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História In addition to protection - Capacidade de amar.


Escrita por: marbruu

Notas do Autor


Olá pessoas. Chegamos a mais de 200 favoritos e isso é tão legal. Estou feliz ❤
Obrigada por gostarem da história então desejo mais uma vez, boa leitura 👏

Capítulo 31 - Capacidade de amar.


Fanfic / Fanfiction In addition to protection - Capacidade de amar.

              PIPER POV

16:00  - Alex, já te liguei mil vezes e mandei muitas mensagens. Para de ser tão idiota e me diz onde você está? Até sua mãe está preocupada. Por favor, nós precisamos conversar.

  Perdi as contas de quantas vezes tentei contato com ela desde a última vez em que nos vimos. Acontece que desde que ela pensou besteira na clínica do Dave, Alex simplesmente sumiu e desligou o celular. Já ia fazer 24h que não tínhamos notícias dela. Eu, Nicky e Lorna estávamos sentadas na sala de seu apartamento esperando por alguma noticia. A última, foi uma mensagem dela para Nicky dizendo que iria descansar a cabeça com o Hunter,  mas não deu detalhes de onde. Eu estava nervosa, irritada, puta, chateada, preocupada e com todos os sentimentos ruins junto. Ela não podia simplesmente me ouvir?

- Diz a ela que estou parindo, prematuro. Tudo por culpa da preocupação com ela. Vai que ela resolve dar as caras. – minha amiga tentou uma ideia, até que não seria ruim. Claro, se ao menos conseguisse falar com ela.

- É, e diz que se a Lorna parir prematuro e acontecer alguma coisa, eu quebro aquilo que ela chama de cara.

- Deixa de ser burra Nicky. Segundo o meu recado, eu já estou parindo. Então ela não pode dar o seu recado.

- Como é que você chama a mãe dos seus filhos de burra? Você me respeita mulher.

- Primeiro que eu só tenho um filho, segundo que desde quando te convidei pra ser mãe dele?

- Você tá pensando que fralda custa quanto? Eu não gastei aquilo tudo pra ser chamada de tia por essa criança.
  Revirei os olhos e deixei com que elas continuassem sua discussão infantil e desnecessária, minha preocupação era outra. Onde será que a minha morena estava? Com quem estava? O que estava fazendo? Se estava bem. Suspirei tristemente e ligava mais uma vez para o seu celular.
  O destino é uma coisa maravilhosa quando quer unir duas pessoas que se amam. Mas ele também sabe ser bem foda quando quer nos sacanear. Por que tudo para mim e a Alex era tão complicado? Mal podíamos respirar sob tempos bons que chegavam os maus. As pessoas podem dizer que início de namoro é a fase do conhecimento, do mar de rosas. Com a gente tudo funcionou sempre muito acelerado. Parecia que nos conhecíamos há bastante tempo, na verdade eu me sentia como se fosse casada com ela. O fato é que eu me tornei tão dependente da Alex, que quando aconteceu a pior coisa com a gente e eu precisava desse tempo para pensar, foi como definhar aos poucos. Eu podia rir, podia sair, podia fazer qualquer coisa. Mas no final das contas, era dela que eu sentia falta. Como uma pessoa pode ser tão importante pra você a ponto de perdoá-la mesmo diante do pior erro? Talvez eu jamais tenha essa resposta, talvez eu seja fraca. Mas se essa for a minha fraqueza, eu não me importo em ser fraca. Uma pessoa tem direito de decidir quem queremos em nossas vidas. E diante desse tempo, eu percebi que ela merece outra chance. Eu não facilitei pra ela depois da morte de Carol, e isso não justifica o erro imbecil que ela cometeu. Mas eu a conheço, e sei o quanto ela se esforça pra melhorar. O problema é que eu estou pronta pra aceitar nossa relação de volta, só me sinto um tanto travada para contato físico. Mas a imbecil da Alex não me deixa falar, não me deixa explicar isso a ela.

- Sério. Ela não está em Jersey, nem no Brad, nem na Addie. Apesar de ser amiga dela, não faço a mínima ideia de onde ela possa estar. – após a Nicky dizer isso, foi como se uma luz acendesse em minha cabeça.

  Nem dei chance para receber perguntas ou formular respostas. Só peguei a chave do carro, calcei um sapato e fui pra onde minha intuição dizia que ela estava. Eu tinha tanta coisa pra dizer, tanta coisa pra mostrar e sabia que ela também tinha. Meu coração batia feito louco dentro do peito enquanto eu colocava o carro em movimento. As vezes eu tinha inveja da habilidade com o carro da Alex, nessas horas, estaria lá em dois tempos.

