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História Impulso - Você não pode perder o que nunca foi seu


Escrita por: Ixteeer

Notas do Autor


Boa tarde, povo! '^' To cozinhando desde às 9 da manhã, sem falar no entre e sai de gente aqui no meu quarto, to me sentindo a Lucy (´∩`。) estou estressada, meu senpai não poderá ficar comigo hoje, minha arritmia tá atacando sem dó, minha pressão tá nas alturas e eu sinto que daqui pra meia noite eu tenho um treco (╯︵╰,)
Tá, parei de drama qwq é o seguinte, estava tudo certo pra primeira parte da fic fechar nesse capítulo, mas assim, passou de DOZE MIL PALAVRAS. Então eu realmente me senti preocupada com deixar vocês cansados de ler e resolvi dividir o capítulo. Enfim, vamos ao que interessa! Boa leitura e relevem eventuais erros ♥
E leiam as notas finais! -u-
Obs: amo essa arte diva ♥ :v

Capítulo 15 - Você não pode perder o que nunca foi seu


Fanfic / Fanfiction Impulso - Você não pode perder o que nunca foi seu

 

 

Sting Eucliffe sempre soubera que morreria precocemente.

Tudo começou quando o loiro ainda era uma criança como qualquer outra. Morava com o pai, o tio e seu primo da mesma idade na belíssima Hargeon, ao menos para as famílias de grande status. Para o pequeno Sting, Hargeon não era tão maravilhosa assim. Ele não era um RedFox, ou um Strauss, nem mesmo algum membro de alguma família outrora rica, mas atualmente falida _ que, diga-se de passagem,  estabelecia mais que metade dos moradores do lugar.

Sting era filho de pescador.

Ele morava num barraco perto do mar, ao Sul de Magnólia, pequeno demais para entender que sua situação era degradante. Achava divertido sair algumas vezes com seu tio e com seu pai, achava divertido comerem o que conseguiam pescar, não compreendendo que, se nada pescassem, nada comeriam. Mas, em mais uma tarde de pescaria, como tantas outras, tudo mudou.

Seu pai de repente havia caído no chão do barco, e ele não entendeu de imediato. Os outros pescadores, incluindo seu irmão, tentaram de todas as formas o ajudarem, remarem mais arduamente para chegarem a terra firme mais rápido, todavia, fora tarde demais para o pai de Sting.

Ele havia tido um infarto, e quando o barco finalmente chegara às areias do mar de Hargeon, já havia entrado em óbito. Sting soube, aquele exato momento em que via os amigos pescadores de seu pai tentando reanima-lo sem sucesso, que ele morreria tão precocemente quanto. Sempre o achara o homem mais forte, mais inteligente e brilhante que conhecia, e sempre quisera ultrapassa-lo. Mas Sting sabia que nunca excederia seu pai em nada, incluindo seus próprios anos de vida.

Claro, o menino não falara sobre isso com ninguém, nem mesmo com seu primo Rogue. Sentia que ninguém poderia entender isso, talvez até o julgassem louco ou afirmariam que era apenas fruto do transtorno de perder o pai daquela maneira. Mas Sting sabia que morreria jovem como sabia que detestava polvo frito _ e ele nunca comera polvo frito.

Ele simplesmente sabia.

Tudo melhorara quando ele e seu primo conseguira uma bolsa na Fairy Tail, graças as suas habilidades no basquete. Eles eram apenas dois jovens buscando saírem da situação deprimente que Hargeon os proporcionava, mas Macao Conbolt viu algum talento neles e achou que poderia lapida-los. E foi assim que Rogue e Sting se mudaram para Oshibana, mais tarde conseguindo transferir Skiadrum para a pequena quitinete que moravam.

Muitas coisas mudaram a partir dai. Seu professor de educação física que lhe deu uma chance de educação melhor? Fora expulso por se envolver com uma aluna. Seu primo da mesma idade? Virara praticamente seu irmão, já que eram melhores amigos e o pai de Rogue resolvera registrar Sting em seu nome, fazendo dele um Cheney.

Mas houve algo que jamais mudou e ele sabia que nunca mudaria.

Aquela velha certeza de que sua vida seria breve.

Ele não lamentava, em vez disso, a aproveitava com quantas garotas tivesse oportunidade de se relacionar, fazia do basquete seu trunfo e vivia da forma mais intensa que conseguia. Sting não queria se entristecer, por essa razão, não se apegava a absolutamente ninguém. Não queria lamentar ter uma vida curta e não poder viver com uma mulher que amasse por longos anos, e levado por esses pensamentos, recusava-se a se apaixonar.

Mas... será mesmo que temos esse controle sobre nosso coração?

 

*  *  *

 

04 de Setembro de 2017

 

_ Você é louco.

Gajeel encarou-a, um sorrisinho de canto brincando nos lábios.

_ E você fica sexy quando está irritada.

A azulada cerra os olhos, sentando-se enquanto continua lhe encarando como fosse lhe bater a qualquer momento, mas a agressão nunca veio. Em vez disso, suspirou exausta e deitou-se novamente, a cabeça apoiada sobre o peito largo do homem, apertando seu tronco com os braços finos.

