da dor ficar ainda mais forte.

Minha voz parece desperta-lo. Ele mexe nossas mãos – quase não dava para sentir – ele pareceria intrigado com isso mais não me afastou. Seus lábios estavam com um sorriso retangular mais ameno não muito aberto, mas estava sorrindo e isso já incendiava meu corpo de alegria, porém percebendo isso ele tentou controlar suas expressões me presenteando com uma cena ainda mais fofa.

— Você parece tenso e pálido — digo sorrindo — Devia ir à festa da Nana as vezes parece que você vai criar raízes de tanto que não sai de casa. — qualquer lugar que o distraísse de Jeon estava bom pra mim.

— Ok, se for para o bem da nação declaro que vou! Quer ir?

— Ela não me pareceu ter me convidado.

 “Eu quero muito ir ficar ao seu lado á noite toda, os dias seguintes, meses, anos e se possível pra sempre!” Dentro de mim eu gritava isso. Eu queria... queria ter um eterno ao lado dele.

— Relaxa pra Nana quando mais gente melhor e eu acabei de te convidar.

— Tudo bem então.

— Vou procurar Yoongi e força-lo a ir junto vejo vocês lá. – Ele deixou a mesa. Fiquei com um sorriso bobo vendo ele se afastar até não poder mais vê-lo no corredor.

Queria faze-lo entender que mesmo que eu não possa estar ao seu lado fisicamente, meu coração pertence a ele, e vai pertencer até o fim da minha vida. Até o meu coração parar de bater.... Eu serei dele.

— Qual é a tua cara?

Jungkook interrompe meus pensamentos. Volto minha atenção a ele e o mesmo me encara. O certo seria dizer que ele me olhava com fúria, mas não entendo. Eu que deveria estar furioso por ele machucar tanto o cara que estou apaixonado. Jimin até recuou um pouco para lado sentindo a tensão se formar.

— Me desculpe?

— Você. — ele se curvou na mesa com a intenção de me encarar mais de perto. — Da onde você surgiu? Chega do nada e ainda age como se pertencesse a este lugar, mas você não pertence. — ele trincou os dentes o filhote de alfa tá achando que pode me intimidar, tadinho. — Fique longe do Tae. Ele pode ser inocente o suficiente para cair no seu papinho de amizade, no entanto eu não sou.

— E por que eu deveria me importar com o que você acha ou deixa de achar?

Levantei a sobrancelha o intimidando. Cruzei meus braços na mesa o encarando de igual para igual. Não é do meu gosto ter que admitir que Jungkook parece um bom adversário, ele não desvia um segundo se quer do nosso “combate” visual, mas não que me importe.

— Você devia cuidar do que é seu. – disse com a raiva e o ciúme fugindo da minha boca.

Desviei olhando propositalmente para Jimin que olhava para a cena da nossa modesta discussão mordendo o lábio visivelmente incomodado. Além de magoar o meu Taehyung ele ainda machuca o próprio namorado? Canalha. Nesses tempos com eles eu passei a ver Jimin como um amigo e como amigo não quero que ele sofra.

— Você está me dizendo que o Taehyung é seu por acaso?

— Seu que não seria. — eu sorri de lado vendo seu rosto ficar surpreso.

— Tae é meu amigo. — ele se apresou a dizer vendo que estava falando coisas que não seriam bem vista na frente do namorado, então se afastou. Parece que eu ganhei o jogo — Eu me importo com ele. Você não me engana Jung eu conheço o seu tipo, deve ser desses que colecionam troféus Tae é muito bobo para não perceber.

— Você não sabe nada sobre mim Jeon, aliás não sabe nada nem do próprio Taehyung. Ele não é bobo, não o menospreze. Tae é forte mais forte que muitas pessoas que eu conheço, não indague sobre ele coisas da qual você desconhece — eu parecia tê-lo desarmado — E só para deixar claro: Só vou sair da vida do Taehyung quando ele me dizer para ir.

Ele bateu os punhos na mesa saindo apresado para longe. Eu estralei o  meu pescoço com desconforto, Jeon parecia muito abalado... isso quer dizer ele sente algo pelo Tae? Ou é só pelo fato de minha presença o incomoda-lo como alfa?

Antes de eu chegar ele quem “mandava” na matilha. Yoongi é um beta e Jimin e Taehyung ômegas isso o deixa em seu trono de líder, mas agora eu estou aqui e ele tem que dividir o posto. Mesmo assim me sinto incomodado com toda essa cena.