                     (xx)

  Existem muitos momentos onde queremos fugir do mundo, uma vez em que estamos em conflito com nós mesmos. O problema é que quanto mais isolado em período de caos interior, maior se torna o problema. Se eu estivesse certa, era aqui que Alex estaria, no chalé da sua família. Estava parada aqui tentando descobrir a senha, irritada por não acertar nenhuma. Alex deve ter mudado, uma vez que tentei a última de quando estivemos aqui.

- Ahhh, qual é. Você só pode estar de brincadeira com a minha cara? – exclamei exaltada por ter bloqueado o controle de segurança por tantas tentativas. Ele apitou pedindo a digital como segurança. – Que ódio!!

  Sentei diante do portal xingando Alex até a última geração. Peguei o celular e tentei inúmeras vezes ligar pra ela e nada. Levantei e comecei a andar de um lado pro outro tentando pensar em alguma forma para conseguir com que ela viesse abrir, isso se ela estivesse ali.
  As vezes eu me pergunto sobre qual é o tamanho do amor das pessoas. Do que ele é capaz de fazer. Talvez eu nunca encontre essa resposta, mas diante de todos os sentimentos que habitavam em mim naquele momento, eu diria que seria capaz de ir ao céu e ao inferno para amar a Alex. É engraçado quando as pessoas dizem que amor vem com o tempo, não as subestimo. Mas o que eu sentia por ela, ia além de uma simples paixão. É como você viver no escuro por anos e de repente encontrar a luz. Como você pensar que é o último suspiro de vida, mas quando solta todo o ar, torna a puxar um novo. É como encontrar uma saída em meio a toda confusão.
  Nós fomos tão apressadas, mas no meio disso tudo havia uma certeza. De que a melhor coisa da minha vida era dormir e acordar ao seu lado. Ver seu sorriso e saber que eu era o motivo. De sentir seu coração bater feito louco quando nossos corpos pareciam se fundir. O fato é que talvez eu jamais entenderei o porquê dessa situação ter virado tão de ponta a cabeça. Mas eu a amava o suficiente para provar aos nossos corações que o amor nunca faltou para nós, e que o meu por ela seria capaz de passar por cima desse erro. Eu estaria dando a oportunidade dela me provar que somos duas, nós duas, apenas nós, em uma.

  Eu já estava tão impaciente por não conseguir saber se ela estava aqui ou não, que num ato de fúria, tirei meu sapato e taquei na barra com sensor de movimento que tinha em cima do alto muro. Eu não sei que cargas d’água eu fiz, mas um barulho estrondoso ecoou pelo lugar. Eu queria gritar com o susto, sair correndo, pedir ajuda. Mas todas as alternativas não eram viáveis. Fiquei perdida e o barulho não diminuía, já estava considerando sair daqui algemada.
  Pensei por uns instantes e a melhor saída era ir embora sem que ninguém soubesse da cagada que eu fiz. Mas quando pensei em entrar novamente no carro, vi o portão abrir devagar. Meu  coração quase saltou pela boca quando Alex surgiu apontando a arma pra mim. O que ela pensava que estava fazendo? Tudo bem que eu a irritei, mas me matar não era uma opção boa. Não mesmo.
  Estendi a mão em forma de rendimento, meu peito subia e descia. A garganta implorando por água de tão seca. Passei a língua umedecendo os lábios enquanto sustentava o olhar que com certeza demonstravam pavor diante do olhar furioso e assustador de Alex. Eu nunca a vi em serviço, armada desse jeito. Se a situação fosse outra, eu diria que ficaria excitada. Mas agora eu só pensava na minha possível morte.

- Piper? Mas o que porra é ..

