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História Impulso - O último telefonema


Escrita por: Ixteeer

Notas do Autor


Oi, cabritos '^' esse capítulo era para ser postado mais cedo. "Mas o que foi que aconteceu, Tia?" a energia tá caindo desde às duas da tarde :c bastava eu ligar o computador que ela caia novamente. Perdoem eventuais erros, o capítulo não foi betado por motivos de "eu preciso atualizar essa porra e essa droga vai desligar antes que minha beta consiga revisar", pois é :c
Boa leitura e perdoem esse título bosta ;w; <33

Capítulo 26 - O último telefonema


 

Levy compareceu a empresa que havia lhe telefonado no dia anterior. Vestia calça social, blazer feminino sobre uma regata branca e scarpin preto _ graças as compras que fizera com suas amigas anos atrás, Levy tinha roupas dignas para a ocasião.

Subiu o elevador do prédio de dez andares, a pasta que trouxera de casa junto ao peito. Bate à porta da direção, onde uma placa reluzia um pouco acima de suas vistas.

Era um homem.

A azulada troca o peso de uma perna para outra, de repente nervosa com a possibilidade de receber alguma proposta indecente. Ela ouve a porta ser destrancada e fica perfeitamente ereta, apertando a pasta vermelha de forma tensa.

_ Senhor... _ ela desvia o olhar para a plaquinha prateada, procurando por seu nome.

_Midnight. _ ele a atalhou. _ Entre, McGarden.

Levy passou para dentro sem falar mais nada. Sentou-se na cadeira em frente a mesa de Midnight, abrindo a pasta em seu colo.

Midnight sequer havia lido os dois capítulos que Levy enviara para a pequena editora de seu pai. Havia reconhecido-a em sua foto de perfil de endereço de email. Ela, a nanica mal educada do transito.

_ Trouxe mais quatro capítulos. _ a azulada diz de forma profissional. _ Tenho até décimo pronto, pretendo finalizar antes do vigésimo.

Midnight sorri por Levy não recordar dele. Era uma situação muito interessante...

_ São 11h40. _ diz checando o relógio de pulso. _ Que tal almoçarmos no restaurante aqui em frente? Podemos conversar melhor sobre sua história. _ sorri, esperando a resposta. Levy engole em seco. Encara a pasta aberta em seu colo, depois novamente Midnight, claramente em meio a um dilema. _ Vamos lá, não é como se eu fosse sugerir que fôssemos a um motel depois do almoço. _ acrescenta a fim de convence-la mais facilmente.

_ Okay. _ finalmente o responde, fechando a pasta com o olhar fixo no de Midnight, cerrado e transparecendo sua falta de confiança nele. _ Mas é bom que saiba que é apenas um almoço profissional.

_ Sim senhora. _ ele bate continência a fim de fazer graça, mas Levy não esboça nem um sorrisinho de canto.

 

[...]

 

_ Huuum... _ Midnight murmura, fingindo interesse enquanto lê o projeto que Levy trouxera. Apesar de reconhecer uma interessante forma de escrita que, uma vez lapidada e trabalhada, iria torna-se realmente brilhante, Midnight não havia lido os dois capítulos anteriores, o que o deixava perdido na história de ficção fantástica.

Levy arqueou as sobrancelhas, querendo bem mais que aquilo como resposta. Ela não não fora cursa sua faculdade em Sydney pra ouvir um "huuuum" como resposta.

_ Então? _ o pressiona com impaciência, as pernas cruzadas sob a mesa, o pé inquieto transparecendo seu estado de espírito.

Midnight põe os papéis sobre a mesa cuidadosamente, erguendo o olhar para Levy com uma lentidão irritante _ ao menos para a azulada.

Ele sorri. Ela cerra os olhos.

_ Você escreve muito bem. _ elogia educadamente. _ Isso é uma dádiva que poucos nascem agraciados.

Levy faz um muxoxo, parecendo ter se irritado com o comentário do outro.

_ Uma dádiva? _ ecoa inflamada. _ Eu fiz quatro anos de faculdade! Não me diga que é uma dádiva! Se eu escrevo bem, é porque eu me esforcei pra caramba e fiz por onde! _ ela engole em seco, olhando em volta. O restaurante estava cheio e Levy havia levantado de sua cadeira para vociferar na cara de Midnight, que estava sentado a sua frente. Volta para o seu canto, corando e baixando o olhar pelo pequeno show que dera.

Alguns homens riam, deduzindo que eram um casal e que Midnight iria apanhar a qualquer momento. Era engraçado ver uma mulher tão pequena e tão brava.

_ Desculpe, senhorita. _ Midnight tosse, se remexendo no assento. _ Acho que me equivoquei.

Levy ergue o olhar do colo, cerrando os orbes castanhos. Midnight achava muito bonita aquela coloração castanha esverdeada, era intensa como a própria Levy. Como se a natureza tivesse caprichado nos mínimos detalhes daquele rosto tão modesto e tão único em sua simplicidade.

_ Obrigada por ter me feito perder tempo. _ murmura juntando os papéis e os guardando de volta na pasta, já muito irritada com aquele idiota que se dizia diretor. Quem diabo elegeu aquele homem ao cargo? Decerto que era outro asno.

Midnight segura suas mãos suavemente, encarando-a. Levy trinca os dentes, puxando-as de volta e xingando-o quando ele a apertou um pouco mais.

_ Me largue, seu imbecil!

_ Você fica realmente interessante desse ângulo. _ Midnight diz, fitando o busto da mulher com um sorriso lascivo. Se Levy estivesse com as mãos livres ia tirar aquele sorrisinho dali com um soco, mesmo que demitisse algum dedo por não saber socar.

