1. Spirit Fanfics >
  2. Impulso >
  3. Se você está bêbado, faça uma tatuagem!

História Impulso - Se você está bêbado, faça uma tatuagem!


Escrita por: Ixteeer

Notas do Autor


Hello, cabritos '^' eu estou com insônia e resolvi que iria postar agora e3e estou exausta e não quis abusar minha beta uma hora dessas e.......e é, eu tenho uma beta agora, gentxi çuç lgkdjslkdfjdkl relevem os possíveis erros e boa leitura!
Obs: eu escrevi 2 versões desse capítulo. Uma boa e uma má. E é, quando vocês lerem, vão saber qual delas eu preferi postar eue <33

Capítulo 23 - Se você está bêbado, faça uma tatuagem!


 

Lauren Natsumi estava no jardim de sua casa. Ria abertamente, entretida numa conversa com Mirajane Strauss e um garotinho loiro que não largava a barra do vestido da mulher. Todavia, o riso evaporou quando o Bel Air estacionou no acostamento.

Ela levanta do banco que Ren McGarden havia construído, a xícara que estava repousada em seu colo espatifando-se no concreto e o café fresco espalhando-se pela grama aparada.

_ Oh, meu Deus! _ ela exclama ao ver a filha saltar do carro com um sorriso enorme. Mas, quando a porta do motorista abre e um homem com um moicano verde também sai do Bel Air, tudo escurece drasticamente e a última coisa que sente antes de desmaiar é sua panturrilha sendo perfurada por pequeninos cacos de porcelana.

Grunhiu, seus sentidos voltando tão repentinamente quanto se foram.

_ Nunca mais faça algo assim, Levy! _ Ren ralhava, e ao abrir os olhos, Natsumi o viu bem em sua frente, sentado numa cadeira. Ele estava com um pire entre as pernas, onde colocava os fragmentos de porcelana que tirava da mulher com auxilio de uma pinça.

_ Eu não tive a intenção, pai! _ a azulada berra de outro cômodo, num misto de preocupação e culpa.

Levy estava no quarto dos pais, tirando uma caixinha de primeiros socorros de dentro da primeira gaveta do armário. Voltou para a sala bem depressa, entregando a caixa para o homem e, finalmente, percebendo que sua mãe estava acordada.

_ Mamãe! _ choramingou praticamente jogando-se sobre a mulher e percebendo tardiamente que fora uma péssima ideia. Afastar-se igualmente rápido, encolhendo-se com o olhar severo de seu pai. _ Mãe... desculpe, mãe.

Natsumi inspira profundamente, encarando a filha com uma sobrancelha arqueada.

_ Como pôde não me avisar?

Levy suspira.

_ Eu queria fazer uma surpresa... _ responde na defensiva.

Ren faz um muxoxo, cobrindo um curativo com um pedaço de esparadrapo.

_ Foi uma surpresa e tanto, azul. Pode ter certeza _ retruca com a voz carregada de ironia.

Levy se assombra. Seu pai sempre fora tímido demais pra tentar ser engraçado.

_ Pai... _ ele revira os olhos, erguendo o canto de seus lábios discretamente. Estava ficando cada vez mais assustador. _ O que houve com ele? _ pergunta dramaticamente, encarando Natsumi com o olhar incrédulo.

Ela suspira, mas sorri.

_ Seu tio Daichi tá passando muito tempo aqui, suspeito que a idiotice seja contagiosa.

Ren termina o último curativo, fechando com esparadrapo e encarando Natsumi como se não tivesse ouvido sua provocação.

_ Nat. _ ele murmura e ela enrijeci imediatamente.

Ren só a chamava assim em momentos de grande probabilidade dela ter um surto, como quando eles começaram a tentar ter um filho e ela finalmente conseguiu engravidar, para logo então ter um aborto espontâneo.

_ Precisa ficar calma, okay?

Ela assenti, o coração já descompassado no peito.

_ Vai buscar ele. _ Ren diz para a filha, que o obedeci em silencio.

Natsumi recorda o motivo de seu desmaio. Afunda no assento fofo do sofá, puxando ar para os pulmões.

_ Vamos! _ a azulada sussurra para o homem sentado em sua cama.