— Eu... — Jimin parou ajeitando os óculos no rosto — Me.. me desculpe pelo Jungkook eu não sei o que foi isso.

— Você não tem culpa de ter um namorado babaca. — não me arrependo de ter falado, mas Jimin deixou seus olhos ficarem tristonhos — Foi mal.

Ele forçou-se a sorrir segurando a lata de suco com suas duas mãos pequenas, parecendo estar a dez mil anos luz da terra. Com o passar de tempo sendo colega de sala de Jimin percebi que ele é todo seguro e cheio de si, mas isso não acontece quando se trata do seu alfa. Essa cena de Jeon com certeza o deixou frágil.

— Hum... — ele despertou-se tentando voltar pra terra e fingindo que nada tinha acontecido até colocou em seu rosto um enorme sorriso — Posso fazer uma pergunta?

— Faça.

— Na verdade é uma dúvida que estou tenho a um tempo... — ele deu a volta na mesa pra sentar ao meu lado puxando-me para ficar de frente para ele. — Você sofreu um imprinting pelo Tae?

Eu me engasguei, tossi até a minha garganta arder. Eu penso em doze mil jeitos de desmentir. Mordo o lábio olhando para qualquer parte que não seja os olhos curiosos de Jimin. Que saco.

— Talvez.

— Talvez? — ele mostrava aquele sorrisinho arteiro, aquele que apertava totalmente os olhinhos.

— Sim eu tenho um imprinting, satisfeito?

— Me desculpe ter sido intrometido, mas é que a algum tempo atrás eu fiz uma pesquisa para minha irmã. Sabe ela fez psicologia, enfim, foi sobre Imprinting... eu só reuni as coisas você aparenta todos os sintomas então eu presumi e...

— Tudo bem Jimin.

Eu estou cansado. Cansado de ter que guardar isso apenas pra mim. Meu irmão e cunhado sãos únicos que sabem, mas aqui fora do meu ambiente familiar é tudo mais pesado e não ter aguem para dividir torna meu fardo ainda mais denso. Acho que Park é digno da minha confiança a esse ponto.

— Eu fico feliz. — ele sorriu arrumando as madeixas ruivas alaranjadas.

— Feliz? O imprinting não tão é agradável eu não tenho freios! Não tenho mais nenhum controle sobre mim. Eu... de um dia para outro me tornei preso a ele. Por alguém que não me quer, alguém que não me ama – eu realmente estou desabafando jogando tudo no ar.

— Eu imagino, mas mesmo assim eu estou feliz. — ele pausou puxando o ar olhando para as mãos escondidas nas mangas da blusa — Estou presente na vida do Taehyung há dois anos, sei que a minha chegado o machucou.

Então Jimin tem consciência dos sentimentos do Tae para com seu namorado?

— Sinto muito por toda a dor que eu trago a ele... sabe eu acho que ele me odeia. — disse em um sorriso triste — Mas eu não o odeio longe disso! — gesticulou com as mãos fofamente — Se tem uma pessoa nesse muito que merece ser amado esse alguém é ele. Estou feliz por saber que agora o Tae pode contar com você.

— Ele não sente o mesmo. O meu imprinting não é o comum ele... ele é unilateral.

Eu também pesquisei as coisas e descobri as variações de um imprinting – as duas únicas – quanto sabe-se que um imprinting é correspondido o efeito dá-se em ambos, o ômega – na maioria das vezes – é atraído ao alfa assim como o alfa é magnetizado para o ômega.

Isso acontece de imediato, ou seja, não era o meu caso. Tae não me amava e possivelmente nunca amará. Eu sou uma célula univitelina deste amor, viverei eternamente sendo dele, enquanto ele não me corresponde.

— Não acredito nisso. — Jimin dizia com firmeza — Vocês não são assim.

— Você mesmo pesquisou não foi? É assim Jimin, eu viverei perpetuamente em função de Taehyung e não virá nada em troca disso.

— Eu sei que não é assim. Não importa o que você diga ou o que ache, as mais lindas demonstrações de amor são ditas no silêncio de um olhar.

▹◈◃

A reunião era sossegada, ao contrario do Tae havia avisado. Desta vez parece que Nana queria uma confraternização com poucas pessoas. O que não convém muito com o espaço já que a alfa mora em uma puta mansão que caberia Seoul inteira.