_ Mesmos sendo loucura o que fez... obrigada.

O RedFox beija sua testa, rindo antes de soltar:

_ Ele ficou bonitinho?

_ Se olho roxo e nariz quebrado é a nova tendência, pode ter certeza que sim _ Ela responde, inevitavelmente rindo com ele. Ergue a cabeça, levando as mãos ao peito de Gajeel e inclinando-se para beija-lo. Senti as mãos dele apertarem sua cintura, como reflexo, subindo por suas costas até a nuca e refazendo o trajeto novamente, repetidas vezes.

Levy não pensara muito quando pôs uma perna de cada lado do homem e sentou-se sobre ele, aprofundando o beijo enquanto sentia as madeixas macias acarinharem seus dedos. Muito sutilmente, sentiu algo cutucar sua virilha, sorrindo contra os lábios de Gajeel e sendo empurrada pelos ombros poucos segundos depois.

Ele lhe encarava de forma sôfrega, respirando com dificuldade, os cabelos espalhados pelos chão coberto de folhas secas.

_ Levy... _ juntou fôlego para dizer _ Pare de me torturar.

Ela faz bico.

_ Assim me faz sentir uma peste.

Ele sorrir torto.

_ Você é uma peste. _ desci o olhar pros seios apertados na regata amarela, observando uma gota de suor escorrer por entre eles e sumir no meio do decote V. Gajeel queria seguir o mesmo percurso, com os lábios.

A atitude não passa despercebida pela azulada, que rir e apalpa os próprios seios na pura intenção de provoca-lo.

_ Você podia fazer isso por mim, mas já que sou uma criança inocente...

Gajeel rapidamente inverte as posições, pondo a azulada embaixo de si e sorrindo torto ao ver sua expressão surpresa.

_ O caralho que você é. _ percorre a silhueta delicada com as mãos, agarrando a barra da regata e levando-a no trajeto de volta.

A garota não hesitara ao envolver seu pescoço com os braços e agarrar um punhado dos cabelos negros, incentivando-o a continuar. Suspirou ao sentir seus mamilos serem umedecidos, tão afetuosamente que nem parecia ser um feito daquele homem de aparência hostil e duvidosa. Levy já estava acostumando-se à forma que Gajeel mudava. Havia determinados momentos em que seus toques eram rudes e havia os que Gajeel tornava-se inesperadamente doce.

A McGarden percebera que amava suas duas formas de aprecia-la.

_ Petit... _ o homem murmurou com dificuldade quando notou a garota se excedendo em suas caricias. Havia se livrado do resto das roupas, apertando-se ao corpo largo de Gajeel como se quisesse se fundir a ele o quanto antes. _ Desse jeito vamos acabar transando _ continua, afastando-se um pouco para que pudesse olhar seus olhos.

Pareciam estranhamente mais calorosos, de alguma forma, a cor âmbar estava mais dourada do que nunca.

_ E daí? _ Ela o puxa pela nuca novamente, voltando a beija-lo. Gajeel esqueci o que acabara de dizer, retribuindo o ato ainda mais intensamente, mas quase um minuto depois, se afasta um tanto receoso, acariciando as bochechas muitos rosadas antes de depositar um selinho terno nos lábios inchados e rubros.

_ Não temos preservativo aqui, Levy _ a lembra com delicadeza.

Ela pareci pensar por um momento, sorrindo daquele modo que Gajeel começava a classificar como "sorriso levyano".

_ Talvez um bebê antes dos 18 anos não seja tão ruim assim, afinal.

Gajeel dá um peteleco em sua testa, chacoalhando a cabeça enquanto rir.

_ Vista-se, seu pai já deve estar lhe procurando.

A McGarden suspira, sentando-se e apanhando as peças de roupas ao seu redor.

_ Estraga prazeres _ murmura enfiando as pernas nos buracos do short jeans.

_ Estou garantindo seu futuro _ retruca ao ajuda-la a fechar o sutiã _ Tem uma faculdade pra fazer antes de termos bebês, baixinha.

Ela sorrir, de costas para ele.

_ Acha que tenho mesmo chance de entrar na Sydney?

Gajeel a vira abruptamente, pegando-a de surpresa.

_ Se você tem chance? Uma vez que você decidir ir pra lá, você irá _ solta os ombros da garota, afagando seus cabelos _ É tudo questão de você querer, baixinha.

Ela assenti lentamente, de repente cheia de confiança.

_ Tem razão. _ concorda, sorrindo tímida _ É tudo questão de querer.

A viajem de volta fora silenciosa e quieta. A picape deixava uma trilha de poeira por onde passava, através do para-brisa, tudo que podia-se ver era a longa estrada de terra, o verde do bosque cada vez mais difícil de ver pelo retrovisor, até que sumira totalmente de vista.

Levy estava quase dormindo sob o braço livre de Gajeel, coberta pelo enorme casaco verde militar do homem e sentindo a leve brisa arrastar seus cabelos para trás.

_ Você pensou? _ Gajeel pergunta de repente.

Ela se remexi um pouco, bocejando antes de falar sonolenta:

_ Pensei sobre o quê?

_ Sobre a casa.

Abri os olhos de imediato, afastando-se um pouco, ainda um pouco grogue.