- Alex, calma! Eu só.. só q-quero conversar – estava tão nervosa que não media o tom, o jeito, a gagueira, não controlava nada que saía da minha boca. Alex mantinha uma expressão séria, talvez confusa. O nervosismo não me deixava pensar, respirar. – Vamos acertar as contas sem perigo. Abaixa essa arma e vamos conversar. Por favor, não atira. Eu sou m-muito nova pra morrer. Pensa bem ... – eu falava tudo de forma acelerada, tropeçando nas palavras. Não que ru achava que ela iria me matar, mas eu realmente estava com medo. Então fechei os olhos por uns instantes tentando controlar o nervosismo e a ideia de que ela faria uma besteira, quando escutei um disparo.
  Foi tudo tão rápido. Nunca pensei que morreria assim ou então que Alex seria capaz de algo tão inconsequente. Senti uma dor forte no peito, meu ar sumindo aos poucos. Pressionei os olhos. O grito que dei foi tão forte que senti minha garganta rasgar. Meu coração batia acelerado feito louco e a dor só aumentava junto com a falta de ar. Eu poderia sentir tudo em câmera lenta. Era como se meu corpo estivesse flutuando e eu pudesse ouvir corretamente as batidas do meu coração. Pensei em tantas coisas naquele momento. Por que ela precisava ser tão impulsiva? Por que tudo na minha vida não poderia ter um final feliz? Por que ... Espera!! Eu estou ouvindo uma risada? Risada? Sim, cada vez mais alta.
  Abri meus olhos lentamente fitando Alex mais vermelha que um tomate, com o corpo curvado para frente e as mãos sobre seu abdômen buscando ar. Olhei rapidamente para minha situação e eu estava encolhida como um coala na porta do carro e as mãos sobre o peito. Tirei lentamente a mão com receio de encontrar realmente um ferimento a bala. Mas encontrei apenas um amontoado de pano da minha camisa no qual minha mão apertava. Foi a primeira hora onde pude soltar o ar dos meus pulmões onde eu nem sabia que estava preso. Mas o que porra aconteceu? Esfreguei os olhos e voltei a fitar Alex que agora encontrava-se agachada rindo da situação. Eu continuava fitando-a incrédula. Estaria ela surtando?

- Ai meu Deus. Você .. – a gargalhada dela aumentava cada vez mais – Piper... Você precisava ver sua cara. Meu Deus – não, ela não estava de gozação comigo -  Ai ai ai .. Socorro! Eu vou passar mal – ela falava enquanto gargalhaca e buscava desesperadamente por ar. A única coisa que passava pela minha cabeça naquele momento era que ela estava tendo um surto, era a única explicação.

- Alex, qual é seu problema? O que.. Mas que merda foi isso? Você atirou droga!! – exclamei sentindo toda raiva começar a me consumir.

- Sim, pro alto. Você realmente achou que eu iria atirar em você? Por Deus Piper! – Assim que ela terminou de falar, eu não via nada a minha frente. Só o rosto da Alex rindo e que eu socaria até cansar para descarregar a raiva. Fui andando lentamente em sua direção, o sorriso dela morreu na hora. – Oh não. O que você vai fazer? – eu nada falei, apenas apertei o passo com um olhar fuzilador. – Piper ... – ela foi dando passos atrás enquanto eu chegava cada vez mais perto – Sua louca !! – Alex saiu em disparada portão a dentro.

- Sua filha da puta, volta aqui. Eu poderia ter morrido. Eu vou acabar com a tua raça Alex – entrei correndo atrás dela.

  Quem visse de fora, poderia achar cômico e romântico. Como aqueles casais que correm um atrás do outro na praia. Mas se essa fosse a situação, seria eu querendo pegar a Alex para afogá-la no mar.

- Piper, para. Você tá parecendo uma louca – agora ela dava voltas na piscina que havia ali e eu ia atrás, eu não aguentei mais, então apoiei as mãos sobre o joelho e curvei meu corpo a procura de ar. Quando finalmente consegui um pouco de fôlego, voltei a fitar Alex que a essa altura me encarava com os olhos arregalados.

- Eu só vou parar quando quebrar isso que você chama de cara Alex. Você tem noção de que eu poderia ter um ataque do coração? – eu bufava de raiva.

- Mas não teve. Tá vivinha da silva. Mas devo confessar que foi engraçado sua cara de assustada. – sério que ela ainda iria continuar debochando do meu estado?

-  Você tem noção que eu estraguei meu sapato favorito? Aquilo era um Prada Alex. UM PRADA! - ela soltou uma gargalhada alta como resposta - Alex, eu juro que se pegar você, vou te fazer engolir todo esse humor idiota que você pensa que tem.

- Piper, pra começo de conversa. O que você tá fazendo aqui?

- É sério isso? Você queria conversar comigo, e eu estava disposta a isso. Mas aí você tem que ser tão impulsiva e estragar o clima que estava melhorando entre nós.

- Não, você não vai me culpar mais uma vez por algo. Eu estou cansada disso. Foi você quem estava de fogo com o médico. Aliás, eu já devia imaginar. Desde a primeira consulta do Hunter ele se jogava pra você. – quantas vezes uma pessoa pode ter a capacidade de tirar conclusões precipitadas antes de ouvir a versão real? A maioria dos problemas de relacionamento são essas. Por que as pessoas possuem tanta dificuldade de perguntar o que está acontecendo pra você antes de tirar uma conclusão?