Todo o nosso bando está aqui. Nosso casal está em algum canto se pegando, Yoongi distraído no seu celular – vemos o quanto ele está interessado em estar conosco – e eu ao seu lado com um copo de suco com alguma coisa alcoólica totalmente entediado.

Tae e Nana estão grudados desde que cheguei, apenas um aceno simplório havia recebido. Ele parece estar me evitando e evitando o casal maravilha também. O porquê nem passeia pela minha cabeça.

— Muito bem, muito bem! Que tal fazermos um jogo? — a anfitriã diz batendo seus saltos no chão de mármore indo para o meio da sala trazendo Taehyung a tira colo — Andem se organizem! Quero todos em um circulo.

Os convidados começaram a se organizar. Eu apenas deslizei do sofá para o chão puxando a contra gosto Yoongi. Só então percebi que também haviam sido convidados dois ômegas da minha sala, eles eram gêmeos (um garoto e uma garota) que se atiravam em cima de mim toda vez, mas nem me dei o trabalho de guardar o nome deles.

— Vamos jogar  Verdade ou Desafio! — Nana pulou empolgada uns riram e outros mostravam na sua cara indiferença.

— Você não podia ser mais original? — Yoongi não se segurou.

— Existem clichês ótimos no mundo. — rebateu.

— Não é o caso desse.

Os dois ficaram discutindo por mais algum tempo, até todos finalmente concordarem. Um cara terminou de beber sua cerveja e deu a garrafa para Nana por no centro. Olhei á minha frente estava Taehyung retraído mexendo os cabelos inquieto. Ele subiu seu olhar percebendo que o fitava, ele sorriu pequeno eu sem freio sorri de volta.

— Hum... eu não quero brincar — Jimin disse, ele estava quase sentado no colo de Jeon que o abraçava forte pela cintura — E não quero que o Kookie jogue também.

— Affs o casal é café-com-leite. Satisfeito amorzinho?  — Nana sorriu sem humor se ajeitando entre as pessoas.

A garrafa girou muitas vezes, mas nada interessante aconteceu. Teve um selinho de Yoongi com o gêmeo macho, depois Nana foi desafiada a ficar o resto do jogo sem a camisa, Jimin teve que dançar girl group. Minha atenção só foi cem por cento quando foi a vez de Tae.

—Verdade ou Desafio? — Nana perguntou sugestiva.

— Verdade, logico. — Tae revirou os olhos devolvendo em um sorriso sem paciência.

— Eu sei que você não é mais virgem conte-me sobre isso.

Eu tremi. O simples fato de saber que Tae teve uma historia antes de eu aparecer me deixou irritado. Eu olhei para o seu rosto rubro... Queria não me sentir como um imbecil possesivo. Eu queria ser o primeiro – mesmo que não tivesse chance alguma – eu queria ter tido essa sorte.

— Isso não tem nada parecido com Verdade. — ele estava se esquivando da pergunta.

— Não importa, meu jogo minhas regras. Se não responder farei um perverso desafio... Você sabe do que eu sou capaz.

— Humm... faz muito tempo. Eu estava bêbado. — ele falava pausadamente as frases saiam quase robotizadas — Eu nem lembro com quem foi, só sei que foi uma experiência terrível.

Ele se apreçou ir a garrafa gira-la. E me desliguei novamente do jogo. Ele agora estava visivelmente abalado, Tae sempre mostra ser doce e sensível... Não me parece ser do tipo de pessoa que trocaria um momento tão especial com qualquer um. Longe de mim querer julga-lo, mas sei que ele realmente não faz o gênero de “apenas por uma noite”.

— Hoseok!

— Sim? — despertei-me olhando para a gêmea que havia me chamado.

— Verdade ou Desafio?

— Desafio — disse sem pensar.

— Desafio você a jogar 7 Minutos no Céu comigo e meu irmão.

Eu congelei, todos olhavam pra mim esperando uma atitude. Meu corpo nunca aceitaria outras mãos me tocando sem ser as de Taehyung... O que me fazia lembrar o quão escravizado por esses sentimentos eu sou. Ter que passar o resto da vida em um celibato forçado.

— Não posso. — fui em direção a garrafa — Pelas regras tenho direito de passar uma vez. — antes de girar a mão de Nana me impediu.

— Soube que teve um imprinting.