_ Eu não sei... _ responde sincera.

O RedFox lhe encara.

_ Levy...

_ Gajeel, isso pareci muito absurdo... _ Ela suspira, desviando o olhar dele. Foi então que percebeu, de relance, que estavam a cem por hora. Arregalou os olhos castanhos, olhando a estrada pela janela, desesperada _ Gajeel!

_ O que foi? _ indaga surpreso com a mudança de comportamento.

Ela virar-se para encara-lo, os olhos ainda saltados para fora das órbitas.

_ Reduza!

Ele finalmente entendi, revirando os olhos enquanto obedecia. Levy observa os ponteiros descerem um pouco, soltando o ar que nem sabia que prendia.

_ Quer que a gente vire pizza de picape? _ indaga em tom de escárnio.

_ Sou bastante acostumado a andar rápido, não vejo problemas nisso _ retruca, e então percebi, tarde demais, o que falou.

Levy aperta os lábios, encolhendo os ombros ao baixar o olhar.

_ Eu não queria ter falado isso... _ algo dentro dele murchou quando a azulada forçou um sorriso e encarou o porta-luvas.

_ Tá tudo bem, você tem um passe livre de idiota. _ diz tentando soar sarcástica, mas sua voz tremulou.

De repente aquela camada de cabelo azul que cobria a cicatriz que a garota tinha na têmpora ficara muito chamativa, de repente Levy pareceu longe demais, e o ar pesou.

_ Desculpe _ diz ao puxa-la novamente para si, envolvendo-a com seu braço e desejando não ter aberto a boca.

Ela fica quieta por um tempo, apenas sentindo o quanto gostava da sensação da mão de Gajeel acariciando suas costas por baixo da blusa.

_ Entende porque é complicado? _ indaga preenchendo o silencio, deixando o pequeno impasse para lá _ É uma atitude muito... grande, e eu não tenho meios de te pagar por isso, Gajeel.

_ Não quero que pague _ diz seriamente.

_ Não estou falando de dinheiro _ murmura constrangida _ Estou falando de atitudes. Eu sinto que se eu aceitar sua ajuda, não terá nada que eu possa fazer que se iguale a isso.

Gajeel sorrir. Lhe encara, abaixando-se um pouco para roçar seu nariz ao dela e selar os lábios num beijo breve.

_ Você me deu tudo quando me provocou em vez de me acusar, Levy. Não entende que sou eu que nunca vou poder te pagar por tudo isso?

Ela pisca, franzindo as sobrancelhas em confusão.

_ Tudo isso o quê?

_ Você me fez melhor. _ responde afastando-se para prestar atenção na estrada, pensativo _ Você me fez ver coisas simples, que eu não via mais. _ Ele olha para fora da janela, os lábios repuxando num sorriso _ A sensação do vento, do sol sobre minha pele.

Levy estava completamente confusa no inicio, mas estava começando a entender. Gajeel referia-se ao fato de que era tão cheio de si que desligava-se de tudo ao seu redor, agindo imprudentemente quase sempre, e sequer sentindo-se culpado por cada problema causado.

_ O quanto o azul do céu é bonito _ continua, virando-se e sorrindo de uma forma que fez Levy corar. _ Pequenas coisas, mas que são essenciais para se ter noção do quanto somos na verdade pequenos.

A azulada estava num misto de admiração e constrangimento. Resolveu que o melhor seria acomodar-se novamente sob seu braço e deixa-lo fazer o que achasse melhor. Estava exausta de estudar para os enxames que faria no próximo mês, exausta de dormir de madrugada, revirando os livros de ponta cabeça, exausta demais para continuar discutindo sobre aquilo.

_ Tudo bem _ se rendi com um suspiro _ Mas aviso de antecedência: se acha que sou teimosa, boa sorte com meu pai.

 

- w -

 

_ Absolutamente, não! _ responde convicto de sua decisão.

Levy encara Gajeel de braços cruzados, com um olhar que diz "eu avisei". Natsumi, no entanto, revirou os olhos e virou-se na direção do marido, parecendo irritada com o tom do homem.

_ Ren, não seja dramático. _ volta para a posição inicial _ Não podemos negar uma casa, homem.

O McGarden trinca o maxilar.

_ Não precisamos de sua esmola, RedFox.

A enfermeira que retirava o cateter de Natsumi sorriu, fitando homem enquanto chacoalhava a cabeça negativamente.

_ Não dê ouvidos a ele _ Ela diz, encarando Gajeel pela primeira vez. Foi naquele momento que ele vira muito de Levy na mulher, afinal, ele havia atropelado e abandonado a filha dela, e mesmo assim, Natsumi não o acusava em nenhum momento.

Ren, porém...

_ Não quero nada que venha de você! _ encara a azulada, que estava de braços cruzados ao lado do moreno _ O que estava fazendo com ele até uma hora dessas?

Os amassos no meio do bosque de repente passou por sua mente.

_ Fomos num café, nada demais _ respondeu dando de ombros.

_ Tem folha no seu cabelo, Levy _ observou Ren com os olhos cerrados.

Natsumi estalou os lábios, a enfermeira cobria o pequeno buraco deixado pelo cateter com um curativo.

