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História Impulso - Encrencada


Escrita por: Ixteeer

Notas do Autor


Hello! Como prometido, voltei rapidinho u3u
Relevem eventuais erros e boa leitura!

Capítulo 28 - Encrencada


 

Independente de quem for a linda azulada que atualmente mora com o caçula Fullbuster, essa humilde colunista dá total apoio ao relacionamento!

Eu, e provavelmente toda a Crocus, apenas temos uma simples pergunta para você, azulada misteriosa: qual a receita para transformar um bronco incorrigível em um homem atencioso?

 

STAR WOMAN, Diário oficial de Crocus,

14 de Abril, 2023

 

Gajeel atravessou a multidão de repórteres a passos largos. Resistiu ao ímpeto de socar um rapaz mais atrevido que enfiara um microfone em sua face, descendo os poucos degraus do hall do prédio e enfim chegando ao seu carro _ um Jipe verde militar estacionando do outro lado da rua.

Quando virou a esquina, inspirou profundamente e ligou o rádio automotivo.

Não parava de pensar em Levy. Em como ela revirava os olhos, na forma que seus lábios se moviam enquanto ela lhe xingava e de seus olhos caramelo o fitando daquele modo cúmplice e carinhoso. Ele precisava de Levy. Nada fazia sentido sem ela. Precisava encontra-la, ter certeza de que estava bem, que estava viva.

Naquele momento, marcando dois dias que a azulada sumira depois de uma entrevista de emprego, Gajeel apenas pensava em encontra-la logo, e pras favas a empresa, os repórteres e o que os outros diriam dele.

Ele estava odiando sua mãe por ter sumido no mundo. Ele precisava dela, agora mais do que nunca, e ela não estava em lugar algum.

Ao entrar na delegacia, Gajeel esbarrou em Midgth, encarando-o até que ele saísse de seu caminho. O homem estava sendo interrogado desde que a menina Chelia Blendy ligara para a polícia, noticiando o que havia presenciado.

Gajeel sentou-se em um banco estofado do corredor, ignorando o velho que falava ao telefone sentado no banco ao lado. Encarou seu coturno, os ombros tensionados de estresse. Quando ouvira a voz inconfundível de Juvia, sequer ergueu a cabeça para respondê-la.

_ Eu acabei de saber! _ ela vinha dizendo, aos berros, chamando atenção de quem estivesse perambulando pelo corredor. _ Wendy me avisou só agora! _ para diante dele, o peito subindo e descendo constantemente.

Havia, literalmente, corrido de casa até ali.

Primeiro, ela pensou em perguntar se ele estava bem. Mas aquela era uma pergunta retórica, para não dizer imbecil. É claro que Gajeel não estava.

Ninguém estava.

Os pais, os tios, os amigos, os ex-professores de Levy, todos estavam em apuros, tentando entender o que havia acontecido com a azulada. E ainda tinha o sumiço de Sorano, o que dividia opiniões.

Gajeel estava no grupo que acreditava piamente que ela estava por trás do sequestro de Levy.

_ Juvia sente tanto... _ a mulher balbuciou aos soluços, sentindo-se impotente. O velho levantou do assento, afastando-se sem parar de xingar ao telefone. Juvia sentou-se no lugar agora vago, apertando os ombros de Gajeel como se para conforta-lo um pouco. O homem apoiou o queixo sobre sua cabeça, suspirando cansado.

Ficaram os dois encarando o chão, sem falarem nada até que uma voz masculina ecoou, agressiva e intimidadora.

_ É melhor você me soltar! _ Erik ameaçava o policial que insistia em leva-lo para a sala do delegado segurando-o pelo braço, como se ele fosse fugir na primeira oportunidade que tivesse. _ Eu estou indo dá depoimento numa boa!

O policial o largou em frente a sala, em frente Gajeel e Juvia, e Erik sacudiu o braço dormente com um sorriso nada amistoso, encarando o velho amigo por um segundo antes de abrir e fechar a porta do delegado com um baque surdo.

_ Ele parece bem irritado. _ Juvia comentou com um suspiro de exaustão, o cabelo ainda úmido do banho. _ Por que será que foi coagido a dá depoimento? Ele conhecia Levy?

Gajeel se remexeu, afastando-se para encara-la.

_ Ele a viu um pouco antes de acontecer. Levy estava falando comigo pelo telefone... ela chegou a contar isso. Que havia o visto.

Juvia apertou os lábios, refletindo sobre a informação. Tentava juntar as peças, mas tudo parecia uma terrível coincidência.

