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História Impulso - Segredo


Escrita por: Ixteeer

Notas do Autor


Boa noite, minna ♥ Cá estou, morta de cansada, mas tamo aí -q Quero agradecer aos recadinhos que andam mandando para mim, vocês são os melhores :3 Desculpem não está respondendo, minha vida tá um caos total, mas eu estou lendo e pretendo conversar com vocês quando essa fase passar ç-ç Quem sabe não add vocês em meu face? Em fim, sem mais delongas, boa leitura e relevem eventuais erros ♥

Capítulo 7 - Segredo


 

5 meses depois

 

Mascando chiclete enquanto lia uma revista com os pés sobre a mesa, Evergreen era fitada por Mirajane, que saiu de trás do balcão com cara de poucos amigos e tirou os pés da mulher do móvel, fazendo seu salto bater com força contra a piso do bar. 

_ Que diabos! _ Ela reclama ajeitando os óculos. 

_ Já te mostro o diabo, já te mostro _ Mirajane retruca, jogando o fardamento laranja em sua face. _ Não aja como se estivesse num salão de beleza. Ao trabalho! _ E Evergreen segue pro banheiro feminino, resmungando baixo sobre sua patroa lhe escravizar.

Limpando uma mesa com uma flanela, o homem encarou a garota que permanecera calada e amuada desde o momento em que chegara com sua amiga.

_ Não fique olhando pro chão por tanto tempo. _ diz com ar risonho, fazendo-a erguer os olhos azuis. _ Te faz ficar com papo. _ Lisanna suspira pesadamente, pondo um cotovelo sobre a mesa e continuando com aquela cara de quem perdeu uma prova, o queixo apoiado na palma, o olhar melancólico _ Por que está assim, afinal? 

Levy olha a garota pelo canto dos olhos, virando a página do jornal lentamente enquanto respondia a pergunta.

_ Mira cortou a franja dela ontem. Ficou meio curta, só isso.

_ Ficou totalmente curta! _ A albina choraminga, fazendo sua irmã virar-se em sua direção com as mãos nos quadris.

_ Pare de reclamar, ora essa! O que sei cortar é cebolas, tomates, nabos. Cabelo não! Te avisei, não foi? 

Laxus sai da cozinha do bar, passando pelo balcão e parando enquanto enxuga as mãos num pano de prato. Um avental branco estava amarrado em sua cintura, ele exalava cheiro de coentro e pimenta. Levy ergueu o olhar do jornal, fitando-o com uma sobrancelha arqueada e com o canto dos lábios trêmulos com a tentativa de engolir o riso.

_ Quando fez isso? _ Pergunta referindo-se ao seu novo corte de cabelo. Laxus sorrir amarelo, jogando o pano de prato sobre um ombro.

_ Semana passada. Era pra ser um moicano, sabe... _ responde e em seguida acrescenta rapidamente _ Mas está muito bom mesmo assim!  

_ Francamente, Lis. _ Levy volta sua atenção pro jornal _ Mira transformou seu cunhado em uma calopsita e você ainda pediu para ela cortar sua franja?

_ Não fale assim, Lê, eu realmente gostei. _ O loiro beija a testa da mulher, fazendo-a lhe dá uma cotovelada de leve e sorrir _ Ficou descolado.

Levy arqueia as sobrancelhas azuis, lendo a manchete em letras garrafais. Lisanna dá uma olhada também, curiosa para saber o que tanto prendia sua atenção.

_ 2 quilo de maconha? _ Ela ler em voz alta, surpresa e incrédula.

_ Eu já li isso. _ Bickslow termina de limpar a última mesa, largando-se no banco estofado e limpando o suor da testa. _ Ao que parece, virou febre depois do filho do casal Fullbuster.

_ Mas essa mulher ia fazer o quê com isso? Usar 2 quilos? _ Laxus questiona, incrédulo na possibilidade.

_ Aqui diz que ela estava sobre efeito de ecstasy e disse que iria fumar tudo. _ A albina comenta, esquecendo-se de sua franja curta.

_ Balela. _ a azulada vira a página, onde um anúncio sobre motos tomava as duas folhas. _ Ela não quis entregar os amigos, isso com certeza ia ser levado pra alguma festinha vip.

_ Essas festas devem ser interessantes... _ Evergreen comenta saindo do banheiro feminino. Revira os olhos quando Mira lhe fulmina com um olhar, fechando os três botões do vestido laranja e cruzando os braços embaixo dos grandes seios.

_ Se você quiser pegar herpes, acordar no dia seguinte sem saber com quantos você transou e usar tanta droga que vai achar que pode voar e pular de sei lá, do sétimo andar, pode ter certeza que é.