_ São duas da tarde, Ren, pelo amor de Deus.

_ Pra onde esse idiota te levou? _ insisti _ Ele te fez mal em algum momento?

_ Não, pai, o Gajeel não me fez mal em nenhum momento _ responde prontamente, feliz por não ter que mentir sobre isso. _ Pai... só aceite. Sabe que com uma casa própria as coisas serão mais fáceis.

O RedFox se mantinha em silencio, observando a família discutir.

_ Terminei _ a enfermeira diz, cobrindo o curativo com esparadrapo. Natsumi agradeci, sorrindo enquanto levantar-se, e encara o marido emburrada.

Gajeel percebeu que era alguns centímetros maior que Ren.

_ Ora essa, homem! _ fita Gajeel, sorrindo gentilmente _ Vamos aceitar sim.

_ Não!

_ Claro que vamos.

_ Nem pensar!

_ Essa conversa vai ser longa... _ O RedFox murmura entre os dentes.

_ Nem tanto _ Levy discorda aos sussurros, vendo que a discussão já estava ganha.

_ É claro que vamos, Ren!

_ Jamais!

Natsumi virar-se lentamente pro marido, os olhos faiscando de um jeito estranho.

_ Ren McGarden.

Ele engole seco.

_ Certo _ diz a contragosto _ Não quero nem em Hargeon e nem em Crocus. _ encara a esposa, que o fitava agora muito mais amorosamente _ Quero minha família bem longe dessa gente.

E aquilo soou como uma indireta bem direta para o RedFox. Em outro momento, Natsumi teria lhe acotovelado, mas estava satisfeita e orgulhosa demais de Ren ter cedido. Enganchou seu braço ao dele, sorrindo ao fitar Gajeel ao lado da filha, que permanecia de braços cruzados, olhando um canto qualquer do quarto.

_ Fico lisonjeada com o que está fazendo, Gajeel _ diz sincera, alisando o braço de Ren enquanto fala. Sorrir, de uma forma que o RedFox conhecia bem demais _ Alias, obrigada por ter me dado uma chance de viver. Sempre imaginei o momento em que Levy terminaria o ensino médio, que eu faria seu vestido de formatura e que talvez ela tivesse seu primeiro porre. _ O marido a encara de olhos saltados, mas ela ignora _ Por um tempo, eu imaginei que nunca chegarei a ver tudo isso... e era angustiante saber que eu perderia várias etapas da minha filha, que eu não estaria lá para comemorar com ela.

Gajeel estava atônito com o quanto ela ia de um assunto banal a outro completamente complexo, sem problema algum. Coçou a nuca, desviando o olhar para o piso branco do quarto, encabulado demais para permanecer olhando os olhos verdes da mulher.

_ Quando eu soube que Levy havia sido atropelada e sofrido um traumatismo craniano, eu tive a sensação de puxarem meu coração para fora do corpo. Eu queria ter outros filhos, mas eu não pude. Levy é meu pequeno milagre e você quase a arrancou de mim. _ Gajeel agora sentia-se sendo golpeado, até mesmo recuou um pouco involuntariamente. _ Mas... querendo ou não, essa situação me salvou, e Levy não se foi. _ seu sorriso diminui um pouco, mas de alguma forma, pareceu mais intenso _ Por isso, eu não vou lembrar de você como o homem que quase levou meu pequeno milagre, mas o que trouxe um pra minha família.

Levy encara Gajeel, sorrindo com os olhos úmidos.

_ Você tem dado mais coisas do que imagina, Gaj. _ Ele cora, sentindo-se terrivelmente constrangido. Natsumi sorrir, dando leves batidinhas no braço do marido. Ren, por outro lado, cerra os olhos, trincando o maxilar enquanto engolia a situação.

Gaj _ repeti incrédulo, olhando da filha ao RedFox várias vezes, sua desconfiança triplicando. Estava prestes a abrir a boca para questiona-la, quando sua mulher largou seu braço de repente e abriu os seus próprios enquanto se aproximava de Gajeel, que a encarou de imediato e pareceu muito perdido com sua atitude. Mas não rejeitou seu abraço, claro que não rejeitou.

Levy controlou corajosamente o ímpeto de gargalhar da cara do homem. Não queria encabula-lo ainda mais, embora se sentisse muito tentada.

_ Obrigada _ repeti ao se afastar um pouco do rapaz, batendo em suas costas suavemente.

Levy se compadeceu e puxou o braço de Gajeel, revirando os olhos e encarando Natsumi seriamente.

_ Mãe, vai com calma. Ele é tímido. _ Ren cerrou os olhos, mas Levy fingiu não ver _ Gajeel já entendeu.

_ Tímido, é? _ O McGarden diz em tom de escárnio. _ Tímido...

Gajeel fica muito ereto de repente, evitando olhar Ren ao falar:

_ Acho que tenho que ir. _ encara Natsumi muito brevemente, sorrindo um pouco _ Até mais.

A azulada piscou, apertando o braço de Gajeel inconscientemente. Ele a encara, e por muito pouco não abaixou-se e a beijou. Era estranho estar com Levy, às vezes ele esquecia momentaneamente que não podia beija-la em público, muito menos se  público era seus pais.

