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História Impulso - Ferida


Escrita por: Ixteeer

Notas do Autor


Oi, minna! Que saudades de vocês ;--; a minha vida tá muito louca, eu mal estou tendo tempo pra acessar minhas redes sociais (desculpem os leitores que tbm são autores e que eu acompanho suas fics, eu estou tentando comentar sempre!). E bem, eu estou lidando muito bem com o que houve comigo, e também estou até sem tempo para ficar pensando muito sobre, o que é bom. Obrigada a cada comentário, sério. Eu li todos, e fiquei muito feliz com cada um deles ❤❤❤ Esse capítulo já estava pronto a um puta tempo, mas como eu disse, meu tempo tá complicado :c até o capítulo 24 tá pronto, o foda vai ser revisar e postar. Mas cês sabem que eu posso demorar, mas eu volto. Eu sempre volto e...e ❤
Sem mais delongas, boa leitura! :3

Capítulo 19 - Ferida


 

13 de Setembro, 2018

 

No momento em que Levy pôs os pés naquele lugar soube que havia cometido um enorme erro ao não se ouvir. Rebecca gritava ao seu lado, assim como o resto daquela gente bêbada e desvairada. Levy era acotovelada e empurrada o tempo todo, e sequer conseguia ver grande coisa do lugar onde estava. Por fim perdeu a paciência e abriu caminho na multidão de universitários até estar bem em frente aos dois lutadores, e no segundo seguinte toda a algazarra parou. Uma mulher gemeu horrorizada e Levy trincou o maxilar quando um rapaz gordinho que estava ao seu lado vomitou.

 Sobre suas botas compradas no dia anterior.

_ Ah, vai se foder! _ resmungou irritada, e o homem do moicano verde a encarou no mesmo instante. Arqueou uma sobrancelha, o rosto respingado de sangue.

_ Ele morreu? _ uma voz trêmula soou no porão, e antes que alguém pudesse responder, o pobre homem nocauteado remexeu-se, virando de bruços e cuspindo sangue no piso de madeira.

Os berros enlouquecidos inundaram o lugar novamente. Alguns resmungavam enquanto davam o dinheiro que haviam apostado, outras gritavam eufóricos por terem acertado na escolha. Levy apenas encarava suas botas.

_ M-me d-desculpe! _ o gordinho fala soando bicas, e quando o homem que estava deitado cospe um aglomerado de sangue junto com alguns dentes, ele se dobra e vomita toda a bebida que havia ingerido aquela noite.

Levy encara a camisa que vestia com a boca entreaberta. A camisa que havia guardado como um bem precioso demais, a camisa que Gajeel havia deixado em sua antiga casa.

_ VAI SE FODER!

O gordinho dá um passo para trás com os olhos arregalados, os braços cruzados em frente a face para se proteger dos golpes raivosos da pequena azulada. O homem do moicano verde acabara de receber seu pagamento quando virou-se e presenciou a cena inusitada. Crispou os lábios, enfiando as notas no bolso do jeans surrado e cruzando os braços tatuados sobre o peito largo.

Rebecca empurrou duas mulheres e finalmente avistou sua colega de quarto _ descabelada, suja de vômito e fora de controle. Todos riam da cena, achavam engraçado uma mulher tão pequena e tão nervosa. Mas Rebecca conhecia Levy o suficiente para saber que não era de seu feitio agir daquela maneira.

_ Levy! _ agarrou um braço da azulada, a puxando para longe_ Levy, vamos embora!

Mas ela relutou. Todos ali estavam bêbados, mas Levy _ que não havia ingerido um copo de cerveja sequer _ estava mais desequilibrada que qualquer um.

_ Ora, vejo que alguém tem potencial pra participar do Circulo.

Rebecca gela no mesmo instante. Engoli em seco, virando-se e encarando o esverdeado de voz inconfundível. Levy para ao ouvi-lo, e a pobre vítima de sua raiva não ponderou ao sair correndo sob risadas maldosas.

_ Vai pro inferno. _ diz entre os dentes, e todos calaram-se estupefatos. Olharam do homem a Levy freneticamente, ansiosos pelo que viria.

Será que ele teria coragem de bater nela?

Será que Levy surtaria novamente e partiria pra cima do "cachorro louco"?

_ Puta merda... _ Rebecca murmurou consigo mesma. Pôs uma mecha do cabelo caramelo atrás da orelha, arriscando uma olhada rápida. Encarou seus sapatos no segundo seguinte, o rosto muito quente.

_ Pra uma garota do seu tamanho, você tem a língua bem comprida, hein _ o esverdeado comenta num tom tranquilo. Sorrir de lado, aproximando-se calmamente.