Ele parece entrar em pânico, como se só agora tivesse caído a ficha de que a mulher em sua frente era sua sobrinha e que a mulher na sala era sua irmã _ sua irmã que não via desde seus 11 anos.

_ E-eu não sei o q-que fazer... _ gagueja quando ela o puxa pelo cotovelo.

Cassidy, que estava mexendo numa caixinha de bijuterias que encontrou sobre a penteadeira, virou-se ao ouvi-lo, um olhar de descrença estampado no rosto.

_ Oh... _ Natsumi deixa escapar ao ver sua antiga vizinha surgir.

Na época em que moravam Austin, Texas, Cassidy era uma garota de longos cabelos negros com vestidos cheios de frufru. Era filha de um reverendo e mesmo aos 9 anos, já era grande demais para a idade.

Podia ter se passado muito tempo, mas Natsumi reconheceria aquele olhar prepotente em qualquer lugar.

Lentamente, desvia os olhos do rosto de Cassidy, encarando o homem que ela havia arrastado até a sala.

Esse havia mudado radicalmente.

Tatuagens cobriam seus braços e pescoço, o cabelo, antes loiro como o do pai, estava verde berrante. E o tamanho, claro. Quando o deixou, era apenas um menino franzino, muito menor que Cassidy, sua melhor amiga. Agora estavam da mesma altura.

Natsumi pisca, encarando a filha.

_ Como isso aconteceu? _ questiona secamente.

Levy coça a nuca, procurando por palavras fáceis para explicar a situação rapidamente.

_ Eu também estava no Campus. _ ele murmura, respondendo no lugar da azulada. _ Estava cursando História... _ desvia o olhar para o centro da sala, engolindo em seco. A verdade é que não sabia como proceder. Procrastinou seus plano de "como lidar com a situação" até o momento de ter que lidar.

Natsumi sorri gentilmente. Levanta, apoiando-se no braço do marido, ignorando o leve ardor em suas panturrilhas.

_ Quem diria que puxaria nosso pai. _ ela comenta. _ Jurava que ficaria nanico.

Quando Natsumi abriu os braços e Lohan ficou olhando de um a outro, uma gota de suor brotando em sua têmpora, Cassidy revirou os olhos e empurrou suas costas, impaciente.

Ele virou-se, fulminando-a com o olhar. Mas ao endireitar-se novamente, fora surpreendido pelos braços de Natsumi. Por quase um minuto ficara encarando um jarro repousado no beiral da janela, os olhos saltados para fora das orbitas. Então, lentamente, também retribuiu o abraço, repousando o queixo sobre seus cabelos ruivos.

_ Obrigada, Neitan. _ o aperta um pouco mais, fechando os olhos com um suspiro de alívio. _ Obrigada.

Levy resolveu, depois do almoço com direito a molho de alcachofra e nozes, que iria andar pelo bairro com seu fusca azul. Tomara um longo banho, tirando um vestido azul marinho de dentro da mala e usando-o juntamente com seu coturno _ o que Rebecca dissera que era grosseiro demais para ela. Estava sentindo-se bem. Muito bem. Tinha consciência de que deveria repousar mais alguns dias, pois o resfriado que pegara em Sydney fora realmente terrível, mas ela simplesmente tinha necessidade de sair, de sentar novamente no banco do motorista de seu velho fusca e rever algumas ruas que há muito não via.

Sorriu enquanto ligava o motor do carro. Estranhamente, era motivo de comemoração ele ainda estar vivo. Endireitou o espelho e passou o cinto do segurança.

Àquela altura, sua amiga Lisanna deveria estar subindo pelas paredes. Não, Levy pensou melhor, ela deve estar correndo pelas ruas de Oshibana, especificamente, para o trailer onde Cana mora com os pais. E, ela sorri, as duas irão arquitetar a minha morte. E isso se devia ao fato de que Mirajane Strauss presenciou a volta repentina de Levy e correra rapidinho com o filho, a fim de espalhar a novidade mais rápido que uma epidemia.

Levy saíra de Bosco aos 15 anos, quando sua mãe adoecera muito de repente, forçando-os a vender a casa que moravam e procurarem uma para alugarem em Oshibana, onde as coisas eram mais baratas _ e mais precárias. Ela não via aquelas ruas há muito tempo, era nostálgico reconhecer alguns estabelecimentos _ embora oitenta porcento de Bosco tenha mudado bastante. Estava mais organizada, mais asfaltada, tinha até mesmo alguns raros restaurantes requintados, coisa que em Oshibana restringia-se a bares de esquina, bodegas, mercearias-mercado-banheiro público e, no máximo, um café pequeno e modesto.