Rapidamente se recompôs, afagando os cabelos azuis da garota da forma mais descontraída que conseguiu encenar. Virou-se tranquilamente, caminhando em direção à porta a passos lentos. Não queria que Ren achasse que ele tinha motivos para querer correr.

Antes de sair, virou-se e olhou para Levy, só por um momento, e então saiu, fechando a porta ao passar.

Natsumi olha para a filha, um sorriso se alastrando por seu rosto.

_ Não, mãe. _ Levy diz, revirando os olhos. Poderia jurar que havia vezes que quase conseguia ouvir os pensamentos de sua mãe como uma vozinha em seu sob consciente

Ren encara de uma à outra, confuso.

_ Vamos logo pra casa, estou cansada _ Ela tira o chaveiro do bolso do short jeans, arregalando os olhos castanhos ao perceber o que falou _ Gajeel anda rápido demais, é exaustivo andar com ele _ acrescenta rapidamente.

_ Ótimo _ Ren envolve os ombros da filha com um braço, a trazendo pra perto de si e a apertando _ Então não ande com o RedFox.

Natsumi sabia que sua filha estava mentindo. Levy podia mentir bem, mas ela tinha o costume de não olhar nos olhos quando era o caso. A mulher queria falar muitas coisas _ que sentiu sua falta, que sentia muito medo de desaparecer de repente, lhe perguntar se as coisas com Gajeel começaram a mudar desde aquele telefonema em que ela admitiu que estava sentindo-se estranha com relação a ele _ , mas não podia, não na frente do marido. Ren era o homem mais gentil que ela conheceu, e o mais corajoso também. Mas... quando o assunto era Levy, sua única filha, as coisas mudavam. Ren tinha medo da filha se machucar, embora se machucar fosse inevitável. Diferente da mulher, que tinha consciência de que Levy precisava ter experiência, Ren queria a proteger a qualquer custo, até mesmo de uma pizza calórica e saborosa.

Então, Natsumi só sorriu, fitando a filha de olhos cerrados.

_ Você tem um carro e não me falou? _ pergunta dramaticamente indignada.

Ela bufa.

_ Não, porque sei o que aconteceria. _ olha a ruiva de soslaio. _ Vamos logo embora.

_ Rá, rá, engraçadinha _ passa as mãos nos cabelos, ainda desacostumada com o novo comprimento. Agora, os fios acobreados estavam quase ultrapassando o queixo, repicado em todas as direções _ Não pense que vai se safar, azul. Hargeon é nosso limite!

Levy arriou os ombros ao lado do pai, suspirando derrotada. Não havia conversa com Natsumi, o jeito era dar-se por vencida e deixar sua mãe brincar de boneca _ sendo ela, Levy, sua bonequinha em tamanho real.

 

- w -

 

Quando Gajeel adentrou sua casa, parou ao ver a cena que encontrou _ por um momento parou até mesmo de respirar.

_ Olá, cabeça de titica _ Juvia o cumprimenta, parecendo muito animada. Estava sentada no sofá de couro preto da sala de estar, folheando uma revista de moda enquanto Gray trançava seu cabelo. O mais engraçado _ e assustador _ era que o cabelo do rapaz estava dividido em duas Maria Chiquinhas, e ele ria antes de notar a presença do RedFox.

Gray corou, de repente querendo cavar um buraco no piso.

_ Olha como meu cabelo ficou bonito! _ Wendy diz, dando uma voltinha para Gajeel ver os detalhes. O longo cabelo azul-escuro estava totalmente trançado, Gajeel se perguntou que horas Gray começou a fazer aquilo, levando em consideração o tamanho do cabelo da menina.

Carla, a gatinha branca de Wendy, caminhou preguiçosamente, esfregando a calda felpuda nas canelas do RedFox, e, quando ele a olhou de relance, percebeu que o animal de pelagem longa e sedosa também ostentava tranças e lacinhos nas orelhas.

_ Eu estou com medo _ murmura, observando Carla subir no sofá e deitar-se junto de Juvia.

Metalicana, que até então observava tudo do alto da escada, desci os degraus sem pressa alguma, aproximando-se do filho. Por um momento, quando Gajeel encarou sua mãe, ele esqueceu-se da situação bizarra que encontrou. Ela parecia prestes a dizer algo, até mesmo entreabriu os lábios, mas tornou a fecha-los, forçando um sorriso.

O homem soube, aquele exato momento, que havia algo muito errado com Metalicana _ algo que ela precisava falar, mas por algum motivo, recuava e desistia.

_ Mãe?

Ela caminha em direção à porta rapidamente, querendo fugir do olhar de Gajeel.

_ Mãe, por que não fala de uma vez? _ ouvi ele perguntar _ Não precisa ter um derrame cerebral. Só... fale.

Metalicana para, as palavras ameaçando vir como uma tosse violenta. Gray encarava suas costas, as sobrancelhas juntas, completamente surpreso, constrangido e confuso. Wendy olhava os dois RedFox freneticamente, querendo captar cada expressão e reação deles. Juvia, no entanto...

Ela encarava o centro fixamente, toda sua animação parecia ter evaporado.

