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História Improvável - Bonkai - O Acordo


Escrita por: sharpwin

Notas do Autor


Olá
Perdão pela demora, minha internet estava horrivel esses dias;
Enjoy

Capítulo 10 - O Acordo


 – Vocês não entendem – Glen, estava choramingando no ouvido de Kai e Enzo pela milésima vez aquela noite, por que perdeu a oportunidade de ver os Lakers numa cidade há 7 horas de carro de Mystic Falls – Por acaso algum dos dois têm ideia que é deixar de assistir o jogo lá, no estádio tendo uma vista privilegiada de tudo pra vir pra um pé sujo e ficar vendo tudo três segundos atrasado.

 – Corre lá – Enzo sugeriu enquanto os três adentraram o Mystic Grill – Quem sabe você não chegue uns meses adiantado para o próximo jogo.

 – Se você não tivesse feito corpo mole, nada disso estava acontecendo – Glen se dirigiu a Kai, os dois eram advogados e  trabalhavam no  mesmo escritório.

 – Corpo mole o cacete, eu não ia fazer o seu trabalho, por que eu não sou obrigado e também estava ocupado demais com o meu.

 – Obrigado pela sinceridade, quando precisar da minha ajuda, por favor, não peça – Disse Glen, sentando numa das mesas, com seus amigos.

 – O que vão querer? – Um jovem garçom perguntou a eles, com o bloco de notas na mão e a caneta pronta para anotar qualquer coisa.

 – Duas cervejas pra nós e um pênis para o nosso amigo, por favor – Kai disse o final do pedido apontando para Glen que fechou ainda mais a cara.

Enzo e Parker caíram na gargalhada e o garçom teve muito trabalho pra se conter.

 – Eu não quero nada – Glen corrigiu irritado enquanto se levantava – Vão a merda!

Glen trocou de mesa fazendo as risadas dos seus amigos aumentarem.

 

O jogo dos Lakers estava á 2 minutos do fim e o Mystic Grill estava praticamente em silencio, a maioria dos clientes daquela noite estavam cheios de expectativas para o fim. Quando no meio daqueles cochichos de quem respeitava o momento das pessoas que assistiam o final do jogo de basquete, uma voz masculina e bem grave cortou a harmonia ao chamar o tal de “Bill Forbes” Kai não pôde deixar de olhar na direção da voz e em seguida para quem a mesma se dirigia. Bill era alto e apesar de ser magro, a sua idade o traía deixando as suas faces flácidas, os cabelos dele eram... Não eram, estavam castanhos, claramente uma coloração química.

Bill num bar movimentado da cidade, pronto pra se divertir como se sua filha única não estivesse à beira da morte? Nem em seus planos mais absurdos para encontrar o velho Forbes, Kai cogitaria encontrá-lo ali, Bill estava sendo burro, um pecado mortal para todo mentiroso. Se não fosse a falta de simpatia de boa parte da gente daquela cidade pelo grosseiro marido de Caroline, a noticia de que Bill estava por aí, todo alegre pelas noites de Mystic Falls já teria chegado aos ouvidos dele.

 

 

Enzo foi embora algum tempo depois do jogo acabar. Kai ficou esperando Bill se levantar daquela mesa de Pôquer. Depois de horas perdendo dinheiro, autoestima, dignidade e ganhando bastante embriaguez, Bill finalmente levantou dali e foi embora do bar. O que surpreendeu Kai foi que mesmo afogado em seu mar de burrice, Bill deixou de jogar antes de oferecer as suas calças como prêmio.

 Kai o seguiu até um motel caindo aos pedaços num lugar bem escondido da cidade e levando em conta a forma que Bill dirigia, apesar dos muitos copos que bebeu, ele ainda não estava bêbado. Bill estacionou perto da entrada do imóvel, Kai esperou ele entrar para poder estacionar o seu também. Passou facilmente despercebido pela recepção que estava aos cuidados de um menino de no máximo 17 anos. O garoto dividia a atenção entre: cuidar do caixa, assistir Sobrenatural na TV, jantar e falar ao celular com algum amigo, ou alguma namorada. Com certeza a obrigação atribuída a ele de cuidar da recepção, não era sua prioridade.