Os outros perdem o interesse e deixam Levy e o cachorro louco de lado.

_ É só uma camisa _ Rebecca diz como se para reconfortar a azulada. _ Podemos sair pra fazer compras...

Levy a encara, os olhos estranhamente úmidos.

_ Não é só uma camisa, droga. _ retruca ressentida.

_ Então vamos lava-la _ sugeri _ Vai ficar novinha em folha!

_ Ei, não brinquei quando disse que tinha potencial pro Círculo.

A McGarden encara o homem que havia parado ao lado de Rebecca. Trincou o maxilar, continuando como se nunca tivesse o ouvido.

_ Ela é especial... é de alguém que gosto muito.

_ Tenho certeza que ela vai ficar bem _ Rebecca assegura, as orelhas vermelhas pela presença do homem ao seu lado.

Ele virar-se.

_ Vem aqui um instante.

Rebecca fecha os olhos com um suspiro.

_ Não. _ e Levy teve certeza que sua colega de quarto sofria ao dize-lo.

_ Só por um instante... _ insisti mais baixinho. Rebecca abriu os olhos e segurou uma mão de Levy. Virou nos calcanhares e a puxou junto, porém Lohan se colocou em sua frente no segundo seguinte. Ela encarou o peito largo do homem, a garganta dolorosamente seca. _ Nós precisamos conversar.

Rebecca ergueu o olhar muito lentamente.

_ Sai da minha frente.

Nos 8 meses convivendo com Rebecca Lerolan, Levy tinha percebido que havia algo entre ela e o cachorro louco. Todavia, ele nunca havia tentado uma aproximação.

Não em sua presença, pelo menos.

_ Por favor...

Levy franziu a testa, virando-se para encarar sua colega de quarto.

_ Não. _ responde com a voz tremula e insegura. Se desvencilha de Lohan e sai a passos largos, levando a azulada junto. Levy olha para trás e ver o homem parado, olhando-as ir, parecendo desolado.

Era realmente assustador presenciar o cachorro louco desolado.

Ao chegarem no alojamento, Rebecca murmurou algo incompreensível e jogou sua bolsa sobre a cama com uma violência desnecessária. Andou de um lado a outro, falando sozinha. Levy assistia quieta, parada ao lado da porta.

_ Você o ama, não é? _ quebra o silencio.

Rebecca virar-se para encara-la. Abri a boca para responde-la, porém duas batidas a interrompi. Levy virar-se e abri a porta, encarando Lohan com as sobrancelhas quase tocando a raiz dos cabelos.

_ Nós vamos conversar _ diz num tom que não deixava dúvidas de que estava decidido a isso.

Rebecca encara seus sapatos, parecendo ter desistido de relutar.

_ Prometo que não vou bater com seu carro _ a azulada diz pegando as chaves de sua colega de quarto e seu celular.

_ Não precisa! _ se apressa a dizer _ Pode ficar, eu...

Levy cerra os olhos.

_ Rebecca, eu não quero estar aqui quando começarem a tirar as roupas. _ a corta rispidamente. _ Está tudo bem. _ Gira nos calcanhares e bate a porta. Dois segundos depois a abre novamente, pondo apenas o rosto para dentro. _ E usem camisinha.

É claro que Levy estava irritada com sua colega de quarto. Não por ela ter que sair suja de vômito para dar-lhe alguma privacidade, mas sim por Rebecca complicar as coisas. Droga, Lohan estava lá o tempo todo. Estava perto, estava sob seu alcance, e ela simplesmente complicava. Não importava o que diabo aconteceu entre eles, era nítido que se gostavam. Quando Lohan estava no Círculo, ela berrava como louca. Por que ela não parava de lutar contra seus próprios sentimentos? Nem sempre desistir significa ser fraco. Desistir às vezes é um ato de coragem extrema.

_ Que merda... _ Levy murmura dentro do carro, encarando a camisa suja. Aperta os lábios numa linha fina, lembrando do dia que havia guardado-a. Já fazia tanto tempo que Levy tinha de fazer algum esforço para lembrar com clareza do acontecimento. Tirou-a do corpo com violência, deixando-a no banco ao lado. Bateu a cabeça no volante suavemente, inspirando profundamente.

Seu celular toca.

Ela sequer olha a tela ao leva-lo ao ouvido e suspirar antes de dizer...

_ O que você quer essa hora da noite?

Gajeel rir do outro lado.

_ Meu Deus, que humor de merda é esse. _ rir novamente. _ Mas já que pergunta, eu queria você na minha cama, srta. McGarden.