Quando Levy eventualmente abriu seu porta-luvas, uma série de coisas caíram no banco ao lado. CDs, presilhas de cabelo, um esmalte fora da validade, pacotes de pipoca. Ela riu animadamente, reconhecendo seu álbum AM, da banda Arctic Monkeys.

Estacionou num acostamento. Abriu um pacote de pipoca, dando de ombros ao olhar a validade e constatar que havia vencido há 2 anos. Ficara olhando cada objeto que havia caído do porta-luvas, apanhando uma bandana preta que costumava usar e arrumando-a sobre a cabeça. Foi encarando-se no espelho enquanto a prendia em meio aos seus cabelos azuis que ela lembrou.

Foi com aquela bandana que Gajeel a prendeu em sua cama.

Sorriu, as bochechas coradas.

Depois do terceiro pacote de pipoca, Levy resolveu que iria comprar pipocas decentes. Saíra do carro, o dinheiro enrolado numa mão enquanto a outra segurava o pacote de pipoca murcha. Ao virar a esquina, parou diante de um semáforo, uma pequena loja de doces do outro lado da rua. O semáforo finalmente fica vermelho, e Levy caminha sobre a faixa de pedestre com os olhos presos na loja de doces, se perguntando de quantos modos seu pai iria mata-la se soubesse o que estava fazendo.

Então um Porshe branco surgiu, saindo da rua contrária a qual Levy estacionara o carro, rugindo alto com o motor potente e freando com um ruído de furar os tímpanos. O carro estava sem o capô e Levy viu, com um assombro que a fez esquecer de respirar por vários segundos, Sorano com um celular junto do ouvido e a outra mão no volante. Sorano também a viu e deixou seu celular cair, pisando no acelerador e fazendo o motor rugir novamente.

A azulada engatinhou na pista, havia caído com o susto do quase atropelamento. Correra, olhando para trás e vendo Sorano a seguir pela avenida. Enfiou-se numa loja de roupas e saiu do outro lado, em uma outra rua.

Qual foi sua surpresa quando o Porshe surgiu na esquina, aproximando-se com um ruído ensurdecedor.

Levy sabia que era uma ideia idiota, mas correu mesmo assim para o outro lado da rua. Sentiu o carro passar voando atrás de si, por pouco não a atropelando. Correra e entrara numa rua ladeirada, virando num beco e, segundos depois, vendo o Porshe branco passar direto, virando na esquina e sumindo de vista.

Sorano fora rápida o suficiente para ver azulada entrar naquela rua, mas não para vê-la enfiando-se no beco.

Levy dá alguns passos para trás, o coração palpitando dolorosamente.

E então ela se choca com algo; um tórax. Arfa, tendo certeza de que se precisasse correr de algum bêbado, estava ferrada. Não tinha forças para correr mais, as pernas estavam trêmulas e seu peito queimava.

_ Por favor... não faça nada comigo. _ murmura secamente, embora soubesse que um bêbado enfiado num beco escuro não iria acatar seu pedido.

Mas Levy estava com sorte, porque não se tratava de um bêbado.

Se tratava de Gajeel RedFox.

Gajeel continuou imóvel. Mesmo que Levy estivesse bem junto de seu corpo, que sentisse sua pele úmida de suor, ainda assim, parecia surreal. Um sonho. Mas ele recordou de Sorano o seguindo como uma louca, e isso com certeza não era nada parecido com um sonho.

Lentamente, faz menção de tocar o ombro da mulher, piscando quando sentiu a pele quente e macia sob as mãos. Virou-a, começando a arfar. Ela estava com os olhos saltados, parecendo paralisada. Gajeel ver seu rosto perder a cor drasticamente e Levy senti os joelhos cederem, mas ele a apanha antes que caísse.

Gajeel estava muito atordoado em vê-la. E agora preocupado. Atordoado e preocupado.

_ Levy...

Ela arfa, envolvendo o pescoço do homem com seus braços finos e apoiando-se no mesmo.