- Você quer parar de ser idiota? Por que você não me perguntou se estava rolando algo em vez de tirar as próprias conclusões? – fui andando em sua direção mancando, ainda estava com um sapato no pé. Querendo chorar por ter destruído o outro par. Mas ao chegar perto ela novamente andou para o outro lado da piscina.

- Quer parar de dar voltas nessa merda? Eu estou feito um cavalo manco.

- Não, fique aí do outro lado que é mais seguro. E tira essa droga do pé. Vai acabar se machucando se ficar andando como quem diz tá fundo, tá raso, tá fundo, tá raso, tá ..

- Responde a minha pergunta cacete - a interrompi irritada. - Por que não me perguntou?

- Porque estava bem óbvio? Eu não sou nenhuma idiota Piper. E eu não vou correr mais atrás de você, já chega. Eu não mereço ser machucada mais do que já fui com sua indiferença. – seu rosto estava cada vez mais vermelho. Seu tom de voz passou a ser frio.

- Você beijou outra mulher Alex. E você fez isso quando estava comigo. Você não tem o direito de dizer que se sente machucada por eu não ter te dado outra chance cedo, se você não me deu a escolha de querer ser machucada quando decidiu isso sozinha ao retribuir o beijo daquela mulher. – eu joguei no vento todas as merdas que eu sentia. Não agora, porque apesar de tão pouco tempo, meu coração estava mais em paz pra falar sobre isso. O fato é que eu não estava suportando ela jogar na minha cara algo que eu nem mesmo havia feito.

- FOI UM IMPULSO PORRA. QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE DIZER QUE FOI UM IMPULSO? QUE EU NÃO TIVE A INTENÇÃO? QUE EU NÃO DESEJO AQUELA MULHER? – controle? Acho que ninguém mais ali tinha. Alex estava visivelmente alterada e eu rezando no fundo do meu interior para a calma reinar sobre a minha vida.

- Você não precisa me dizer mais isso. Porque eu acredito em você. – pela primeira vez vi seu rosto se suavizar.

- Acredita? Engraçado, porque não parece. Não quando você acaba de jogar na minha cara o que eu fiz. – respirei fundo, eu iria ditar as rédeas dessa conversa. Porque a cada minuto que passava, ficava mais difícil de entrar na cabeça dura da Alex as minhas intenções. Tentei mais uma vez me aproximar, mas dessa vez ela não se afastou.

- Eu não estou jogando na sua cara Alex. Eu estou tentando te fazer entender que, você precisa confiar em mim se quiser tentar de novo. Quando essa merda aconteceu, o que eu fiz? Qual foi minha reação ao perceber o que havia acontecido? – fiz uma pausa para que ela pudesse refletir. Alex abaixou sua cabeça suspirando pesadamente. – Eu não saí acusando. Eu te perguntei o que havia acontecido. Por que você não pode fazer o mesmo? Me diz?

- Piper, não sei. Eu...

- Você preferiu tirar suas próprias conclusões. Mas você não poderia estar mais errada, Dave é gay Alex – assim que soltei a informação, ela arregalou os olhos. Esperei pra que ela processasse a informação.

- Ele é o que?

- Gay. Muito gay. E ele esse tempo todo foi testemunha do quanto eu te odiei – dei mais um passo em sua direção – E do quanto eu te amei também.

  Sabe aquele momento em que o tempo está totalmente nublado e você vê aos poucos as nuvens se dissipando, o sol nascendo aos poucos. Em algumas ocasiões até o arco íris deixando o céu com uma beleza a mais. Você pode ver exatamente o momento onde toda frieza se dissipa, dando lugar a um calor bem conhecido. Um calor necessário, um calor essencial. Era exatamente essa fase que eu contemplava através do olhar da Alex. E eles estavam tão lindos agora. Um verde que abrigava a paz, o carinho. Que prendia meus sentidos. Aquele verde claro, que eu simplesmente era apaixonada.

- Amou?

- Amo.

- Piper. Deus!! – ela olhou pro o alto para buscar fôlego. Meu coração estava cada vez mais acelerado. – Por que está aqui? Por que você me perdoou? – seus olhos começaram a marejar.