Levy arqueia uma sobrancelha.

_ Deixa a psicopata ouvir isso.

_ E te foder.

_ Ela vai arrancar o seu couro.

_ E fazer você gritar o meu nome.

A azulada abri o porta-luvas.

_ Já está sem blusa? _ ele pergunta quando ela não o responde, num tom que a fez revirar os olhos.

_ Estou, mas não a tirei por sua causa. _ ela fica em silencio, sorrindo enquanto procura por alguma peça de roupa.

_ Não tente me enganar. Você tem o libido de uma velha de 80 anos.

Levy virar-se para procurar nos bancos traseiros.

_ Tem certeza? Vasculhe suas memórias. _ acha um moletom puído. _ Maravilha!

_ Qual o motivo de tanta animação? _ pergunta mal humorado.

A azulada revira os olhos.

_ Achei uma camisinha. _ menti enquanto passa a ligação pro viva voz. Repousa o celular sobre a coxa, vestindo o moletom rapidamente.

_ Você tá audaciosa. _ Levy tinha certeza de que Gajeel estava balançando-se numa cadeira móvel. Podia ouvir as rodas arrastando no piso. _ Se quer me provocar, vai ter que se esforçar bem mais que isso. Gihee.

_ Eu estou suja de vômito. _ põe as pernas para o alto. _ Fui assistir uma luta, e um cara vomitou em cima de mim.

Gajeel rir alto do outro lado.

_ E o que você fez? _ pergunta quando recupera o fôlego.

_ Bate nele. _ responde dando de ombros.

Gajeel recomeça a rir.

_ Minha garota tomboy estar naqueles dias?

_ Vai se foder. _ Levy suspira, olhando para fora da janela. Tudo estava escuro e frio, ao lado ela podia ver um grupo de pessoas bebendo sob uma árvore. _ Era a sua camisa...

Ele não responde de imediato.

_ Como assim minha?

Levy cora até as orelhas.

_ Sabe... aquela que deixou uma vez na minha casa.

_ Eu não lembro... ah, não, espere. Aquela que deixei em sua casa quando fui mostrar o canivete dos Aguria? _ ela não o responde, constrangida demais com o tom incrédulo do homem. _ Então você vestiu uma camisa minha? E depois não quer que eu a chame de tomboy. Gihee.

_ Eu gosto dela. _ diz amuada.

_ Posso te mandar algumas camisas, se quiser. _ ele sugeri.

_ Não. _ se endireita no assento, pondo as pernas sobre o banco.

_ E que tal fotos? _ continua, e Levy revirou os olhos com a malícia palpável.

_ Não.

_ Eu gosto de fotos.

_ Gajeel, eu não quero uma foto do seu...

Três batidas no vidro da janela a corta abruptamente. Levy cerra os olhos, tentando enxergar algo enquanto roda a manivela.

_ Oi! _ uma mulher bêbada fala, segurando-se no beiral da janela _ Nós estamos indo pro The Rock! _ ela aponta para trás, e Levy cerrou um pouco mais os olhos, conseguindo ver o grupo que bebiam sob uma árvore _ Quer vir com a gente?

_ Não. _ responde e sorrir educadamente.

_ Ah, vai ser legal! _ ela insisti, falando alto demais.

_ Valeu, mas eu estou meio cansada...

A outra abri a boca para provavelmente retrucar, porém para. Arregala os olhos verdes, inclinando-se para frente e vomitando.

_ Merda! _ guincha ficando em pé sobre o banco. Sobe o vidro da janela rapidamente, ignorando os pedidos de desculpas da mulher. Ligou o motor e afastou-se dali, xingando-a em quatro línguas diferentes. Por fim estacionou quase do outro lado do campus, e então percebeu que Gajeel gargalhava.

_ Isso foi... isso foi...

_ Que merda! _ desci o vidro das janelas, procurando ar fresco. _ Meu Deus, isso tá fedendo como se tivessem matado alguém aqui dentro.

_ Espere aí... Levy, onde você tá?

_ No carro da Becca.

_ Por que está no carro da Rebecca?

Levy revira os olhos.

_ Porque ela tá com o cachorro louco no quarto.

_ Cachorro louco? _ ecoa como nunca tivesse ouvido o termo.

_ É o apelido do Lohan. _ explica com um suspiro pesado.

_ E quem é Lohan?

_ É um maluco que ganha uma grana arrancando dentes alheios.

_ E ele tá arrancando algum dente da Rebecca?

_ Isso.

Levy sabia que Gajeel sabia que Lohan participava de lutas ilegais, e não que era uma espécie de dentista clandestino. Mas ela gostava de entrar naquele jogo de provocação sem sentido.