Malachai mal podia acreditar na sua sorte.

 

 

Seguiu Bill até o segundo andar do hotel pelas escadas, que alias, era o único acesso aos quartos. Bill abriu a porta do seu dormitório e antes de entrar, notou a presença de Kai.

– Quem é você? O que faz aqui? – Perguntou desconfiado, Kai estava bem vestido demais, não combinava com aquele buraco.

– Vim fazer uma proposta irrecusável.

Bill deu mais uma olhada em Kai e notou que apesar de novo demais para o gosto dele, até que era bonito. Mas também, foda-se, a vida estava uma merda e ele não estava no clima.

– Pode ir embora, você não faz o meu tipo.

– O meu tipo – Kai abriu um belo sorriso ao dizer – se chama Bonnie Bennett e nem nos seus melhores dias você chegaria aos pés dela.

Bonnie Bennett, aquele nome era familiar a Bill. Só conseguia lembrar-se de uma menininha negra de cabelos castanhos escuros e encaracolados com oito anos de idade, ela era uma garota linda, era muito amiga da sua filha, porém ficava chateada muito fácil com a mesma. Mesmo com as diferenças, as lembranças que tinha eram da pequena brincando sempre acompanhada de Elena Gilbert e sua filha há 16 anos. Bonnie agora devia ser uma mulher, provavelmente namorada do sujeito que agora conversava com ele.

– O que quer aqui? – Perguntou receoso. Aquele homem poderia ser amigo do marido de sua filha, ou até mesmo da própria Caroline, fazendo sabe-se lá o quê na cola dele.

– Eu já disse. Temos um interesse em comum – Kai respondeu – Caroline Forbes. Conhece?

Bill franziu o cenho.

– Ah não, não se preocupa, como já falei: temos interesses em comum. Eu quero Caroline morta tanto quanto você.

– Isso é algum tipo de brincadeira? Como me achou aqui? O que levou você a concluir que eu quero Caroline morta?

– Bill, você está em Mystic Falls, até uma vírgula fora do lugar se torna célebre aqui.

– Por que você quer Caroline morta?

 – Eu não vou perder o meu tempo – Kai disse começando a ficar seriamente irritado – tentando explicar qual são meus motivos. A questão aqui é que você quer sua filha morta. Então ou você aceita a minha ajuda ou eu arranjo alguma maneira de me acertar com ela viva e nadando em todo o dinheiro que você precisa pros seus jogos de pôquer.

Bill pareceu ponderar sobre o assunto e Kai se irritou com a demora.

– Quer saber, se vira sozinho – Disse se direcionando a descida do hotel.

– Eu já estou me virando sozinho – Kai parou e olhou para ele sem a menor expectativa – eu estou movendo um processo para que eu possa ter prioridade em assinar os documentos que autorizam o desligamento dos aparelhos que a mantêm viva.

Isso era bom... Entretanto...

– Aposto que você está com um defensor público.

– Sim, qual o problema.

– Nada. Fora a sua burrice.

– Klaus está desprevenido – Bill se defendeu.

– Você tem certeza? – Não esperou ele responder – Não conte com a sorte, ela pode ser muito traiçoeira.

– O que é? Por acaso, você vai pagar um advogado melhor para mim?

– Olha só Bill... – Kai comentou surpreso – Você pensa.

Forbes já estava pra lá de irritado com aquela arrogância em forma de pessoa. Mas ele aguentaria tudo... Tudo pra que pudesse pôr as mãos nos bens de Caroline.

– Mas antes eu gostaria de saber, por que eu não estaria jogando o meu dinheiro fora? Sim, por que eu preciso ter certeza que você não vai mudar de ideia de uma hora pra outra. De repente a herança de Caroline não seja suficiente para...

– A minha liberdade está em jogo também – Interrompeu o homem mais velho, desviando o olhar.

– Como?

– Acho que Caroline me viu... – Se interrompeu.

Ainda havia dúvida na expressão de Kai. Bill pensou por alguns instantes... Concluiu que não era hora de ter vergonha, seu futuro estava em jogo.

– Quando eu a atropelei – Respondeu.