_ Gajeel...

Gajeel não entendia. Agora estava atordoado, preocupado e confuso. Não sabia ao certo quando Levy estaria de volta, mas tinha certeza de que ela certamente o odiava. Tanto por suas palavras duras e injustas, quanto pelo seu silencio que pendurou por meses.

  Preparara um discurso de desculpas para quando ela finalmente estivesse em Fiore, mas agora ele não lembrava de nada que havia planejado tão cuidadosamente, e sentiu-se idiota.

Atordoado, preocupado, confuso e idiota.

_ Acha que é seguro sair agora? _ ela pergunta, e então ele lembra novamente de Sorano.

A mulher havia dito que se ele ousasse faltar a entrevista que ele teria às 3 da tarde, ela iria persegui-lo com o Porshe e iria atropela-lo. Não o suficiente para mata-lo, mas pra com certeza quebrar uma perna.

Ou as duas.

_ Não. _ admite e então a ergue nos braços. _ Mas acho que estou precisando mesmo malhar um pouco. Gihiee.

Levy guiou Gajeel até onde estava seu carro. Quando ele finalmente adentrou a rua, avistou o fusca azul em frente uma livraria que estava fechada. A pôs no chão para que tirasse as chaves do único bolso do vestido que usava _ que aliás, Gajeel não parara de observar o quanto ele realçava a curva de sua cintura.

Ela entrou e sentou-se junto da outra porta, Gajeel a seguiu em seguida, fechando a porta com um baque surdo.

Ele a encarou. A claridade ali, no banco de passageiro, era um pouco precária, mas ele conseguia vê-la perfeitamente.

Conseguia ver seus olhos úmidos e os lábios apertados em uma linha tensa, conseguia ver o cabelo azul naquele corte que ela mencionara numa carta. E conseguiu ver que Levy respirava cada vez mais rápido, como se nunca tivesse ar suficiente.

E então ela o puxou pela nuca e o beijou. Gajeel permanecera imóvel por vários segundos até a afastar pelos ombros, conhecendo-a o suficiente para saber o que ela pretendia com aquele beijo.

_ Levy...

Ela o encara. Depois desce o olhar para as mãos que seguravam seus ombros, apertando novamente os lábios.

Gajeel soube, ao assistir sua mudança de comportamento, que ela lhe entendeu errado.

_ Saia. _ murmurou com o olhar baixo, de repente sentindo-se muito frustrada.

_ Não.

_ Tá tudo bem, só... _ ela engole em seco, tentando não chorar pateticamente. _ Só saia, Gajeel.

O RedFox desci as mãos que estavam repousadas no ombro magro da azulada, pairando sobre seus seios.

_ Não é porque não quero _ trata de se explicar _ Só que você estava realmente mal, nem mesmo se sustentando de pé...

Mas Levy não o ouviu. Estava com os olhos fixos nas mãos que cobriam seus seios, toda a frustração dando lugar ao desejo. Então ela repentinamente levou as próprias mãos para entre as pernas do homem, e ele corou.

Levy piscou um par de vezes, aturdida.

Gajeel havia corado?

_ Levy... _ tenta soar duro, mas seu sussurro saiu como uma súplica. Ela o apertou e ele gemeu baixo. Podia sentir os mamilos ficarem rijos sob sua palma e ele não conseguiu reprimir o ímpeto de apertar os seios da azulada.

Ela sorrir calorosamente, percebendo que não havia mais discussão. Sentou-se sobre seu colo, beijando-o apaixonadamente. Dessa vez ele retribuiu, apertando suas nádegas e suas coxas.

Levy levou as mãos aos ombros, descendo as alças finas de seu vestido. O deixou cair frouxamente, despindo metade do corpo.

Gajeel afastou-se para encara-la, respirando com dificuldade. Levy havia ganhado algumas sardas entre os seios, graças aos verões intensos de Sydney. Gajeel quis beijar cada uma delas. Queria apreciar Levy sem pressa, mas seu desejo estava urgente demais para que ele suportasse mais tempo.

Ela deitou-se no banco, livrando-se da calcinha e do coturno. Tinha consciência de que estava no meio da rua, com Sorano voando num Porshe por aí, caçando-a. E isso estranhamente a instigava mais.