Carla espreguiçou-se, saltando para o chão e aninhando-se no tapete felpudo.

_ Eu amo você, Gajeel. Sabe disso, não é?

Aquela frase teve o impacto de um soco em seu estômago. Ele chegou a dar um primeiro passo em sua direção, mas ela já havia ido embora sem lhe dá chances de prolongar a conversa. Gajeel teria a seguido e tentado saber mais sobre aquilo, mas ele se perguntou se queria mesmo saber o que tanto perturbava a sua mãe. Nunca havia presenciado Metalicana daquela forma, e ele soube, enquanto observava Gray recomeçar a trança que fazia no cabelo de Juvia, que seja o que fosse, era sem a menor sombra de dúvidas, devastador.

 

12 de Setembro de 2017

 

Levy encarava uma borboleta pousada no beiral da janela, constrangida com a troca de carinhos do casal. Perguntava-se onde estava Gajeel e se demoraria muito, tendo certeza que seu rosto estava tão vermelho quanto os cabelos de Erza Scarlet.

_ Achei que voltaria só ano que vem _ Ela resmunga cheia de sarcasmo, mas volta a beija-lo com os braços em volta de seu pescoço.

_ Não seja dramática _ Ele a afasta delicadamente, olhando Levy de soslaio e depois a encarando outra vez, um olhar sugestivo, um lembrete.

Erza olha a garota sentada no outro sofá, bufando.

_ É bom Gajeel entrar por aquela porta nos próximos minutos, ou eu vou quebrar a cara dele por estragar minhas boas-vindas.

A azulada corou ainda mais, se isso era possível, imaginando o que seria a tal "boas-vindas" de Erza. Ao ouvir a porta ser aberta, virou-se rapidamente e deixou escapar um suspiro aliviado, observando Gajeel aproximar-se e sentar ao seu lado no sofá tranquilamente, como se não estivesse 40 minutos atrasado.

_ Então, o que eu perdi?

Jellal afasta Erza de seu colo, fazendo-a sentar ao seu lado, ignorando sua expressão irritada. Apanhou uma pasta que estava repousada no ombro do sofá, a abrindo devagar demais pro gosto do RedFox.

_ O que é isso? _ Ele pergunta correndo os olhos pelo papel. Havia uma foto de Sorano ali, e alguns dizeres logo abaixo numa língua que ele desconhecia. Levy também deu uma olhada, mas ela também não entendeu nada do que diziam aquelas palavras.

_ Um cartaz _ Jellal responde, distraído esvaziando a pasta.

_ Nem percebi _ a azulada murmura, engolindo seco quando Erza cerrou os olhos em sua direção.

_ Sorano desapareceu. Esse é um cartaz que os pais dela espalharam na época _ o homem explica _ Foi em 2007, e ela reapareceu 11 meses depois, 3 anos antes dos pais serem assassinados _ Ele estende um punhado de fotos, que Gajeel as apanhou  prontamente _ Isso são imagens da câmera de segurança, na noite em que a casa dos Aguria foi invadida _ Jellal aponta para a hora de uma das fotos, depois para outra, fazendo Gajeel franzi o cenho. _ Nessa, os ladrões estão invadindo a casa. E nessa aqui, estão fugindo. Olhe as horas.

A azulada estava completamente absorta, observando as imagens sem sequer piscar os olhos. Os ladrões eram estranhos, ela poderia jurar que podia notar seios no menor deles.

_ 10 minutos. Acha que uma ação dessas demoraria 10 minutos? _ Jellal estala os lábios _ Eu tive que subordinar um segurança, a policia se recusava a me dar detalhes sobre esse caso. Pareciam saber que havia algo errado, e compactuar com isso _ Ele aponta novamente as imagens, muito irritado _ Olhe isso, eles chegaram doze e quarenta da noite, e supostamente saíram às uma da madrugada. Mas olhe bem, quando eles estão fugindo já está um pouco claro, poderia ser quatro da madrugada ou mais. Modificaram as horas, até um completo retardado saberia disso ao olhar essa porcaria.

Levy puxa uma das fotos, encarando-a fixamente. Ela não estava louca, o ladrão mais franzino tinha seios.

_ E, sem falar na cereja do bolo _ Jellal continua, muito arisco _ Sorano disse que eram dois homens, e a policia confirmou, mas olhe pra isso e me responda se esse mais baixo parece um homem.

_ Tá pequena demais pra ser a Sorano _ Gajeel comenta. _ Então quem mais seria?

 Ah, tem muita gente ali que me deve uma!

_ Ainda não sei _ admite a contragosto _ A policia não queria colaborar, fui enxotado a pontapés, como se suas vidas dependessem disso.

Só cuidado pra não chamar atenção da Sorano. Vai por mim, essa você não vai querer irritar.

_ Mas isso já são provas suficientes de que essa psicopata tem rabo preso _ Erza fala encarando o noivo _ Vai encerrar essa investigação, não é?

_ Não sei _ Jellal aperta os lábios _ Estavam mascarados, tudo o que sei é que modificaram as horas da câmera de segurança e que um deles é uma mulher. Que merda eu vou fazer com essa informação? Pode ser qualquer um. Podem estar até mesmo mortos a essa altura.