 

 

Feliz com o progresso do seu plano, Kai foi ao jornal, queria ver Bonnie e compartilhar com ela sua alegria – Mas obviamente, não o motivo dela. Não a encontrou em casa. Ligou para o celular da morena, mas o mesmo estava desligado.

O jornal, ela só podia estar lá. Tinha que estar lá. Enquanto dirigia, lembrou-se da “brincadeira” que Bonnie fez na noite anterior, sobre ter um amante e já se imaginou encontrando ambos e estraçalhando os dois das mais diversas maneiras possíveis. Teve que conter sua raiva pra bater na porta da Gazeta de Mystic Falls, ao invés de jogá-la abaixo.

Quem o atendeu foi um homem, que pelas características físicas, parecia ser o chefe de Bonnie, que a propósito, ela odiava.

– O que quer? – Klaus perguntou.

– Eu vim conhecer a hospitalidade da Gazeta de Mystic Falls, que alias deu pra notar que é muito ruim – Kai Brincou.

– Está a altura da sua piadinha – Respondeu frio como gelo.

– Kai! – Ouviu Bonnie exclamar alegremente atrás de Klaus e passar rápida por ele para beijar o moreno.

Aquele beijo de Bonnie era melhor do que qualquer coisa no mundo para acalmar Kai – Bom, Kai já podia imaginá-la acalmando-o de outra maneira. Nua, de preferência. Bonnie  lembrou-se que Klaus estava vendo tudo e então, envergonhada, separou seus lábios dos de Kai, mas assim que olhou para trás, seu chefe já não estava mais lá.

– O que foi? – Ele perguntou.

– Nada, só pensei  que Klaus estivesse aqui ainda, ele não deve ter ficado nada contente de servir de vela.

– Eu duvido – Parker comentou – Aliás, o seu chefe é muito simpático – O sarcasmo era notável nas palavras dele – Não entendo porque você não gosta dele.

– Gostou? – Questionou Bonnie no mesmo tom – Pode ficar com ele pra você.

– Eu só quero você – disse apertando a cintura dela em seu abraço e a beijando com euforia. Bonnie passou seus braços ao redor pescoço de Kai em busca de um apoio a mais, já que precisava ficar na ponta dos pés.

Ele só finalizou o beijo quando sentiu a respiração faltar.

– E por que tanta alegria? – Bonnie disse arfando

– Os Lakers ganharam.

– Ah. Legal.

Lakers é um time de quê mesmo? – Bonnie se perguntava.

– Eu estou muito feliz. Sabe a única coisa que falta pra fechar esse dia com chave de ouro?

– O quê?

– Um jantar com você – beijou-a rápida e intensamente – e aquela sobremesa que a gente gosta.

A “sobremesa” era uma referencia a primeira vez em que fizeram amor. Bonnie sentiu um sorriso nascer em seus lábios e o desejo de ir pra esse jantar e talvez se esquecer dele e ir direto pra sobremesa vir com tudo. Mas a morena tinha obrigações no jornal.

– Me perdoa, amor, eu tenho que trabalhar – Bonnie se explicou com o sorriso já desfeito.

– Já é tarde, Bonnie, o que tem de tão importante pra se fazer no trabalho a essa hora?

– Investigações. Klaus e eu estamos montando o histórico de homicídios de mulheres na cidade e estudando o perfil do assassino.

Kai não se sentiu amedrontado ao ouvir aquilo. Sabia muito bem dos rastros que havia deixado pra trás e nem um deles apontavam para si.

– Não fica assim – Bonnie disse ao ver Kai chateado com a sua negativa – Quando terminar aqui, eu prometo que serei toda sua.

Kai não respondeu, estava visivelmente irritado com aquele toco.

– Até mais tarde – Ela disse beijando os lábios dele e entrando na Gazeta.

Agora ele só via uma maneira de se divertir aquela noite.

Só havia um problema, Kai ainda não havia nem começado a rondar alguém que pudesse assassinar. Era uma merda agir no escuro, mas ele não queria raciocinar, as consequências estavam fora de questão.

Naquela noite Malachai Parker começou a caminhar para a ponta do abismo.


Notas Finais


Até a próxima.


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