_ Levy.

_ O que é?

_ Estou enviando uma foto.

_ Gajeel, eu disse que não... _ ela recebi uma notificação e suspira. Abri a mensagem e ver uma foto de um gato ainda filhote, sobre um lençol branco. _ Você é idiota. _ murmura, mas inevitavelmente rir. _ Tá, admito que essa foi boa.

_ É claro que foi boa. _ ele se gaba. _ Estou pensando ainda num nome. Juvia quer pôr Lily.

Levy pensa por um segundo.

_ É fofo...

_ Isso é nome de fêmea. _ ele retruca.

_ Pantherlily então, vai dá um ar digno. _ sugeri sarcasticamente.

_ É uma boa ideia, até...

_ É claro que é uma boa ideia. _ boceja, olhando a hora. _ Acho que vou voltar, Gaj.

_ Tudo bem, eu vou madrugar lendo uns documentos. _ resmunga _ Deus me dê paciência.

A azulada riu baixo, porém não conseguiu reprimir a sensação de alívio que a tomou ao ouvi-lo. Significava que não dormiria com Sorano aquela noite. Era algo tão bobo. Deveria ser.

Levy resmungou consigo mesma.

_ O que foi? _ Gajeel indaga quando o silencio se prolonga.

_ Nada, só estou irritada comigo mesma.

_ E por quê?

_ Porque eu estou aliviada por não ter que dormir com ela.

Gajeel suspira do outro lado, parecendo de repente muito cansado.

_ Ei... sabe que não faço nada, não é? Eu te contaria se algo acontecesse, sabe disso.

_ Eu sei, mas... mas ainda assim incomoda.

_ Está tudo bem. _ a tranquiliza _ É pra ter ciúmes mesmo, eu sou seu.

Levy abriu a boca e a fechou quando percebeu que não sabia o que responder. Suas palavras a feriram como facas. Mesmo ditas num tom de brincadeira, eram sinceras e ela bem sabia disso.

Engoliu em seco.

_ Droga, eu amo você, idiota... _ fala com a voz engasgada.

_ Também a amo, petit. Não vá me esquecer tão rápido. Sei que vou estar velho quando voltar, mas ainda vou estar funcionando bem.

Levy bufou.

_ Não vai estar velho. Vai ter trinta. _ passa para o banco do motorista, ligando o motor. _ E vai estar lindo.

_ Isso, infle meu ego.

_ E perfeito pra mim. _ suspira. _ Mesmo se tiver com um bronzeado de peru assado, ainda vai estar perfeito.

Quando Levy chegou ao seu quarto, parou diante da porta e mordeu o lábio inferior. Encostou o ouvido rente a madeira, arriscando virar a maçaneta e engolindo em seco quando a porta abriu sem ruídos. A lâmpada estava acesa, e em primeiro momento Levy achou que não havia ninguém no quarto. Então ela adentrou o cômodo com as botas nas mãos e viu que Rebecca estava em sua cama, sob o cobertor, e havia algumas garrafas de bebidas no canto do quarto. Vazias.

_ Becca?

A mulher remexeu-se e virou-se para encarar Levy, sentando-se na cama com o cobertor preso nas axilas. Estava descabelada e soluçando em plenos pulmões.

_ Que merda eu to fazendo da minha vida?! _ ela se perguntou entre os soluços. Levy subiu a pequena escada e jogou-se sobre a cama de Rebecca, abraçando-a.

_ Tá tudo bem _ diz batendo suavemente em suas costas, como faria a uma criança assustada.

_ Não tá n-nada bem! _ retruca afastando-se para limpar o nariz com o dorso da mão _ Não tá nada bem...

Levy passou uma mão pelo rosto, suspirando pesadamente.

_ Vai me contar qual o problema?

Rebecca arriou os ombros.

_ O problema é que estou bêbada pra caralho e não faço sentido nenhum.

A azulada perdi a paciência, encarando sua colega de quarto longamente.

_ Vocês transaram?

A outra nega com a cabeça, recomeçando a chorar.

_ Não... _ funga _ Por que eu sempre estrago tudo?

_ Tenho certeza que amanhã vai estar bem melhor.

Rebecca continua chorando por longos minutos. Levy apenas revirava os olhos, sem paciência alguma para aturar seu estado de embriagues. A morena de repente parou, saltando para fora da cama e correndo para o banheiro apenas de calcinha. Levy a acompanhou com o olhar, suspirando e descendo a escada sem ânimo.

_ Por que você continua bebendo? _ indaga enquanto segura seus cabelos _ Sabe que tem pouca tolerância, Becca.

