1. Spirit Fanfics >
  2. Impulso >
  3. Saiba reconhecer suas prioridades

História Impulso - Saiba reconhecer suas prioridades


Escrita por: Ixteeer

Notas do Autor


Bom dia, gentxi u3u como cês tão? espero que bem '^' sei que demorei um pouquinho para vim dessa vez, podem culpar Attack on Titan ;w; e é, eu troquei de nome. Por motivos de "ele me trás lembranças que quero enterrar bem fundo" TuT
Irei responder os comentário do capítulo anterior aos poucos, okay?
Boa leitura e relevem os erros <33

Capítulo 31 - Saiba reconhecer suas prioridades


Fanfic / Fanfiction Impulso - Saiba reconhecer suas prioridades

 

O queridíssimo Jason _ sintam a ironia _ resolveu comentar sobre o barraco do ano, para não dizer da década! E, como já era de se esperar, ele foi aplaudido e defendido por Fiore em peso.

Foi apenas essa humilde colunista que ficou deveras incomodada com o quanto ele repudiou Gajeel Redfox por ter espancado a mulher em público, e não pela violência em si?

 

STAR WOMAN, Diário oficial de Crocus,

19 de Abril, 2023

 

Ao acordar no dia seguinte, Gajeel encarou a imagem de Levy ao seu lado, adormecida e serena. Os fios azuis se espalhavam sobre os travesseiros, seu peito movimentava-se suavemente de acordo com a respiração tranquila.

Apertou-a contra o peito, respirando em seus cabelos. Uma semana sem noticiais de sua azulada mostrou-se um verdadeiro pesadelo. Mas agora já havia acabado, ela estava na segurança de seus braços.

Contudo, apesar de querer passar o resto daquela manhã de sexta-feira deitado com Levy, Gajeel sabia que seus problemas o esperavam e não se resolveriam sozinhos.

 

 

_ Independente do que acontecer... _ Levy disse, sentada na beira de sua cama, terminando de amarrar seu coturno. _ Estaremos juntos, Gaj.

Gajeel assentiu, beijando sua testa antes de entrelaçar sua mão à dela. Sentir seus dedos junto aos seus o acalmava, deixava-o sereno. Serenidade era tudo o que ele precisava para ir averiguar como as coisas estavam em sua casa e na empresa.

Se Sorano estaria por lá, o que estaria fazendo a respeito sobre o que aconteceu.

Eles passaram na Redfox primeiro.

Gajeel estranhou não ter repórteres na fachada do prédio, porém, ao entrar no elevador e subir para o último andar com Levy, o homem cogitara virar nos calcanhares e voltar para dentro do cubículo, a fim de descer para o térreo.

Sorano estava sentada em uma cadeira, rodeada de celulares e microfones. Enxugava as lágrimas com um lencinho, soluçando e recebendo tapinhas nas costas dos entrevistadores. Quando eles perceberam a presença de Gajeel, Levy jurou ter visto um sorrisinho cínico erguer o canto dos lábios da mulher.

O moreno a empurrou para atrás de si, porém fora tarde. Os fleches já haviam acertado-a em cheio diversas vezes, atordoando-a.

_ Vocês se conhecessem? _ um homem questionou Sorano, encarando-a com um olhar piedoso.

Ela fez que sim, voltando a chorar.

Gajeel deu meia volta, puxando Levy consigo. Entrou outra vez no elevador, dando dedo antes da porta dupla fechar.

A McGarden chacoalhou a cabeça negativamente, rindo baixo do que o homem fez.

_ Você tá ferrado.

_ Eu sei. _ concordou dando de ombros. _ Que custa ferrar mais um pouco?

O caminho até a casa de Gajeel fora silencioso, mas não de forma negativa. Levy parecia ainda ter sono, divagando enquanto olhava a estrada voar pela janela, as pálpebras pesadas de cansaço.

_ Pode dormir lá se quiser. _ Gajeel sugeriu quando estavam perto de sua casa, observando-a. _ Nem tão cedo a Sorano vai voltar. _ suspirou. _ O showzinho dela vai render bastante.

Levy riu.

_ Eu salvei essa filha da puta. Salvei, acredita? _ virou-se para encara-lo. _ Eu salvei a Sorano... eu devia ter deixado ela morrer de uma vez.

_ Devia mesmo. _ Gajeel concordou, maneando a cabeça. _ Mas você não faria algo assim.