_ Ai, você é muito chata, hein menina. _ A mulher retruca, fazendo a azulada mostrar a língua.

_ Como você tem certeza disso? _ Lisanna pergunta de repente. _ Sobre essas festas?

_ Digamos que alguém que frequenta esses lugares me falou sobre. _ a azulada dobra o jornal, puxando a xícara de café e assoprando impaciente. 

_ Você tipo tá fazendo amizades com bacanas, Levy? _ Bickslow pergunta com ar zombeteiro. 

_ Talvez, Bicks. Talvez.

_ O que você tem contra gente rica? _ A Strauss mais nova questiona, virando-se para encarar o homem que estava no canto do bar.

_ São entendiantes. _ Ele começa e vem se aproximando enquanto continua _ Falam coisas complicadas de se entender, gostam de se exibir, tomam champagne, comem caviar e detestam as coisas simples da vida.

_ Eu não sou assim. _ Ela cruza os braços, fitando-o amuada. Ele rir, bagunçando seus cabelos platinados como faria a uma criança birrenta.

_ Você é exceção, Lisa. Exceção. Mas no geral é isso aí _ E ao se virar, dar de cara com Mirajane lhe fulminando com os olhos.  _ Laxus! Pare a sua mulher! _ reclama enquanto tenta se proteger das investidas da albina. _ Laxus!

_ Experimente tocar minha irmã de novo! _ Ela acerta o pano de prato em suas costas quando ele corre, fazendo arquear-se e resmungar alguns palavrões.

_ Chega, Mira, ele já aprendeu. _O loiro aproximar-se rindo, tomando o pano da mão da mulher e beijando sua testa. Ela relaxa depois de alguns segundos, ficando calma e corada. 

_ Está muito bom assistir vocês flertando, mas já deu minha hora _ Levy bebi seu café num grande gole, guardando o jornal dentro da mochila e levantando do banco. Passa por Lisanna, apertando as alças da bolsa e encarando o homem que fitava sua noiva com um sorriso doce. _ A bicicleta ainda está viva, sabe, acho que aguenta até o fim do mês. Guerreira, ela. _ E eles riem, assentindo.

Freed Justine sai de dentro do banheiro masculino. Seus longos cabelos verdes estão amarrados em um rabo de cavalo e ele sorri ao ver Levy no estabelecimento.

_ Queria mesmo falar com você _ diz, pondo um braço sobre seus ombros e a aproximando com um olhar camarada _ Estou com um fusca à venda, o acho a sua cara!

_ Olha, se eu fosse você, eu batia nele agora mesmo _ Evergreen ajeita os óculos e torce o nariz _ Aquela lata velha parece que vai desmontar a qualquer momento. Onde foi que você conseguiu aquilo mesmo? 

_ Eu tenho meus contatos. _ O esverdeado responde, soando esnobe. _ Não a ouça, o fusca tá um brinco. Só tem um furo no banco traseiro, mas ele anda e não parece que vai desmontar coisa alguma.

_ Quanto? _ ela questiona lhe olhando com as sobrancelhas arqueadas.

_ 7 mil inenes. 

_ 7 mil? 8 é o meu salário, abaixa isso aí.

_ 6 mil e 700?

_ 6  mil e 200.

Freed pensa um pouco sobre e por fim sorrir enquanto chacoalha a menina com o braço que ainda estava sobre seus ombros.

_ É, é um bom preço.

_ Ótimo, depois do trabalho vou dar uma olhada nele. _ Garantiu _ Certifique-se de aspira-lo bem, hein? Não posso me dar ao luxo de morrer, rapaz.

 

- w -

 

_ Deus, ele nem desfaça _ A azulada reclama enojada, enfiando uma colher de sorvete na boca e a puxando lentamente, distraída com o homem na mesa ao lado. Gajeel observa a ação, sorrindo quando ela semicerrou os olhos castanhos e tornou a pôr a colher na taça de vidro, com mais força do que seria necessário. Aquele jeito galante e paquerador do homem lhe irritava profundamente, embora soubesse que ele fizia de proposito, para lhe provocar. _ Cem ienes que ele vai cheirar os dedos depois.

O moreno arqueia os três piercings que substituam sua sobrancelha. Fita o homem na outra mesa, sozinho e com uma das mãos dentro das calças.

_ Acho que ele tá dando em cima de você, hein. Ele diz "Olhe para mim, menina tomboy, eu tenho algo guardado aqui pra você". 