Gajeel desafivela o cinto, baixando as calças e libertando o membro excitado. Não faz menção de pedir permissão a Levy quando afasta suas pernas, mas ela a concede mesmo assim, repousando as mãos sobre as dele, incentivando-o.

Eles gemem em uníssono, e Gajeel dá continuidade aos movimentos. Eles se encaravam. As orbes cor de âmbar perfurando as castanhas avermelhadas, até que Levy não conseguira mais manter os olhos bem abertos e Gajeel a sentiu aperta-lo tensamente.

Ela inclinou-se para trás, gemendo mais alto. Suas mãos se ocupavam com os braços do homem, ora arranhando-o, ora acariciado-o.

Ele percorre suas costas com as mãos, erguendo-a do banco e a recostando junto à porta. Quando adentrou seu corpo novamente, Levy recomeçou a gemer, mais alto, e ele soube que o fim estava bem próximo. Para ambos.

Ele segurou seu queixo, encarando-a no momento em que seu corpo enrijecia completamente e suas paredes internas o apertavam num espasmo involuntário. Em seguida, se dobra para repousar a cabeça entre seus seios, chegando em seu próprio ápice com uma última estocada mais forte que as demais.

Gajeel podia permanecer ali o resto do dia e estaria satisfeito. Mas tinha consciência de que estava pondo seu peso sobre Levy, e afastou-se de má vontade, fitando-a.

A azulada não parecia nenhum pouco a mulher exaurida e doente que Gajeel encontrou naquele beco. Sua pele estava num tom rosado adorável, os cabelos revoltos e a franja colada a testa úmida de suor. Ele amava vê-la daquele modo, amava como Levy ficava depois de fazerem amor.

_ Senti tanto a sua falta. _ Gajeel fala, beliscando um mamilo ainda rijo e sensível. Levy gemeu baixinho, e mesmo não sabendo bem se ele falava com ela ou com seus seios, lhe respondeu docemente:

_ Também senti. Muito, todos os dias...

Ele ergui o olhar, sentindo-se quente por dentro. Quente de um jeito bom, de um modo que só Levy conseguia o fazer.

_ Eu nunca quis te magoar, pequena... _ cola sua testa a dela, encarando os olhos que tanta amava de perto. _ Nunca.

Levy leva as mãos aos ombros de Gajeel, acariciando-o.

_ Tudo bem, Gaj. _ o tranquiliza. Mas Gajeel estava disposto a falar tudo o que pretendia, e apressou-se a continuar.

_ Eu sei que falei coisas cruéis pra você, e eu nunca vou me perdoar por isso, e tudo bem se ficou com outro na Austrália, você estava sozinha e eu estava tornando tudo cada vez mais difícil pra nós.

_ Eu não fiquei com ninguém _ ela diz com um suspiro _ Eu sair com alguns caras, mas foram todos um fiasco. E o último pareceu que ia dá certo... _ Gajeel segura o queixo delicado da mulher, impedindo-a de baixar a cabeça. Queria que prosseguisse. 

_ E então? _ incentiva.

_ Ele lembrava você. _ umedeci os lábios, encarando-o. _ Só que não era você, e eu precisava de você.

_ Eu também precisava de você. _ sua voz soa mais melancólica do que pretendia. Ele não se importa. Queria dizer tudo o que tinha planejado. Estava ansioso e aturdido demais com Levy finalmente de volta, finalmente em sua frente, ao alcance de suas mãos. Queria tê-la outra vez, dessa vez pra sempre _ Tudo era uma porcaria. É o que acontece quando você não está. Tudo vira uma bela porcaria. Um porre. E tinha os malditos repórteres, e as malditas emissoras distorcendo minhas palavras, e aí Jellal foi embora e depois minha mãe... _ ele engole em seco antes de continuar, percebendo que sua voz estava cada vez mais atribulada. _ Eu tinha apenas Erik e você, e aquela... _ ele respira fundo, recomeçando com mais calma. _ A Sorano armou pra mim e fez ele acreditar que eu havia abusado da Nana, mas eu não fiz nada!

Levy abre a boca para falar algo, mas torna a fecha-la ao perceber que ele não havia acabado.