_ Você vai dá depoimento? _ questionou insegura, a testa vincada de preocupação. Gajeel assentiu, fazendo-a engolir em seco. Ela virou-se para frente, encarando a porta da sala. _ Se fazer isso, todas as suspeitas vão cair sobre você... vão dizer que se trata de um crime passional, que você está tentando... _ inspirou, não conseguindo terminar a frase.

_ Sumir com minha amante? _ Gajeel riu sem humor, chacoalhando a cabeça negativamente. _ Eu não me importo, Juvs. Eu quero ajudar de alguma forma...

A azulada assentiu lentamente.

_ Você sabe que o Jason tá pegando muito no seu pé. _ comentou com cautela, talvez temendo um repentino ataque de nervos vindo de Gajeel. Mas ele apenas continuou em silencio, encarando a porta da sala assim como ela. _ E ele já publicou algo sobre o desaparecimento de Sorano... sobre Yukino ser vista desorientada pelas ruas, procurando pela irmã, e você não estar dando a mínima sobre o assunto. Se o desaparecimento de Levy cair nos ouvidos da mídia, com você envolvido nele, é claro que ele vai ligar os dois desaparecimentos e não vai poupar comentários sensacionalista...

_ Eu não me importo. _ Gajeel repetiu dando de ombros.

_ A empresa...

_ A empresa que se foda. _ a cortou, falando entre os dentes.

Inspirou, massageando a têmpora.

Juvia o encarou longamente. Depois de alguns minutos, bateu suavemente em seu joelho e assentiu, ganhando um ar mais duro.

_ A empresa que se foda. _ concordou.

Erik abriu a porta da sala, saindo com ar distante. Fechou a porta e virou-se lentamente, encarando Gajeel.

O Redfox se remexeu. Parecia que Erik decidia algo. Seja o que fosse, ele pareceu ter se decidido quando endireitou os ombros e assentiu consigo mesmo.

Juvia olhou de um a outro, confusa e apreensiva.

_ Precisamos conversar. _ murmurou baixo, porém firme em sua decisão.

 

•  •  •

 

Levy não olhou para trás, não parou em nenhum momento ou ponderou sobre estar sendo seguida por Lacarde e aqueles homens armados. Apenas seguiu em frente, mantendo uma velocidade razoável a fim de não chamar atenção.

Contudo, ela se viu obrigada a parar quando alguns guardas de trânsito acenaram para que estacionasse. Engoliu em seco, mas obedeceu. Os vidros estavam fechados e quando um guarda bateu à porta do motorista duas vezes e Levy a abriu, ele arqueou as sobrancelhas, medindo-a dos pés a cabeça.

Concluiu rapidamente que a azulada era jovem demais, provavelmente menor de idade, e que, levando em consideração o seu estado, devia estar fugindo de casa ou fazendo qualquer outra besteira adolescente.

_ Por acaso isso é do seu pai, mocinha? _ questionou-a com ar de riso, tirando um bloco do bolso. _ Que surpresa você vai dar pro seu velho. _ destampou uma caneta, encarando-a cínico. _ Nome?

Levy bufou, irritada.

_ Levy McGarden. _ o homem anotou murmurando algo, ainda rindo de uma garota daquele tamanho dirigindo um caminhão daquele porte.

_ De quem é esse caminhão?

_ Meu. _ mentiu nervosamente, a ponta dos dedos suando.

Ele ergueu o olhar do bloquinho, encarando-a com os olhos cerrados. Virou-se e assobiou, chamando atenção de outro guarda que discutia com um motoqueiro bêbado.

_ Fique aí! _ o outro guarda disse para o bêbado, afastando-se com os olhos fixos nele. Lentamente, se voltou para o colega de trabalho, questionando-o em silêncio.

_ A mocinha aqui diz que o caminhão é dela. _ riu, chacoalhando a cabeça divertido. _ Averigue.

O outro olhou para trás, cerrando os olhos para o motoqueiro. Puxou um celular do bolso, dando a volta no caminhão e parando de frente à placa, na dianteira do veículo. Levy suava bicas sob o olhar do guarda, esperando longos minutos angustiantes.

O outro aproximou-se novamente. Parou ao lado da azulada, encarando-a lívido. Desviou o olhar para o seu colega, umedecendo os lábios secos.

_ Esse caminhão tem uma queixa de roubo em Freesia. _ anunciou com assombro, como se duvidasse do que seu aplicativo afirmava. O outro mudou rapidamente sua postura, subindo o óculos que já estava quase na ponta do nariz fino.

Guardou o bloco no bolso, assentindo para o colega.

_ Ligue para a polícia. _ voltou-se para Levy. _ Você estar bem encrencada, mocinha.


Notas Finais


Vou responder os comentários aos poucos, paciência ;w;


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