Bonnie estava cheia de expectativas, afinal, não é todo dia que uma jovem jornalista concorre ao prêmio regional da pauta do ano. Ela concorria com duas pessoas incrivelmente experientes e que fizeram matérias igualmente importantes a dela. Como Corine Allen, que escreveu uma matéria sobre pessoas que estão privadas de sua liberdade, por conta de um sistema que procura um culpado e não uma solução. E o seu outro oponente era Ariel Montreal, que relatou uma rede de trafico de órgãos em sua cidade. E Bonnie? O que ela descobriu? Que as jovens de Whitmore clamavam por justiça, mas tinham o seu grito abafado por uma instituição que vivia disseminando um ar de tranquilidade e segurança.
Forçavam jovens abusadas sexualmente, a se calarem caso contrário, perderiam a vaga naquela instituição e dificilmente conseguiriam em outra. Em um golpe arriscado, Bonnie deu voz a essas jovens anonimamente e pouco a pouco foi chamando atenção para o que ela chamava de “Desfazendo a lenda de Whitmore”, quando o reitor foi trocado ela e as garotas que foram abusadas puderam se mostrar e apontar um por um seus abusadores. A segurança de Whitmore depois dos feitos delas, aumentou drasticamente e finalmente Whitmore havia se tornado um lugar realmente seguro, para todos.
– E o ganhador é – anunciou um dos jornalistas que apresentava a premiação.
Bonnie sentiu sua mão sendo apertada pelos seus melhores amigos, Damon e Elena. Olhou pra eles que estavam a sua esquerda e lhe desejaram bom sorte com o olhar.
– Senhora Allen com “Culpados até que se prove o contrário”.
Todos bateram palmas enquanto a senhora que aparentava ter pouco mais de quarenta anos subia ao palco receber seu premio.
– Você merecia Bonnie – Damon disse quando os três se dirigiam a saída do hotel onde a premiação aconteceu.
– Eu me sinto vencedora – ela disse orgulhosa, quem diria que um dia eu iria concorrer com esses monstros do jornalismo investigativo.
– Parabéns amiga – Elena falou segurando a cintura dela.
– Senhorita Bennett? – Chamou uma voz atrás do trio de amigos que já estava fora do prédio. Ela se virou e o casal que a acompanhava fez o mesmo – Sou Malachai Parker.
Ele estendeu a mão e Bonnie a pegou pensando que trocariam um simples toque mas se surpreendeu quando ele levantou sua mão na altura dos lábios e a beijou. Um arrepio se espalhou pelo corpo dela.
– É um prazer, conhece-la – Ele afirmou – Sabe, eu sou formado em direito faz poucos anos e tenho lido muitas matérias investigativas, mas nenhuma delas se compara ao que eu vi no seu blog.
– Obrigada, mas eu só estou começando.
– Não preciso ser um gênio pra saber que a senhorita tem um futuro brilhante.
Bonnie sorriu.
– Tomara que esteja certo – falou um pouco tímida,a admiração nos olhos de Parker a deixava nervosa.
Ela tinha paqueras sedutores, mas um fã sedutor? Malachai era o primeiro e a fazia querer que o carinho passasse da admiração.
– Eu... – ela ficou tão concentrada no olhar do Parker que quase esqueceu que estava de saída – eu tenho que ir, mas foi bom conhecê-lo Parker.
Malachai viu ela se afastar sorrindo.
Um dia ele seria famoso, todos conheceriam a história do homem que defendia a justiças de dia e cometia injustiças a noite e ele sabia que Bonnie tornaria isso realidade.
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