Levy suspirou, voltando-se para a janela. Só por um momento, desejou ser alguém diferente. Alguém menos empático. Alguém que seria capaz de dar as costas para Sorano e deixa-la em sua cova.

Ao sair do jipe, Levy bocejou e esticou os braços em frente o corpo, sentindo-os doloridos. Os hematomas estavam chamativos, destacando-se na pele branca. Ela ergueu o olhar quando Gajeel passou um braço sobre seus ombros, trazendo-a para mais perto e afastando uma mecha azul para atrás da orelha.

Subiram os degraus do hall, adentrando a mansão. Levy estagnou no lugar, o olhar vidrado em um canto específico. Gajeel atordoou-se com sua mudança de comportamento repentina, seguindo seu olhar com a testa vincada.

Sentiu o coração acelerar, recebendo uma carga de adrenalina demasiadamente grande ao ver os scarpins pretos balançando nervosamente, as pernas cobertas pela meia-calça, o colo feminino sob o blazer vermelho e por fim, o rosto inconfundível de Metalicana Redfox.

A mulher levantou-se do sofá de couro preto, aproximando-se a passos largos. Levy teve a sensação de ver um furação alastrando-se até ela, encolhendo-se atrás de Gajeel instintivamente.

Gajeel arfou, abrindo os braços.

Metalicana acertou um lado de sua face em cheio, fazendo-o saltar sem sair do lugar.

_ Mãe...

_ Cala a boca! _ fechou os olhos, inspirando profundamente. _ Como você fez tudo isso em quatro anos? Hein?! Você sabe o que falam sobre a Redfox no exterior? O que falam sobre mim? _ Gajeel abriu a boca para falar algo, porém tornou a fecha-la quando Metalicana respondeu a própria pergunta. _ Eles me culpam por você ser um incompetente! Eles dizem "olhem só, olhem o incompetente que aquela mulher botou no mundo". _ começou a andar em círculos, gesticulando com as mãos. _ Tudo o que você precisava fazer era confiar em mim...

_ Confiar em você? _ Gajeel ecoou, largando Levy e dando dois para frente. _ Como eu podia confiar em você se você largou essa merda toda comigo? Se desapareceu e não deu sinal de vida, como se não se importasse com o próprio filho?

Metalicana parou de andar em círculos. Encarou-o, cerrando os olhos pesados de rímel.

_ Como você pode exigir uma coisa dessas de mim? Você não me deu dicas, não me deu um sinal sequer de que se importava com o que deixou para trás! _ continuou acidamente, fechando as mãos em punhos. _ Você assistiu toda essa merda acontecendo e não fez nada! Você viu o que eles fizeram comigo e não mexeu um dedo!

A Redfox suspirou, arriando os ombros como se as palavras de Gajeel pesassem mais do que conseguia suportar.

_ E quem foi que disse que não me mexi para ajuda-lo, imbecil? O que acha que estive fazendo esse tempo todo? Que tirei férias? _ Gajeel inclinou a cabeça para um lado, dando de ombros. _ Eu pretendia voltar em setembro. É quando Eva concluirá a faculdade.

Gajeel vincou a testa.

_ Eva?

Metalicana bufou.

_ Sim, a sua prima Eva! Estive em Mississippi durante esse tempo, Eva estava cursando administração para ficar no seu lugar. _ arqueou as sobrancelhas negras. _ Dirigir uma empresa, definitivamente, não é para idiotas.

Gajeel chacoalhou a cabeça negativamente, encarando o piso da sala de olhos cerrados. Estava atordoado e sentindo-se irritado, procurando por alguma brecha para incitar mais aquela discussão. Queria discutir com Metalicana, fazê-la perceber o quanto o magoou deixando-o às escuras durante quatro longos anos.

_ E você não podia ligar? Ou mandar uma porcaria de mensagem? _ questionou-a erguendo o olhar, vendo Metalicana encara-lo impaciente.

Estava certo de que, se continuasse com aquilo, ganharia outro tapa no lado ileso do rosto.

_ Não, eu não podia. _ respondeu entre os dentes. _ Você estragaria tudo, sendo o idiota impulsivo que é.

O Redfox mais novo chacoalhou a cabeça uma vez. Suspirou, fitando a mãe com pesar.

_ Ela ainda tem o inquérito dele. _ murmurou a contra gosto.

Metalicana bufou, rindo da lentidão do filho.

_ Não, não tem.

_ Tem sim!

_ Não tem. _ insistiu teimosamente.