Rebecca geme em resposta e levantar-se para dá descarga, indo até a pia e lavando o rosto com a água fria da torneira.

_ Nada de bebidas, ouviu? _ diz rispidamente. Cruza os braços, tentando manter sua postura. Um minuto depois suspirou e desistiu, indo ajudar Rebecca a ficar debaixo do chuveiro.

_ Que merda eu to fazendo com a minha vida... _ murmurou novamente sob a água fria, parecendo estar um pouco mais sóbria.

Levy desligou o resgistro e a envolveu numa toalha.

_ Vamos, não é tão ruim quanto parece.

Ao ter certeza que sua colega de quarto havia adormecido, Levy sentou-se na beira de sua cama e encarou seus pés descalços. Suas botas estavam ao lado da porta, sujas de vômito. Seu celular ao seu lado, com a tela acesa mostrando uma foto de Natsumi e Ren McGarden.

Ela levantou-se.

Enquanto lavava a camisa que usou mais cedo na pia do banheiro, seu celular tocou de repente. Levy correu de volta pro quarto, enxugando as mãos no moletom velho que vestia e suspirando de frustração ao ver que era Natsu.

_ Vai dormir. _ murmurou irritada, arrastando-se de volta pro banheiro.

_ Mas aqui são 2 da tarde! _ Natsu exclama com sua voz sempre animada. _ Quer saber da novidade?

_ Diz. _ murmura sem disfarça a desanimo, esfregando a camisa sob a água corrente.

_ Advinha qual é a empresa de cosméticos que mais vende em Fiore?

Levy deixou cair o sabonete. Ficou muda por mais de um minuto, até perceber tardiamente que a torneira estava aberta desnecessariamente.

_ As vendas da RedFox caíram? _ perguntou enquanto fechava a torneira.

_ Eu avisei pro meu pai que o filho da Metalicana ia pôr tudo a perder. Ele nunca me escuta, aquele velho doido.

_ Espere aí! _ arfou apoiando-se na pia _ O Gajeel tá dirigindo a empresa? Tipo, dirigindo sozinho?

Natsu não responde de imediato.

_ Levy, isso já faz 3 meses. _ anuncia com a voz séria _ Metalicana sumiu.

_ Sumiu?! _ repeti esganiçada _ Como assim sumiu?!

_ Calma! Não é como se ela tivesse sido sequestrada ou coisa assim _ se apressa a explicar _ Só sumiu da mídia. Há boates de que tá morando em Mississippi com Eva Stones. De qualquer forma, ela não está mais responsável pela empresa e não tem dado noticias. _ suspirou _ Mas que merda, eu achei que soubesse.

Levy engoliu em seco.

_ Não, eu não sabia...

_ Bem, é melhor o Gajeel se cuidar. O velho não tá pra brincadeira.

A McGarden ficara horas encarando seu celular. Não importava o quanto lembrasse do que Natsu lhe informou, suas palavras pareciam vagas e sem sentido. Nada daquilo fazia sentido algum. Metalicana chutando o balde? Gajeel lhe escondendo uma coisa daquelas? Ela sentia-se muito tentada a ligar para ele e xinga-lo nas quatro línguas que era fluente, porém inevitavelmente  se deu conta de que Gajeel não era mais o homem que conheceu. Tinha compromissos, deveres. Não podia simplesmente ligar às 2 da manhã para xinga-lo.

Suspirou, pondo o celular sob seu travesseiro. Deitou-se de peito para cima, encarando a grade da cama de Rebecca por alguns minutos, pouco iluminada pela luz amarelada de seu abajur. Por fim suspirou  e inclinou-se para apagar o abajur, certa de que teria uma terrível dor de cabeça ao acordar.

Mesmo que tentasse arduamente, em algum momento do dia ela estava pensando em Gajeel e em tudo que vivera ao seu lado. Aquilo era, ao mesmo tempo, motivador e terrivelmente doloroso. Eles haviam prometido que seguiriam em frente, que seriam fortes, mas havia dias que era deveras difícil pra Levy cumprir sua parte da promessa. Ela tentava, realmente tentava, mas ainda assim, mesmo esforçando-se para manter-se sempre ocupada com seus estudos, ainda tentando de todas as formas fechar qualquer resquício de brecha, o vão que Gajeel deixara em sua vida ainda era grande demais, como uma ferida que nunca sara e que sangra todas vezes que você a toca.

 


Notas Finais


Pobre Levy, ímã de gente bêbada kkkkk se preparem que vem drama dos brabos ;w; até o próximo, minna ❤


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