Levy o encara, sorrindo sem humor algum.

_ Tomara.

 

25 de Outubro de 2017

 

_ Não se preocupe, sei que foi brilhante _ Gajeel diz convencido enquanto levava a garota para casa.

Levy o encara, completamente exausta.

_ Minha bunda tá dormente de ficar sentada naquela cadeira _ sorrir largamente _ Ai, meu Deus, eu fui brilhante! Não acredito que fui tão bem assim, pareci uma pegadinha!

_ Você mereceu, estudou como uma condenada _ Ele sorrir torto, encarando a estrada enquanto continuava num tom galante: _ Talvez eu te dê um presentinho.

Ela sorrir, fazendo menção de disfivelar o cinto de segurança e se acomodar junto dele, mas para ao notar o olhar petrificado do homem, seguindo-o e vendo seu pai de braços cruzados, ao lado de Droy, em frente sua casa.

Droy, seu ex-namorado e amigo que simplesmente não falava mais com ela e não sentava-se mais em seu lugar de sempre _ logo atrás de sua carteira. Algo lhe dizia que aquilo não era um bom sinal, e Levy encarou Gajeel, como se esperasse uma explicação dele.

_ Ele sabe _ anuncia sem olha-lha _ Nos viu quando te levei pro colégio mês passado.

Ela arfa.

_ E você me diz isso agora?

Gajeel estaciona em frente à casa.

_ Eu só não queria te fazer ficar mal...

_ Mas ele é meu amigo! _ Ela disfivela o cinto, fazendo menção de abrir a porta, mas ela estava travada. _ Abre, Gajeel. _ pedi entre os dentes.

_ Levy...

_ Não! Você deveria ter falado! Eu ficava me perguntando por que ele estava agindo tão estranho, e você sabia o tempo todo!

_ Eu só queria te proteger...

_ Você foi estúpido, Gajeel, deveria ter me falado _ sua voz soa magoada, e por um momento Gajeel quis prende-la ali e não deixa-la ir. Queria se explicar, fazê-la entender que saber sobre isso só lhe causaria uma dor desnecessária, mas Ren e Droy estavam plantados na fachada da casa, encarando-os.

_ Talvez ele te machuque _ argumenta _ Talvez o que ele tenha pra dizer não valha a pena ser ouvido.

_ É _ concordou _ Talvez. Mas você me machucou com toda certeza, Gajeel.

Ele aperta os lábios, destravando a porta ao apertar um botão em seu chaveiro. Levy salta para fora do automóvel, batendo a porta com força e afastando-se sem olhar para trás.

Mesmo sob os olhares hostis, Gajeel permaneceu ali, dentro da picape. Subiu o vidro fumê e ligou o rádio automotivo, observando Levy entrar em casa junto do pai e do ex-namorado.

_ Como foi o enxame? _ Ren pergunta eventualmente, tentando soar descontraído, mas a tensão era palpável em sua voz.

_ Levy, podemos conversa no seu quarto? _ Droy indaga, ignorando o homem completamente.

Ela o encara, assentindo lentamente.

_ Tudo bem.

Natsumi estava ao telefone, rindo abertamente, e ao ver a filha passar com o garoto, ficou séria instantaneamente e encarou seu marido com os olhos saltados.

_ O que ele tá fazendo aqui? _ indaga aos sussurros.

Levy virou a maçaneta, abrindo a porta do seu quarto e deixando Droy passar primeiro, seguindo-o em seguida. Jogou sua bolsa sobre a cama, encarando o rapaz ao mesmo tempo que cruzava os braços.

_ Contou pra ele?

_ Claro, ele é o seu pai. _ Droy responde dando de ombros.

_ Merda... _ murmura entre os dentes, já imaginando as situações constrangedoras envolvendo a mesa da cozinha e uma longa conversa com Ren, sobre um assunto que com certeza ela não queria falar com seu pai.

_ Levy, pelo amor de Deus, você enlouqueceu? _ Ele dispara _ O RedFox, sério?

_ Droy, é a minha vida! Sou eu quem sabe o que é melhor pra mim!

_ É sério que não acha isso estranho? _ indaga com a voz carregada de insinuações.

_ Estranho como?

Droy lhe encara como se a resposta fosse óbvia e só ela não a visse.

_ Levy, sabe do que estou falando!

_ Não sei, não!

_ Ele é um RedFox, Levy. Ele pode ter muitas outras, mas ele quer você. Justamente você.

Ela cerra os olhos, trincando o maxilar com o que acabara de ouvir.

_ Como é? Tá insinuando que não sou boa o suficiente pro Gajeel?

_ Levy, ele é um RedFox!

_ E daí? _ vocifera cerrando os punhos.

_ E daí, que uma coisa é alguém como eu te querer, outra é um cara como ele! _ solta de uma vez, muito nervoso.

Ela para. Inesperadamente sorrir, mas seus olhos estão marejados e o choro não está longe.

_ Interessante saber que você fez um grande favor ao namorar comigo, Droy.

_ Não foi isso que eu quis dizer! _ se defende nervosamente, se arrependendo de ter aberto a boca.