Levy, até o presente momento completamente quieta, sem ousar mover um dedo, trocou o peso de uma perna para outra. Suspeitava de algo, de alguém, porém não ousou abrir a boca para opinar.

O moreno umedeceu os lábios. Cerrou os olhos, e um pouco mais, e depois mais ainda, até restar apenas uma brechinha entre os cílios.

_ Você está me dizendo que Sorano, na verdade, não tem porra de prova nenhuma contra o meu... _ engoliu em seco, se recusando a continuar.

_ Virgo juntou-se a mim há dois anos. _ anunciou com cautela, como quem larga uma bomba tentando causar menos estrago possível. _ Ela não é como Sorano, a culpa que ela carrega pela morte dos Aguria tornou-se maior que sua sede de vingança.

Ele fechou os olhos, umedecendo novamente os lábios secos.

_ Faz dois anos que não tenho motivos nenhum para eu estar dirigindo aquela merda?

_ Foi para o seu bem! _ Metalicana afirmou na defensiva. _ Se eu voltasse antes, ou contasse para você o que eu estava fazendo, você iria largar tudo e...

_ É, eu ia mesmo! _ ele a cortou, abrindo os olhos furiosos. _ Dois anos... _ maneou a cabeça em descrença. _ Eu poderia estar casado com a Levy, poderia ter ido para a Austrália com ela! Poderia estar vivendo, não sobrevivendo com aquela... e aquele bando de... _ inspirou, procurando se acalmar.

Metalicana assentiu de forma compreensiva, finalmente cortando a distância que tinham. Levy achara que Gajeel iria explodir e afasta-la rudemente, porém ele expirou e apertou Metalicana, devolvendo o abraço.

A azulada deixa escapar um suspiro de alívio.

_ Estar tudo bem agora. _ ela garantiu, afastando-se para encara-lo. Parecia sequer ter percebido a presença de Levy em algum momento. _ Mas você largou uma bomba para cima de Jellal. Ele vai ter uma dor de cabeça daquelas para desenvolver a sua defesa...

Levy remexeu-se, irrequieta.

_ Jellal... Jellal também voltou?

Metalicana se sobressaltou, encarando-a com os olhos saltados.

_ Levy! _ largou o filho, indo até ela completamente lívida. _ Ah, Levy! _ a azulada arfou ao ser apertada, ainda mal recuperada de seus dias de pesadelo.

_ Vai quebrar ela desse jeito, mãe...

Gajeel revirou os olhos quando Metalicana o ignorou, mas inevitavelmente sorriu ao encarar sua silhueta cobrindo Levy completamente. Ainda estava irritado com a mãe, porém sabia que qualquer resquício de rancor logo iria embora, visto que sua saudade e curiosidade sobre o que a mesma andou fazendo eram maior que qualquer outro sentimento.

Envolveu ambas num abraço demasiadamente forte até mesmo para a Redfox mais velha, sorrindo e ignorando os protestos das duas.

Finalmente, depois de tanto tempo, Gajeel sentia que as coisas estavam voltando para seu lugares. Lentamente, mas estava.

*  *  *

Jellal sabia que estava arriscando-se demais ao ir ver Erza e a filha. Contudo, ao sentar na cama dura da hospedaria, encarar seus sapatos e passar minutos ouvindo o solado bater contra o piso frio, o homem simplesmente não conseguiu mais manter-se tão racional quanto de costume e não ponderou ao pôr a mochila nas costas e sair com destino a Oshibana, onde Erza e Andrômeda viviam.

Todavia, depois de feito, Jellal começava a sentir o peso de sua atitude impulsiva.

Empurrou o cobertor para um lado e saiu da cama, pondo a calça de moletom que estava largada no chão antes de sair do quarto. Abriu a porta do cômodo ao lado, dando uma espiada na pequena figura adormecida na cama.

Tornou a fecha-la cuidadosamente, seguindo para a sala. Abriu sua mochila, de onde tirou seu notebook e uma pasta preta. Sentou-se no sofá, olhando a hora em seu celular largado no centro.

Duas e dez da madrugada.

Como de costume quando tinha algum caso para solucionar, Jellal não conseguira dormir por sequer duas horinhas.

Abriu a pasta, puxando o inquérito para dar uma olhada. Pulou os boletins de ocorrência, como sempre. Não gostava de ver todas aquelas garotas e seus depoimentos. Já era algo perturbador, depois de Andrômeda o incomodo triplicou.