- Perdoar é um ato poderoso. Não só pra fazer a outra pessoa se sentir bem. Mas para curar a si próprio. – agora eu sentia os meus marejados. Uma fina lágrima escorreu dos olhos da Alex. – Quando olho pra você, eu paro de pensar. Eu não consigo raciocinar. Sinto que você pode ser minha ruína, mas também meu remédio depois dela. Eu não sei o que me liga a você Alex, eu só sei que estou aqui agora. E que não quero pensar no erro, quero pensar nas possibilidades. Então eu te pergunto, qual é a possibilidade de isso dar certo?

- Eu não sei. Podemos ir a uma cartomante, talvez ela possa nos ajudar. – ela falou isso tão sério que eu precisei de uns minutos para processar. Ergui apenas uma sobrancelha para ela entender que eu não estava pra brincadeira. – Sério? Nem búzios? Tarô? Mãe Diná? – eu não acredito que ela estava fazendo piada com uma situação tão séria. Estava prestes a mandar ela ir se foder, até perceber mais uma lágrima fina descer por seus olhos. Então era isso, ela estava tentando disfarçar tudo o que de fato estava sentindo. Acontece que eu não suportava a ideia da Alex chorar.

- Por favor, pode não chorar? Eu estou fazendo um enorme esforço aqui tá legal? – falei dando mais um passo em sua direção.

- É que. Céus... Isso é tão louco. Você está mesmo aqui me dizendo tudo isso. – dei mais um passo em sua direção. Alex me encarava como uma criança precisando de colo. – Quer dizer, você está aqui para me dar outra chance. Isso é mesmo real?

- Eu amo você Alex. Eu amo mais do que eu possa suportar. Eu te amo demais para não te dar outra chance. – mal terminei de falar quando ela diminuiu o espaço que faltava entre nós e me envolveu em seus braços.  – Céus! Como eu senti falta desse abraço.

  Ficamos naquele abraço por muitos minutos. Eu não sei qual coração batia mais acelerado. Qual respiração ficava cada vez mais leve, qual braço estava menos apertado, quem queria ser o último a largar. Qual era meu corpo ou qual era o da Alex. Eu não sei o que o destino nos reserva no futuro. Mas aqui e agora, ele me deu a oportunidade de ter a melhor sensação que existe, a de casa interior arrumada. Bem aqui, onde ela deveria estar. Nos braços da Alex,,  a dona desse lar.
  Talvez seja a escolha mais tola, ou a mais sábia. Talvez seja um salto no escuro, mas talvez no  fim eu encontre uma luz. Eu poderia pensar em muitos talvez, mas agora eu só conseguia trocar todos os pensamentos para me concentrar somente na paz que finalmente reinava. A paz que a gente precisava. Alex me fitou novamente, ainda mantendo o abraço. E era impagável me sentir tão viva com o sorriso que ela dava. Ali naquele instante eu amava cada pequena coisa dessa que ela me proporcionava, era como se eu estivesse finalmente em casa.

- Eu amo tanto você Piper, tanto. Meu Deus. – ela não sabia se sorria ou se chorava. Eu decidi fazer o que meu coração mais gritava no momento. Aproximei meu rosto do seu e uni meus lábios ao dela.

  Era surreal a minha capacidade de me sentir flutuante a cada beijo que trocávamos. Me sacudia inteira, sem me deixar cair. Me tirava de órbita. Seus lábios tão macios, gostosos. Ela pedia passagem com a língua e nem se eu  fosse a pessoa mais fodida da cabeça teria coragem se negar. Era um beijo de saudade, carinho, desejo. Meu corpo todo ficou quente. Alex me apertou ainda mais em seus braços. Sua língua estava em total sincronia com a minha. Ela chupou lentamente minha língua, o que fez meu corpo inteiro estremecer. Eu tinha necessidade de ser tocada por ela. Necessidade de cada parte do corpo dela no meu. Nosso beijo foi ficando cada vez mais urgente e quando precisamos de ar, ela finalizou mordiscando meu lábio inferior. Mantínhamos nossas testas encostada uma na outra.

- Eu te amo Al. – disse em meio a tudo o que estava sentindo, pude ver seu sorriso aumentar até ela me fitar – Mas se você deixar outra pessoa te beijar de novo, eu quebro a sua cara. Você me ouviu Alex? Não vai sobrar um dente pra contar a história. – ela gargalhou gostosamente. Acabei rindo também enquanto a observada jogar a cabeça para trás e franzir o nariz de forma graciosa para rir. Finalmente, eu podia me apaixonar mais uma vez por ela sem estar longe.

  Qual é o tamanho do seu amor e do que ele é capaz?


Notas Finais


Eu acho que estou ansiosa para o próximo capítulo que está 🔥
E vocês? O que esperam do próximo?
Até 😉


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