A azulada lhe acerta um chute por baixo da mesa, fazendo-o rir e lhe encarar. Seus cabelos azuis já não estavam tão curtos, quase alcançavam seu pescoço alvo e desnudo. A garçonete, uma mulher de 20 e poucos anos, com cabelos tingidos de rosa e sobrancelhas tão negras e artificiais que passavam a sensação de que eram dois pássaros prestes a voar de sua face, aproximou-se outra vez, enrolando a ponta do cabelo preso e apertando o bloco de notas contra os seios fartos. Ela mascava um chiclete há muito sem gosto, fitando Gajeel com visível interesse. Levy lhe olhou e sorriu, o moreno lhe fulminou com os olhos, sabendo o que ela faria.

_ Bonito, não é? O meu amigo?

_ Amigo? _ A garçonete parece ficar mais animada _ Sim, sim, muito bonito... morderia meu cotovelo pra conseguir seu número. 

_ Desculpe, senhorita... fui assaltado recentemente. _ Gajeel diz antes que a azulada respondesse qualquer coisa. A garçonete assenti, afastando-se tristonha. 

_ Que horror... _ Levy raspa a colher no sorvete de amora, levando-a aos lábios e sentindo gosto doce gelar sua garganta _ Dispensar uma moça tão bonita... isso não se faz, Gajeel, não se faz. 

O moreno rir, chacoalhando a cabeça negativamente enquanto lhe observava terminar de comer. Sua taça encontrava-se vazia, junto com resquícios de sorvete de limão. 

_ O caralho. _ retruca _ Essas sobrancelhas me dão medo. Parecem que estão me encarando enquanto beijo a dona dela, Deus me livre. _ Levy rir com a colher entre os lábios, olhando pro lado e percebendo que o homem continuava com uma mão dentro da calça jeans, lhe olhando de esguelha, achando que sua mesa ocultava sua ação. Desvia os olhos rápido, fingindo observar a rua pela vitrine. 

_ Estou começando a achar que ele não está coçando as bolas. _ ela comenta baixo.

_ Eu percebi isso desde o inicio. _ Gajeel pincela seu nariz, ganhando um tapa na mão como resposta. _ Mas não se preocupe, petit. Seu armário está aqui para lhe proteger de tarados por tomboys. Gihihi.

_ Eu não sou tomboy, caramba. _ Resmunga ao terminar seu sorvete. _ Só não sou fã de grandes produções. Não é como se eu usasse cueca e mijasse em pé. 

Gajeel aproxima sua mão da garota, ignorando seu olhar alerta vermelho. Limpa o canto de sua boca com o polegar, o levando a sua própria logo após. 

_ Pare de fazer isso, merda. _ Resmunga constrangida. Em seguida, rir maliciosa _ De certa forma você beijou indiretamente o garoto que beijei antes de vir pra cá.

O moreno franzi o cenho, dando um peteleco em sua testa e sorrindo torto.

_ Você não beija ninguém, petit. É uma velha de 80 anos totalmente frígida, não tente me enganar _ Levy mostra a língua roxa, tingida pelo sorvete. De repente arregala as orbes castanhas, lembrando de algo importe e abri sua mochila repousada em seu colo. Ela tira sua carteira cor de rosa com gatinhos estampados, puxando um cartão de dentro e o mostrando com um sorriso de orelha a orelha.

_ Minha habilitação! _ Gajeel puxa o objeto de sua mão, rindo enquanto olha a minúscula foto embutida.

_ Olha, você tá de batom _ Ele observa.

_ É claro que estou, foi uma ocasião especial. _ Ela pega o objeto de volta, o guardando dentro de sua carteira. Vasculha sua mochila e encontra seu celular. Olha a hora rapidamente, sobressaltando-se com o quanto o tempo passara rápido. _ Droga, já são 3 da tarde, já já meu intervalo acaba. _ puxa duas notas de sua carteira e as põe sobre mesa. Gajeel bufa e abri a boca para reclamar, mas Levy é mais rápida e lhe corta _ Cala a boca, Gajeel, só cale a boca.

_ Como posso retrucar com um ser tão meigo, não é mesmo? _ Indaga-se ironicamente, deixando o dinheiro do sorvete que comera sobre a mesa, ao lado das notas de Levy. A azulada saiu na frente, a mochila velha e num tom desbotado de preto abarrotada de broches de banda, a legue preta rasgada, uma regata amarela com uma mandala estampada e uma saia de prega lilás. Gajeel rapidamente lhe alcançou, envolvendo seus ombros com um braço e olhando por cima do ombro, fazendo o homem que observava Levy se afastar, virar-se rapidamente, desistindo de segui-la. 