Finalmente achou o que buscava. Puxou os papéis, os pondo na frente dos demais. Os desprendeu do clip que os mantinham juntos, correndo os olhos pelas informações colhidas de Miki Chickentiger, administradora de três prostíbulos suecos desde 2005. Dois ainda funcionavam atualmente, o outro fora incendiado em 2007.

Jellal esfregou a nuca, sentindo os ombros tensionados de estresse. Ele sabia, mesmo que não tivesse provas, de que fora Sorano que incendiou o local.

Os Aguria se mudaram de Estocolmo para Västerås em 2000. A antiga casa fora incendiada diversas vezes e, de acordo com o testemunho de uma idosa que possuía uma estabelecimento em frente a residência, os Aguria acreditavam que talvez a casa estivesse sofrendo algum ataque sobrenatural e se mudaram às pressas. Mas as suspeitas de Jellal foram confirmadas quando coletou a informação que precisava: em 2004, a família sofreu com outro incêndio em Västerås.

Conformados, o casal Aguria não se mudou mais e permaneceu na cidade até a data de sua morte, em 2009.

Ao que tudo apontava, Sorano sempre fora fissurada por fogo.

_ Sem sono?

Jellal ergueu os olhos dos documentos, encarando Erza. A mulher estava com os cabelos amarrados de qualquer jeito e havia vestido um hobby por cima da camisola branca.

_ Estou ansioso. _ o azulado confessou, chacoalhando a cabeça negativamente e voltando sua atenção para os papéis em seu colo. _ Faz tempo desde a última vez que peguei um caso tão atribulado. Parece um labirinto... _ suspirou, parecendo perturbado com os pensamentos que estava tendo.

Erza sentou-se ao seu lado, tirando delicadamente os inquéritos de sua perna para os pôr sobre o centro, voltando-se para Jellal com um olhar preocupado.

_ Já fez um ótimo trabalho. _ alisou o dorso de sua mão, segurando o rosto do homem com a livre. _ Fez até o que não era sua obrigação. _ sorriu gentilmente, vendo-o relaxar um pouco. _ Amanhã você vai entregar essas coisas para a polícia federal e depois sua única ocupação vai ser preparar a defesa do Gajeel. _ assentiu para ele, esperando que ele fizesse o mesmo. Jellal apenas suspirou. _ Amanhã você vai entregar essas coisas para a polícia federal... _ repetiu depois de quase um minuto sem resposta, e dessa vez, saiu mais como uma pergunta do que uma afirmação.

_ Eu sinto que eu devo...

_ Não! _ Erza maneou a cabeça freneticamente, de repente nervosa. _ Jellal, você não pode salvar todo mundo, sabe disso! Já fez o que tinha de fazer, agora entrega as provas que tem e segue a diante.

Ele a olhou torturado.

_ Todas aquelas garotas, eu sinto que eu devo isso a elas...

Erza encolheu os ombros. O encarou por quase um minuto inteiro, entendendo, finalmente, o porquê de ele trabalhar naquele caso com tanto afinco.

_ Eu sei... _ por fim falou algo, a voz tão doce que Jellal sentiu uma onda de calmaria o acometer. _ Eu entendo. Mas agora, você tem Andrômeda. Enquanto tenta vingar todas essas garotas... _ ela encarou os papéis sobre o centro com um olhar piedoso. _ Andrômeda está crescendo e precisando cada vez mais de sua presença. Você já fez muito, Jellal. Facilitou e muito o trabalho da polícia. Agora, você tem que entregar isso e deixar que eles terminem o serviço. Não pode continuar se metendo com essa gente... _ engoliu em seco. _ Não pode continuar correndo riscos desse jeito...

Jellal encarou os papéis sobre o centro longamente. Quando voltou sua atenção para Erza, parecia mais leve, como se tivesse tirado um peso das costas.

_ Tem razão. _ assentiu em concordância. _ Não posso mais me colocar numa linha de fogo... Andrômeda precisa de mim.

Erza deixou escapar um suspiro de alívio. Juntou os papéis e os colocou de volta na pasta, levantando-se com uma mão estendida.

Jellal ponderou, mas no fim, sorriu e entrelaçou seus dedos aos dela, seguindo-a de volta para o quarto onde Andrômeda dormia tranquilamente, alheia a toda e qualquer preocupação que tanto atormentara o pai.

 

 

 

 


Notas Finais


Aeeee, Metalicana voltou '^' gente, eu sei que cês tão louco pra Sorano morrer logo, eu também estou ;w; garanto que essa demora VAI valer a pena, tenham paciência, okay çuç <33


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...