_ Me largue. _ pede entre os dentes, tentando parar de chamar tanta atenção. Será que ninguém percebia que aquele idiota estava forçando-a a algo que não queria? Ou estavam percebendo e achando a coisa mais natural do mundo?

_ Largue a moça. _ Deus seja louvado, alguém finalmente interveio em favor da azulada.

Mesmo de costas para o dono da voz, Levy a reconheceu vagamente, mas não conseguiu identificar de quem se tratava.

Midnight soltou Levy lentamente, com ar de tédio. Levantou-se e saiu como se nada tivesse acontecido, lançando um olhar a Levy antes de ir. Ela fechou as mãos em punhos, aquele maldito ainda ousava lhe olhar daquele jeito pervertido!

Ela virou-se a fim de ver quem era o homem que fizera a gentileza de livra-la daquele mala, a boca se entreabrindo ao reconhecer Erik.

Erik, namorado de Kinana e ex-melhor amigo de Gajeel.

_ Levy? _ o homem vinca a testa, parecendo tão surpreso quanto a azulada. Também não havia a reconhecido até então. _ Não sabia que estava em Fiore novamente...

Ela se recompõe. Aperta a pasta contra o peito, sorrindo nervosamente. Estende uma mão para Erik, que a aperta de imediato e coça a nuca em seguida, visivelmente desconfortável com a situação. Começam a andar para fora de restaurante _ que Midnight não pedira nada, deixando claro quais eram suas reais intenções desde o início.

_ Levy. _ ela se vira para encara-lo. Haviam tomado destinos opostos ao saírem do estabelecimento sem falarem mais nada. Erik troca o peso de uma perna para outra, visivelmente inquieto. _ Tome cuidado.

Ela o observa seguir seu caminho com uma ruga entre as sobrancelhas. Não sabia se Erik referia-se a violência urbana ou a outra coisa. Aquilo soou como uma mensagem subliminar ou algo do gênero. Levy pensou imediatamente em Sorano.

_ Gaj? _  Levy encarou o semáforo, esperando pacientemente junto com algumas colegiais e um casal de idosos.

_ Oi, baixinha. _ a azulada ouve Gajeel se arrastar em sua cadeira móvel. _ Algum problema?

_ Nenhum. _ revira aos olhos ao lembrar de Midnight. _ Bem, o lance da editora foi uma furada...

_ O que rolou?

_ O diretor é um panaca, foi o que rolou. _ revira os olhos novamente. _ Fico possessa só de lembrar o que aquele fodido fez. _ uma adolescente a encara, sorrindo de seu linguajar. Levy devolve o sorriso um pouco envergonhada, baixando o olhar pro brasão da Fairy Tail que reluzia em seu casaco.

_ Ele te secou? _ Gajeel supõe em tom de riso, mas Levy o conhecia o suficiente para saber que havia levado a história a sério.

_ É, ele me secou. _ Levy confirma com um suspiro. O sinal abre, Levy segue em frente. _ Me pediu para almoçar com ele...

_ Almoçar? _ o homem a corta, dessa vez sem disfarçar sua irritação. Gajeel não tinha a mais remota ideia de quem era o tal diretor da editora, mas já queria fazê-lo de saco de pancadas.

_ Foco, Gaj. _ Levy passa em frente uma livraria, parando por um momento. Pensa em entrar para checar as novidades, porém crispa os lábios e continua seu caminho. A colegial da Fairy Tail seguia ao seu lado, apertando as alças da mochila distraidamente. _ Chegamos no restaurante e ele não pediu porra nenhuma, só queria comer meu juízo mesmo. _ Gajeel rosna em resposta, sabendo muito bem que o outro queria comer bem mais que o juízo de Levy. _ E quando eu catei minhas coisas pra ir embora, ele tentou me impedir. _ continua, quase atropelando-se nas palavras. Queria pular logo essa parte da história. _ E um cara botou ele no lugar dele. _ pausa por alguns segundos, inspirando antes de prosseguir. _ Era o Erik.

_ O Erik? _ Gajeel ecoa exasperado. _ Tem certeza?

_ Claro, eu falei com ele. _ vira uma esquina, entrando em uma rua estreita e reservada. A colegial tira um molho de chaves de um bolso da mochila. _ Ele pareceu meio...

_ O quê? _ Gajeel a incentiva a prosseguir, impaciente. Levy franze a testa.

_ Não sei, ele tá estranho... _ chacoalha a cabeça, suspirando. _ Vocês voltaram a se falar desde... desde a confusão?

_ Não. Erik não quer papo comigo porque acha que abusei da Kinana. Qualquer um acharia isso dadas as circunstâncias. Me admira que ele tenha te ajudado. 

_ Ele não me reconheceu de imediato... _ Levy admite em voz baixa, encarando seus próprios pés. A colegial para em frente uma residência de dois andares, sorrindo um última vez para Levy. Ela retribui. _ E eu não acho isso, Gaj. Acredito em você, sabe disso. _ o homem retrucou algo, porém Levy não o ouvira.

Um conversível preto entrou na rua cantando pneus, fazendo a azulada deixar o celular aqui, desorientada. Ele estaciona bem ao seu lado, freando com um ruído de furar os tímpanos. A porta do passageiro é aberta e um par de mãos enluvadas puxam Levy para dentro.

A colegial deixa o molho de chaves cair, trêmula dos pés a cabeça enquanto assiste o carro virar a esquina e seguir seu destino.


Notas Finais


Senhor_Dragneel, não coloque fogo na minha casa ;w;


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