Na mesma hora eu olhei para Jimin. Seu queixo estava caído, ele me olhando negando freneticamente para me convencer que não havia sido ele. Nana sorria e todos estavam absolutamente quietos. Assim percebi que o jogo havia acabado e eu seria a atração principal.

— Que merda você está falando? Claro que não tive!

— Então prove.

— O que?!

— Prove que é um boato, nos prove. — todos magicamente estavam animados com isso e começaram a agitar — Me disseram uma vez que quando se sofre um imprinting seus sentidos só respondem aquele a qual está “infectado”. — ela tirou a gravata do pescoço do cara ao meu lado indo para traz de mim — Vamos atiçar você e ver se surte algum efeito.

Antes de eu fugir ele chegou meus olhos com a gravata. Algo tampou minhas narinas e quando ia levantar para descer o cacete em todos, braços me mantiveram firme no lugar. Eu estava perdido e humilhado.

Então começaram o jogo mais sórdido, mãos começaram a passear pelo meu corpo. Alguém sentou em meio colo outros mais sem limites colocavam as mão por debaixo das minhas roupas – por dentro até da minha calça – se fosse o meu estado natural anti-imprinting eu já estaria completamente excitado querendo mais de tudo aquilo, porém agora tudo o que vem de mim é nojo e angustia.

Meu corpo produzia algo ruim em meu organismo perante tudo aquilo. Rejeitava até os toques mais quentes... produzia uma sensação de ânsia e desespero, parecia que estava sendo sufocado, engolido por uma avalanche. Aquilo me deixava mal me agoniava.

Para meu alivio todos pararam, ficaram em absoluto silencio. Percebi se afastarem, mesmo assim agora com as mãos livres eu não me movi diante da vergonha. Lembrei do meu primeiro ano de faculdade em minha cidade. Era assim que os meus colegas se sentiam sendo humilhados pelo meu lado inconsequente e badboy? Deus estava com toda a certeza me punindo.

Até eu sentir uma presença meu corpo se ergueu de imediato. É você. Todos os pensamentos que estava tendo se perderam quando levemente eu sentia as pontas dos dedos dele se roçar no meu braço.  Era quase um toque inexistente de tão suave, meus pelos se oiriçaram enquanto calmamente ele deslizava os dedos pelo meu braço a caminho dos meus ombros.

— Tae... — eu deixei escapar em um sussurro.

Estava anestesiado com seus toques, com sua presença nem me importa as pessoas a nossa volta comtemplando a minha cena. Senti ele se aproximar mais – sentia seu rosto milimétricamente próximo – seus braços se penduram envolta do meu pescoço, uma de suas mãos até acariciavam deliciosamente meus cabelos.

Eram gestos lentos sem presa alguma chegava á serem temerosos, sua mão pousou em meu rosto um leve carinho antes dele tirar aquilo que me privava o olfato. Definitivamente era ele, seu cheiro suave de lótus aquela composição de perfume tão natural dele que eu conhecia tão bem. Ainda com o leve carinho em meus cabelos suas mãos foram subindo para se encontrar com o nó da venda improvisada puxando-a para cima.

Tentei controlar a minha boca aberta, mas talvez eu nunca me acostumasse com a tamanha beleza que Taehyung possuía. Sua face parecia assustada, mas mesmo assim ele tinha intensidade olhando pra mim. Suas mãos voltaram para o meu rosto as duas agora uma de cada lado me acariciavam.

— Me desculpe Hobi. —seus olhos estavam a ponto de lacrimejarem.

— Você não tem culpa de nada, ninguém tem. Apenas aconteceu. — eu disse meu tom saiu fraco eu também busquei toca-lo lhe dando uma leve caricia na mão como um afago.

— Eu... — Tae se aproximou mais seus olhos descerem aos meus lábios e copiei o movimento — Eu sinto muito, me desculpe.

Tae correu para fora da mansão chorando. Eu fiquei estático por um bom tempo. Eu também sentia uma incontrolável vontade de chorar, a ultima vez que eu me lembro de ter essa vontade tão forte fora no enterro dos meus pais.

— Hoseok é melhor você ir atrás dele.

Yoongi bateu nas minhas costas me apresando. Ele estava certo agora é a hora de conversar a sós com ele me explicar. Corri para frente da casa sem me importar com as grossas gotas de chuva molhando o meu corpo. Ele não estava mais a vista.

Mas não importa. Eu tenho que encontra-lo chegou a hora de deixar de jogos.