_ Gajeel? _ Ela murmura enquanto eles atravessam a rua, o prédio que servia como sede da marca RedFox logo à frente. _ Sabe que se nos fotografarem assim... 

_ Digo que estava ajudando uma garotinha a atravessar a rua _ Levy mordi o braço que ainda lhe envolvia, fazendo o homem o afastar de seus ombros e controlar o ímpeto de lhe dar um cascudo.

_ Falo sério _ Ela diz amuada _ Não quero minha cara estampada em revistas de fofoca. 

_ Relaxa, petit. Garanto que a mídia tá bem mais interessada em outra pessoa no momento _ Ele retruca, pensando em Gray Fullbuster e as noticias sobre seu atual serviço. Sorri de canto, recordando da cara do homem enquanto aspirava pó do tapete da sala.

Adentraram o prédio  lado a lado, passando pelo hall, onde a balconista os observou até onde seus olhos conseguiram ir, e pegando o elevador para o décimo andar. 

_ Me pergunto quando ela parará com isso. _ Levy pensa alto, fitando o teto branco.

_ Quando a galinha criar dentes. _ As portas abrem, eles saem e seus colegas os observam passar curiosos, cochichando coisas que Levy sabia. Ganhara a confiança da faxineira Virgo depois que guardara alguns aperitivos para ela depois de uma reunião, há tantas semanas atrás. Virgo lhe confidenciava as coisas que ouvia, rumores de que a McGarden estava tendo algum relacionamento as escondidas com o herdeiro da empresa, ou ainda pior. Que Levy estava usando sexo como moeda de troca, para quem sabe tomar o lugar de Sorano Aguria, a secretária pessoal de Metalicana. A azulada não sabia quem começou com aquilo, talvez eles simplesmente se acharam no direito de concluírem aquela ideia e saíram a difamando pelos corredores. 

Na mesa mais próxima a sala de Metalicana RedFox, uma mulher estava sentada com as pernas cruzadas, os longos cabelos brancos como neve soltos e caindo sobre seu busto avantajado, chegando ao fim um pouco abaixo do umbigo. Observa Gajeel e Levy se aproximarem, inexpressiva e sem demonstrar qualquer emoção em seu semblante. Todavia, ela fechara o punho com força, sentindo suas unhas longas machucarem sua palma. Ergue-se rapidamente, sorrindo de forma angelical. Acaricia o ventre coberto pela grossa camada de seu vestido branco e felpudo, que chegava até pouco acima de seus joelhos. Dá a volta em sua mesa, aproximando-se com os olhos fixos em Gajeel.

Levy senti-se encolher a cada passo dado pela mulher, constrangida como quão impecável eram seus visuais. A meia calça branca junto com o vestido da mesma cor, os sapatos boneca salto 12, azul com estampa floral, as madeixas de aparência macia e cheia de cuidados especiais. Tudo nela lhe fazia parecer uma modelo famosa, uma atriz ou a filha de algum político. Quando ela chega perto o suficiente para a azulada perceber que era quase três cabeças menor, Sorano sorrir novamente daquela forma teatralmente pura, levando as duas mãos ao ventre e suspirando.

_ Ele fica agitado quando se afasta por muito tempo. _ Diz com voz serena _ Ele senti sua ausência.

_ É claro que o meu moleque senti _ Ele se agacha, beijando a barriga de Sorano. Levy vira-se e bate à porta, sentindo-se estranhamente agitada com a situação. Espera Metalicana abrir sua porta como um cão perdido procurando um teto num dia chuvoso. A RedFox passou a manter sua sala trancada depois que seu filho continuou teimando em adentra-la sem bater. Enquanto esperava, sentia os olhares de seus colegas em suas costas, lhe fulminando, pensando no quanto ela era uma garota suja que não perdoava nem um homem que seria pai dentro de alguns meses.

Metalicana em fim abri a porta, Levy passa para dentro ligeira, fazendo a mulher dar uma boa olhada no que se passava ali fora. Gajeel ainda estava agachado, conversando com o ventre de Sorano, que aproveitar-se da situação para enfiar seus dedos longos e finos no couro cabeludo do homem, lhe dizendo que seu bebê estava quieto porque estava ouvindo a voz do pai. Fecha sua porta novamente, a trancando e virando-se com o cenho franzido. Três meses... 

Levy estava de costas, vendo algo na rua pela janela. Ao perceber que Metalicana voltara pra sua sala, virou-se rápido e ficou olhando suas velhas sapatilhas, sentindo-se idiota por deixar que Sorano lhe intimide daquela forma. Ela não estava enlouquecendo ou confundindo as coisas, aquela mulher lhe odiava e a queria bem longe do RedFox, como se ela fosse um perigo iminente, como uma fêmea marcando território.