_ Mas é o que sempre pensou, não é? _ Ela aperta os olhos _ Nunca confessou, mas internamente achava-se o grande salvador da pátria por namorar comigo, não é?

_ Levy...

_ E provavelmente achava que eu não tinha outras opções e tinha pena de mim, não é? _ sua voz subiu uma oitava _ Pois saiba que eu tinha outras opções! Não era tantas quantas as de Cana, mas eu tinha, e se eu fiquei com você, foi porque o amava, não porque queria fazer um favor!

Droy fica em silencio por quase um minuto inteiro, procurando acalmar a situação de alguma forma.

_ Fique com qualquer outro! _ diz por fim, soando desesperado _ Qualquer outro, Levy, até mesmo o Sting ou o Rogue, mas ele não, isso é demais pra eu engolir!

_ Sting e Rogue são meus amigos!

_ Jet!

_ Não! Meu Deus, não! _ Ela chacoalha a cabeça, tudo ao seu redor começando a girar _ Jet não me ver dessa forma, muito menos eu!

Ele mordi o lábio, sabendo que ela tinha razão. Então tenta mais uma vez:

_ Ele não, Levy. Qualquer outro, no fundo eu já estava esperando que isso iria acontecer mesmo, você jamais iria me ver com os mesmo olhos de antes. Mas por Deus, o RedFox não! Ele te deixou, te deixou pra morrer! _ cospe as palavras _ É como se você me dissesse que está se envolvendo com Loki, tem ideia de como isso feri meu coração?

Levy por fim perdi a paciência. Gajeel não era como Loki, nem de longe, nenhum um pouquinho sequer.

_ Não o compare com o Loki!

_ Você sabe que é quase a mesma coisa!

_ O Loki é um nojento, mimado que não consegui ouvir um não sem espernear e fazer birra! Não o compare ao Gajeel! Você não o conhece nem um pouco!

_ E você o conhece? Tem certeza?

Ela não pestanejou ao responder, segura e friamente.

_ Absoluta.

_ Levy, se ponha no meu lugar!

_ Se eu tivesse no seu lugar, iria querer que fosse feliz _ diz ressentida _ Era o que eu iria querer, de todo meu coração, Droy.

_ Levy, você precisa me entender! _ retoma a discussão, mais nervoso que qualquer outra coisa _ Não é que você não seja bonita, você é! Mas... você saiu de Bosco, em determinados momentos você nem parece uma garota e ele tá mostrando interesse por você! Isso é estranho, Levy, ele poderia ter quantas quisesse, quem quisesse, mas ele justamente quer você, a que saiu de Bosco!

A McGarden estava terrivelmente machucada internamente. Cada palavra dita por seu velho amigo lhe feria bem em seu peito, como uma facada. Ela mal conseguia respirar pelas narinas, e seu coração batia desesperado, como se não tivesse oxigênio suficiente nunca.

_ Chega _ dá o ultimato _ Essa discussão não vai nos levar a lugar algum.

_ Levy...

_ Não! _ Ela o corta, magoada _ Eu disse chega, Droy... já ouvi o suficiente.

Ren achou que, se tinha uma hora certa para intervir, a hora era aquela. Virou a maçaneta, abrindo a porta lentamente. Natsumi estava ao seu lado, parecendo muito desorientada.

_ Levy, eu só queria o seu bem! _ diz afoitamente _ Só não queria te perder... não pra ele.

Àquela altura, a azulada estava prestes a chorar compulsivamente, coisa que se recusava a fazer com plateia. Encarou o garoto que um dia fora seu namorado, e agora nem mesmo um amigo era mais.

_ Você não pode perder o que nunca foi seu.

 

Distraído com uma foto que havia tirado de Levy enquanto ela dormia, Gajeel se sobressaltou quando a porta da picape foi subitamente aberta e a azulada saltou para dentro, o abraçando apertado, soluçando em plenos pulmões. Gajeel podia ver Ren saindo de dentro de casa às pressas através do vidro fumê da janela, mas Natsumi agarrou seu braço, o parando no meio do caminho. Com um abanado de mão, ela o incentivou a dar partida, o marido sequer vira essa ação, focado em enxergar algo através do vidro fumê da picape.

Era a sua deixa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Oin -u- apesar dos pesares, eu realmente amo o natal. Não a data em si, mas como essa data junta os meus parentes. É, eu sou uma garota "família" kkkkkkkkkkkk enfim. Mesmo querendo bater nos meus primos por invadirem meu quarto, e surtar com a minha vó maluca, eu realmente amo essa época. "E onde você quer chegar com isso?" çuç eu falei alguns capítulos atrás que teria um contato maior com vocês, porque eu realmente considero vocês PRAKAS, vocês não tem noção de como cada comentário, e até mesmo as visualizações dos fantasminhas, me deixam feliz e me dão ânimo como poucas coisas dão. Então é isso, sintam-se convidados a me add :v
https://www.facebook.com/profile.php?id=100009908550190
E então? O que acharam dos babados desse capítulo? Alguma dúvida, alguma crítica, sugestões? Espero que tenham gostado e eu vou tentar postar a segunda parte amanhã, se as circunstâncias deixarem -q até o próximo! ♥ ♥ ♥


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