_ E ela sequer pôde me defender, porque havia sido drogada e não lembrava de porra nenhuma. E aí as malditas emissoras começaram a brigar entre si para terem uma oportunidade de me dar voz. _ ele ri secamente, Levy senti seu coração trincar. _ Me dar voz. Que ironia. Eles foram uns filhos da puta, fizeram perguntas apelativas e sensacionalistas, e quando mandei todos se foderem, eu fodi tudo. E aí começou a surgir mulheres dizendo que também tinham sido abusadas, e eu juro, eu nunca tinha visto nenhuma delas. E ninguém acreditava em mim, e esses malditos do jornal nacional adoravam dar voz a elas. E aí, quando elas começaram a aparecer nos internacionais também, as vendas caíram muito. Drasticamente. E eu só tinha você, e eu fui lá e fui um babaca com você...

Levy endireita-se no banco, segurando o rosto de Gajeel com suas duas mãos.

_ Eu amo você, Gaj. _ diz olhando em seus olhos, o polegar fazendo círculos em suas bochechas. _ E eu espero que meu amor seja o suficiente para conforta-lo.

Gajeel a puxa para junto do peito, acariciando as costas nuas da azulada.

Era tranquilizante sentir aquele cheiro doce depois de tanto tempo. O cheiro único de Levy. Ele sentia vontade de aspira-lo, e o fez, respirando profundamente em seus cabelos.

_ É mais que suficiente, petit _ responde extasiado e satisfeito, afastando-a para beija-la. Ela puxa sua camisa para cima, bagunçando ainda mais os cabelos longos do homem ao passa-la por sua cabeça.

Foi então que Levy viu que Gajeel agora tinha uma tatuagem no tórax. Uma fada minúscula, de cabelos azuis, sentada numa pilha de livros e com óculos de armação vermelha.

_ Quando fez? A tatuagem? _ indaga tocando-a, num misto de surpresa e incredulidade.

_ Uns 3 meses atrás. _ Gajeel responde um pouco constrangido.

_ Você é louco. _ ela diz simplesmente, puxando-o pela nuca a fim de voltar a beija-lo. Gajeel a retribuiu de bom grado, satisfeito em não ter que falar sobre sua tatuagem. Estava bêbado quando a fez, dizia que queria uma "nanica de cabelos azuis, devoradora de livros", e o tatuador desenhara a fada leitora. E pior, Gajeel não arrependeu-se quando acordou no dia seguinte com o tórax ardendo e nem quando Juvia bateu com um balde em sua cabeça, logo quando também viu o que homem trouxera de sua noite de bebedeira.

De algum modo, a tatuagem o fazia se sentir perto de sua pequena azulada. O fazia se sentir menos sozinho. E era constrangedor admitir isso até para si mesmo.

_ Acha que ela desistiu? _ Levy pergunta quando Gajeel deixa seus lábios e investe em seu pescoço, mordendo e beijando a pele delicada.

Ele ri, descendo um pouco mais. Para diante dos seios, erguendo o olhar e encarando Levy.

_ Provavelmente. _ acaricia os seios, apalpando-os e lambendo os mamilos pincelados entre seus dedos.

E então Sorano já não era tão importante. E nem o dinheiro que deixou cair quando achara que iria ser atropelada, ou os vidros fechados do carro, deixando-a sem o ar fresco que precisava. Tudo perdera a importância, tornara-se pequeno diante de seu desejo.

Gajeel tinha esse efeito sobre ela; fazer seus dilemas parecerem idiotas.

Levy gostava disso, de não dar bola pros seus dilemas.

E foi quando Gajeel sentiu a umidade de Levy novamente, que ele se deu conta do quão falha era as certezas que ele costumava ter.

Tinha receio de conhecer Levy daquela forma, de Levy perder seu encanto e todos os sentimentos que nutriam um pelo outro virar uma bela porcaria. No entanto, quando finalmente conheceu o corpo de Levy, da forma mais íntima que alguém poderia conhecer, ele a quis mais. Ele tornou-se ambicioso,  sempre querendo mais da azulada, nunca satisfeito, nunca tendo o suficiente de sua pequena fada devoradora de livros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


É, eu postei a boa çuç porque se eu postasse a que eles não se entendem e tudo dá errado, não teria hentai, e eu estava com saudades de postar hentai ¬u¬' o que vocês acharam do reencontro? opinem, please ;w; <33


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...