_ Levy? _ A azulada ergue o olhar, vendo que Metalicana andava em círculos com as mãos entrelaçadas atrás de si _ Vou te pedir uma coisa, mas... será nosso segredinho.

_ Se-segredinho? _ Repeti como se nunca tivesse ouvido aquela palavra. 

_ Quero que consiga uma informação. _ Levy tateia a cadeira da RedFox, sentando na beirada e esperando que ela continuasse _ Sei que ultimamente você e Virgo tem ficado bem próximas, e ela realmente é... muita boa em descobrir coisas. _ Ela é uma fuxiqueira de primeira classe _ Descubra com a ajuda dela a clínica onde a Sorano anda fazendo o pré-natal. Pode fazer isso, Levy?

_ Senhora RedFox... _ A azulada umedeci os lábios nervosamente _ Isso é muito complicado, exige tempo e...

_ Triplico seu salário. 

_ Tri-triplicar? _ Levy pensa por um momento. Não faria nada demais, afinal. Assim que terminasse seu expediente, daria uma olhada no carro que Freed estava praticamente lhe dando. Ela teria um automóvel, Virgo não se negaria a ajudar, ainda mais se fosse pra descobrir algo. Não seria nada demais, apenas coletar informações simples e averiguar se eram verídicas.

_ Se é assim... tudo bem, eu faço isso. _ Responde calmamente, levantando-se ao dar-se conta onde sentou-se e corando constrangida por sua ousadia. No entanto, Metalicana não se importou de sua funcionária ter sentado em sua cadeira, sequer notara. Estava perdida em seus desvaneio, pensando sobre todas aquelas desculpas esfarrapadas que Sorano dava para não fazer um simples enxame de sangue. Sempre ocorria algo no dia e ela adiava, e assim o tempo passava e nada daquela barriga aparecer, as roupas ficando cada vez mais soltas como se pra disfarçar o ventre sem mudanças. Talvez eu esteja ficando louca... mas por Deus, tem algo muito errado nisso, só um tolo não vê. 

 

*  *  *

 

Estou ocupado no momento. Mais tarde te ligo, prometo. Beijo, te amo ♥

 

_ Juvia! _ A azulada bufara, deixando seu celular sobre o criado-mudo e saindo de seu quarto às pressas. 

_ Que foi que esse idiota fez dessa vez? _ Pergunta enquanto desci os degraus de dois em dois. Sua irmã, Wendy, se encontrava na sala de estar, lhe olhando como se ela fosse a salvadora da pátria. Os demais empregados circulavam agitados, Ichiya Vandalay berrava ordens que ninguém acatava. A resposta veio rápido, literalmente quando a garota pôs os pés no chão. A água inundava tudo até a altura dos tornozelos, uma grande camada de espuma encobria tudo, escorrendo por baixo da porta da entrada. Juvia correu segurando-se nos móveis, adentrando a cozinha e vendo a porta escancarada. Correu pro quintal, onde Gray tentava parar uma máquina de lavar roupas transbordando água e espuma, o peito nu, a parte superior de seu fardamento boiando ao lado das canelas da azulada, que pegou a peça e a acertou nas costas do homem com toda a raiva que sentia no momento. Ele olha por cima do ombro, sem parar de tentar enfiar as roupas de volta na máquina pela abertura frontal enquanto era ensopado até os cabelos.

_ Me ajuda a parar essa merda, cacete! _ Ordena aos berros, engolindo água ensaboada e sendo acertado por um sutiã em cheio na face, caindo e ficando de quatro enquanto tossia como se fosse pôr os pulmões para fora.

Juvia observou a cena inexpressiva. As canelas arrepiadas de frio, o olhar exausto de quem pularia de uma ponte se estivesse em uma no momento. Passou as mãos pelos cabelos presos a um rabo de cavalo, arregaçando as mangas de seu fardamento vermelho escarlate e seguindo para máquina que continuava transbordando e inundando tudo.

_ Eu odeio a minha vida.

 

 

 

 


Notas Finais


Obs¹: Eu sei que a idade miníma pra tirar habilitação é 18 e a Levy tem 17, mas a minha fic se passa em 2017 e em 2017 a maioridade penal baixou pra 16. Sonhemos -q
Obs²: Caso alguém se pergunte "5 meses depois do quê", é depois do acidente.
Música que me serviu de inspiração pra criar essa Sorano maléfica, até mesmo pelo próprio nome, se é que vocês manjam das referências: https://www.youtube.com/watch?v=hbe3CQamF8k
E eu fico por aqui, até o próximo! ♥


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